Brasil lidera iniciativas globais na luta contra futura pandemia

A pandemia de covid-19 trouxe à tona a vulnerabilidade global frente a crises de saúde. Em resposta, a Cúpula Global de Preparação para Pandemias reuniu especialistas de diversas partes do mundo no Rio de Janeiro para discutir estratégias e soluções que possam prevenir ou mitigar os impactos de futuras pandemias.

Com a participação de autoridades como a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, e líderes de organizações internacionais, o evento destacou a importância da colaboração internacional, da equidade no acesso a recursos e da inovação na área da saúde.

O alerta global: “A próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”

A mensagem central da Cúpula foi clara: a próxima pandemia é uma questão de “quando”, não de “se”. Essa perspectiva reforça a necessidade urgente de preparação e colaboração global. A pandemia de covid-19, que resultou em mais de 7 milhões de mortes em todo o mundo, serviu como um aviso severo das consequências de uma resposta inadequada e desigual.

Um dos principais pontos discutidos foi a “Missão 100 Dias”, uma iniciativa global para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos eficazes dentro de um prazo de pouco mais de três meses desde a identificação de uma nova ameaça pandêmica. A ministra Nísia Trindade garantiu que o Brasil está capacitado para participar desta missão, destacando o compromisso do país com a ciência e a inovação.

“A missão 100 Dias representa um terço do tempo que levamos para desenvolver uma vacina contra a covid-19”, explicou Trindade. “Com essa iniciativa, esperamos ser capazes de interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando inúmeras vidas.”

O Brasil, que sofreu significativamente durante a pandemia de covid-19 com mais de 700 mil mortes, está empenhado em fortalecer sua infraestrutura de saúde e pesquisa para futuras crises. Nísia Trindade destacou o Complexo Econômico Industrial da Saúde, parte da Nova Indústria Brasil, que visa incentivar a produção local de medicamentos, insumos e vacinas.

“Nosso preparo para futuras pandemias deve ser visto como uma política de Estado, e não apenas de governo”, afirmou Trindade. “A troca de experiências e conhecimentos entre países é crucial, assim como o desenvolvimento da produção local não só no Brasil, mas em todos os países em desenvolvimento.”

Durante a Cúpula, foi anunciada uma parceria significativa entre a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) e a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina em caso de uma nova pandemia. Mario Moreira, presidente da Fiocruz, ressaltou que o acordo é parte de um esforço global para garantir um acesso mais equilibrado a vacinas.

“Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na pandemia de covid-19. A ideia é incluir países do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque”, declarou Moreira.

A equidade foi um tema recorrente durante a Cúpula. Jane Halton, presidente da Cepi, enfatizou que a Missão 100 Dias não se trata apenas de velocidade, mas também de garantir que todos tenham acesso aos recursos necessários. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham suas vidas e de seus familiares destruídas”, disse Halton.

A ministra Trindade reforçou a necessidade de ações concretas para traduzir equidade e solidariedade em acesso justo a produtos para o enfrentamento de pandemias e outras emergências de saúde. Ela também alertou para a necessidade de atenção às doenças negligenciadas, como as arboviroses, que continuam a representar uma ameaça significativa em países como o Brasil.

Além das pandemias globais, o Brasil enfrenta surtos de doenças negligenciadas, como a dengue. Em 2023, o país registrou mais de 6 milhões de casos e 4.8 mil mortes causadas por essa doença transmitida por mosquitos. Este desafio destaca a necessidade de um sistema de saúde robusto e preparado para lidar com múltiplas crises simultaneamente.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), enviou uma mensagem em vídeo destacando a importância da liderança do Brasil na preparação para pandemias. Ele elogiou a ministra Nísia Trindade por colocar o tema como uma prioridade durante a presidência do Brasil no G20.

“Temos ainda um longo caminho antes de poder dizer que o mundo está verdadeiramente preparado para a próxima pandemia. Mas, juntos, estamos fazendo um mundo mais preparado do que antes”, afirmou Ghebreyesus, enfatizando a necessidade de não repetir os erros cometidos durante a pandemia de covid-19.

A colaboração internacional é essencial para enfrentar crises de saúde globais. A Cúpula Global de Preparação para Pandemias destacou a importância de alianças estratégicas entre países, organizações internacionais e instituições de pesquisa. Apenas com um esforço coordenado e global será possível desenvolver respostas rápidas e eficazes para futuras pandemias.

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O uso da melatonina e o papel do fisioterapeuta no combate à apneia do sono

Recentemente, tem se tornado comum ouvir relatos de pessoas com dificuldades para conseguir uma boa noite de sono. O aumento do uso de melatonina para induzir o sono, sem orientação médica, reflete uma busca desesperada por alívio rápido. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com distúrbios do sono, sendo a apneia um dos problemas subdiagnosticados e de maior impacto na saúde.

Patricia Angeli da Silva Pigati, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera, destaca que o fisioterapeuta especializado pode ser um grande aliado no tratamento da apneia do sono, um dos distúrbios mais comuns e perigosos.

A crise do sono no Brasil

O sono é uma necessidade vital para a saúde física e mental. No entanto, a modernidade trouxe consigo uma série de desafios que perturbam o descanso noturno. Entre esses desafios está a crescente prevalência de distúrbios do sono. De acordo com a ABS, milhões de brasileiros sofrem com problemas que vão desde a insônia até a apneia obstrutiva do sono.

Este último é particularmente perigoso, pois envolve paradas respiratórias repetidas durante o sono, o que pode levar a uma série de problemas de saúde graves.

A melatonina, um hormônio natural que regula o ciclo do sono, tornou-se uma solução popular para aqueles que lutam para adormecer. No entanto, seu uso indiscriminado e sem orientação médica pode mascarar problemas mais sérios. A melatonina pode ser útil em alguns casos, mas não resolve a causa subjacente dos distúrbios do sono, como a apneia. É essencial que o uso desse suplemento seja acompanhado por um profissional de saúde para evitar dependência e outros efeitos colaterais.

O que é apneia do sono?

Patricia Angeli da Silva Pigati explica que a apneia obstrutiva do sono é uma condição em que a pessoa para de respirar repetidamente durante a noite devido ao bloqueio das vias aéreas. “Isso diminui o oxigênio no corpo e interrompe o sono, além de aumentar o risco de problemas de saúde graves, como hipertensão e doenças cardíacas”, afirma. A falta de um sono reparador também aumenta a suscetibilidade a acidentes no trânsito e no trabalho, devido à sonolência diurna excessiva.

O fisioterapeuta especializado em sono pode ser um grande aliado no diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono. Pigati ressalta que “o profissional realiza uma avaliação minuciosa e decide, juntamente com o paciente, as opções de tratamento, muitas vezes em conjunto com médicos, dentistas e fonoaudiólogos”.

No que compete à atuação exclusiva do fisioterapeuta, técnicas de relaxamento, exercícios para melhorar a respiração e o posicionamento corporal durante o sono são fundamentais. Além disso, o uso de aparelhos que ajudam a respirar melhor à noite é recomendado para pacientes com apneia do sono moderada e grave.

A terapia com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é um tratamento eficaz para apneia do sono, mas muitos pacientes abandonam o uso devido à falta de suporte adequado. “O fisioterapeuta do sono é essencial para orientar o paciente na escolha da máscara e na adaptação à terapia CPAP”, explica Patricia. O acompanhamento regular melhora a adesão ao tratamento, garantindo que os pacientes continuem a usá-lo e obtenham os benefícios esperados.

Muitas pessoas sofrem de apneia do sono sem saber. Estima-se que cerca de 32% dos paulistanos tenham essa condição, mas poucos procuram ajuda. Um dos principais sinais é o ronco alto, noites de sono inquieto e cansaço excessivo durante o dia. “Se você ou alguém que conhece apresenta esses sintomas, é importante procurar um profissional de saúde especialista em sono”, aconselha Pigati. O diagnóstico e tratamento adequados podem melhorar significativamente a qualidade de vida e a funcionalidade diária.

Além dos tratamentos específicos, o fisioterapeuta orienta sobre a higiene do sono, um conjunto de práticas que promovem um sono de qualidade. Estas incluem manter um horário regular para dormir, criar um ambiente propício ao sono, evitar estimulantes como cafeína e eletrônicos antes de dormir, e praticar atividades relaxantes à noite. Mudanças no estilo de vida, como a perda de peso e a prática regular de exercícios físicos, também são recomendadas para reduzir os sintomas da apneia do sono.

Os distúrbios do sono têm um impacto significativo na saúde pública. A falta de sono adequado está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e acidentes. Além disso, afeta a produtividade e a qualidade de vida. Investir em tratamentos eficazes e em profissionais especializados, como fisioterapeutas do sono, é essencial para abordar esta questão de saúde pública.

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A assustadora doença da ameba comedora de cérebro

Há mais de uma década, no Texas, EUA, um menino de oito anos foi levado às pressas para o hospital após sofrer dias de febre, dor de cabeça, vômito e sensibilidade à luz. Sua mãe, desesperada por uma solução, havia procurado ajuda em várias clínicas no México, mas a condição do garoto só piorava.

Quando finalmente chegou ao hospital em San Antonio, o menino estava inconsciente e não respondia a sons, luz ou outros estímulos. A corrida para salvar sua vida revelou um inimigo mortal e raro: a ameba Naegleria fowleri, conhecida como “ameba comedora de cérebro”.

Os médicos colocaram o menino em um ventilador e iniciaram uma busca frenética para identificar a causa de sua condição crítica. O que descobriram no fluido cerebrospinal do garoto foi uma das infecções mais mortais conhecidas: a meningoencefalite amebiana primária (PAM), causada pela Naegleria fowleri. Esse parasita letal, que prospera em águas doces e quentes, é conhecido por destruir o tecido cerebral rapidamente.

Dr. Dennis Conrad, especialista em doenças infecciosas pediátricas no University Hospital em San Antonio, já havia encontrado dois casos de N. fowleri em sua carreira, ambos fatais. Com uma taxa de mortalidade superior a 97%, a infecção deixava pouco espaço para esperança. No entanto, Conrad estava determinado a tentar uma nova abordagem. Ele havia lido recentemente sobre a miltefosina, um medicamento experimental aprovado para tratar infecções por N. fowleri. Ele adicionou a miltefosina ao regime de medicamentos do menino, que já incluía outros antimicrobianos e anti-inflamatórios.

“É a pia da cozinha”, disse Conrad à Live Science. “É uma doença ruim, e você simplesmente os atinge com tudo o que pode pensar.”

O prognóstico era sombrio. O menino estava doente há cinco dias antes de chegar a San Antonio, e a maioria das pessoas que contraem uma infecção por N. fowleri morrem dentro desse período após o início dos sintomas. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), houve 157 casos humanos confirmados de infecção por N. fowleri nos Estados Unidos entre 1962 e 2022, com apenas quatro sobreviventes.

O menino havia passado o verão em um acampamento informal nas margens do Rio Grande, onde ele e outros moradores se banhavam nas águas rasas. Provavelmente, foi lá que ele encontrou a ameba, que agora ameaçava sua vida. A N. fowleri infecta as pessoas quando a água contaminada é forçada para dentro do nariz, permitindo que a ameba viaje através do nervo olfatório até o cérebro, onde causa destruição maciça do tecido cerebral.

A miltefosina, originalmente usada para tratar a leishmaniose, uma doença causada por um parasita tropical, mostrou-se promissora contra N. fowleri em estudos preliminares. A medicação tem a capacidade de penetrar na barreira hematoencefálica, uma característica crucial para tratar infecções cerebrais. O CDC havia começado a distribuir miltefosina para casos de PAM, e os médicos em San Antonio pediram urgentemente o medicamento, que chegou 14 horas depois que a criança foi internada.

Incrivelmente, o menino sobreviveu. No entanto, ele não estava ileso. Ao sair do hospital, ele conseguia respirar sozinho, mas precisava de ajuda para muitas outras atividades básicas. Após meses de reabilitação, ele recuperou algumas de suas habilidades, mas sua família ainda precisava auxiliá-lo com cuidados diários. Apesar das sequelas, sua sobrevivência foi um marco importante no tratamento de PAM.

No mesmo verão, uma menina de 13 anos no Arkansas contraiu a ameba enquanto nadava em um lago artificial. Ela recebeu tratamento rápido, incluindo miltefosina, e se recuperou completamente após seis meses de reabilitação, sem efeitos neurológicos persistentes. Ela e o garoto do Texas foram os primeiros sobreviventes de PAM nos EUA desde 1978. Em 2016, um garoto de 16 anos na Flórida também se recuperou totalmente após contrair PAM e receber miltefosina.

Embora a miltefosina tenha aumentado as esperanças de sobrevivência, a taxa de mortalidade da PAM permanece alarmantemente alta. Mesmo com o novo medicamento, a maioria dos pacientes não sobrevive. A N. fowleri é extremamente rara, com entre zero e seis infecções por ano nos EUA, e não há evidências de que as infecções estejam se tornando mais comuns. No entanto, casos esporádicos surgem em novas regiões, possivelmente devido ao aquecimento global que aquece as vias navegáveis para temperaturas favoráveis à ameba.

O CDC recomenda que as pessoas assumam que a N. fowleri está presente em todas as águas doces, como lagos e rios. Pessoas imunocomprometidas e meninos com menos de 14 anos são desproporcionalmente afetados, talvez devido às atividades que empurram água para o nariz, como pular e mergulhar. A infecção também pode ocorrer ao usar água da torneira em potes neti para enxaguar os seios nasais.

Os médicos continuam a buscar novas estratégias para melhorar o tratamento de PAM. A resfriar a temperatura corporal dos pacientes para cerca de 35°C pode melhorar a recuperação de traumas cerebrais, e novas terapias estão sendo investigadas. A miltefosina está agora disponível comercialmente sob a marca Impavido, proporcionando uma ferramenta crucial na luta contra a infecção.

Como o tabagismo aumenta as chances de câncer de bexiga

O tabagismo é amplamente conhecido por seus efeitos prejudiciais aos pulmões, mas seu impacto vai muito além. O consumo de cigarros está associado a uma série de doenças que afetam diversos órgãos do corpo humano, sendo uma das mais preocupantes o câncer de bexiga. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o cigarro é o principal fator de risco para esse tipo de câncer.

O consumo de cigarro é uma das principais causas de diversas doenças, afetando não apenas os pulmões, mas também outros órgãos vitais. Fumantes têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe, cavidade oral, faringe, estômago, cólon e reto, traqueia, brônquios e pulmões.

Além disso, o tabagismo está associado à leucemia mielóide aguda. Esses dados alarmantes são corroborados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que destaca a abrangência dos danos causados pelo cigarro no organismo.

Não são apenas os fumantes ativos que sofrem as consequências do tabagismo. Os chamados “fumantes passivos”, pessoas que convivem com fumantes, também estão expostos aos mesmos riscos de saúde. O fumo passivo pode causar doenças cardiovasculares, respiratórias e diversos tipos de câncer. A exposição contínua à fumaça do cigarro contribui para o desenvolvimento de doenças graves, sublinhando a necessidade de ambientes livres de tabaco.

As células uroteliais, que revestem a mucosa interna da bexiga, são particularmente sensíveis aos produtos da metabolização do cigarro. O cirurgião oncológico Leandro Carvalho Ribeiro, professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), explica que aproximadamente 50% dos pacientes com câncer de bexiga têm um histórico de tabagismo. Estudos mostram que o risco aumenta proporcionalmente ao tempo de tabagismo e à quantidade de cigarros consumidos.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer identificou mais de 40 substâncias carcinogênicas na urina de fumantes, as quais são potenciais causas do câncer de bexiga. Essas substâncias danificam as células uroteliais, levando ao desenvolvimento de tumores. A presença constante dessas toxinas na urina de fumantes aumenta significativamente o risco de mutações celulares e câncer.

Além do tabagismo, a exposição a certas substâncias químicas, como as aminas aromáticas, também aumenta o risco de câncer de bexiga. Essas substâncias são comumente encontradas em indústrias de produção de borracha e tinturas. Trabalhadores expostos a essas químicas devem ser monitorados de perto para sinais de câncer de bexiga.

A idade avançada é outro fator de risco significativo para o câncer de bexiga. A probabilidade de desenvolver a doença aumenta com a idade. Além disso, infecções urinárias de repetição, especialmente em pacientes que necessitam de manipulação constante da bexiga com sondas ou auto-cateterismo, também podem contribuir para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comumente associado ao tabagismo. Fumar cigarros é a principal causa desta doença, sendo responsável por cerca de 85% dos casos. As substâncias carcinogênicas presentes no cigarro danificam as células dos pulmões, levando ao desenvolvimento de tumores.

Câncer de pâncreas

O tabagismo também é um fator de risco significativo para o câncer de pâncreas. Estudos mostram que os fumantes têm duas vezes mais chances de desenvolver este tipo de câncer em comparação com não fumantes. O câncer de pâncreas é particularmente agressivo e difícil de tratar, tornando a prevenção essencial.

Câncer de fígado

O consumo de cigarros está associado a um aumento no risco de câncer de fígado. As toxinas presentes no cigarro afetam a função hepática e podem levar ao desenvolvimento de tumores. Fumantes têm uma chance significativamente maior de desenvolver câncer de fígado do que não fumantes.

O tabagismo representa um enorme custo econômico para a sociedade. Os gastos com tratamentos médicos para doenças relacionadas ao tabaco são elevados, e a perda de produtividade devido à doença e morte precoce de fumantes também contribui para o impacto econômico negativo.

Muitas nações implementaram políticas rigorosas de controle do tabagismo para reduzir o consumo de cigarros e proteger a saúde pública. Essas políticas incluem proibições de fumo em locais públicos, impostos elevados sobre produtos de tabaco e campanhas educativas para alertar sobre os riscos do tabagismo.

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Uma pessoa morre a cada minuto no mundo por causas relacionadas à Aids

Das 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo, quase um quarto (9,3 milhões), não estão recebendo o tratamento adequado. Como consequência, uma pessoa morre por minuto por causas relacionadas à Aids.

Os dados estão em um relatório divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), antes da abertura oficial da 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique, na Alemanha.

Segundo o relatório, as lideranças mundiais se comprometeram a reduzir as novas infecções anuais para menos de 370 mil até 2025, mas em 2023 houve 1,3 milhão de novas infecções, número três vezes superior ao estabelecido. “E agora, com cortes nos recursos e um aumento na oposição aos direitos humanos, colocam em risco o progresso já alcançado”, diz o estudo.

Segundo a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima, é possível cumprir a meta de acabar com a pandemia de Aids como uma ameaça à saúde pública até 2030, mas é preciso garantir que a resposta ao HIV tenha os recursos necessários e que os direitos humanos de todas as pessoas sejam protegidos.

— A atuação decidida das lideranças pode salvar milhões de vidas, prevenir milhões de novas infecções por HIV e garantir que todas as pessoas vivendo com a doença possam ter vidas saudáveis e completas — ressalta.

Redução

A expansão do acesso ao tratamento do HIV reduziu pela metade as mortes relacionadas à Aids, passando de 1,3 milhão em 2010 para 630 mil em 2023. “No entanto, o mundo está fora do caminho para atingir a meta de 2025 de reduzir as mortes relacionadas à Aids para menos de 250 mil”, informa a Unaids.

O relatório mostra que o número de novas infecções por HIV caiu 39% globalmente desde 2010 e 59% na África Oriental e Austral. No entanto, o número de novas infecções está aumentando no Oriente Médio e Norte da África, na Europa Oriental e Ásia Central, e na América Latina.

O relatório do Unaids também mostra que o percentual de pessoas com acesso a tratamento antirretroviral aumentou de 47% em 2010 para 75% em 2023.

Leia também: Como vai funcionar a “taxa das blusinhas”, que começa a ser cobrada no sábado

Conferência

A 25ª Conferência Internacional sobre Aids acontece entre os dias 22 e 26 de julho e tem estimativa de receber 15 mil participantes. Organizada pela Sociedade Internacional de Aids (IAS), o evento reunirá pessoas que vivem, são afetadas ou trabalham com HIV e Aids para compartilhar conhecimentos e informações sobre a resposta à epidemia nos últimos 40 anos.

Representantes do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde estarão no evento para apresentar resultados das experiências brasileiras na resposta ao HIV.

Fonte: NSC

Descubra as partes do corpo humano que não são indispensáveis

A capacidade de adaptação do corpo humano é fascinante. Embora muitos acreditem que determinados órgãos são indispensáveis para a sobrevivência, a realidade pode surpreender. É possível viver sem algumas partes do corpo que, à primeira vista, parecem essenciais, como pulmões, rins e órgãos reprodutivos. Além disso, a remoção de certos órgãos pode até trazer benefícios à saúde.

Pulmões: sobrevivência com um único pulmão

Os pulmões são responsáveis pela troca de gases essenciais à vida, fornecendo oxigênio ao sangue e removendo dióxido de carbono. No entanto, é possível viver com apenas um pulmão. Quando um pulmão é removido devido a doenças como câncer ou infecções graves, o pulmão remanescente expande-se para compensar a ausência do outro.

A capacidade do pulmão restante de expandir-se e aumentar a eficiência de troca gasosa permite que o corpo mantenha níveis adequados de oxigênio e dióxido de carbono. Pessoas com um pulmão podem levar vidas relativamente normais, embora possam experimentar limitações na capacidade de realizar atividades físicas intensas.

Rins: a vida com um único rim

Os rins filtram resíduos do sangue, regulam a pressão arterial e mantêm o equilíbrio de líquidos e eletrólitos. No entanto, muitas pessoas vivem com um único rim, seja por doação de órgão ou remoção devido a doença.

Quando um rim é removido, o outro geralmente aumenta de tamanho e eficiência para compensar a perda. Esse processo de hipertrofia compensatória permite que o rim remanescente assuma as funções de ambos, mantendo a homeostase do corpo. Pessoas com um rim podem viver vidas saudáveis e normais, embora precisem monitorar sua função renal regularmente.

Órgãos reprodutivos: vida sem útero e ovários

Órgãos reprodutivos, como útero e ovários, são essenciais para a reprodução, mas não para a sobrevivência. A remoção desses órgãos, comum em procedimentos como histerectomia (remoção do útero) e ooforectomia (remoção dos ovários), não impede uma vida saudável.

A remoção do útero e ovários pode ser necessária para tratar condições como câncer, endometriose severa ou fibromas. A histerectomia elimina a possibilidade de câncer uterino e alivia sintomas debilitantes, enquanto a ooforectomia reduz o risco de câncer de ovário. Contudo, a remoção dos ovários induz a menopausa precoce, exigindo monitoramento e possível terapia hormonal.

Apêndice: um órgão dispensável

O apêndice é frequentemente considerado um órgão vestigial, sem função aparente. Sua remoção, comum em casos de apendicite, não afeta a saúde a longo prazo.

Embora estudos sugiram que o apêndice possa ter um papel no sistema imunológico, especialmente durante a infância, sua remoção não causa impactos significativos à saúde. A cirurgia de apendicectomia é rotineira e segura, permitindo uma recuperação rápida.

Vesícula biliar: vida sem problemas biliares

A vesícula biliar armazena bile, necessária para a digestão de gorduras. Em casos de cálculos biliares ou inflamação, a remoção da vesícula (colecistectomia) é recomendada.

Sem a vesícula biliar, o fígado continua produzindo bile, que é diretamente liberada no intestino delgado. Embora algumas pessoas possam experimentar alterações digestivas temporárias, a maioria adapta-se bem à ausência da vesícula biliar e leva vidas normais.

Baço: suporte ao sistema imunológico sem ele

O baço desempenha um papel no sistema imunológico, filtrando sangue e combatendo infecções. No entanto, é possível viver sem ele, especialmente após traumas ou doenças.

Pessoas sem baço (asplênicas) são mais suscetíveis a infecções, mas podem tomar medidas preventivas, como vacinas e antibióticos profiláticos, para manter a saúde. O fígado e outros tecidos linfáticos assumem parte das funções do baço, ajudando na defesa imunológica.

Estômago: procedimentos bariátricos e vida sem parte do estômago

Procedimentos bariátricos, como a gastrectomia, removem parte do estômago para tratar a obesidade severa. Viver sem uma parte significativa do estômago é possível e pode melhorar a saúde geral.

A redução do estômago limita a quantidade de alimentos ingeridos, promovendo a perda de peso significativa e melhorando condições associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão. A adaptação envolve mudanças dietéticas e suplementação nutricional.

Cólon: vida após a colectomia

A remoção parcial ou total do cólon (colectomia) pode ser necessária devido a doenças como câncer ou colite ulcerativa. A vida sem parte do cólon requer ajustes, mas é possível.

O intestino delgado pode assumir parte das funções do cólon, absorvendo nutrientes e líquidos. Pacientes podem precisar de uma bolsa de colostomia temporária ou permanente, mas com orientação médica adequada, podem manter uma qualidade de vida satisfatória.

Pâncreas: funções vitais e sobrevivência parcial

O pâncreas tem funções digestivas e endócrinas essenciais. A remoção parcial é possível em casos de tumores ou pancreatite.

Pacientes submetidos à pancreatectomia parcial precisam de enzimas pancreáticas e insulina suplementares para auxiliar na digestão e no controle do açúcar no sangue. Com suporte médico adequado, a vida sem parte do pâncreas é viável.

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Como tabagismo, etilismo e HPV aumentam o risco de câncer de cabeça e pescoço

No dia 27 de julho, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Esta data tem como objetivo alertar a população sobre a importância dos cuidados preventivos e do diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura para os pacientes. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que entre 2023 e 2025, aproximadamente 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço surgirão anualmente no Brasil.

O que são os cânceres de cabeça e pescoço?

Os cânceres de cabeça e pescoço abrangem tumores que se originam em diversas áreas das vias aéreo-digestivas, como a boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, seios paranasais e tireoide. Esses tipos de câncer são muitas vezes diagnosticados tardiamente devido à falta de conscientização sobre os sintomas iniciais e à ausência de programas de rastreamento efetivos.

Natália Valleta, médica oncologista e professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, explica que “o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço é crucial para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido. Detectar a doença em estágios iniciais permite opções terapêuticas mais eficazes, além de reduzir significativamente o impacto negativo no bem-estar físico, emocional e social dos pacientes.”

A importância do diagnóstico precoce

A detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço pode salvar vidas. Identificar a doença em seus estágios iniciais possibilita tratamentos menos invasivos e mais eficazes. A conscientização sobre os sintomas iniciais e a busca por cuidados médicos ao primeiro sinal de alerta são fundamentais. Programas de rastreamento e exames regulares desempenham um papel vital na identificação precoce desses cânceres.

Entre os sintomas que devem ser observados estão:

  • Aparecimento de nódulo visível ou palpável no pescoço
  • Manchas brancas ou avermelhadas na boca
  • Feridas na boca que não cicatrizam em mais de duas semanas
  • Dor prolongada na garganta
  • Dificuldade ou dor para engolir
  • Alterações na voz ou rouquidão persistente por mais de 15 dias

Esses sintomas podem ser causados por outras condições clínicas, portanto, é importante consultar um médico especialista para a realização de exames adequados.

Tipos comuns de câncer de cabeça e pescoço

Um dos tipos mais comuns de câncer na região da cabeça e pescoço é o carcinoma papilífero da tireoide. Este tipo de câncer afeta as mulheres três vezes mais do que os homens e, embora geralmente apresente crescimento lento, pode se manifestar com sinais como linfonodos aumentados, rouquidão e dificuldade para engolir. O tratamento para o carcinoma papilífero da tireoide geralmente envolve cirurgia para a remoção da tireoide (tireoidectomia), seguida de iodoterapia radioativa e hormonioterapia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica vários fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento dos cânceres de cabeça e pescoço. Entre eles estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pelo HPV (papilomavírus humano). Embora muitos associem o HPV apenas ao câncer de colo do útero, ele também desempenha um papel significativo no desenvolvimento de cânceres de cabeça e pescoço, especialmente entre jovens adultos.

Outros fatores de risco incluem:

  • História familiar de câncer de tireoide
  • Exposição a radiações
  • Hábitos alimentares inadequados
  • Higiene oral deficiente

A prevenção dos cânceres de cabeça e pescoço passa por mudanças em hábitos de vida e pelo aumento da conscientização sobre os fatores de risco e os sintomas. Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são medidas fundamentais. Além disso, a vacinação contra o HPV pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de cânceres relacionados ao vírus.

A educação da população sobre a importância da higiene oral adequada, a realização de check-ups regulares e a busca por cuidados médicos ao primeiro sinal de alerta são estratégias cruciais para a prevenção e o diagnóstico precoce.

Histórias de sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço são uma poderosa ferramenta de conscientização. Marta Silva, diagnosticada com câncer de laringe em estágio inicial, compartilha sua experiência: “Eu senti uma rouquidão persistente que não melhorava. Decidi procurar um médico e, graças a Deus, foi diagnosticado cedo. Passei por tratamento e hoje estou livre do câncer. A detecção precoce salvou minha vida.”

Outra sobrevivente, Joana Oliveira, diagnosticada com carcinoma papilífero da tireoide, destaca a importância dos exames regulares: “Eu tinha um nódulo no pescoço que não doía, mas era visível. Após exames, descobri que era câncer. Passei por cirurgia e tratamento, e hoje estou bem. Nunca ignorem qualquer alteração no corpo, por menor que pareça.”

O tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço varia de acordo com o tipo e estágio da doença. As opções incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias direcionadas. Cada caso é avaliado individualmente para determinar o melhor plano de tratamento.

Além dos tratamentos médicos, o suporte psicológico e social é crucial para os pacientes. Enfrentar o câncer pode ser desafiador não apenas fisicamente, mas também emocionalmente. Grupos de apoio, terapia e programas de reabilitação ajudam os pacientes a lidar com os impactos da doença e do tratamento.

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Bebê que nasceu com 950 g recebe alta de UTI após dois meses internado em SC

Nesta semana Eliabe Nazaré dos Santos recebeu alta da UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, Oeste de SC. Ele estava internado desde maio, pois nasceu com apenas 27 semanas de gestação e 950 g.

Eliabe enfrentou um longo período de internação na UTI Neonatal do Hospital. Ao fim dos dois meses e nove dias de internação, o bebê deixou a UTI com 2,185 kg, conforme o HRSP.

O hospital possui um alojamento conjunto à UTI. Isso permite que as mães acompanhem de perto o desenvolvimento dos bebês internados garantindo o aleitamento materno das crianças.

Conforme a mãe de Eliabe, Fernanda Santos, a alta do bebê é um testemunho da dedicação e competência da equipe do HRSP em cuidar dos pequenos pacientes e das famílias.

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Inteligência Artificial e vacinação estão entre novidades do 2º semestre letivo no Paraná

O uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA), o incentivo à ampliação das taxas de vacinação e as consultas públicas para o projeto Parceiro da Escola estão entre as novidades do segundo semestre letivo no Paraná. As informações foram dadas pelo secretário estadual da Educação, Roni Miranda, que recepcionou parte dos quase um milhão de estudantes que retornaram às aulas nesta quarta-feira (24).

“São estudantes retornando para as salas de aula, juntamente com os professores, que iniciaram este trabalho de planejamento na segunda-feira com um objetivo principal bem claro, que é a continuidade do trabalho de recomposição da aprendizagem neste período pós-pandemia que ainda deixa sequelas”, afirmou Miranda, que recebeu alunos do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, na manhã desta quarta.

Segundo o secretário, o Paraná será o primeiro e até então único estado brasileiro a utilizar ferramentas de IA para auxiliar no processo de aprendizagem do corpo estudantil. “Os professores utilizam a inteligência artificial no planejamento de aulas e outras atividades por meio das plataformas disponibilizadas pela Secretaria da Educação e agora o Paraná está na vanguarda novamente com o uso das ferramentas pelos estudantes”, disse.

No caso dos docentes, as ferramentas de IA já eram usadas para a elaboração de materiais didáticos, questões e atividades a partir de vídeos educacionais e documentos de apoio, por exemplo. Agora, o objetivo é avançar com o uso da tecnologia dentro de sala de aula, garantindo aos adolescentes a oportunidade de ter experiências com o uso de sistemas que estão cada vez mais presentes no mundo.

A Prova Paraná, aplicada a cada três meses aos estudantes do 5º ao 9º do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, também será um instrumento importante para a identificação de deficiências de aprendizagem, de acordo com Miranda.

“O Paraná tem a melhor educação do Brasil segundo o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], mas precisamos continuar avançando. Por meio da Prova Paraná identificamos trimestralmente quais os conteúdos os estudantes têm mais dificuldade para que os professores atuem de forma mais assertiva e direta sobre estes tópicos”, explicou o secretário.

VACINAÇÃO 

Além dos aspectos educacionais, a Seed também firmou uma parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para ampliar as taxas de vacinação no Paraná. O trabalho se dará por meio da aplicação dos imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação diretamente nos colégios estaduais a partir de 5 de agosto. Para isso, os pais ou responsáveis deverão autorizar a aplicação por escrito ou acompanhar os alunos à escola no dia marcado munidos da carteira de vacinação.

“As taxas de vacinação estão abaixo do recomendado, por isso é importante que os pais fiquem atentos e autorizem a vacinação dos seus filhos para que os adolescentes estejam protegidos de doenças que podem ser prevenidas”, afirmou o secretário da Educação.

Na metade de julho, a Sesa também criou, com o apoio dos municípios, uma força-tarefa para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes. A ação é direcionada para as vacinas Influenza, Pentavalente, DTP, Pneumocócica 10 e Poliomielite, que estão com baixa adesão no Estado.

PARCEIROS DA ESCOLA 

Outra iniciativa que avança neste segundo semestre letivo é o programa Parceiro da Escola, que consiste na otimização da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parcerias com empresas que possuem expertise em gestão educacional.

De acordo com Miranda, as consultas públicas serão feitas a partir de 20 de outubro. “Entendemos que esse é um modelo que vai reforçar a administração da escola, trazer ganhos pedagógicos e administrativos para o corpo docente e estudantil, mas a decisão final sobre a implantação do Parceiro da Escola é da comunidade escolar, que votará nas consultas públicas que serão realizadas no fim de outubro, logo após o período eleitoral”, disse o secretário da Educação.

A proposta é de que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, o que equivale a quase 10% da rede estadual. As unidades foram escolhidas a partir da observação de pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar.

O programa tem como finalidade principal possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos.

Nas escolas onde a proposta for aprovada, os diretores, os professores e funcionários efetivos já lotados serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado. A gestão pedagógica continuará sob a responsabilidade do diretor concursado.

Hemosc celebra 37 anos com mais de 2 milhões de bolsas de sangue coletadas e transfundidas

O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), unidade do Governo do Estado, chega ao seu 37º aniversário. Especializado em doação de sangue, medula óssea, atendimento hematológico, hemoterápico e suporte laboratorial para transplantes, ao longo dessas décadas, o Hemosc coletou e transfundiu mais de 2 milhões de bolsas. O Centro é uma referência técnica para o país, único hemocentro com tripla certificação de qualidade.

Somente no período de 1ª de janeiro a 30 de junho de 2024, recebeu mais de 18 mil candidatos à doação e realizou mais de 8 mil transfusões.

“Essa é uma data importante para o nosso estado, o Hemosc tem se reinventado a cada ano e a solidariedade do povo catarinense tem sido fundamental para salvar vidas. O nosso reconhecimento em nome da Secretaria de Estado da Saúde, a todos os profissionais que fazem parte da rede”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

O objetivo final da entidade é a captação de sangue, o cadastro de candidatos à doação de medula óssea, o atendimento hematológico e o suporte laboratorial aos transplantes. “Nesse sentido, estamos sempre aprimorando nossos processos com tecnologia e conscientização da sociedade sobre a importância da doação de sangue”, afirma a diretora do Hemosc, Patrícia Carsten.

O Hemosc é um órgão da SES administrado pela Fahece, organização social que prioriza a eficiência e a qualidade do serviço. É responsável por 99% da coleta e distribuição do sangue em Santa Catarina e tem como missão “garantir à população atendimento de qualidade nas áreas de hemoterapia, hematologia, terapia celular e apoio aos transplantes para salvar vidas”.

A sede de Florianópolis foi a primeira a ser implantada no estado. Além da Capital catarinense, está presente nas principais cidades do estado: Blumenau, Chapecó, Criciúma, Joaçaba, Joinville, Lages, Tubarão e Jaraguá do Sul.

A direção do Hemosc e representantes da Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece) e Secretaria de Estado da Saúde (SES) se reuniram com os colaboradores para uma confraternização alusiva à data, que é comemorada no dia 20 de julho. Durante o evento, foi oferecido bolo aos doadores e pacientes da unidade, além da inauguração da galeria digital de ex-diretores da instituição, disponível no site www.hemosc.org.br.

Miomas uterinos, impacto na saúde feminina e como tratar

Os miomas uterinos são uma condição comum que afeta muitas mulheres em idade fértil. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, cerca de 80% dessas mulheres possuem miomas uterinos. Apesar de sua prevalência, ainda há muitas dúvidas sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

O Que São Miomas Uterinos?

Os miomas uterinos, também conhecidos como fibromas uterinos, são tumores benignos que se originam de uma célula alterada no miométrio, a camada muscular do útero. A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que esses tumores surgem quando uma célula modificada perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. “Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, afirma Bianca.

Fatores de Risco

Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de miomas uterinos. A genética desempenha um papel significativo, com estudos mostrando que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais.

Além da genética, hábitos de vida também influenciam o aparecimento de miomas. O consumo de álcool, obesidade e hipertensão são fatores de risco conhecidos. Manter um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir esses riscos.

Sintomas e Diagnóstico

Embora 75% das mulheres com miomas uterinos não apresentem sintomas e só descubram a condição durante exames de rotina, 25% sofrem com diversos sintomas. Estes podem incluir sangramentos intensos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, aumento do volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade.

Esses sintomas podem afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres. A apresentadora Cariúcha, por exemplo, foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas após sofrer por quatro meses com menstruação contínua, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

O tratamento dos miomas uterinos depende da gravidade dos sintomas. Para casos leves, o acompanhamento regular com um ginecologista pode ser suficiente. No entanto, para sintomas intensos, tratamentos mais agressivos podem ser necessários.

Para mulheres que não desejam engravidar, opções de tratamento conservador incluem o uso de medicamentos como pílulas contraceptivas, DIU e anti-inflamatórios para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não seja eficaz, intervenções cirúrgicas podem ser consideradas.

Há várias opções cirúrgicas para tratar miomas uterinos:

  • Histerectomia: Retirada do útero, indicada para casos graves e quando não há desejo de manter a fertilidade.
  • Laparotomia e Laparoscopia: Cirurgias para remover os miomas com menor invasividade.
  • Cirurgia Robótica e Histeroscopia: Técnicas avançadas que permitem maior precisão e recuperação mais rápida.
  • Ablação por Radiofrequência e Embolização: Procedimentos que reduzem os miomas sem necessidade de cirurgia aberta.

Para mulheres com sintomas de infertilidade causados por miomas, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas”, explica Bianca. Miomas maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial podem impedir a implantação adequada do embrião e causar abortos de repetição.

Impacto dos Miomas na Vida Profissional

Os miomas uterinos são uma das principais causas de afastamento de mulheres do trabalho. Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, essa condição foi a principal causa de afastamento no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil mulheres.

A detecção precoce dos miomas uterinos é crucial para o manejo eficaz da condição. Exames de rotina, como ultrassonografias e consultas regulares com o ginecologista, são essenciais para identificar a presença de miomas antes que eles causem sintomas significativos.

Manter um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e exercícios regulares, pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de miomas. Evitar o consumo excessivo de álcool e controlar a hipertensão também são medidas preventivas importantes.

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Estudo mostra que excesso de sal prejudica vasos sanguíneos do cérebro

Um estudo inovador realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal, revelou que o consumo excessivo de sal pode ter um impacto direto e negativo no cérebro, causando danos significativos nos vasos sanguíneos cerebrais.

Consumo de Sal e Saúde Cerebral

De acordo com o resumo do estudo enviado à agência Lusa, foi encontrada uma associação clara entre a alta ingestão de sal na dieta e a disfunção microvascular cerebral. Essa disfunção afeta especialmente o mecanismo fisiológico do acoplamento neurovascular, que é crucial para a saúde do cérebro. A disfunção do acoplamento neurovascular indica que a comunicação entre neurônios e vasos sanguíneos está comprometida, prejudicando a capacidade do cérebro de responder adequadamente a estímulos.

O consumo excessivo de sal é um dos principais fatores que levam à hipertensão arterial, uma condição que aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). O estudo liderado pela investigadora e neurologista Ana Monteiro demonstrou que o sal em excesso afeta diretamente o cérebro, resultando em danos consideráveis aos pequenos vasos sanguíneos cerebrais.

A pesquisa envolveu a avaliação de indivíduos com hipertensão arterial bem controlada, muitos dos quais também tinham diabetes. Esses participantes foram recrutados em um hospital na região do Porto. Foram realizados exames para medir a ingestão diária de sódio, monitorar a pressão arterial durante 24 horas e avaliar a saúde e o funcionamento dos pequenos vasos cerebrais, que são particularmente susceptíveis a danos causados pela pressão alta.

Os resultados do estudo revelaram que os participantes consumiam, em média, 12 gramas de sal por dia, mais que o dobro do valor máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de cinco gramas diárias. Este consumo elevado de sal foi associado a uma menor capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo cerebral nas áreas mais ativas do cérebro durante tarefas específicas, indicando maior rigidez das artérias.

Impacto no Acoplamento Neurovascular

Os pesquisadores concluíram que uma maior ingestão de sal está associada a um pior acoplamento neurovascular durante a estimulação visual. Isso significa que o excesso de sal prejudica a comunicação eficaz entre neurônios e vasos sanguíneos no cérebro, especialmente durante períodos de maior demanda por suprimento vascular para neurônios envolvidos na resposta a estímulos visuais.

Este estudo tem implicações importantes para a saúde pública, destacando a necessidade de uma redução significativa no consumo de sal para proteger a saúde cerebral e reduzir o risco de doenças graves. A hipertensão arterial, alimentada pelo consumo excessivo de sal, não apenas aumenta o risco de AVC, mas também está relacionada a problemas cognitivos e um risco elevado de demência.

O estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores da FMUP e da Northwestern University Feinberg School of Medicine, em Chicago, EUA. Este trabalho faz parte do doutorado em Neurociências de Ana Monteiro, sob a orientação de Elsa Azevedo (FMUP/ULS São João), e foi divulgado em maio deste ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão diária de sal não ultrapasse cinco gramas para ajudar a prevenir hipertensão e suas complicações. Este estudo reforça a importância dessa diretriz, mostrando como o excesso de sal pode causar danos diretos e graves ao cérebro.

Dicas para Reduzir o Consumo de Sal

  • Ler rótulos dos alimentos: Muitos alimentos processados contêm grandes quantidades de sal. Verifique os rótulos e escolha opções com menos sódio.
  • Cozinhar em casa: Preparar suas próprias refeições permite controlar a quantidade de sal adicionada aos alimentos.
  • Usar ervas e especiarias: Em vez de sal, use ervas e especiarias para adicionar sabor às suas refeições.
  • Evitar fast food e alimentos processados: Esses alimentos geralmente contêm altos níveis de sal.
  • Escolher produtos com baixo teor de sódio: Existem muitas alternativas com baixo teor de sódio disponíveis no mercado.

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Ministério da Saúde investiga primeiro caso de morte suspeita por Febre Oropouche em SC

O Ministério da Saúde investiga a primeira morte suspeita por Febre Oropouche em Santa Catarina. A informação foi confirmada pela pasta ao NSC Total na manhã desta segunda-feira (22). Além do Estado, outros três óbitos estão sendo apurados na Bahia e Maranhão.

Segundo o superintendente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria do Estado de Saúde (SES), Fabio Gaudenzi, há uma morte em investigação referente a um morador do Paraná que tinha histórico de viagem à região de Blumenau, em Santa Catarina, no período de incubação da doença. Ele foi diagnosticado no Paraná e a doença evoluiu para óbito também no estado vizinho.

O Ministério da Saúde não confirmou se o caso citado pela Dive é o mesmo investigado pela pasta. “Para se confirmar um óbito pela doença, é preciso uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais específicos”, disse o ministério, em nota, sem informar quando os resultados do exame serão publicados.

A Febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim. Até o dia 16 de julho, 141 casos tinham sido confirmados em Santa Catarina. Somente em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, 65 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

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Veja as cidades com casos confirmados em SC

Antônio Carlos – 2 casos
Benedito Novo – 1 caso
Blumenau – 9 casos
Botuverá – 35 casos
Brusque – 7 casos
Corupá – 3 casos
Guabiruba – 1 caso
Guaramirim – 1 caso
Ilhota – 5 casos
Jaraguá do Sul – 1 caso
Luiz Alves – 65 casos 
São Martinho –  1 caso
Schroeder – 7 casos
Tijucas – 2

Sintomas e tratamentos

Os sintomas são repentinos e parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça, persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença.

A prevenção é feita a partir da proteção contra os mosquitos transmissores. Conforme a Dive, não há tratamento específico para os infectados com a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com acompanhamento da rede municipal de saúde.

A Febre Oropouche foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois disso, foram relatados casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica. Também ocorreram registros da doença no Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. Com a ampliação da investigação da infecção no país, foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.

Fonte: NSC

Aumento de febre oroupouche faz Saúde intensificar investigação de microcefalia

O avanço da febre oroupouche no Brasil tem gerado grande preocupação nas autoridades de saúde. A doença, transmitida por insetos, tem mostrado um aumento significativo de casos em diversas regiões do país. Em resposta, o Ministério da Saúde decidiu intensificar as investigações sobre possíveis relações entre a febre oroupouche e a microcefalia em bebês. Esta medida visa compreender melhor os impactos da doença e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e controle.

A Febre Oroupouche: Contexto e Transmissão

A febre oroupouche é uma doença viral transmitida principalmente por insetos, como mosquitos e flebotomíneos. O vírus oroupouche foi identificado pela primeira vez na Amazônia e, desde então, tem se espalhado por várias regiões do Brasil. Os sintomas da febre oroupouche incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulares, além de náuseas e vômitos. Em casos mais graves, a doença pode causar encefalite, uma inflamação do cérebro que pode levar a complicações neurológicas severas.

Nos últimos meses, o Brasil registrou um aumento preocupante de casos de febre oroupouche. Esta tendência tem alarmado as autoridades de saúde, que estão focadas em identificar as causas desse surto e mitigar seus impactos. O aumento de casos de febre oroupouche levanta preocupações sobre a possível relação entre a doença e a ocorrência de microcefalia em bebês, uma condição em que o bebê nasce com um tamanho de cabeça menor do que o normal, o que pode levar a problemas de desenvolvimento e outros complicações de saúde.

Investigação de Microcefalia em Bebês

O Ministério da Saúde decidiu reforçar as investigações sobre a microcefalia em bebês nascidos de mães que foram infectadas com o vírus oroupouche durante a gravidez. Este esforço visa esclarecer se existe uma correlação direta entre a infecção pelo vírus e a ocorrência de microcefalia. A microcefalia ganhou destaque nas investigações de saúde pública após a epidemia de Zika vírus, que mostrou uma relação clara entre a infecção pelo Zika e o aumento de casos de microcefalia.

Para lidar com o aumento de casos de febre oroupouche, o Ministério da Saúde intensificou a vigilância epidemiológica. A vigilância inclui o monitoramento contínuo de casos suspeitos e confirmados, a coleta de dados sobre a distribuição geográfica da doença e a identificação de possíveis vetores transmissores. Além disso, campanhas de conscientização estão sendo realizadas para informar a população sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir o risco de infecção.

Uma das principais estratégias para controlar a disseminação da febre oroupouche é o combate aos vetores. Isso inclui a eliminação de criadouros de mosquitos e flebotomíneos, o uso de inseticidas e a promoção de medidas de proteção pessoal, como o uso de repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo. Além disso, as autoridades de saúde estão trabalhando para garantir o acesso rápido e eficaz ao diagnóstico e tratamento da febre oroupouche, a fim de reduzir o impacto da doença na população.

A possível relação entre a febre oroupouche e a microcefalia em bebês é uma preocupação significativa. Gestantes são consideradas um grupo de risco elevado, pois a infecção pelo vírus durante a gravidez pode potencialmente afetar o desenvolvimento do feto. As investigações em curso buscam entender melhor essa relação e fornecer diretrizes claras para a proteção de gestantes. Medidas como o uso de repelentes específicos para gestantes e a realização de exames regulares para monitorar a saúde do feto são recomendadas.

O Ministério da Saúde está mobilizando recursos e expertise para enfrentar o avanço da febre oroupouche. Isso inclui a colaboração com instituições de pesquisa, a capacitação de profissionais de saúde para o diagnóstico e manejo da doença e a alocação de fundos para campanhas de prevenção. Além disso, o governo está fortalecendo as parcerias com organizações internacionais de saúde para compartilhar conhecimentos e desenvolver estratégias globais de controle.

Comunidades nas regiões mais afetadas pelo surto de febre oroupouche estão recebendo apoio adicional para lidar com a crise. Isso inclui o fornecimento de equipamentos de proteção, a distribuição de repelentes e a realização de mutirões de limpeza para eliminar possíveis criadouros de mosquitos. As autoridades de saúde também estão promovendo workshops e sessões informativas para educar a população sobre a doença e as medidas preventivas.

O combate à febre oroupouche e a investigação sobre sua relação com a microcefalia enfrentam vários desafios, incluindo a necessidade de mais pesquisas científicas e o fortalecimento das infraestruturas de saúde. No entanto, as ações em curso oferecem esperança de que, com esforços coordenados, seja possível controlar a disseminação da doença e proteger a saúde das gestantes e bebês.

Foto: psicologia.pt

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