Alana Maldonado conquista ouro no judô paralímpico em Paris

Alana Maldonado brilhou mais uma vez nos tatames e conquistou a medalha de ouro na categoria até 70 quilos da classe J2 (para atletas com visão parcial) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Com uma performance dominante, a judoca brasileira superou a chinesa Yue Wang por ippon na decisão, reafirmando sua posição como uma das maiores atletas do judô paralímpico mundial.

A vitória na Arena do Campo de Marte é o segundo ouro paralímpico de Alana, que já havia alcançado o topo do pódio nos Jogos de Tóquio 2020, marcando a história do esporte brasileiro.

Esta conquista é mais do que uma simples medalha. Para Alana, que lutou contra dúvidas e desafios pessoais, o ouro em Paris representa a coroação de um trabalho árduo e a reafirmação de sua capacidade de superar obstáculos, tanto físicos quanto mentais. “Eu sonhei o tempo todo com esse momento. Deus me mostrou que eu sou capaz”, declarou a bicampeã paralímpica, emocionada após a vitória.

A vitória de Alana Maldonado nos Jogos Paralímpicos de Paris é o capítulo mais recente de uma carreira marcada por feitos históricos. A judoca se destacou pela primeira vez nos Jogos de Tóquio 2020, onde se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô paralímpico. Na ocasião, Alana venceu de maneira brilhante, abrindo caminho para que seu nome fosse gravado na história do esporte brasileiro.

O ouro em Tóquio não apenas destacou o talento da judoca, mas também serviu como inspiração para atletas e fãs em todo o país. Agora, em Paris, Alana reforça sua trajetória de sucesso, provando que sua conquista anterior não foi um acaso. A consistência em suas performances e a habilidade de lidar com a pressão em competições de alto nível a consolidam como uma das maiores referências do judô paralímpico mundial.

Por trás da vitória de Alana Maldonado em Paris está uma história de superação, resiliência e fé. A judoca revelou que, antes de chegar à competição, enfrentou momentos de dúvidas sobre sua capacidade de repetir o sucesso de Tóquio. As incertezas, comuns a muitos atletas de alto nível, a fizeram questionar se conseguiria alcançar o ouro mais uma vez.

No entanto, Alana contou com o apoio de sua equipe e de sua fé para superar esses obstáculos. “Deus me fortaleceu e mostrou que eu sou capaz”, afirmou a atleta após a vitória. A superação desses desafios mentais foi crucial para que Alana pudesse entrar no tatame com a confiança necessária para derrotar suas adversárias, culminando na vitória por ippon contra a chinesa Yue Wang.

A performance da judoca brasileira em Paris foi marcada por sua técnica impecável, determinação e foco. Alana controlou a luta desde o início, mostrando o porquê de ser uma das favoritas ao ouro. O ippon, que é o golpe perfeito no judô, encerrou a luta de maneira categórica e garantiu à atleta o topo do pódio.

A conquista de Alana Maldonado nos Jogos Paralímpicos de Paris é um feito importante não só para a atleta, mas também para o esporte paralímpico brasileiro como um todo. O judô, um dos esportes em que o Brasil tem tradição de conquistas, ganha ainda mais visibilidade e reconhecimento com a performance de Alana. Sua vitória serve como inspiração para novos atletas, mostrando que é possível chegar ao topo com dedicação, disciplina e fé.

Além de Alana, o Brasil tem uma longa tradição de sucesso nos Jogos Paralímpicos, com atletas que se destacam em diversas modalidades, incluindo o atletismo, a natação e, claro, o judô. A cada edição dos Jogos, o país consolida sua posição como uma das potências mundiais no esporte paralímpico, e a vitória de Alana reforça essa tendência.

Outra grande performance brasileira no judô em Paris foi a de Brenda Freitas, que conquistou a medalha de prata na categoria até 70 quilos da classe J1 (para atletas cegos totais ou com percepção de luz). A judoca carioca foi derrotada na final pela chinesa Li Liu, mas sua jornada até a medalha de prata foi marcada por lutas duras e pela determinação de representar o Brasil no mais alto nível.

A prata de Brenda é uma conquista significativa, destacando seu talento e esforço dentro e fora do tatame. Embora não tenha subido ao lugar mais alto do pódio, a judoca demonstrou força e habilidade para superar grandes adversárias ao longo do torneio. Sua medalha é motivo de orgulho para o esporte paralímpico brasileiro e uma motivação para continuar evoluindo em competições futuras.

O judô paralímpico tem desempenhado um papel importante no cenário esportivo brasileiro, sendo uma modalidade que constantemente gera medalhas e vitórias para o país. Desde a introdução do judô nos Jogos Paralímpicos em 1988, o Brasil tem se destacado com grandes atletas, tanto no masculino quanto no feminino.

Alana Maldonado e Brenda Freitas são os exemplos mais recentes de uma geração de judocas talentosos que vêm representando o Brasil com excelência. Com suas conquistas, elas não só elevam o nível do esporte no país, mas também ajudam a promover a inclusão e o desenvolvimento do esporte paralímpico, inspirando mais jovens a seguir seus passos.

O Brasil continua a investir no desenvolvimento do judô paralímpico, com programas de formação de atletas e apoio a competições em todo o país. O objetivo é continuar a revelar novos talentos que possam representar o Brasil em competições internacionais e manter o país entre as potências do esporte paralímpico mundial.

Pecuária sustentável: como pastagens perenes podem reduzir emissões de carbono

A pecuária, frequentemente considerada uma das vilãs na emissão de gases de efeito estufa (GEE), está em uma encruzilhada: pode continuar no caminho tradicional, contribuindo para o aquecimento global, ou pode se transformar em uma prática sustentável que, surpreendentemente, ajuda a remover carbono da atmosfera.

A chave para essa transformação está no solo, mais precisamente nas pastagens perenes, que não só alimentam o gado de forma eficiente, mas também atuam como poderosas aliadas na captura de dióxido de carbono (CO2).

Com raízes profundas, que chegam a vários metros abaixo da superfície, essas plantas têm o poder de armazenar carbono no solo, enquanto oferecem uma alimentação de alta qualidade para os animais. Esse processo não só melhora a produtividade da pecuária, mas também oferece uma solução para uma das maiores preocupações ambientais atuais: a redução das emissões de GEE.

Pastagens perenes são espécies de forrageiras que não precisam ser replantadas anualmente e têm a capacidade de se renovar ao longo dos anos. O segredo para sua contribuição na redução das emissões de carbono está em suas raízes. Conforme os animais se alimentam dessas plantas, as raízes morrem e se regeneram, liberando carbono para o solo em vez de mantê-lo na atmosfera.

“É a partir da raiz que as plantas vão acumular e armazenar carbono no solo. A planta realiza a fotossíntese, capturando CO2 da atmosfera e utilizando-o para crescer. Quando a raiz morta se degrada, o carbono que foi obtido da atmosfera vai parar no solo”, explica Tiago Celso Baldissera, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Lages. Essa regeneração constante das raízes permite que o carbono seja sequestrado e armazenado de maneira eficaz.

Algumas espécies de pastagens perenes têm raízes que podem ultrapassar 2 ou 3 metros de profundidade, o que lhes confere uma capacidade única de sequestrar carbono. Estudos mostram que, quando manejadas corretamente, essas pastagens podem remover até 3,79 toneladas de CO2 equivalente (CO2eq) por hectare a cada ano. Além de capturar carbono, essas raízes trazem uma série de benefícios ambientais, como:

  • Aumento da infiltração e armazenamento de água no solo;
  • Redução do risco de erosão;
  • Aumento da resistência do solo a estresses climáticos;
  • Criação de um ambiente fértil para macro e microrganismos.

Além disso, a redução do uso de maquinários para plantio ou semeadura, já que as pastagens perenes não precisam ser replantadas, também ajuda a diminuir as emissões de CO2 associadas ao uso de combustíveis fósseis nas operações agrícolas.

A agropecuária é responsável por aproximadamente 12% das emissões globais de gases de efeito estufa, com o Brasil sendo um dos maiores emissores. Do total de emissões brasileiras, cerca de 28% estão ligadas à agricultura e pecuária. Um dos principais contribuintes para essas emissões é o metano, liberado pelos bovinos durante a digestão.

Para Tiago Baldissera, o que determina o impacto ambiental da pecuária é o manejo adotado. Quando o gado é alimentado com pastagens manejadas de maneira adequada, os sistemas podem, de fato, sequestrar mais carbono do que emitem, tornando-se neutros em carbono. “Com boas práticas de manejo, é possível capturar mais do que emitir, transformando a pecuária em um sistema carbono zero”, explica o pesquisador.

A Epagri, empresa que pesquisa soluções agrícolas em Santa Catarina, prioriza o uso de pastagens perenes no desenvolvimento de sistemas de produção de carne e leite. Esse modelo já foi adotado por 26 mil famílias no estado, das quais 7,7 mil receberam orientações sobre como implantar essas pastagens de maneira eficiente.

A meta é simples: garantir que as pastagens ajudem a tornar a produção pecuária mais sustentável, aumentando a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzindo a pegada de carbono. Um dos focos é o projeto Pecuária ConSCiente Carbono Zero, que busca desenvolver estratégias que levem a uma pecuária neutra em emissões de carbono até 2026.

O Pecuária ConSCiente Carbono Zero, em desenvolvimento desde 2022, foca em uma série de práticas que podem transformar a forma como a pecuária é realizada no Brasil. O projeto explora desde o manejo adequado das pastagens até a nutrição animal e a gestão do solo, com o objetivo de reduzir as emissões de metano entérico, um dos maiores vilões no setor pecuário.

A meta do projeto é clara: criar sistemas de produção de carne e leite que sejam não apenas produtivos, mas também sustentáveis, associando a imagem da pecuária brasileira a um modelo carbono zero. Com o apoio de tecnologias avançadas e a adoção de práticas sustentáveis, como o manejo de pastagens diversificadas, o sequestro de carbono pode se tornar uma realidade em grandes áreas de produção.

O compromisso de Santa Catarina com a sustentabilidade vai além da pecuária. O estado faz parte do plano ABC+, um esforço nacional para reduzir as emissões de GEE na agricultura. Esse plano busca, entre outras metas, a recuperação de pastagens degradadas e o aumento da matéria orgânica no solo, fatores essenciais para o sequestro de carbono.

Em 2023, por exemplo, o manejo de 8,7 mil hectares de pastagens degradadas resultou no sequestro de 50 mil toneladas de carbono equivalente. Até 2030, o plano ABC+ visa a mitigação de 86,78 milhões de toneladas de carbono, o que demonstra o potencial de tecnologias de baixo carbono no setor agropecuário.

Para garantir que as pastagens realmente beneficiem o meio ambiente e os indicadores econômicos, é essencial escolher as espécies corretas. Entre as variedades recomendadas pela Epagri estão o capim-elefante BRS Kurumi, Tifton-85, Jiggs, braquiárias e capim-tangola, que são espécies de verão altamente produtivas.

Além dessas, as leguminosas também desempenham um papel importante na sustentabilidade das pastagens, especialmente pelo seu poder de fixar nitrogênio no solo. O amendoim-forrageiro e espécies como trevo-branco e cornichão ajudam a melhorar a fertilidade do solo, tornando a produção mais estável ao longo do ano.

A história do pecuarista Fábio Zen Salces, de Bocaina do Sul, é um exemplo claro de como o manejo correto de pastagens perenes pode transformar uma propriedade. Depois de começar a usar pastagens perenes em 5 hectares em 2021, Fábio expandiu a área para 48 hectares, alimentando entre 120 e 200 bovinos de corte.

Com uma alimentação de qualidade garantida o ano todo, Fábio viu sua produção se tornar mais eficiente e econômica. “O investimento é maior no primeiro ano, mas a pastagem permanece produtiva por anos. O custo é muito inferior às pastagens anuais”, explica. Além disso, os benefícios ambientais também se fizeram evidentes, com o solo da propriedade se tornando mais resistente ao pisoteio e à erosão, mesmo em períodos de chuvas intensas.

Poupança registra saques maiores que depósitos em agosto, revela Banco Central

Em agosto de 2024, as retiradas da poupança no Brasil superaram os depósitos em R$ 398 milhões, conforme os dados divulgados pelo Banco Central (BC). Essa diferença é o reflexo de um cenário em que a tradicional caderneta de poupança enfrenta uma crescente evasão de recursos, impulsionada pelas mudanças nos hábitos de poupança dos brasileiros e pelas alternativas de investimento com rendimentos mais atrativos.

De acordo com o relatório do BC, foram aplicados R$ 351,765 bilhões na poupança durante o mês de agosto, enquanto os saques totalizaram R$ 352,163 bilhões.

Este artigo irá explorar os números divulgados, analisando as razões por trás das retiradas maiores que os depósitos, os setores que mais influenciam essa movimentação, além de discutir o rendimento da poupança no período e o saldo total do sistema no Brasil.

Em agosto de 2024, o Brasil continuou a enfrentar um cenário de juros elevados e alternativas de investimento mais rentáveis, o que tem contribuído para que muitos poupadores retirem seus recursos da poupança. De acordo com os dados do Banco Central, o saldo negativo de R$ 398 milhões na caderneta de poupança reflete um movimento que vem sendo observado nos últimos meses: uma maior quantidade de saques em relação aos depósitos.

Historicamente, a poupança sempre foi uma opção popular entre os brasileiros, especialmente por sua segurança e liquidez. No entanto, o atual cenário econômico, marcado por uma alta inflação e pela taxa básica de juros (Selic) elevada, tem levado muitos investidores a migrarem para produtos financeiros que oferecem retornos superiores, como os títulos de renda fixa e os fundos de investimento. Esse movimento ajuda a explicar o porquê de, apesar de ainda ser amplamente utilizada, a poupança ter registrado saldo negativo.

Do total de saques e depósitos registrados em agosto, os recursos aplicados na poupança vinculada ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), direcionada ao crédito imobiliário, tiveram um impacto significativo. Foram registrados R$ 302,365 bilhões em depósitos no SBPE, enquanto os saques chegaram a R$ 303,653 bilhões, resultando em um saldo negativo de R$ 1,288 bilhão.

O setor imobiliário, tradicionalmente associado à poupança, enfrenta desafios em meio ao aumento das taxas de juros. Isso tem levado tanto investidores quanto compradores de imóveis a reavaliar suas opções de financiamento e aplicação de recursos. Por outro lado, o rendimento da poupança no SBPE foi expressivo, somando R$ 4,070 bilhões no mês de agosto, o que mantém a caderneta como uma ferramenta importante para o financiamento imobiliário, embora com menor captação líquida.

No setor do crédito rural, os resultados foram um pouco diferentes. Os depósitos somaram R$ 49,4 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 48,510 bilhões, resultando em uma captação líquida de R$ 890 milhões. Essa performance indica que o setor rural tem conseguido manter uma maior estabilidade em relação ao crédito imobiliário, mesmo em um contexto econômico desafiador.

Em termos de rendimento, a poupança continua a oferecer uma rentabilidade mais baixa em comparação a outros produtos financeiros disponíveis no mercado. No entanto, o saldo total da poupança atingiu R$ 1,020 trilhão em agosto, mostrando um pequeno crescimento em relação a julho, quando o saldo era de R$ 1,016 trilhão.

O rendimento total da poupança em agosto foi de R$ 5,439 bilhões, sendo R$ 4,070 bilhões oriundos do SBPE e R$ 1,369 bilhões do crédito rural. Embora o rendimento seja relativamente baixo em relação à inflação e a outros investimentos, o saldo total da poupança continua a crescer, o que indica que, apesar dos saques, a caderneta de poupança ainda é uma das opções preferidas dos brasileiros.

Esse crescimento do saldo total também pode ser atribuído à segurança da poupança. Para muitos brasileiros, especialmente aqueles com menor conhecimento sobre o mercado financeiro, a poupança ainda representa uma maneira confiável de guardar dinheiro, mesmo que os rendimentos não acompanhem a inflação.

Outro fator importante a ser considerado é a captação líquida da poupança, que se refere à diferença entre os depósitos e os saques. Em agosto, a captação líquida foi negativa no SBPE, com um saldo de R$ 1,288 bilhão, enquanto no setor de crédito rural foi positiva, com R$ 890 milhões.

Esses números refletem as mudanças no comportamento dos investidores e poupadores, que buscam alternativas mais rentáveis em um cenário de juros altos. A Selic, atualmente em um patamar elevado, torna outros tipos de investimento mais atrativos, como o Tesouro Direto e CDBs, que oferecem rentabilidades maiores do que a poupança.

Esse movimento também pode ser visto no comportamento de outros produtos financeiros atrelados à taxa de juros, que têm ganhado espaço nos portfólios dos brasileiros. Com a inflação alta e o custo de vida em crescimento, muitos investidores buscam maximizar seus rendimentos, o que impacta diretamente na captação líquida da poupança.

Mesmo com saques superando os depósitos, a poupança permanece como um dos principais instrumentos financeiros no Brasil, especialmente por sua liquidez e isenção de imposto de renda para pessoas físicas. Embora ofereça um rendimento abaixo de outros produtos, seu apelo ainda é forte entre os brasileiros mais conservadores, que priorizam a segurança sobre o retorno financeiro.

No entanto, para quem busca maiores ganhos no longo prazo, a diversificação dos investimentos tem se tornado uma prática mais comum. Os títulos do Tesouro, fundos de investimento e CDBs oferecem melhores retornos em cenários de alta dos juros, e o aumento do acesso a informações financeiras tem permitido que mais pessoas explorem essas opções. Isso não significa que a poupança perderá sua relevância, mas sim que ela poderá se manter como uma opção complementar dentro de um portfólio mais diversificado.

Com o cenário de juros elevados, é provável que a tendência de saques maiores que os depósitos na poupança se mantenha nos próximos meses, especialmente se a Selic continuar em níveis altos. A recuperação da economia e possíveis reduções na taxa de juros, no entanto, podem mudar essa dinâmica, tornando a poupança novamente mais atrativa para os investidores de perfil conservador.

Além disso, a estabilidade econômica e o controle da inflação serão fatores decisivos para o comportamento dos poupadores. Caso o cenário inflacionário melhore e as taxas de juros comecem a cair, é possível que os brasileiros voltem a confiar mais na caderneta de poupança como uma opção viável para acumulação de recursos.

Renda dos trabalhadores brasileiros cresce 5,8% no segundo trimestre de 2024

A renda habitual média dos trabalhadores brasileiros registrou um crescimento interanual de 5,8% no segundo trimestre de 2024, de acordo com estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira, 6 de setembro.

Os dados, extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que os rendimentos do trabalho seguem em trajetória de elevação, embora com algumas flutuações mensais. Após alcançar o pico de R$ 3.255 em abril, o rendimento habitual médio real caiu para R$ 3.187 em julho, uma redução de 2,1%.

Este artigo analisa as nuances do crescimento da renda no Brasil, detalhando como diferentes categorias de trabalhadores, setores econômicos e regiões do país experimentaram variações em seus rendimentos, e o impacto desse cenário no poder de compra dos brasileiros.

Os dados do segundo trimestre de 2024 indicam um aumento interanual considerável na renda habitual média dos trabalhadores brasileiros. O avanço de 5,8% é uma boa notícia em um momento em que a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia segue desafiadora. No entanto, o estudo aponta também para uma retração de 2,1% na renda em julho, após o pico de abril, o que reflete a volatilidade que ainda afeta a economia.

Essa oscilação demonstra que, apesar do crescimento generalizado, fatores como inflação, políticas salariais e a flutuação econômica em determinados setores ainda impactam o poder de compra dos trabalhadores. O recuo observado entre abril e julho deve ser observado com cautela, pois revela um possível enfraquecimento temporário da capacidade de consumo, que pode afetar outros indicadores econômicos.

Um dos pontos mais relevantes do estudo é a diferença no crescimento dos rendimentos entre as diversas categorias de trabalhadores. De forma geral, os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira assinada e funcionários do setor público experimentaram um crescimento acima da média, com variações de 7%, 7,9% e 7,4%, respectivamente.

Por outro lado, os trabalhadores privados com carteira assinada apresentaram um crescimento mais modesto, de 4,4%, o que revela uma diferença significativa no ritmo de recuperação desses grupos. Desde o início de 2023, essa categoria tem registrado um crescimento mais lento em comparação com outros tipos de vínculo empregatício. Isso pode ser explicado pela rigidez dos contratos de trabalho formais e pelo impacto da inflação nas negociações salariais do setor privado.

A diferença de crescimento entre as categorias de trabalhadores destaca um ponto importante: a flexibilização no mercado de trabalho, especialmente para trabalhadores autônomos e do setor público, pode ter contribuído para uma recuperação mais ágil desses grupos, enquanto o setor privado formal ainda enfrenta desafios para reajustar salários em um ritmo competitivo.

Além das diferenças por categoria de trabalhadores, o estudo revela variações regionais e por nível de escolaridade. A Região Nordeste foi destaque no aumento da renda, com um crescimento de 8,5%, enquanto a Região Centro-Oeste apresentou o menor aumento, com 3,3%. Esse crescimento desigual pode ser atribuído a fatores locais, como políticas públicas regionais, investimento em infraestrutura e o impacto de indústrias locais no mercado de trabalho.

No que diz respeito à escolaridade, os trabalhadores com ensino superior obtiveram um crescimento de 5,7% em seus rendimentos, enquanto aqueles com ensino fundamental incompleto ou escolaridade inferior registraram um crescimento fraco de 1,1%. Esse dado ressalta a importância da educação como fator determinante para melhores oportunidades de trabalho e aumentos salariais no Brasil.

Outro ponto interessante é o crescimento de 8,8% na renda entre os trabalhadores com mais de 60 anos. Esse aumento pode ser reflexo do envelhecimento da população brasileira e do maior número de idosos ativos no mercado de trabalho, especialmente em atividades que não demandam grande esforço físico ou que permitem o trabalho remoto.

Os rendimentos dos trabalhadores também variaram significativamente entre os setores da economia. O desempenho mais fraco foi observado nos setores de construção, agricultura e serviços profissionais, com quedas ou crescimentos modestos:

  • Construção: queda de 1%;
  • Agricultura: aumento de apenas 0,5%;
  • Serviços profissionais: aumento de 2,1%.

Esses números indicam que, apesar do crescimento generalizado da renda, alguns setores ainda enfrentam desafios para se recuperar completamente. A construção, em particular, vem sofrendo com a desaceleração de projetos de infraestrutura e o aumento dos custos de insumos, enquanto a agricultura sente os impactos de crises climáticas e a instabilidade no preço de commodities.

Por outro lado, os trabalhadores da indústria e da administração pública tiveram um desempenho acima da média, com aumentos superiores a 8%. A administração pública, em especial, tem se beneficiado de reajustes salariais recentes e da estabilidade de seus empregos, enquanto a indústria, com o aumento da demanda por produtos manufaturados e a retomada de atividades pós-pandemia, apresentou uma recuperação mais robusta.

O estudo também destaca a diferença de crescimento dos rendimentos entre homens e mulheres. Embora, ao longo de 2023, a renda habitual das mulheres tenha crescido em um ritmo superior ao dos homens (com variação de 4,2% contra 2,5% no quarto trimestre), no segundo trimestre de 2024 o cenário se inverteu. O crescimento da renda dos homens foi de 6,2%, enquanto o das mulheres ficou em 5,2%.

Essa diferença de crescimento pode ser explicada por diversos fatores, incluindo as disparidades salariais históricas entre os gêneros e as variações no tipo de ocupação que homens e mulheres desempenham no mercado de trabalho. No entanto, o fato de a renda das mulheres ter superado a dos homens em certos períodos é um sinal de que, embora persistam as desigualdades, há uma tendência de avanço em direção à equiparação salarial.

O crescimento de 5,8% na renda habitual média dos trabalhadores brasileiros no segundo trimestre de 2024 representa um avanço importante em um contexto econômico ainda desafiador. No entanto, as flutuações mensais e as diferenças no desempenho entre categorias, regiões e setores indicam que ainda há muito trabalho a ser feito para garantir um crescimento sustentável e equitativo.

Para os próximos meses, será fundamental acompanhar de perto a evolução da economia brasileira, especialmente em relação à inflação, à recuperação do poder de compra e à criação de empregos formais. Setores como a construção e a agricultura precisarão de políticas específicas para superar seus desafios, enquanto o setor de serviços e o comércio poderão continuar a desempenhar papéis importantes na geração de renda.

Paraná comemora liderança no Ideb com avanços no programa Educa Juntos

No Dia Mundial da Alfabetização, celebrado em 8 de setembro, o Paraná tem motivos de sobra para comemorar. O estado, que já figurava entre os melhores do Brasil em termos de educação, reforçou sua posição de liderança com o sucesso do programa Educa Juntos, uma iniciativa do Governo Estadual em parceria com os municípios.

Com o objetivo de melhorar a aprendizagem e a alfabetização dos estudantes da rede pública, o programa tem se mostrado um importante alicerce para o avanço educacional do Paraná.

De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Paraná consolidou-se como o estado com a melhor educação do Brasil, atingindo 6,7 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos iniciais do ensino fundamental, superando a meta estabelecida para o período de 2007 a 2021.

Os números que colocam o Paraná no topo do ranking nacional do Ideb não são fruto do acaso. O programa Educa Juntos, lançado em 2022, desempenhou um papel crucial nesse avanço. O foco do programa é oferecer suporte contínuo aos municípios por meio da distribuição de materiais didáticos, ferramentas de monitoramento escolar e avaliações diagnósticas, além de proporcionar formação contínua aos profissionais da educação. Tudo isso tem contribuído para a melhoria da qualidade de ensino e o desenvolvimento de uma base sólida para a alfabetização e o aprendizado dos estudantes.

Esse esforço colaborativo entre o Governo do Paraná e os municípios permitiu ao estado superar rivais históricos no ranking educacional, como Ceará e São Paulo, consolidando a liderança no ciclo do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. De acordo com a Fiesc, o crescimento contínuo é um indicativo da eficácia de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento educacional.

A alfabetização é um dos pilares fundamentais para o sucesso escolar e para a construção de uma educação de qualidade. No Paraná, essa importância é refletida nos resultados do programa Educa Juntos, que tem como uma de suas principais estratégias o Alfabetiza Juntos. Esse componente do programa oferece materiais complementares em língua portuguesa e matemática, além de avaliações diagnósticas que permitem identificar os desafios e orientar as ações pedagógicas de forma personalizada para cada município.

A coordenadora do Núcleo de Cooperação Pedagógica com os Municípios (NCPM), Eliane Benatto, destacou o impacto desse programa na alfabetização das crianças paranaenses. “O relatório de alfabetização do MEC indica que 73% das crianças do Paraná já estão alfabetizadas, mas a nossa meta é garantir que 100% dos estudantes estejam plenamente alfabetizados até o final do segundo ano do ensino fundamental”, afirmou.

Essa meta ambiciosa reflete o compromisso do estado com a educação e o desejo de garantir que nenhuma criança seja deixada para trás. Com o suporte técnico, pedagógico e logístico proporcionado pelo Educa Juntos, os professores têm à disposição uma série de recursos que facilitam o processo de ensino, mesmo diante dos desafios impostos pelos novos tempos.

A pandemia da Covid-19 trouxe desafios inéditos para a educação em todo o mundo, e o Paraná não foi exceção. No entanto, o estado encontrou no Educa Juntos uma ferramenta essencial para superar esses obstáculos e garantir que as crianças continuassem seu processo de aprendizado, mesmo após um longo período de afastamento das salas de aula.

Ana Paula Bonetti, diretora da Escola Municipal Professor Mário Flores, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, destaca o impacto positivo dos materiais didáticos desenvolvidos pelo programa. “Os materiais do Educa Juntos têm sido fundamentais no processo de alfabetização das crianças, especialmente agora, quando elas precisam de atividades que captem sua atenção e compensem o tempo perdido durante a pandemia”, explicou.

As crianças que passaram boa parte do tempo em contato com telas e dispositivos eletrônicos agora enfrentam o desafio de se readequar ao ensino presencial. Nesse cenário, as atividades interativas e atrativas propostas pelo Educa Juntos se mostram ainda mais valiosas, ajudando a restabelecer a concentração e o foco dos alunos.

O sucesso do Paraná no Ideb e os avanços na alfabetização dos alunos mostram que a educação pode ser um poderoso motor de transformação social. Os resultados obtidos por meio do Educa Juntos não apenas fortalecem a rede de ensino do estado, mas também contribuem para a melhoria da qualidade de vida das famílias paranaenses, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

Além da alfabetização, o programa tem ajudado a aprimorar outras áreas do ensino fundamental, como a formação continuada dos professores, garantindo que os profissionais da educação estejam sempre atualizados com as melhores práticas pedagógicas. A partir dessa base sólida, espera-se que o Paraná continue a colher os frutos de seu investimento na educação pública, reforçando sua posição de destaque no cenário nacional.

Outro ponto positivo que merece destaque no cenário educacional paranaense é o crescimento da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Dados recentes mostram um aumento de 13,7% na procura por essa modalidade no segundo semestre de 2024, o que reflete um esforço contínuo do estado para garantir que todos, independentemente de sua idade, tenham acesso à educação de qualidade.

Essa crescente demanda pela EJA também pode ser atribuída à eficácia das políticas públicas implementadas pelo Governo do Paraná. Com uma abordagem inclusiva e acessível, o estado tem conseguido atrair jovens e adultos que, por diferentes razões, não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade regular. Agora, com a retomada de suas trajetórias educacionais, esses estudantes podem aspirar a uma melhor qualificação profissional e novas oportunidades no mercado de trabalho.

Todo o sucesso do Educa Juntos não seria possível sem a dedicação e o empenho dos professores e demais profissionais da educação que atuam na rede pública do Paraná. O programa não só fornece materiais didáticos e ferramentas de suporte, mas também promove a formação contínua desses profissionais, garantindo que estejam preparados para os desafios do ensino atual.

O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, reconheceu o papel central dos professores nesse processo: “O avanço no Ideb é um reflexo direto do trabalho incansável dos nossos professores e da colaboração entre o estado e os municípios. Estamos comprometidos com a melhoria contínua da educação, e o sucesso do Educa Juntos demonstra a eficácia de nossas ações colaborativas em prol da alfabetização e da qualidade educacional”, afirmou.

Streamer consegue liminar para desbloquear conta banida e retomar atividades

O mercado de jogos eletrônicos, com seu crescimento exponencial nos últimos anos, tornou-se uma fonte de renda e profissão para muitos jogadores, especialmente streamers, que dependem diretamente de suas contas em plataformas de jogos para gerar conteúdo e obter lucros.

Em um ambiente onde regras rígidas contra o uso de hacks e cheats são aplicadas, os banimentos de contas podem ser frequentes, mas também polêmicos. Recentemente, um caso ganhou destaque no Brasil quando o streamer de jogos eletrônicos Lucas Gabriel Meri conseguiu uma liminar na justiça para desbloqueio de sua conta, após ser banido sem explicações claras.

Esse tipo de decisão judicial representa um marco para profissionais que vivem dos jogos, destacando a importância da clareza e da comunicação entre empresas desenvolvedoras de games e seus usuários.

No dia 02 de setembro, Lucas Gabriel Meri, um streamer que faz transmissões ao vivo de seus jogos eletrônicos em plataformas de streaming como Twitch e YouTube, conseguiu uma liminar pela 2ª Vara Cível do Foro e Comarca de Birigui, do Tribunal de Justiça de São Paulo, para o desbloqueio de sua conta no jogo. A conta havia sido banida pela empresa Activision Blizzard Brasil Promoções LTDA, sob a acusação de uso de hacks, o que resultou na exclusão imediata de seu acesso ao jogo.

O banimento ocorreu sem que a empresa fornecesse esclarecimentos detalhados sobre as razões específicas para a ação, o que levou o streamer a buscar a justiça para reverter a situação. Com a decisão favorável, o juiz Lucas Gajardoni Fernandes deu à empresa um prazo de cinco dias para reativar a conta de Lucas Gabriel, mantendo-a nas mesmas condições em que estava antes do bloqueio. A medida, considerada uma vitória para o streamer, evidencia o peso que um banimento injustificado pode ter na vida de um profissional de games.

O que torna esse caso particularmente relevante é o impacto que o banimento de uma conta pode ter na carreira de um streamer. Esses profissionais dependem de suas contas para transmitir seus jogos ao vivo, interagir com seus seguidores e gerar receita. Em muitos casos, um banimento pode significar a perda de milhares de horas de progresso em jogos, a interrupção de contratos de patrocínio e, sobretudo, a desconexão com uma audiência fiel que acompanha as transmissões.

A advogada do caso, Dra. Layla Rodrigues, destacou que liminares para restabelecimento de contas banidas são uma exceção na justiça. Normalmente, o processo envolve primeiro ouvir a parte contrária antes de qualquer decisão, mas em situações como a de Lucas Gabriel, onde o prejuízo pode ser grave e irreversível, uma medida emergencial se faz necessária. “Quando a pessoa que teve a conta banida trabalha com o jogo, o prejuízo é extremamente grave, por isso, as tutelas de urgência oferecem um alívio imediato ao streamer”, explicou a advogada.

O uso de hacks e cheats em jogos eletrônicos é um tema sensível tanto para os jogadores quanto para as desenvolvedoras de games. Hacks permitem que jogadores ganhem vantagens desleais, como aumento de velocidade, invulnerabilidade ou mira automática, prejudicando a experiência de outros jogadores. Para coibir essa prática, empresas como a Activision Blizzard adotam sistemas rigorosos de monitoramento e punição.

No entanto, o caso de Lucas Gabriel Meri levanta uma questão importante: a falta de transparência por parte da empresa ao aplicar o banimento. O streamer alegou que não houve esclarecimentos suficientes sobre as razões que levaram ao bloqueio, o que viola princípios básicos de comunicação e transparência entre empresa e cliente.

A Activision Blizzard, como muitas outras desenvolvedoras, se reserva o direito de banir contas que violem seus termos de serviço. Contudo, em casos onde um jogador faz do jogo sua fonte de renda, como no caso dos streamers, o impacto pode ser devastador. Um banimento injustificado pode não apenas prejudicar financeiramente o jogador, mas também manchar sua reputação entre a comunidade de fãs e patrocinadores.

A decisão judicial a favor de Lucas Gabriel Meri lança luz sobre um novo campo de litígios relacionados aos jogos eletrônicos. Com o crescimento do mercado de eSports e do streaming, muitos jogadores estão cada vez mais profissionalizando suas atividades. Isso inclui investimentos significativos em equipamentos, horas dedicadas ao aprimoramento de habilidades e, em muitos casos, a criação de contratos de patrocínio e parcerias.

Nesse cenário, o banimento de contas em jogos eletrônicos pode ser comparado à suspensão de um profissional de sua atividade de trabalho sem justificativa clara. Assim, a justiça brasileira está começando a reconhecer que, para jogadores profissionais, especialmente streamers, uma conta de jogo é mais do que apenas lazer – é uma ferramenta de trabalho. A liminar concedida a Lucas Gabriel Meri reforça esse entendimento, reconhecendo que o banimento de uma conta pode gerar prejuízos irreparáveis.

As empresas de jogos, especialmente as que operam grandes títulos como a Activision Blizzard, precisam revisar suas políticas de comunicação com os jogadores, particularmente aqueles que são profissionais do setor. A aplicação de punições, como o banimento, deve ser acompanhada de um processo claro e transparente, onde o jogador possa entender exatamente o que aconteceu e tenha a oportunidade de se defender adequadamente.

Neste caso específico, a falta de explicações detalhadas sobre o motivo do banimento foi um fator crucial para a concessão da liminar. O juiz Lucas Gajardoni Fernandes entendeu que, sem os devidos esclarecimentos por parte da Activision Blizzard, o streamer teve seus direitos prejudicados, o que justificou a intervenção da justiça.

A vitória judicial de Lucas Gabriel Meri pode abrir precedentes para que outros streamers e jogadores profissionais que enfrentem situações semelhantes recorram à justiça para proteger suas contas e suas atividades profissionais. A indústria de jogos eletrônicos, com seu ecossistema complexo e altamente competitivo, continuará a crescer, e questões como banimentos injustificados e a falta de comunicação entre desenvolvedoras e jogadores serão cada vez mais debatidas nos tribunais.

Para os streamers, isso pode representar uma segurança maior em suas atividades, sabendo que há respaldo jurídico caso suas contas sejam injustamente bloqueadas. Ao mesmo tempo, as desenvolvedoras de jogos terão que aprimorar seus sistemas de detecção de hacks e cheats, garantindo que as punições sejam justas e bem fundamentadas.

Queda no endividamento das famílias brasileiras indica cautela no uso do crédito

Em meio a um cenário econômico desafiador, marcado por juros elevados e recuperação econômica lenta, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), conduzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou uma leve queda no endividamento das famílias brasileiras pelo segundo mês consecutivo.

O percentual de lares com dívidas a vencer recuou para 78% em agosto, em comparação aos 78,5% registrados em julho, embora o índice ainda seja superior ao do mesmo período de 2022. Apesar dessa melhoria no endividamento geral, outras questões econômicas persistem, como o aumento do número de famílias que se consideram “muito endividadas”.

O comportamento recente do endividamento reflete uma maior cautela das famílias em relação ao uso do crédito, mas a inadimplência e o comprometimento da renda continuam em patamares elevados, sugerindo que a economia brasileira ainda enfrenta grandes desafios.

A recente queda no endividamento, conforme apontado pela CNC, pode ser vista como um sinal positivo de que as famílias estão tomando decisões financeiras mais cautelosas. Segundo o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, essa mudança de comportamento está intimamente ligada ao cenário macroeconômico. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% no segundo trimestre de 2023 superou as expectativas, mas também trouxe à tona um ambiente econômico ainda incerto. “O alívio do endividamento é positivo, mas precisamos considerar que os juros elevados e a recuperação econômica lenta ainda geram incertezas para as famílias brasileiras. Uma possível retração no consumo pode afetar a retomada do crescimento”, alerta Tadros.

A redução no endividamento das famílias pode ser vista como uma tentativa de manter as finanças sob controle em um cenário de alta volatilidade econômica. Contudo, é importante considerar que essa cautela também pode representar uma redução no consumo, o que afeta diretamente a economia do país, especialmente no setor de bens e serviços, que depende do crédito para alavancar as vendas.

Apesar da diminuição no endividamento geral, a inadimplência continua sendo um dos maiores desafios para as famílias brasileiras. A Peic indicou que o percentual de lares com dívidas em atraso se manteve em 28,8% pelo terceiro mês consecutivo, um número estável, mas ainda preocupante. Mais alarmante é o aumento do percentual de famílias que afirmam não ter condições de pagar suas dívidas atrasadas, que subiu para 12,1% em agosto. Isso demonstra que, mesmo com a estabilização no número de contas em atraso, muitas famílias continuam enfrentando dificuldades financeiras.

Outro dado relevante é o aumento do percentual de dívidas em atraso há mais de 90 dias, que chegou a 48,6%, o maior patamar desde março de 2020. Esse indicador reforça a complexidade da situação, onde, apesar da redução no número de famílias endividadas, aquelas que permanecem com dívidas encontram maiores dificuldades para quitá-las.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, comenta que o elevado comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas é um dos principais fatores que explicam o cenário. “O percentual médio de comprometimento da renda foi de 29,6% em agosto, demonstrando que as famílias estão buscando manter suas finanças sob controle, mas precisam alongar os prazos e lidar com juros altos, o que complica a situação”, observa Tavares.

O crédito, especialmente o uso de cartões, continua sendo uma das principais modalidades de endividamento no Brasil. O cartão de crédito lidera entre os devedores, com uma participação de 85,7%, embora tenha havido uma leve retração de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior. Por outro lado, o crédito pessoal apresentou um aumento de 0,5 p.p. em comparação a julho, e de 1,8 p.p. em relação a agosto de 2022, resultado das recentes reduções nas taxas de juros dessa modalidade.

O comprometimento da renda familiar com dívidas também atingiu níveis preocupantes. O percentual de famílias com mais da metade de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas chegou a 19,9%, o maior desde junho deste ano. Esse dado reflete o impacto que o crédito exerce sobre o orçamento das famílias, especialmente em um momento em que as taxas de juros estão elevadas e o custo de vida continua pressionando o orçamento familiar.

As projeções da CNC indicam que o endividamento pode voltar a subir nos últimos meses de 2023, acompanhando um aumento gradativo da inadimplência, que poderá atingir 29,5% até dezembro. Com a aproximação das festas de final de ano, quando o consumo costuma aumentar, há uma expectativa de que as famílias voltem a recorrer ao crédito para cobrir despesas adicionais.

No entanto, a combinação de juros elevados e a fragilidade econômica podem dificultar a capacidade de pagamento dessas dívidas, resultando em uma inadimplência crescente. O desafio, portanto, será equilibrar o consumo com uma gestão financeira mais cautelosa para evitar o endividamento excessivo e a incapacidade de quitar as dívidas.

O estado do Rio Grande do Sul tem sido particularmente afetado pelo aumento do endividamento, especialmente após as enchentes que ocorreram em maio de 2023. De acordo com a pesquisa, o percentual de famílias endividadas no estado chegou a 92,9% em agosto, o maior desde outubro de 2023. Além disso, 39,1% das famílias relatam ter dívidas em atraso, enquanto 3,7% afirmam não ter condições de quitá-las, o maior índice desde agosto de 2021.

Esses números destacam a vulnerabilidade das famílias gaúchas, que foram duramente impactadas pelas perdas materiais causadas pelas enchentes e agora enfrentam um cenário de endividamento crescente. A recuperação econômica no estado será um processo lento, e o aumento das dívidas pode agravar ainda mais a situação financeira das famílias locais.

Debate público em Curitiba discute IPVA zero para motos de baixa cilindrada no Paraná

Em uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Paraná, no dia 4 de setembro, discutiu-se a implementação da Resolução nº 15 do Senado Federal, que propõe alíquota zero do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para motocicletas de até 170 cilindradas.

Esse tema tem ganhado relevância no estado, já que um número crescente de motociclistas tem migrado para estados vizinhos, como Santa Catarina, onde a carga tributária é menor. Proposto pelo deputado Tito Barichello (União Brasil), o evento buscou ouvir as demandas dos motociclistas e promover um diálogo com o governo estadual.

A Resolução nº 15, promulgada em 2022, estabelece a possibilidade de isenção do IPVA para motos de baixa cilindrada, mas deixa a decisão final nas mãos dos estados. A medida entrou em vigor em janeiro de 2023, e no Paraná, a alíquota atual de 3,5% ainda gera descontentamento entre os motociclistas. Para se ter uma ideia, estados vizinhos como Santa Catarina praticam uma alíquota de apenas 1%, o que incentiva muitos proprietários de motocicletas a registrarem seus veículos fora do Paraná, gerando perda de arrecadação para o estado.

Durante a audiência, o deputado Tito Barichello destacou que o objetivo do encontro era produzir um relatório a ser entregue ao governador do estado, mostrando as demandas dos motociclistas. “Boa parte da frota de motos paranaenses está sendo registrada em Santa Catarina. A nossa alíquota de 3,5% é a maior do Brasil, e precisamos verificar se há uma adequação possível”, afirmou Barichello.

Além da questão tributária, outro ponto relevante da discussão foi o impacto econômico das motos de até 170 cilindradas. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), esses veículos representam 80% das vendas no Brasil e são utilizados principalmente por profissionais de entrega, os chamados motoboys. Durante a pandemia, o papel desses trabalhadores foi amplamente reconhecido, já que o transporte de produtos e serviços essenciais dependia fortemente das entregas rápidas feitas por motociclistas.

O deputado Barichello reforçou essa importância: “Essas motos são responsáveis por movimentar nossa economia, especialmente na área de entregas. São veículos de baixo custo e alta eficiência, que acabam fazendo o trabalho que muitas vezes o poder público não consegue cobrir”. A isenção do IPVA, nesse contexto, poderia representar um alívio financeiro para milhares de trabalhadores que utilizam motocicletas em suas atividades diárias.

Além do IPVA, a audiência pública trouxe à tona outras reivindicações dos motociclistas paranaenses, como a criação da Faixa Azul. Inspirada em iniciativas de outros estados e países, a Faixa Azul seria uma área exclusiva para o tráfego de motos em avenidas movimentadas, oferecendo maior segurança tanto para motociclistas quanto para motoristas. O objetivo é reduzir os conflitos entre motos e carros, diminuindo os riscos de acidentes. O presidente da Federação Paranaense de Clubes de Motocicleta, Paulo Alziro da Cruz, destacou que a implementação dessas faixas poderia aumentar a segurança e a organização do trânsito.

Outro tema debatido foi a recuperação da Rua João Negrão, conhecida como a “Rua das Motos” em Curitiba. Essa região, historicamente associada ao comércio de motos e à cultura dos motociclistas, tem perdido espaço ao longo dos anos. “Temos que resgatar essa área, que é um símbolo para os motociclistas da capital. Com o apoio do poder público, podemos revitalizar a região e transformá-la novamente em um ponto de referência”, afirmou Cruz.

A audiência contou com a participação de representantes de diversas associações e clubes de motociclistas, que destacaram a necessidade de união entre os motociclistas para fortalecer suas demandas. Denis Marciano, presidente do Motoclube Abutres do Paraná, destacou que a alíquota alta do IPVA no estado é um dos principais fatores que levam os proprietários a registrarem suas motos em Santa Catarina. “Queremos que o Paraná adote uma política mais justa, que facilite a vida de quem usa a moto como ferramenta de trabalho”, afirmou.

Para Paulo Alziro da Cruz, a parceria entre os clubes de motociclismo e o poder público é essencial para que as reivindicações sejam atendidas. “Com o apoio do deputado Tito Barichello, estamos conseguindo dialogar com o governo. Agora, é preciso que essas pautas avancem e que possamos ver resultados práticos em breve”, concluiu.

A audiência pública deixou claro que, além de questões tributárias, o uso das motocicletas envolve uma série de outros desafios que precisam ser enfrentados em conjunto. A segurança no trânsito, a adequação da infraestrutura urbana para comportar o crescente número de motos, e a preservação de áreas históricas e culturais como a Rua das Motos são apenas alguns dos pontos que exigem soluções criativas e eficazes.

O relatório final da audiência, que será entregue ao governador, representará uma síntese das demandas dos motociclistas, mas o caminho para a implementação dessas mudanças ainda depende de um esforço contínuo por parte da Assembleia Legislativa e dos órgãos competentes.

Profissional reforça papel da família nos resultados do ensino

“A escola tem que caminhar de mãos dadas com a família para que melhore o resultado do aluno”. A afirmação é da coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de São José do Cedro, Iara Reis.
De acordo com ela é perceptível nas escolas o quanto o ambiente familiar impacta no rendimento dos estudantes.

Há uma disparidade em relação às famílias que acompanham e as que não acompanham a trajetória de seus filhos.

“A escola ajuda a educar, mas a responsabilidade nunca pode ser só dela”, ressalta a coordenadora pedagógica ao chamar a atenção dos pais para o exercício integral de seus papeis na formação das crianças e adolescentes.

“A escola tem que caminhar de mão dadas com a família para que melhore o resultado do aluno não só a nível de índices, já que estes não contam toda a realidade – ainda que necessários para uma avaliação -, mas para a melhoria da Educação no geral”, pontua Iara Reis.

Adaga de 3.600 anos é encontrada em naufrágio

Tesouro de 2 mil anos é encontrado em Israel

Esse entendimento é que tem reforçado e ampliado as atividades propostas, de maneira cada vez mais frequente, para a presença da família na escola não só em datas específicas.
A família presente, cumprindo sua função de educar, orientar, possibilita, segundo a coordenadora pedagógica da Secretária de Educação cedrense, que a escola possa cumprir o seu papel que é o de promover conhecimento.

Unetri promove Campanha do Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo de 2024 tem como objetivo prevenir o suicídio, promovendo a conscientização sobre a importância do apoio emocional e do diálogo aberto em saúde mental.

Este ano, a campanha enfatiza a necessidade de empatia e escuta ativa, incentivando as pessoas a oferecerem apoio sem julgamentos para aqueles que estão enfrentando sofrimento psíquico.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um problema de saúde pública de grande relevância, sendo a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

A Unetri Faculdades entende que, como instituição formadora, tem o papel de fornecer informações e promover ações em Saúde Mental para contribuir com a formação humana dos acadêmicos e profissionais da educação que compõem a instituição de ensino.

Nesse sentido, a unidade realizará ações voltadas para a Saúde Mental da comunidade acadêmica, bem como ações informativas para a comunidade da tríplice fronteira.
A Unetri destaca que as ações se intensificam em setembro, mas é necessário o entendimento de que a Saúde Mental precisa de cuidados o ano todo.

Para quem precisa de ajuda ou deseja conversar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento 24 horas através do telefone 188 (Agência Brasil).
A Unetri Faculdades, conta com o Núcleo de Apoio ao Estudante – NAE, que pode ser contatado por acadêmicos, professores e colaboradores.

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti estigma do mundo!.
Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos.

No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS.

Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Escolhidas as soberanas do município de Princesa

Aconteceu na noite do último sábado, dia 31 de agosto, o Baile de abertura das comemorações do aniversário do município de Princesa.
Na oportunidade doze candidatas desfilaram no palco do Clube da cidade, para a escolha da rainha do município.

As candidatas foram avaliadas por uma banca de jurados que definiu Naomi Luiza do Nascimento como a Senhorita Princesense 2024.

A 2ª Senhorita Princesense é Larissa Barbosa da Silva e a 3ª senhorita Gabriela Elvira Wagner.
Neste ano, pela primeira vez, houve a escolha da Senhorita Simpatia. Kassiane Emanuelle Noll será a primeira a ocupar o posto no município de Princesa.

Na edição comemorativa às dez escolhas já realizadas, também as ex-soberanas que representaram a cidade desde o primeiro evento em 2008, fizeram um desfile retrô.
Após o desfile aconteceu o baile comemorativo, que segundo os organizadores, reuniu em torno de 900 pessoas.

Cristiano Ronaldo alcança 900 gols e faz história no futebol mundial

Cristiano Ronaldo, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, atingiu mais um feito marcante em sua já vitoriosa carreira. Nesta quinta-feira (05), aos 39 anos, o craque português chegou à impressionante marca de 900 gols. O tento foi marcado na vitória de Portugal sobre a Croácia por 2 a 1, em partida válida pela Liga das Nações.

Com esse novo recorde, Ronaldo reafirma seu status como um dos maiores goleadores de todos os tempos.

O tão aguardado gol número 900 foi anotado aos 34 minutos do primeiro tempo, em um cruzamento preciso do lateral Nuno Mendes. Cristiano Ronaldo, com sua habitual precisão e força, completou de primeira, balançando as redes e colocando Portugal à frente no marcador contra a Croácia. A partida foi realizada no Estádio da Luz, em Lisboa, diante de uma torcida eufórica, que celebrou mais esse feito do “Robozão”.

Com essa marca, Ronaldo se destaca ainda mais como um dos maiores artilheiros da história do futebol mundial, somando gols por clubes e pela seleção nacional. Seu primeiro gol foi em 2002, com a camisa do Sporting, e desde então ele não parou de conquistar feitos incríveis, tanto no nível de clubes quanto nas competições internacionais.

A carreira de Cristiano Ronaldo começou a ganhar destaque quando ele fez seu primeiro gol profissional em 2002, jogando pelo Sporting, clube que o revelou para o futebol mundial. Na ocasião, Ronaldo marcou duas vezes na vitória contra o Moreirense, em um jogo pelo Campeonato Português. Aquele foi o início de uma trajetória recheada de gols, títulos e prêmios individuais.

Em 2003, ele chamou a atenção de Sir Alex Ferguson, técnico do Manchester United, que o contratou e fez de Ronaldo uma das maiores estrelas do futebol mundial. Com a camisa dos Red Devils, CR7 marcou gols memoráveis e foi peça fundamental na conquista de títulos importantes, incluindo a Liga dos Campeões de 2008 e três Premier Leagues consecutivas. Seu desenvolvimento no futebol inglês foi crucial para que ele se tornasse o jogador completo que conhecemos hoje.

A transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid, em 2009, foi um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Vendido por um valor recorde na época, Ronaldo chegou ao gigante espanhol cercado de expectativas — e não decepcionou. Durante suas nove temporadas no clube, ele balançou as redes impressionantes 451 vezes em 438 partidas, se tornando o maior artilheiro da história do clube.

Ronaldo foi peça-chave nas conquistas de quatro títulos da Liga dos Campeões com o Real Madrid e colecionou prêmios individuais, como quatro Bolas de Ouro enquanto defendia o clube merengue. Cada gol marcado parecia levá-lo a um novo patamar, sempre desafiando o impossível e estabelecendo novos padrões de excelência no esporte.

Após sua passagem pelo Real Madrid, Cristiano Ronaldo seguiu sua trajetória vitoriosa na Juventus, da Itália. Em Turim, ele manteve sua capacidade de decisão em momentos cruciais, conquistando dois títulos da Série A e sendo o artilheiro da liga em duas temporadas consecutivas. Ainda que a Juventus não tenha conquistado a tão desejada Liga dos Campeões durante sua passagem, Ronaldo mostrou sua resiliência e compromisso com o sucesso, marcando mais de 100 gols com a camisa bianconera.

Em 2021, Ronaldo fez seu retorno ao Manchester United, cercado de expectativa por parte da torcida e do mundo do futebol. Embora os tempos tenham mudado, o jogador provou que sua habilidade e faro de gol permanecem intactos, continuando a acumular números impressionantes mesmo aos 37 anos de idade.

Além de sua brilhante carreira em clubes, Cristiano Ronaldo também deixou sua marca indelével na seleção de Portugal. Desde seu primeiro gol em Copas do Mundo, no Mundial de 2006, até o mais recente gol contra a Croácia, Ronaldo tem sido um pilar fundamental para a equipe nacional. Ele foi crucial na conquista do Euro 2016, primeiro grande título da história da seleção portuguesa, e também liderou o time na vitória da Liga das Nações em 2019.

Com 900 gols em sua carreira, Ronaldo continua a ser um exemplo de longevidade e consistência. Ele é o maior artilheiro de seleções de todos os tempos, ultrapassando a marca de 120 gols com a camisa de Portugal, superando lendas como Ali Daei e Pelé.

Chegar à marca de 900 gols não é algo que acontece por acaso. O sucesso de Cristiano Ronaldo ao longo de sua carreira é resultado de uma combinação de talento natural, ética de trabalho incansável e determinação. Seu compromisso com o condicionamento físico e sua busca contínua pela perfeição são aspectos que o diferenciam de outros jogadores de sua geração.

Além disso, Ronaldo demonstrou uma capacidade incomparável de se adaptar ao longo dos anos. Mesmo com o avanço da idade, ele ajustou seu estilo de jogo para continuar sendo eficaz em campo. Se antes ele usava sua velocidade e dribles para superar adversários, hoje ele utiliza sua inteligência e posicionamento para estar no lugar certo e marcar gols decisivos.

Com 39 anos e 900 gols, muitos se perguntam qual será o próximo objetivo de Cristiano Ronaldo. Embora ele esteja na fase final de sua carreira, sua fome por conquistas não parece ter diminuído. Além de continuar sua jornada com a seleção de Portugal, Ronaldo provavelmente terá como meta superar a marca de 1000 gols, algo que poucos jogadores conseguiram alcançar.

O legado de Ronaldo, no entanto, já está garantido. Seja em Portugal, Manchester, Madri ou Turim, o impacto do “Robozão” será sentido por gerações. Ele redefiniu o conceito de longevidade no futebol e continua a ser uma inspiração para jovens jogadores ao redor do mundo.

Como se proteger de ataques hackers

Com a crescente dependência de tecnologias digitais e a transição para o home office, as empresas enfrentam um aumento alarmante de ataques hackers. Dados recentes mostram que o Brasil está entre os países mais afetados por esses ataques, especialmente no setor de educação, saúde e varejo.

Diante desse cenário, especialistas em direito digital, como Moniche de Sousa, oferecem orientações cruciais para proteção, identificação de crimes cibernéticos e como agir judicialmente para minimizar os danos.

O aumento do uso de tecnologias e sistemas online também trouxe uma vulnerabilidade significativa para empresas de todos os setores. Segundo um relatório da Psafe, o Brasil está entre os cinco países do mundo que mais sofrem ataques virtuais do tipo ransomware — um tipo de ataque em que os criminosos sequestram os dados da vítima e exigem um resgate para devolvê-los. Os setores mais afetados incluem:

  • Educação: Aumento de 615% nos ataques.
  • Saúde: Crescimento de 594% nos incidentes.
  • Varejo: Um crescimento de 264% nas invasões cibernéticas.

Essa crescente onda de cibercrimes reflete a necessidade urgente de conscientização sobre a proteção de dados e a segurança digital. Moniche de Sousa, especialista em direito digital, aponta que, diante de um ataque, as empresas devem agir imediatamente para minimizar os danos e buscar reparações legais.

Quando um ataque hacker é identificado, é essencial que a vítima aja rapidamente para formalizar a ocorrência e iniciar o processo legal. O primeiro passo, de acordo com Moniche de Sousa, é registrar um Boletim de Ocorrência em uma delegacia especializada em crimes cibernéticos. Esse registro é vital para que as autoridades competentes possam iniciar uma investigação detalhada.

A advogada também destaca a importância de buscar reparação civil por danos materiais e morais. “A vítima pode ajuizar uma ação civil para obter ressarcimento de prejuízos financeiros e também por perdas emocionais”, explica Moniche. Em muitos casos, as consequências de um ataque cibernético vão além do dano financeiro, atingindo também a reputação da empresa e o bem-estar emocional das vítimas.

Em casos mais graves ou urgentes, as medidas legais podem ser intensificadas. Moniche de Sousa aponta que é possível solicitar medidas imediatas à justiça, como a suspensão de atividades que possam estar ligadas ao ataque ou a remoção de conteúdo ofensivo da internet. Isso pode ser crucial em situações em que dados sensíveis ou informações confidenciais tenham sido expostas ou comprometidas.

Além disso, medidas cautelares podem ser aplicadas para evitar que o ataque continue ou que provas sejam destruídas. “Podem ser solicitadas ordens de busca e apreensão de equipamentos eletrônicos, bloqueio de acesso a sites ou redes sociais usados no ataque, e até a indisponibilidade de serviços que tenham sido comprometidos pela ação criminosa”, detalha Moniche.

Cibercrime e as leis Brasileiras

O cibercrime é uma realidade crescente, e o Brasil conta com leis específicas para punir os responsáveis por esses delitos. Moniche de Sousa destaca que várias tipificações do Código Penal brasileiro podem ser aplicadas para processar hackers, incluindo:

  • Artigo 154-A: Invasão de dispositivo informático.
  • Artigo 171: Estelionato, que pode ser aplicado em fraudes digitais.
  • Artigo 180: Receptação, em casos de hackers que utilizam dados roubados para revender ou extorquir.
  • Artigo 266: Interrupção ou perturbação de serviços de telecomunicações, como sistemas telefônicos ou de internet.

Essas leis servem como base legal para punir os responsáveis por ataques cibernéticos e garantir que as vítimas tenham o respaldo jurídico necessário para obter justiça.

Prevenção de ataques hackers: o que empresas e indivíduos podem fazer

Embora as medidas legais sejam essenciais para lidar com os ataques após sua ocorrência, a prevenção é sempre o melhor caminho. Moniche de Sousa sugere uma série de medidas preventivas que podem ajudar empresas a fortalecerem suas defesas digitais e evitarem serem alvos fáceis de hackers:

  1. Invista em segurança cibernética: Ferramentas de segurança, como firewalls, antivírus e sistemas de detecção de intrusão, são essenciais para prevenir ataques. Certifique-se de que seus sistemas estejam atualizados e protegidos contra as ameaças mais recentes.
  2. Treinamento de funcionários: Muitos ataques hackers ocorrem devido à negligência ou falta de conhecimento dos colaboradores. Treinamentos regulares sobre práticas de segurança digital, como evitar clicar em links suspeitos e reconhecer tentativas de phishing, são cruciais.
  3. Backups regulares: Manter backups frequentes e seguros dos dados pode ser a diferença entre uma recuperação rápida e a perda permanente de informações em caso de um ataque. Certifique-se de que esses backups estejam armazenados de maneira segura e fora do alcance de potenciais invasores.
  4. Autenticação de dois fatores: Implementar a autenticação de dois fatores (2FA) em todas as contas e sistemas críticos adiciona uma camada extra de segurança, tornando mais difícil para hackers acessarem sistemas com apenas uma senha.
  5. Criptografia de dados: Criptografar dados sensíveis garante que, mesmo que os hackers consigam acessar suas informações, elas sejam inutilizáveis sem a chave de decodificação correta.

O tempo é um fator crítico quando se trata de ataques cibernéticos. Quanto mais cedo uma empresa ou indivíduo identificar e responder a um ataque, menores serão os danos. Moniche de Sousa enfatiza a necessidade de ter um plano de resposta a incidentes em vigor. “Uma resposta rápida pode evitar que o ataque se espalhe e minimize a exposição de dados sensíveis”, diz ela.

Se um ataque for detectado, as seguintes ações devem ser tomadas imediatamente:

  • Desconectar os sistemas afetados para evitar que o ataque se espalhe.
  • Informar as autoridades e registrar um Boletim de Ocorrência.
  • Contatar especialistas em segurança cibernética para investigar a origem e o alcance do ataque.
  • Notificar clientes e partes interessadas se dados pessoais forem comprometidos, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Costelão Beneficente da Igreja Matriz e a APAE é neste sábado

Acontece neste sábado, dia 07 de Setembro, mais uma edição do Costelão Beneficente promovido pelo Conselho da Igreja Matriz de Dionísio Cerqueira, e nesta oportunidade o evento será realizado em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcinais – APAE Novos Horizontes.

Segundo a organização, como todos os anos o Conselho da Paróquia Divino Espírito Santo, promove um evento para angariar fundos, em 2023 o evento aconteceu no final de outubro em homenagem à padroeira da Comunidade da Igreja Matriz, que é Nossa Senhora do Rosário.

“O dia de Nossa Senhora é em 07 de outubro, e coincide com a novena de Nossa Senhora Aparecida em Barracão, então para não fazer um evento concomitante ao outro, e também em função do calendário eleitoral e vários eventos já programados para final de ano, surgiu o 7 de setembro, como uma data vaga.

A partir dali passamos a analisar a possibilidade de fazer uma parceria com alguma entidade, e o conselho foi unânime em que essa parceria fosse com a APAE, tendo em vista o papel que ela também desempenha aqui na cidade”, explicou o coordenador do conselho da paróquia Divino Espírito Santo, Uilson Fransozi.

A partir de firmada a parceria foi também definida a equipe que trabalhará durante o evento principalmente na área da churrasqueira, que será comandada pelo membro da comissão organizadora, Nei Schlichting, a parte da cozinha será realizada pelo grupo de profissionais da APAE.

Quanto as vendas das fichas, o time começou já há algumas semanas, no entanto algumas ainda poderão ser adquiridas no dia do evento, que ainda contará com fichas para almoço no local.

“Fora o Costelão que cada ficha custa R$ 100, para 2,5kg de carne e que o pessoal pega para levar pra casa, para aqueles que preferirem compartilhar de um bom momento em família e com a comunidade, também haverá almoço no local com costelão pelo valor de R$ 50 por pessoa”, explicou Ney.

Ainda de acordo com a organização os valores arrecadados serão destinados à melhorias nas estruturas de ambas as instituições promotoras do evento.
Segundo Uilson, o conselho da Igreja Matriz, já tem duas obras elencadas e que deverão ser beneficiadas com os valores arrecadados durante o Costelão.

“Entre as melhorias estão as obras no salão paroquial, que deverá passar pela troca do telhado, troca de som, melhorias no salão no que se refere a segurança, dentre outras ações que são necessárias”, detalhou Uilson Fransozi.

Quanto a APAE, de acordo com o presidente da entidade, os valores arrecados serão utilizados para a quitação de algumas dívidas.

“A escola necessita dos recursos para quitar algumas dívidas que ficaram de melhorias que foram realizadas na unidade, tais como a pintura e a troca de pisos, e também para algumas outras ações que se fazem necessárias durante o passar dos dias”, comentou Benhur Putkammer.

Além do costelão e do almoço no local, segundo a organização, já no período da tarde em parceria com o Lions Clube Barracão Mulher, haverá venda de sobremesas, além disso os alunos da APAE também estarão vendendo alguns doces e plantas cultivadas por eles.

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