Apae de Cedro busca apoio para continuar com o Pronas

Ainda no ano de 2022, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, de São Jose do Cedro, passou a participar do Programa Nacional de Apoio a Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – PRONAS/PCD, que tem entre seus objetivos, captar e canalizar recursos destinados a estimular e desenvolver ações de promoção à saúde, reabilitação/habilitação da pessoa com deficiência, e ampliar e qualificar o acesso ao atendimento integral às pessoas com deficiência.

No município de São José do Cedro, desde o início do programa, foram realizados mais de 15 mil atendimentos, sendo que desde o início do projeto, conforme a coordenadora, Marta Reichert, era de conhecimento de todos que havia um prazo para finalização das ações.
“O programa na nossa entidade deverá ser encerrado no final de agosto, sendo que os alunos que estão recebendo atendimentos pelo programa ficarão sem esse atendimento específico”, explicou a coordenadora.

Segundo Marta, a Apae continua com uma demanda muito grande em atendimento, e com o fim do projeto aumentará ainda mais.

“Por isso, estamos buscando apoio financeiro para que os atendimentos não sejam interrompidos em sua totalidade, e que assim possamos manter o ganho obtido através do trabalho, tais como o estúdio de pilates, cozinha e o nosso quadro de profissionais”, destacou a coordenadora.

Ainda segundo Marta, sem o apoio da comunidade como um todo, com o fim do programa, será feito o desligamento de todos os profissionais, além de interromper vários atendimentos, pois a Apae não suporta financeiramente esse quadro de funcionários.

“Atualmente a folha de pagamento do quadro de profissionais desse plano é em média de |R$ 13 mil a R$ 14 mil reais, então mesmo que quiséssemos, agora com o período eleitoral algumas questões se tornam mais difíceis de acontecer, mas continuaremos buscando uma solução juntos. A Apae é muito importante no município, assim como a continuidade no atendimento aos alunos”, concluiu Marta.

Convenção confirma pré-candidatura à reeleição de Ricardinho e José Bandeira como vice

No sábado, dia 03, a coligação “Avante Santo Antônio” realizou a convenção partidária, marcando um importante passo no cenário político de Santo Antônio do Sudoeste.

A coligação, composta pelo Partido Liberal, Partido da Social-Democracia Brasileira, Cidadania, Partido Social Democrático, Movimento Democrático Brasileiro, Solidariedade, Progressistas e Partido Democrático Trabalhista, lançou oficialmente a pré-candidatura à reeleição do atual prefeito, Ricardo Ortiña “Ricardinho”, e José Dorival Bandeira “Zeca”, como pré-candidato a vice-prefeito.

SAS RICARDINHO 1

O evento contou com a participação de membros dos partidos envolvidos, simpatizantes e pré-candidatos a vereadores. Ao todo, a coligação apresentou 23 pré-candidaturas ao legislativo municipal, indicando uma ampla representação e diversidade de propostas.

Durante a convenção, foi destacada a atual gestão e os desafios futuros para o município, momento em que Ricardinho ressaltou a importância da continuidade dos projetos em andamento, com ênfase nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Já o candidato a vice-prefeito, Zeca, destacou sua experiência no campo jurídico e sua disposição em contribuir para o desenvolvimento do município.

A expectativa agora se volta para o início oficial da campanha eleitoral, momento em que as propostas e planos de governo poderão ser amplamente debatidos e apresentados à população.

No que se refere a Coligação “Avante Santo Antônio!” (PL, federação entre PSDB e Cidadania, PSD, MDB, Solidariedade, Progressistas e PDT), ficou claro que é composta por uma aliança diversificada de partidos, representando uma gama variada de ideologias e propostas para o desenvolvimento de Santo Antônio do Sudoeste.

Enquanto aguardam o início oficial da campanha, os membros da coligação e os pré-candidatos a vereadores continuarão a dialogar com a comunidade, buscando compreender as demandas e expectativas da população, com o objetivo de construir um plano de governo participativo e alinhado às necessidades do município.

Inteligência Artificial e vacinação estão entre novidades do 2º semestre letivo no Paraná

O uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA), o incentivo à ampliação das taxas de vacinação e as consultas públicas para o projeto Parceiro da Escola estão entre as novidades do segundo semestre letivo no Paraná. As informações foram dadas pelo secretário estadual da Educação, Roni Miranda, que recepcionou parte dos quase um milhão de estudantes que retornaram às aulas nesta quarta-feira (24).

“São estudantes retornando para as salas de aula, juntamente com os professores, que iniciaram este trabalho de planejamento na segunda-feira com um objetivo principal bem claro, que é a continuidade do trabalho de recomposição da aprendizagem neste período pós-pandemia que ainda deixa sequelas”, afirmou Miranda, que recebeu alunos do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, na manhã desta quarta.

Segundo o secretário, o Paraná será o primeiro e até então único estado brasileiro a utilizar ferramentas de IA para auxiliar no processo de aprendizagem do corpo estudantil. “Os professores utilizam a inteligência artificial no planejamento de aulas e outras atividades por meio das plataformas disponibilizadas pela Secretaria da Educação e agora o Paraná está na vanguarda novamente com o uso das ferramentas pelos estudantes”, disse.

No caso dos docentes, as ferramentas de IA já eram usadas para a elaboração de materiais didáticos, questões e atividades a partir de vídeos educacionais e documentos de apoio, por exemplo. Agora, o objetivo é avançar com o uso da tecnologia dentro de sala de aula, garantindo aos adolescentes a oportunidade de ter experiências com o uso de sistemas que estão cada vez mais presentes no mundo.

A Prova Paraná, aplicada a cada três meses aos estudantes do 5º ao 9º do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, também será um instrumento importante para a identificação de deficiências de aprendizagem, de acordo com Miranda.

“O Paraná tem a melhor educação do Brasil segundo o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], mas precisamos continuar avançando. Por meio da Prova Paraná identificamos trimestralmente quais os conteúdos os estudantes têm mais dificuldade para que os professores atuem de forma mais assertiva e direta sobre estes tópicos”, explicou o secretário.

VACINAÇÃO 

Além dos aspectos educacionais, a Seed também firmou uma parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para ampliar as taxas de vacinação no Paraná. O trabalho se dará por meio da aplicação dos imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação diretamente nos colégios estaduais a partir de 5 de agosto. Para isso, os pais ou responsáveis deverão autorizar a aplicação por escrito ou acompanhar os alunos à escola no dia marcado munidos da carteira de vacinação.

“As taxas de vacinação estão abaixo do recomendado, por isso é importante que os pais fiquem atentos e autorizem a vacinação dos seus filhos para que os adolescentes estejam protegidos de doenças que podem ser prevenidas”, afirmou o secretário da Educação.

Na metade de julho, a Sesa também criou, com o apoio dos municípios, uma força-tarefa para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes. A ação é direcionada para as vacinas Influenza, Pentavalente, DTP, Pneumocócica 10 e Poliomielite, que estão com baixa adesão no Estado.

PARCEIROS DA ESCOLA 

Outra iniciativa que avança neste segundo semestre letivo é o programa Parceiro da Escola, que consiste na otimização da gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parcerias com empresas que possuem expertise em gestão educacional.

De acordo com Miranda, as consultas públicas serão feitas a partir de 20 de outubro. “Entendemos que esse é um modelo que vai reforçar a administração da escola, trazer ganhos pedagógicos e administrativos para o corpo docente e estudantil, mas a decisão final sobre a implantação do Parceiro da Escola é da comunidade escolar, que votará nas consultas públicas que serão realizadas no fim de outubro, logo após o período eleitoral”, disse o secretário da Educação.

A proposta é de que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, o que equivale a quase 10% da rede estadual. As unidades foram escolhidas a partir da observação de pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar.

O programa tem como finalidade principal possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos.

Nas escolas onde a proposta for aprovada, os diretores, os professores e funcionários efetivos já lotados serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado. A gestão pedagógica continuará sob a responsabilidade do diretor concursado.

“Julho Amarelo”: Mês de luta contra as hepatites virais

A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

Em resposta à iniciativa do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde de Dionísio Cerqueira implementou uma programação especial focada na prevenção e diagnóstico dessas doenças. O secretário de Saúde do município, Deniz da Rocha, detalha a campanha local e suas ações específicas.

“O mês de julho é marcado pela luta contra as hepatites virais. Conforme as diretrizes do Ministério de Saúde, nosso município está intensificando o combate às hepatites virais, ampliando a saúde pública. Embora realizemos testes rápidos de hepatites ao longo do ano, este mês damos um foco ainda maior”, explicou Deniz.

A campanha inclui a oferta de testes rápidos para hepatites, sífilis e outras doenças virais em todos os postos de saúde do município.

“Uma vez detectada a doença, e se a pessoa optar por seguir com o tratamento, seguimos o protocolo de atendimento, realizando novos exames e encaminhamentos necessários para garantir a segurança e a saúde dos nossos cidadãos”, destacou o secretário.

Saiba mais sobre os tipos de hepatites

– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

Ministra da Saúde comemora dados da imunização infantil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avalia que a melhoria da cobertura vacinal no Brasil é consequência do comprometimento dos trabalhadores da saúde, associado a iniciativas do governo. Além de acentuar o combate à propagação de fake news e de renovar equipamentos que garantam a conservação de vacinas por períodos mais longos, o governo tem desenvolvido estratégias locais envolvendo a sociedade.

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A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nísia Trindade comemorou os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas.

A melhoria da cobertura em 2023 abrange as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Segundo a ministra, o resultado é uma consequência do “comprometimento dos trabalhadores da saúde”. “Outro fator importante é o combate à desinformação, que desde o ano passado vem sendo combatida pela plataforma Saúde com Ciência”, acrescentou ao se referir ao programa criado com o objetivo de defender a vacinação e enfrentar a desinformação.

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“O mais importante é o governo dizer a todos que têm de se vacinar”, acrescentou ao destacar que, para atingir esse objetivo, foram adotadas estratégias locais, com a sociedade e governo integrados, favorecendo também as iniciativas de atendimento à saúde nas residências, bem como os cursos e informações difundidos pela Universidade Aberta dos SUS (UnA-SUS).

Nísia Trindade destacou também a iniciativa do governo de renovar a chamada Rede de Frio, também do Programa Nacional de Imunizações, que viabiliza estruturas físicas e técnico-administrativas nas três esferas de governo que garantem a manutenção da qualidade dos imunobiológicos adquiridos pelo Ministério da Saúde, distribuídos em todo o país.

Durante a entrevista, a ministra lembrou que atualmente 95% dos 41 itens da Farmácia Popular são totalmente gratuitos. Além de remédios para hipertensão, diabetes, asma e osteoporose, o programa distribui absorventes para meninas e mulheres.

“Os absorventes higiênicos fazem parte do programa e da implementação da lei. Antes não faziam parte, o que inclusive fez gerou muitas polêmicas durante o governo passado, apesar de ser algo tão importante para as meninas e as mulheres”, disse a ministra.

A lista completa de medicamentos e insumos disponibilizados pode ser acessada aqui. Já a lista de farmácias e drogarias credenciadas ao programa pode ser acessada aqui.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo

Imunossuprimidos: conheça sintomas, cuidados e saiba quem faz parte deste grupo

Você sabe o que caracteriza uma pessoa imunossuprimida? Embora seja relativamente comum na medicina, o termo muitas vezes não é familiar para o público geral. Para compreender melhor as especificidades da imunodeficiência, é preciso entender primeiro como o corpo se defende de infecções.

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O sistema imunológico é responsável pela proteção do corpo contra vírus, bactérias ou agentes estranhos. Funciona como uma espécie de exército, que protege o organismo de infecções prejudiciais. No entanto, para algumas pessoas esse sistema pode apresentar falhas. É o caso dos imunossuprimidos, condição em que o sistema imunológico apresenta enfraquecimento, seja por doenças, uso de medicamentos ou procedimentos médicos.

No Paraná, entre janeiro e junho deste ano, 948 pessoas foram internadas por complicações resultantes de imunodeficiência. No mesmo período, também ocorreram três óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, fazem parte do grupo de imunossuprimidos pessoas com HIV/Aids; portadores de imunodeficiência primária grave e doenças autoimunes; transplantados; pacientes em terapia renal substitutiva e pessoas que fazem uso contínuo de imunossupressores (medicamentos que evitam a rejeição do órgão transplantado).

As imunodeficiências são classificadas como primárias ou secundárias e podem ser diagnosticadas através de exames laboratoriais, como os de sangue e testes de pele. As imunodeficiências primárias estão presentes desde o nascimento, causadas por doenças congênitas ou defeitos genéticos no sistema imunológico.

Já as imunodeficiências secundárias se desenvolvem ao longo da vida, podendo ser resultado de doenças crônicas e prolongadas, como diabetes e câncer, ou do uso de medicamentos imunossupressores. Atualmente, mais de 480 doenças relacionadas às imunodeficiências estão catalogadas, como câncer, Síndrome de DiGeorge e diabetes.

SINTOMAS 

Embora os sintomas possam variar, pessoas com doenças decorrentes da imunodeficiência tendem a contrair infecções com grande frequência, normalmente do tipo respiratório, como de pulmão ou seios nasais.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, César Neves, em alguns casos, condições imunodeficientes aparecem ainda na infância, por isso é importante que os pais fiquem atentos a sintomas como fortes reações vacinais, principalmente na BCG, que é a primeira vacina administrada para crianças. “Alergias severas, doenças de pele, infecções graves com repetição e até mesmo históricos familiares devem ligar um alerta aos pais”, afirmou.

Ainda uma considerável parte dos portadores de imunodeficiência apresentam infecções bacterianas graves que podem até mesmo evoluir para casos de pneumonia. Outros sintomas comuns são febre, perda de peso e apetite, dores abdominais e diarreias crônicas.

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PROTEÇÃO 

A vacinação desempenha um papel crucial na proteção das pessoas cujos sistemas imunológicos estão comprometidos, uma vez que esses indivíduos enfrentam um risco maior de contrair doenças graves, pois seus corpos tendem a ter dificuldade em combater infecções.

Para essas pessoas, a imunização não é apenas uma opção, mas uma necessidade vital. As vacinas ajudam a fortalecer sua capacidade de defesa contra vírus e bactérias que poderiam resultar em complicações sérias ou até mesmo fatais. Ao receber vacinas recomendadas, como as contra gripe, pneumocócica, meningocócica e outras, esses indivíduos podem reduzir o risco de contrair doenças potencialmente devastadoras.

“Além de proteger diretamente aqueles com sistemas imunológicos comprometidos, a vacinação também contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a propagação de doenças na comunidade em geral”, disse o secretário César Neves. “Isso cria um ambiente mais seguro para todos, especialmente para aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas legítimas”, acrescentou.

Santa Catarina em rumo à liderança na indústria de saúde

Santa Catarina surge como um forte candidato a liderar a fabricação de produtos destinados ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). Em um evento realizado na última quinta-feira (11) em Florianópolis, especialistas em saúde e economia destacaram o potencial do estado em se tornar um polo de produção para remédios e equipamentos médicos, elementos essenciais para fortalecer a indústria brasileira e reduzir a dependência de importações.

Ainda em fase de implementação, o CEIS é uma política nacional que visa estimular a produção interna de medicamentos e equipamentos médicos. A meta é possibilitar que o governo brasileiro possa adquirir localmente o que hoje precisa importar, como máquinas para exames, tratamentos e vacinas. Essa iniciativa não apenas fortalecerá a indústria nacional, mas também poderá trazer significativas economias aos cofres públicos e maior segurança em termos de abastecimento de insumos médicos essenciais.

Segundo João Calixto, diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP), Santa Catarina possui várias vantagens competitivas que podem ser decisivas na produção para o CEIS. Entre essas vantagens estão:

  • Qualificação dos Trabalhadores: O estado possui uma força de trabalho altamente qualificada, capaz de operar tecnologias avançadas e contribuir para o desenvolvimento de produtos inovadores.
  • Expansão de Parques Tecnológicos: Santa Catarina tem investido na expansão de parques tecnológicos, criando um ambiente propício para inovação e desenvolvimento de novos produtos.
  • Relação com Agências de Pesquisa: A estreita colaboração com agências de pesquisa permite um fluxo contínuo de conhecimentos e tecnologias de ponta.
  • Infraestrutura de Portos e Aeroportos: A excelente infraestrutura logística facilita a importação de insumos e a exportação de produtos acabados, aumentando a competitividade da produção local.

Desafios a Serem Superados

Apesar das vantagens, existem obstáculos que precisam ser superados para que Santa Catarina possa se destacar na produção para o CEIS:

  • Escassez de Parcerias com Grandes Laboratórios: A falta de parcerias robustas com grandes laboratórios internacionais limita o acesso a tecnologias e conhecimentos avançados.
  • Número Reduzido de Unidades de Produção: Há uma necessidade de aumentar o número de unidades capazes de escalar a produção de produtos farmacêuticos.
  • Falta de Comitês de Ética: A ausência de comitês de ética suficientes para pesquisas clínicas pode atrasar o desenvolvimento e a aprovação de novos medicamentos e tratamentos.

Rafael Lucchesi, diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou que Santa Catarina está muito avançada na “agenda da inteligência, do capital humano e da tecnologia”. Segundo Lucchesi, esses fatores colocam o estado em uma posição privilegiada para se tornar um líder na produção de produtos para o CEIS.

Denizar Viana, professor de Medicina e ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, ressaltou que o Sistema Único de Saúde (SUS), que atende 190 milhões de brasileiros, deverá ser o maior comprador dos produtos CEIS. Isso garante uma demanda constante e substancial para os produtos desenvolvidos, proporcionando segurança econômica para os produtores.

O governo já anunciou uma lista de produtos que pretende adquirir por meio do CEIS, incluindo vacinas, insumos farmacêuticos ativos, tecnologias para dispositivos médicos e equipamentos médicos.

Atualmente, a indústria de saúde em Santa Catarina já é robusta, produzindo medicamentos para humanos e animais, aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e instrumentos para uso médico e odontológico. Esta indústria é a sexta maior no ranking de produção industrial do estado.

Camile Giaretta Sachetti e Jorge Costa, da Fiocruz, observaram que para se destacar no CEIS, a indústria local pode focar em produtos que incorporem novas tecnologias e atendam às necessidades emergentes em saúde, como aquelas provocadas por mudanças climáticas, persistência de doenças tropicais e envelhecimento populacional.

O secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, afirmou que o segmento de saúde é estratégico para a economia de Santa Catarina e pode se tornar ainda mais relevante com o desenvolvimento do CEIS. Segundo ele, o setor de saúde pode levar o estado a uma nova matriz econômica no futuro, diversificando a economia local e aumentando a sua resiliência.

Número de motoristas com problema de visão cresce quase 80% em 10 anos

O número de brasileiros com restrições na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por conta de problemas de visão aumentou quase 80% ao longo dos últimos dez anos. Em 2014, 14,4 milhões de motoristas só podiam conduzir veículos com o uso obrigatório de óculos ou lentes de grau. O grupo inclui ainda pessoas com restrição para dirigir após o pôr do sol e aquelas com visão monocular (visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos). Em 2024, esse total já alcança 25,4 milhões – um aumento de 77%.

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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), com base em informações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). De acordo com o levantamento, atualmente, as restrições visuais respondem por 91% de todas as anotações aplicadas a um total de 27,9 milhões de CNHs emitidas no Brasil. Para a entidade, os números mostram a relevância da saúde ocular para a população e reforçam a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças oculares.

Na avaliação do conselho, diversos fatores contribuem para a crescente demanda por cuidados oculares entre motoristas brasileiros, incluindo o envelhecimento da população; a exposição prolongada às telas de celulares e computadores; e o aumento da incidência de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e estresse, além de hábitos que levam à alimentação inadequada, ao sedentarismo e à obesidade.

O mapeamento indica que o Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Rio de Janeiro apresentam, atualmente, a maior proporção de CNHs com restrições em relação ao total de condutores. Nesses estados, os números são, respectivamente: 390 mil (42% dos condutores); 371,8 mil (38%); e 2,1 milhões (34%). Já o Acre, que concentra 56,4 mil registros, tem o menor percentual no panorama nacional, com 20% dos condutores apresentando alguma restrição visual para conduzir veículos.

Quando comparados os dados de 2014 com os de 2024, entretanto, o cenário muda. Os estados onde o aumento percentual de condutores com restrições foi mais significativo são: Goiás (129%); Tocantins (128%); Roraima (125%); Mato Grosso (120%); Acre (119%); Amazonas (110%); Rondônia (103%); Alagoas (103%); Maranhão (102%); e Piauí (100%). No extremo oposto, surge o Distrito Federal, com aumento de 40%.

O CBO elencou ainda os principais tipos de anotações relacionadas à visão presentes nas CNHs dos brasileiros. Entre as mais frequentes estão a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas, com cerca de 25 milhões de motoristas; e as restrições associadas à visão monocular, com 351 mil casos. Em terceiro lugar, com 152,1 mil casos, estão os condutores impedidos de dirigir após o pôr do sol.

Entenda

O pedido de inclusão de anotações na CNH é feito pelo médico do tráfego ao final da avaliação prévia exigida para a concessão ou renovação da CNH. Durante o exame, o profissional analisa as condições do candidato de conduzir um veículo sem oferecer perigo para outros motoristas, passageiros e pedestres.

Entre as aptidões analisadas, estão acuidade visual; campo de visão; capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente – com resposta rápida e segura – ao ofuscamento provocado pelos faróis dos demais veículos; e capacidade de reconhecer as luzes e sua posição nos semáforos.

“Ao identificar a existência ou sintoma de deficiência de visão, o médico do tráfego orienta a busca por uma avaliação especializada, que será feita por um oftalmologista, para que seja feito o diagnóstico exato do problema e a respectiva prescrição do tratamento”, destacou o conselho.

Fonte: Agência Brasil

Internações de bebês com problemas respiratórios são recorde em 2023

As internações de bebês menores de 1 ano por pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) cresceram 24% em 2023 na comparação com o ano anterior. De acordo com levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) foram 153 mil internações no ano passado, o que representou um recorde, com uma média de 419 por dia.

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“É o maior número registrado nos últimos 15 anos”, destacou a Fiocruz em nota publicada no seu site.

O estudo mostrou ainda que o SUS aplicou R$ 154 milhões em 2023 no tratamento dos bebês internados. O valor é cerca de R$ 53 milhões a mais que o do ano de 2019, período pré-pandemia de covid-19.

Na análise das taxas de internação por região, o Observa Infância constatou uma tendência de queda até 2016. Conforme a região, os dados variaram para mais ou menos no período de 2016 a 2019. Já no primeiro ano da pandemia, em 2020, as internações tiveram uma queda média de 340%. Nos anos seguintes, no entanto, houve aumentos constantes, até atingir o recorde da série histórica, em 2023.

As regiões que apresentaram as maiores taxas de internação no último ano foram a Sul e a Centro-Oeste. “O frio intenso e as queimadas associadas ao clima seco, respectivamente, contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulneráveis”, informou a Fiocruz.

O coordenador do Observa Infância, Cristiano Boccolini, apontou as mudanças climáticas e a baixa cobertura vacinal infantil como as principais possibilidades para o avanço no número de internações.

“A redução na vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves”, analisou o pesquisador na nota.

Por causa dessa situação, o coordenador do Observa Infância afirmou que é fundamental manter atualizada a caderneta de vacinação de bebês e crianças. O pesquisador ressaltou ainda que também é importante que as gestantes estejam com as vacinas em dia, já que as mães garantem os anticorpos dos bebês nos primeiros meses de vida. Cristiano Boccolini defendeu a inclusão da vacina VSR (vírus sincicial respiratório), já aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no calendário do SUS.

Os dados de internação que constam do levantamento fazem parte do Sistema de Internações Hospitalares do SUS e as informações sobre nascimento estão no Sistema Nacional de Nascidos Vivos entre os anos de 2008 e 2023.

Observa Infância

O Observatório de Saúde na Infância foi criado para divulgar à sociedade os dados científicos e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. “O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto aos sistemas nacionais de informação”, disse a Fiocruz.

Conforme a Fiocruz, as evidências científicas analisadas resultaram de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Fonte: Agência Brasil

Julho verde: Saúde alerta para importância do diagnóstico precoce de câncer de cabeça e pescoço

Julho Verde é o mês dedicado à conscientização para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Adotar hábitos saudáveis e ficar atento aos fatores de risco são atitudes fundamentais para evitar a doença. A Secretaria de Estado da Saúde reforça a orientação de não fumar, inclusive o cigarro eletrônico, e evitar o excesso de bebida alcoólica.

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A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para Santa Catarina, neste ano de 2024, é de que surjam 1.390 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluindo nesta soma os cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe. Se somarmos o câncer de pele melanoma, que também atinge a região da cabeça e pescoço, o número sobe para 2.430 casos.

Dados do Painel de Oncologia do Ministério da Saúde apontam que há 771 pacientes com câncer de cabeça e pescoço, incluindo nessa soma os cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe. Com câncer melanoma de pele (2.127) e carcinoma de pele (580), que também atinge a região da cabeça e pescoço além de outras partes do corpo, o número é de 2.707 pacientes.

De acordo com o coordenador Gilberto Vaz Teixeira, do setor de Cabeça e Pescoço do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), unidade do Governo do Estado, a população deve ficar atenta a diversos aspectos. “No câncer de pele, o sinal é uma ferida, uma mancha escura ou uma ferida que não cicatriza, geralmente nas áreas expostas ao sol. No câncer de boca, os pacientes costumam se referir às feridas como aftas, inicialmente, mas que não cicatrizam”, explica. Geralmente o período limite para essa cicatrização é de três semanas. Já no câncer de garganta, a pessoa tem dificuldade de engolir, pode engasgar e cuspir sangue. No câncer de laringe, o sintoma é a rouquidão que não melhora após três semanas.

O médico lembra ainda que a semelhança entre o câncer de boca, garganta e laringe é o perfil do paciente. “Geralmente, são pacientes acima dos 50 anos de idade, com histórico de tabagismo e etilismo e com exposição ao HPV”. Ele destaca que a diferença entre uma afta, que é uma lesão inflamatória, e o câncer, é que a afta dói bastante e o câncer no início não dói, só numa fase mais avançada.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cabeça e Pescoço, no país, por volta de 70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são descobertos já em fases avançadas, por diversos motivos, como a falta de informação das pessoas sobre a doença, dificuldade ao acesso para exames e consultas, dentre outros. O diagnóstico tardio aumenta a possibilidade de sequelas e diminui as chances de cura. Diagnosticado em fase inicial, as chances de cura são de aproximadamente 90%, por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.

Tratamento

Atualmente, 21 unidades de saúde possuem habilitação para realizar tratamento de pacientes oncológicos, sendo que 20 realizam cirurgias.

  • Hospital Regional Terezinha Gaio Basso – São Miguel do Oeste
  • Hospital Leonir Vargas Ferreira – Chapecó
  • Hospital Universitário Santa Terezinha – Joaçaba
  • Hospital Nossa Senhora da Conceição – Tubarão
  • Hospital São José – Criciúma
  • Hospital Regional do Alto Vale – Rio do Sul
  • Hospital Santa Isabel – Blumenau
  • Hospital Santo Antonio – Blumenau
  • Hosp. e Mat. Marieta Konder Bornhausen – Itajaí
  • Hospital e Maternidade Sagrada Família – São Bento do Sul
  • Hospital de Caridade São Braz – Porto União
  • Hospital Municipal São José – Joinville
  • Hosp. Materno Infantil Jeser A. Faria – Joinville
  • Hospital São José – Jaraguá do Sul
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Brasil deixa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias – muitas em situação de vulnerabilidade – estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.

No mundo

O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.

Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.

Efeito da não vacinação

Uma forma prática de entender a importância da vacinação é por meio da observação de certas doenças, como o sarampo, que apresentou surtos nos últimos cinco anos.

A cobertura vacinal contra o sarampo estagnou, deixando cerca de 35 milhões de crianças sem proteção ou com proteção parcial. Em 2023, apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose do imunizante. Esse patamar fica abaixo da cobertura de 95% necessária para prevenir surtos, mortes desnecessárias e alcançar as metas de eliminação do sarampo.

Nos últimos cinco anos, surtos de sarampo atingiram 103 países – onde vivem aproximadamente três quartos dos bebês do mundo. A baixa cobertura vacinal nessas regiões (80% ou menos) foi um fator importante. Por outro lado, 91 países com forte cobertura vacinal não experimentaram surtos.

HPV em meninas

Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023.

No entanto, esse nível de cobertura está bem abaixo da meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.

vacina contra o HPV é disponibilizada no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saúde recomenda atenção para casos de febre Oropouche no país

Uma recomendação aos estados e os municípios para que intensifiquem a vigilância em saúde para a possibilidade de transmissão vertical do vírus Oropouche foi emitida nesta semana pelo Ministério da Saúde (MS).

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Segundo a pasta, a medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas do MS detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia. “Significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, disse o ministério em nota divulgada na quinta-feira (11).

No documento, a pasta orienta que estados e municípios também intensifiquem a vigilância nos meses finais da gestação e no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, Zika e Chikungunya ou febre de Oropouche. O ministério recomenda ainda coletas de amostras e preenchimento da ficha de notificação; que se alerte a população sobre medidas de proteção a gestantes, como evitar áreas com a presença de maruins (tipo de inseto) e mosquitos, instalar telas em portas e janelas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente.

Segundo as informações, o serviço de detecção de casos de Oropouche foi ampliado para todo o país em 2023, após o Ministério da Saúde disponibilizar testes diagnósticos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com isso, os casos, até então concentrados prioritariamente na Região Norte, passaram a ser identificados também em outras regiões do país.

“A descoberta reforça a eficiência da vigilância epidemiológica no SUS, principalmente em relação a possíveis transmissão vertical de doenças, fundamental para antecipar diagnósticos e proteger gestantes e recém-nascidos”, informou o ministério.

Sintomas

A febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Entre os sintomas estão febre de início repentino, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de tontura, dor na parte posterior dos olhos, calafrios, náuseas, vômitos. Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença. A prevenção é feita a partir da proteção contra os mosquitos transmissores.

A febre Oropouche foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois disso, foram relatados casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica. Também ocorreram registros da doença no Panamá, na Argentina, Bolívia, no Equador, Peru e na Venezuela. Com a ampliação da investigação da infecção no país, foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.

Fonte: Agência Brasil

Gripe aviária: OMS pede maior vigilância de casos em animais e humanos

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta quinta-feira (11), em Genebra, na Suíça, que a capacidade do órgão de avaliar e gerir o risco apresentado pela gripe aviária para a saúde humana está “comprometida” em razão de falhas na vigilância de casos em animais em todo o mundo.

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“Na semana passada, os Estados Unidos reportaram o quarto caso do vírus H5N1 em humano após exposição a vacas leiteiras infectadas. O Camboja também reportou dois casos em crianças que tiveram contato com galinhas doentes ou mortas. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano foi reportada e, por isso, a OMS continua a avaliar o risco para o público em geral como baixo”, explicou.

“Entretanto, nossa capacidade de avaliar e gerir esse risco está comprometida em razão da vigilância limitada de casos de influenza em animais em todo o mundo. Compreender como o vírus se espalha e se reproduz em animais é essencial para identificar qualquer mudança que possa aumentar o risco de surtos em humanos ou o potencial para uma pandemia”, acrescentou Tedros.

Em entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS apelou para que todos os países fortaleçam seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária em animais e em humanos. Tedros pediu ainda que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com centros colaboradores da OMS em todo o mundo, mantendo acesso público aos dados.

A OMS também cobrou que os países ofereçam proteção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus; que ampliem pesquisas sobre a gripe aviária e que encorajem uma cooperação mais próxima entre os setores de saúde humana e animal.

Morte

Em junho, a OMS confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O paciente, de 59 anos, vivia no México. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo. A morte foi reportada por autoridades sanitárias mexicanas no dia 23 de maio.

À época, a organização destacou que o paciente, morador da Cidade do México, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país.

“O paciente tinha múltiplas condições médicas subjacentes. Os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início de sintomas agudos”.

Fonte: Agência Brasil

Veja como fica lista de medicamentos ofertados pelo Farmácia Popular

A partir desta semana, mais dez medicamentos passam a ser distribuídos de forma gratuita pelo programa Farmácia Popular. A lista inclui remédios para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite. Até então, somente medicações contra diabetes, hipertensão, asma e osteoporose, além de anticoncepcionais, podiam ser retiradas de graça em unidades credenciadas.

Com a atualização anunciada esta semana, 39 dos 41 itens ofertados pelo Farmácia Popular passam a ser distribuídos gratuitamente. Para os demais medicamentos e insumos disponibilizados pelo programa, o Ministério da Saúde já arcava com até 90% do valor de referência e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia.

Confira a lista completa abaixo, conforme indicação médica:

Asma

– brometo de ipratrópio 0,02mg
– brometo de ipratrópio 0,25mg
– dipropionato de beclometasona 200mcg
– dipropionato de beclometasona 250mcg
– dipropionato de beclometasona 50mcg
– sulfato de salbutamol 100mcg
– sulfato de salbutamol 5mg

Diabetes

– cloridrato de metformina 500mg
– cloridrato de metformina 500mg – ação prolongada
– cloridrato de metformina 850mg
– glibenclamida 5mg
– insulina humana regular 100ui/ml
– insulina humana 100ui/ml

Hipertensão

– atenolol 25mg
– besilato de anlodipino 5 mg
– captopril 25mg
– cloridrato de propranolol 40mg
– hidroclorotiazida 25mg
– losartana potássica 50mg
– maleato de enalapril 10mg
– espironolactona 25 mg
– furosemida 40 mg
– succinato de metoprolol 25 mg

Anticoncepcionais

– acetato de medroxiprogesterona 150mg
– etinilestradiol 0,03mg + levonorgestrel 0,15mg
– noretisterona 0,35mg
– valerato de estradiol 5mg + enantato de noretisterona 50mg

Osteoporose

– alendronato de sódio 70mg

Dislipidemia

– sinvastatina 10mg
– sinvastatina 20mg
– sinvastatina 40mg

Doença de Parkinson

– carbidopa 25mg + levodopa 250mg
– cloridrato de benserazida 25mg + levodopa 100mg

Glaucoma

– maleato de timolol 2,5mg
– maleato de timolol 5mg

Rinite

– budesonida 32mcg
– budesonida 50mcg
– dipropionato de beclometasona 50mcg/dose

Dignidade menstrual

– absorvente higiênico (para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública)

Copagamento

De acordo com a lista atualizada do programa, os seguintes itens do Farmácia Popular permanecem na modalidade de copagamento, onde o ministério arca com até 90% do valor de referência e o cidadão paga o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia:

– dapagliflozina 10 mg (indicado para o tratamento de diabetes associada a doença cardiovascular)

– fralda geriátrica (quadros de incontinência)

O programa

Criado em 2004 com o objetivo de disponibilizar medicamentos e insumos de saúde, o Farmácia Popular, segundo dados do governo federal, está presente em 85% dos municípios brasileiros – cerca de 4,7 mil cidades – e conta com uma lista de mais de 31 mil estabelecimentos credenciados em todo o país, com capacidade para atender 96% da população brasileira.

A expectativa do Ministério da Saúde é universalizar o programa, cobrindo 93% do território nacional. Segundo a pasta, foram credenciadas 536 novas farmácias em 380 municípios de referência do Programa Mais Médicos, com 352 cidades do Norte e Nordeste recebendo a primeira unidade cadastrada.

“Para alcançar a meta, o credenciamento de novas farmácias e drogarias foi aberto em 811 cidades de todas as regiões do país, com prioridade para os municípios que participam do Mais Médicos – uma estratégia que visa a diminuição dos vazios assistenciais”, informou o ministério.

Fonte: Agência Brasil

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