O governo de Santa Catarina está em alerta máximo para enfrentar o volume significativo de chuvas que atinge o estado nesta semana. Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (9), o governador Jorginho Mello reuniu representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para traçar estratégias de prevenção e monitoramento das áreas de risco.
A expectativa é de que, até a próxima sexta-feira (11), o acumulado de chuvas varie entre 150 e 200 milímetros, distribuídos de forma não concentrada. O objetivo principal do encontro foi garantir a segurança da população e preparar as equipes de emergência para eventuais ocorrências, como deslizamentos e enchentes.
Participaram do encontro o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), coronel Fabiano Bastos. Ambos destacaram a importância da mobilização preventiva para evitar tragédias e reforçaram que todas as regiões do estado estão com equipes e recursos prontos para agir rapidamente em caso de agravamento das condições climáticas.
Durante a reunião, o governador Jorginho Mello enfatizou a necessidade de manter a calma e estar atento aos sinais de risco, como o aumento do nível dos rios e possíveis deslizamentos de terra. “Não há motivo para desespero. O que queremos é que todos fiquem antenados e sigam as orientações da Defesa Civil. A prevenção é nossa principal arma para evitar desastres”, afirmou Mello. O governador reforçou que o governo está tomando todas as medidas necessárias para proteger a população, destacando a importância de estar em contato constante com as autoridades e seguir as recomendações emitidas.
O monitoramento das condições meteorológicas está sendo realizado de forma contínua pela Defesa Civil de Santa Catarina, que acompanha em tempo real o volume de chuvas e o comportamento dos rios. Além disso, os alertas são emitidos por meio de mensagens de texto e pelas redes sociais da Defesa Civil, garantindo que a população seja informada rapidamente sobre qualquer mudança no cenário.
A mobilização das equipes de Força-Tarefa dos batalhões do CBMSC de Canoinhas, Lages, Rio do Sul e Curitibanos é parte da estratégia para garantir a resposta rápida em caso de necessidade. Esses batalhões estão preparados para atender as regiões mais vulneráveis, com recursos e equipamentos específicos para enfrentar enchentes e deslizamentos.
O comandante-geral do CBMSC, coronel Fabiano Bastos das Neves, destacou que a integração entre as forças de segurança e o trabalho conjunto com a Defesa Civil são essenciais para garantir a eficácia das ações de resposta às emergências. “Estamos com uma linha de trabalho preparada para atender a população nos eventos que possam se desenrolar. As Forças-Tarefa estão a postos, assim como os recursos, para enfrentar as emergências de maneira rápida e eficiente”, afirmou o coronel.
Os batalhões destacados para a operação possuem pessoal treinado e equipamentos para atuar em diversas situações de risco, desde o resgate em áreas alagadas até o auxílio em evacuações preventivas. Os planos de contingência foram revisados para garantir que as equipes estejam prontas para agir em caso de qualquer cenário adverso. A experiência das Forças-Tarefa em atuar em situações de desastre é um diferencial que garante a segurança das operações.
Além disso, a Defesa Civil está em contato com outras entidades governamentais e organizações não governamentais para garantir apoio logístico e recursos adicionais, se necessário. Essa cooperação reforça a capacidade do estado em gerenciar a crise e minimizar os impactos das chuvas sobre as comunidades.
Para garantir que a população esteja preparada e bem informada, o governo de Santa Catarina está promovendo uma série de ações de orientação, com a divulgação de informações sobre procedimentos de segurança e medidas a serem tomadas em caso de emergência. Entre as principais recomendações estão:
- Evitar áreas de encostas e margens de rios: Essas regiões são mais suscetíveis a deslizamentos e transbordamentos, especialmente durante períodos de chuva intensa.
- Monitorar o nível dos rios e córregos próximos: A elevação repentina dos níveis de água pode indicar risco iminente de enchente.
- Estar atento a sinais de rachaduras no solo ou paredes: Essas fissuras podem ser um indicativo de instabilidade do terreno, aumentando o risco de deslizamentos.
- Seguir as orientações das autoridades e não ignorar os alertas: A Defesa Civil emite alertas por meio de mensagens de texto e pelas redes sociais. Em caso de ordem de evacuação, é fundamental sair da área de risco imediatamente.
Além das orientações, o governo estadual também montou postos de apoio em regiões mais vulneráveis, onde a população pode buscar abrigo e informações. Esses pontos de apoio contam com a presença de equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros para prestar auxílio e garantir que todos estejam seguros.
Santa Catarina tem um histórico de eventos climáticos adversos que causaram grandes transtornos e prejuízos ao estado. Episódios como as enchentes de 2008, que afetaram mais de 60 municípios e deixaram milhares de desabrigados, servem como alerta para a necessidade de preparo constante. Desde então, o governo estadual e as equipes de emergência têm investido em tecnologia e capacitação para melhorar a resposta a desastres e reduzir os impactos sobre a população.
Nos últimos anos, a Defesa Civil do estado tem implementado novos sistemas de monitoramento e alerta, além de promover campanhas de conscientização para educar a população sobre como agir em situações de risco. Essas iniciativas têm contribuído para que Santa Catarina esteja mais preparada para enfrentar eventos climáticos extremos e para proteger vidas e patrimônios.
Uma das principais prioridades do governo de Santa Catarina é investir em infraestrutura para aumentar a resiliência das comunidades frente a eventos climáticos adversos. Projetos de contenção de encostas, construção de diques e melhorias no sistema de drenagem urbana são algumas das iniciativas em andamento. Esses investimentos visam reduzir os riscos de deslizamentos e enchentes, além de melhorar a capacidade de resposta em situações de emergência.
O governo também está trabalhando em conjunto com universidades e centros de pesquisa para desenvolver novas tecnologias que possam ser aplicadas no monitoramento e previsão de desastres. Essa parceria entre poder público e academia tem gerado inovações que ajudam a antecipar cenários de risco e a planejar ações preventivas com maior precisão.