Antes dos 10 anos de idade, o hoje universitário Antônio Moraes já vendia balas na escola. Na adolescência, aprendeu a programar e, por hobby, passou a personalizar blogs. Na pandemia, desenvolveu um aplicativo que o ajudou a perder 20 quilos em seis meses.
Hoje, no terceiro ano de Ciência da Computação, o jovem de 24 anos transformou suas ideias em negócio e já tem o apoio da Microsoft para escalar a plataforma de venda de ingressos para eventos que criou com a ajuda dos ensinamentos aprendidos no Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), faculdade idealizada por André Esteves e Roberto Sallouti, sócios do BTG.
A startup Qual é Boa, com 3 mil usuários, é um dos primeiros “filhotes” do Inteli, iniciativa criada em 2019 pelos banqueiros para ajudar a diminuir a carência de profissionais de tecnologia no país.
Antônio Moraes sempre demonstrou uma inclinação para o empreendedorismo. Antes mesmo de completar 10 anos, já vendia balas na escola para ganhar algum dinheiro. Com a chegada da adolescência, seu interesse pela tecnologia começou a se manifestar, e ele aprendeu a programar sozinho, personalizando blogs como um hobby.
Durante a pandemia, viu uma oportunidade de unir sua paixão por tecnologia e sua necessidade pessoal de perder peso, desenvolvendo um aplicativo que o ajudou a perder 20 quilos em seis meses.
O ponto de virada para Antônio veio quando ele decidiu transformar suas habilidades e paixões em um negócio. Inscreveu-se no curso de Ciência da Computação no Inteli, onde encontrou um ambiente propício para desenvolver suas ideias. No terceiro ano do curso, Antônio lançou a startup Qual é Boa, uma plataforma de venda de ingressos para eventos, que já conta com 3 mil usuários. Com o apoio da Microsoft e a orientação do Inteli, a startup está pronta para escalar e conquistar novos mercados.
O impacto do Inteli na educação tecnológica
O Inteli foi fundado por André Esteves e Roberto Sallouti, sócios do BTG, com o objetivo de criar um instituto de tecnologia e liderança que fosse referência na América Latina. Concebida a partir de uma doação de R$ 200 milhões da família Esteves, a faculdade busca formar um time de ponta na intersecção entre tecnologia e negócios, funcionando como uma espécie de “MIT brasileiro”.
A metodologia de ensino do Inteli é centrada em projetos. A cada dez semanas, os alunos estudam um caso em parceria com o mercado. Até agora, os alunos já desenvolveram 300 protótipos e registraram 15 artigos científicos. Recentemente, conseguiram a primeira patente: um projeto que reduziu de seis meses para dois meses a implementação de um sistema de gestão (ERP) em médias e pequenas empresas.
Desafios e oportunidades na expansão do Inteli
O processo seletivo do Inteli é rigoroso, focado em identificar candidatos com habilidades excepcionais e histórias de vida marcantes. A prova seletiva é 90% focada em habilidades relacionadas à área de exatas, com uma prova de redação para avaliar a capacidade de comunicação. Com uma relação de 10 candidatos por vaga, a seleção é altamente competitiva.
Os alunos do Inteli são preparados para liderar desde o primeiro ano. A cada dez semanas, eles trabalham em projetos com equipes diferentes, adquirindo habilidades práticas que são altamente valorizadas no mercado. Como resultado, muitos alunos já estão estagiando em empresas de destaque como Uber, Amazon, Ifood e o próprio BTG.
Embora a ideia inicial fosse que as lições de empreendedorismo se desenvolvessem a partir do quarto ano, os alunos do Inteli não quiseram esperar. Três startups já foram criadas, e o instituto está planejando uma fase de incubação para apoiar aqueles que desejam iniciar seus próprios negócios. Além disso, parcerias com fundos de venture capital e o BoostLab do BTG estão sendo negociadas para oferecer suporte adicional aos empreendedores.
O Inteli continua a expandir suas ofertas educacionais. Recentemente, lançou o curso Adm Tech, que combina negócios e tecnologia, aumentando para cinco as opções de graduação: Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Engenharia de Software e Sistemas de Informação. Em breve, será lançada a primeira pós-graduação em cibersegurança, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O papel do Inteli na transformação da educação e da economia
O Inteli está desempenhando um papel crucial na formação de profissionais qualificados em tecnologia no Brasil. Com uma abordagem inovadora e prática, os alunos são preparados para entrar no mercado de trabalho “jogando”, sem precisar de aquecimento. A faculdade não apenas supre a demanda por profissionais de tecnologia, mas também forma líderes capazes de impulsionar a inovação e o crescimento econômico.
Mais da metade dos alunos do Inteli são bolsistas, provenientes de 95 cidades do Brasil. O suporte financeiro é essencial para garantir que talentos de todas as origens tenham acesso à educação de alta qualidade. Doações de instituições como o Instituto MRV, Gerdau e a Fundação Telles, além do próprio BTG, têm sido fundamentais para apoiar esses estudantes.
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