O comércio varejista ampliado do Paraná apresentou um crescimento expressivo de 5,4% nos primeiros sete meses de 2024, superando a média nacional de 4,7%. Os dados, divulgados pelo IBGE, mostram um desempenho forte em diversos setores, como materiais de construção, veículos e autopeças, que impulsionaram o resultado positivo. Entenda mais sobre os fatores que impulsionaram esse crescimento e os impactos para a economia paranaense.
O comércio varejista é um dos setores mais relevantes para a economia brasileira, e no Paraná, o setor vem registrando números robustos em 2024. Nos primeiros sete meses do ano, o volume de vendas no comércio varejista ampliado cresceu 5,4%, superando a média nacional de 4,7%. O bom desempenho é reflexo do avanço em setores como materiais de construção, veículos e autopeças, que vêm se destacando no cenário estadual.
A Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE, revela que o Paraná não apenas acompanha a recuperação econômica do Brasil, mas lidera o crescimento em alguns segmentos.
O crescimento de 5,4% no comércio varejista ampliado do Paraná, entre janeiro e julho de 2024, reflete a força da economia local. No mesmo período, a média nacional foi de 4,7%, indicando que o estado teve um desempenho superior ao de muitos outros estados brasileiros. Este resultado foi impulsionado por setores estratégicos, como materiais de construção e veículos, que registraram avanços significativos.
Em julho de 2024, as vendas no setor varejista paranaense aumentaram 12% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, e 0,2% em relação ao mês de junho. Ambos os resultados ficaram acima da média brasileira, que apresentou crescimento de 7,2% e 0,1%, respectivamente. Esses números indicam que o Paraná está em uma trajetória de crescimento sustentável, com o potencial de continuar superando as expectativas até o final do ano.
No acumulado de 12 meses, entre agosto de 2023 e julho de 2024, o avanço foi de 3,2%. Embora o crescimento em 12 meses seja mais modesto em relação aos resultados acumulados no ano, o estado continua se destacando em comparação à média nacional.
Um dos segmentos que mais se destacou no estado foi o de atacado, especialmente na venda de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Em julho de 2024, o Paraná registrou um aumento de 15,6% nesse setor, sendo o segundo melhor resultado do país, atrás apenas do Distrito Federal, que teve um crescimento de 19,2%. No Brasil, o crescimento médio no segmento foi de apenas 0,6%, evidenciando o desempenho positivo do Paraná.
Outro setor que registrou avanços expressivos foi o de materiais de construção. Em julho, as vendas desse segmento cresceram 19,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, um resultado 8,2 pontos percentuais acima da média nacional. No acumulado do ano, o avanço foi de 13,3%, quase quatro vezes maior que a média nacional de 3,4%. Esses números colocam o Paraná como o segundo estado com o melhor desempenho nas vendas de materiais de construção, ficando atrás apenas da Bahia, que cresceu 20,9%.
No acumulado de 12 meses, as vendas de materiais de construção no Paraná subiram 8,7%, novamente superando a média nacional, que foi de 1,9%. Esse desempenho reflete o aumento na demanda por reformas e construções, impulsionado pela retomada econômica e pelo crescimento no setor imobiliário.
Outro segmento que se destacou foi o de veículos, motocicletas, partes e peças, que registrou um crescimento de 29% em julho de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse resultado reflete o aumento da demanda por veículos novos e usados, além de peças de reposição, impulsionado por fatores como maior oferta de crédito e incentivos fiscais.
Nos primeiros sete meses do ano, o avanço nas vendas desse segmento foi de 18%, e no acumulado do ano, o crescimento chegou a 13,9%. Em todos os períodos analisados, o desempenho do Paraná foi superior à média nacional, consolidando o estado como um dos principais mercados para o setor automotivo no Brasil.
Excluindo os segmentos de materiais de construção e veículos, o varejo tradicional no Paraná também apresentou resultados positivos. O estado avançou 0,5% em julho de 2024 em relação a junho, e 2,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado entre janeiro e julho, o crescimento foi de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023, e no acumulado de 12 meses, o avanço foi de 2,8%.
Esse desempenho é impulsionado pela diversificação do comércio paranaense, que inclui setores como móveis, eletrodomésticos, hipermercados e supermercados, além de artigos de uso pessoal e doméstico. O estado tem uma economia diversificada e resiliente, o que ajuda a manter o crescimento do comércio varejista, mesmo em períodos de maior volatilidade econômica.
Entre os setores que puxaram o crescimento do comércio varejista no Paraná em 2024, eletrodomésticos se destacou com um avanço de 16,8% nos primeiros sete meses do ano. Em seguida, vieram móveis e eletrodomésticos (15,3%), móveis (14,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,9%).
Outro setor relevante foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que cresceu 7,3% no acumulado do ano. O setor de hipermercados e supermercados também contribuiu para o desempenho positivo, com um crescimento de 6,5% no mesmo período. Esses segmentos foram fundamentais para o bom desempenho do comércio paranaense, especialmente devido à retomada do consumo pós-pandemia e ao aumento do poder de compra das famílias.
Por outro lado, alguns setores apresentaram quedas, como o de livros, jornais, revistas e papelaria, que recuou 10,7% no período, e o de combustíveis e lubrificantes, com uma queda de 9,1%.
O bom desempenho do comércio varejista no Paraná é um reflexo da retomada econômica do estado, impulsionada pela recuperação do consumo das famílias, pela melhoria nas condições de crédito e pelos investimentos em setores estratégicos. Com o crescimento consistente em 2024, as perspectivas para o restante do ano são otimistas.
A expectativa é que o comércio varejista paranaense continue em expansão, especialmente em segmentos como materiais de construção, veículos e eletrodomésticos, que devem continuar sendo os motores do crescimento. No entanto, setores como combustíveis e papelaria podem continuar enfrentando desafios, refletindo mudanças nos hábitos de consumo e nos padrões econômicos.