Rebeca Andrade, campeã olímpica no salto nos Jogos de Tóquio 2021, está determinada a deixar sua marca novamente na Olimpíada de Paris 2024. Conhecida por sua habilidade e inovação, a ginasta brasileira está treinando para executar um salto inédito, o Triplo Twist Yurshenko (TTY), que pode ser batizado com seu sobrenome caso seja realizado em uma competição oficial.
A preparação para este momento é intensa e detalhada, com a equipe brasileira de ginástica artística já tendo o primeiro contato com a arena de competição dos Jogos.
O Triplo Twist Yurshenko é um salto de alta complexidade que ainda não foi realizado em competições oficiais. Caso Rebeca Andrade consiga executá-lo durante a Olimpíada, o salto poderá ser batizado com seu nome, solidificando ainda mais seu legado na ginástica artística. A Federação Internacional de Ginástica já registrou a inscrição de Rebeca para o TTY, atribuindo uma nota de dificuldade de 6.0.
Segundo o técnico Chico Porath, a inscrição do salto foi uma formalidade burocrática, mas a execução exige um processo meticuloso de preparação. “Hoje (quinta) a Rebeca conseguiu aquecer bem, sentiu o peso do elemento, mas vamos ter um processo longo pela frente. Tem as classificatórias, as possíveis finais para, por último, pensar nessa cereja do bolo”, explicou Porath.
Rebeca já executou com facilidade outros saltos complexos, como o Cheng e o Amanar, que foram apresentados durante sua conquista do ouro em Tóquio 2021. No entanto, o TTY representa um novo nível de desafio e preparação.
O treinamento de pódio é essencial na ginástica artística, funcionando como um ensaio geral na arena de competição. Durante esse treino, as equipes têm a oportunidade de se adaptar aos horários e às condições do local, além de sentir os aparelhos e ajustar suas estratégias com base nas notas indicadas pelos árbitros.
“Elas puderam sentir os aparelhos. Se for tudo muito perfeito, a gente fica preocupado que relaxem. Essa é a hora de sentir o aparelho”, destacou o técnico Chico Porath. A equipe brasileira passou quase 20 dias de preparação na França antes do treino de pódio, o que foi crucial para a adaptação ao ambiente e ao fuso horário.
Além do TTY, Rebeca Andrade apresentou um novo elemento no solo, o Sem Mãos Tsukahara Esticado, de alto grau de complexidade como ligação. A seleção brasileira também estreou novos collants, refletindo a preparação e o espírito renovado da equipe para os Jogos de Paris.
As classificatórias femininas da ginástica artística estão marcadas para domingo. Além de Rebeca Andrade, a equipe brasileira é composta por Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Santos. Cada ginasta tem um papel crucial na busca por vagas nas finais e, possivelmente, por medalhas olímpicas.
As classificatórias masculinas acontecem no sábado, com Arthur Nory e Diogo Soares representando o Brasil. Ambos os atletas têm histórico de bom desempenho e estão focados em garantir suas posições nas finais e competir por medalhas.
A preparação para uma Olimpíada é repleta de desafios, desde a adaptação aos horários e aparelhos até a manutenção da saúde física e mental. A equipe brasileira tem demonstrado resiliência e determinação, com um planejamento cuidadoso que inclui treinos intensivos e estratégias detalhadas.
A introdução de novos elementos e saltos, como o Triplo Twist Yurshenko, mostra o compromisso da equipe em inovar e superar os limites. O técnico Chico Porath e a equipe de apoio têm um papel fundamental em garantir que as ginastas estejam bem preparadas e focadas para os desafios que enfrentarão em Paris.
A possibilidade de Rebeca Andrade executar o TTY e garantir o batismo do salto com seu nome representa não apenas uma conquista pessoal, mas também um marco histórico para a ginástica brasileira. A expectativa é alta, mas a equipe está ciente dos riscos e da necessidade de uma execução perfeita.
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