A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia promissora que tem o potencial de revolucionar análises, pesquisas e decisões no mundo dos investimentos. No entanto, para que isso se torne realidade, é necessário investir em infraestrutura. Essa nova tecnologia já está transformando nossas vidas, desde a “previsão” de palavras em smartphones até a automação de aparelhos domésticos e contribuição no diagnóstico e tratamento de doenças.
No universo dos investimentos, a IA está dando seus primeiros passos, sendo aplicada em processos de análise de bancos, gestão de investimentos, comunicação de instituições financeiras e operação de sistemas financeiros.
A IA também é aplicada em modelos matemáticos que buscam os melhores rendimentos e é capaz de aprimorar constantemente seus cálculos. Essa tecnologia, capaz de executar tarefas complexas como os seres humanos, envolve capacidades como aprendizado de máquina e geração de conteúdo a partir de informações existentes, sendo conhecida como generativa.
O software ChatGPT, entre outros disponíveis no mercado, é um exemplo notável dessa capacidade. É por meio dessas habilidades que a IA pode calcular probabilidades de rendimento em fundos de investimento, permitindo que analistas e gestores se dediquem a utilizar as informações geradas pela IA para elaborar produtos mais adequados aos clientes.
Embora ainda seja cedo para dizer se a IA substituirá completamente as pessoas, profissionais do mercado financeiro reconhecem seu papel importante nas tomadas de decisão. Marcus Sena, gestor de “fundo de fundos” da Bradesco Asset, acredita que a IA será a “quarta opinião” com dados e argumentos tão qualificados quanto os dos gestores. Ele afirma que a IA será um excelente instrumento para ajudar a tomar decisões mais precisas.
As mudanças provocadas pela IA no sistema financeiro serão tão profundas que Fernando Freitas, superintendente de pesquisa e inovação do Bradesco, prevê uma revolução no dia a dia das pessoas.
Assim como os cheques praticamente deixaram de ser utilizados, ele questiona se em alguns anos lembraremos de consultar o saldo da conta bancária por meio de ícones.
Fernando Galdi, superintendente de estratégia e inovação da Bradesco Asset, compara o impacto atual da IA a uma revolução tecnológica semelhante à do iPhone para os celulares, trazendo novo design e funcionalidades.
No entanto, essa revolução também trará novos desafios, incluindo o consumo energético. Comandos para programas de IA generativa podem consumir até cem vezes mais energia do que uma pesquisa em um motor de busca tradicional.
Quanto maior o consumo, maior a demanda por energia limpa e por computadores capazes de realizar cálculos e armazenar dados, como os data centers. O setor de tecnologia da informação está crescendo rapidamente, e a nova demanda da IA representa um crescimento ainda maior.
A revolução causada pela IA não está apenas mudando nossa forma de interagir com a tecnologia e de perceber a realidade, mas também criando novas demandas, desafios e oportunidades de negócios. É necessário encontrar respostas para esses desafios, como a infraestrutura energética e computacional, a fim de aproveitar ao máximo o potencial da IA no mercado financeiro.
A IA está promovendo uma nova era no mercado financeiro, impulsionando análises mais precisas, decisões embasadas em dados e investimentos mais eficientes. As oportunidades são imensas, e cabe aos profissionais do setor se adaptarem a essa nova realidade e aproveitarem as vantagens que a IA pode proporcionar. A revolução está apenas começando, e aqueles que souberem aproveitar seu potencial certamente estarão à frente nessa transformação.