Efeitos climáticos tiraram força do agronegócio no 1º trimestre

O recuo de 3% do agronegócio no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado, reflete efeitos do clima no campo, sobretudo na soja e milho, pontua Amanda Tavares, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Segundo a especialista, o desempenho do campo não teve o resultado esperado pelos produtores.

“No primeiro trimestre de 2023, tivemos culturas fortes de soja e milho. No último trimestre do ano passado, o trigo e a laranja estavam caindo fortemente, causando essa variação no resultado do setor de agro”, diz. Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, diz Tavares, mostram que além da perda de produção, houve baixa produtividade, ou seja, a área plantada rendeu menos do que o esperado. Segundo ela, esse fator também tem relação com clima.

“O produtor, nesse caso, investiu mais e colheu menos”, pontua.O milho foi a cultura que teve a maior retração (-11,7%), seguido por fumo (-9,6%), soja (-2,4%) e mandioca (-2,2%). Dentro do setor, a pecuária representa cerca de 20% e a agricultura 70%. O restante fica com produção florestal e pesca.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país subiu 0,8% no primeiro trimestre deste ano, em relação aos três últimos meses de 2023, segundo o IBGE

O setor de Serviços puxou essa variação positiva, com alta de 1,4%. A Agropecuária cresceu 11,3% e a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.

Na comparação do primeiro trimestre de 2024 com o mesmo trimestre do ano passado, houve alta de 2,5% no PIB, puxada também pelos Serviços.

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