Paraná atrai R$ 285 bilhões em investimentos privados

O Paraná tem se consolidado como um dos principais polos de atração de investimentos no Brasil, resultado de uma política econômica que combina modernização, desburocratização e forte investimento em infraestrutura. Desde 2019, o estado conseguiu atrair R$ 285 bilhões em novos investimentos privados, superando em quase seis vezes a previsão inicial de R$ 50 bilhões para o período.

O dado foi apresentado nesta segunda-feira (30) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em um evento que reuniu empresários paranaenses no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

O montante expressivo é fruto de novos empreendimentos e da ampliação de empresas já consolidadas, que enxergaram no estado um ambiente favorável para expandir suas atividades. O reflexo desse alto volume de aportes se reflete no crescimento econômico, na geração de empregos e no aumento da competitividade da economia paranaense, que tem se destacado nacionalmente e internacionalmente. A seguir, entenda como esses investimentos impactam o estado e quais são as áreas beneficiadas.

O valor de R$ 285 bilhões em investimentos privados inclui aportes de grandes empresas como a Nissin Foods, que destinou R$ 1 bilhão para construir uma nova fábrica de macarrão instantâneo em Ponta Grossa, e a Klabin, que aplicou R$ 12,9 bilhões na expansão de sua planta em Ortigueira. Esses investimentos não apenas fortalecem o setor industrial do estado, como também criam oportunidades para pequenos e médios negócios que atuam na cadeia produtiva.

Esse crescimento expressivo contribuiu para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, que passou de R$ 390,8 bilhões em 2015 para R$ 665,6 bilhões em 2023. No ano passado, o PIB paranaense registrou um crescimento de 5,8%, o dobro da média nacional, superando países como China e Dinamarca. Esse avanço coloca o Paraná como um dos estados mais dinâmicos do Brasil, com alta taxa de desenvolvimento econômico.

O desempenho positivo também se reflete na atividade econômica do estado, que cresceu 7,8% em 2023 e 8,3% no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central. O Paraná liderou o crescimento entre as unidades federativas, superando estados maiores como São Paulo e Rio de Janeiro. Esse resultado é fruto de um ambiente de negócios favorável e de uma gestão pública que prioriza o apoio ao empreendedorismo.

Com a alta nos investimentos, o Paraná conseguiu reduzir a taxa de desemprego pela metade desde 2019. O estado alcançou, em 2024, o menor índice de desocupação dos últimos 12 anos, com apenas 4,4%. Essa marca representa praticamente o pleno emprego, situação em que há mais vagas de trabalho do que pessoas disponíveis para ocupá-las. Segundo o governador Ratinho Junior, 82% da população adulta paranaense está empregada com carteira assinada, o maior índice de ocupação da história do estado.

Entre janeiro e agosto de 2024, o Paraná foi o terceiro estado do Brasil que mais criou vagas de emprego com carteira assinada, totalizando 137,5 mil novos postos de trabalho. Esse avanço coloca o estado em destaque no cenário nacional, demonstrando a capacidade de absorção de mão de obra e de criação de oportunidades de trabalho que acompanham o ritmo de expansão econômica.

O crescimento econômico do Paraná nos últimos cinco anos foi impulsionado por uma série de medidas que reduziram a burocracia e facilitaram a instalação de novas empresas no estado. Em 2019, o Paraná era o segundo estado com maior tempo de espera para abertura de empresas no Brasil, com uma média de 8 dias e 18 horas. Hoje, é o segundo mais rápido do país, com a emissão de CNPJs em apenas oito horas.

Além disso, empresas de mais de 700 ramos de atividades de baixo risco não precisam mais de alvará para funcionamento. Isso beneficiou diretamente cerca de 17 mil novos negócios, que puderam iniciar suas atividades de maneira mais ágil e eficiente. No setor agrícola, o programa Descomplica Rural facilitou o licenciamento de atividades como piscicultura, avicultura, suinocultura e bovinocultura, dando mais segurança técnica e jurídica aos produtores.

Outro programa de destaque é o Renova Paraná, que promove a autogeração de energia renovável no campo. Já foram instaladas 34.485 usinas fotovoltaicas e de biogás em propriedades rurais, o que contribui para a sustentabilidade energética e a redução de custos para os produtores.

A infraestrutura foi outro pilar fundamental para a atração de investimentos. Na área de energia, a Copel investiu R$ 3,1 bilhões na construção de 25 mil quilômetros de redes trifásicas, garantindo mais segurança energética, especialmente em regiões rurais. No setor logístico, o governo lançou um pacote de R$ 8 bilhões para grandes obras, incluindo a construção da nova Ponte de Guaratuba, a revitalização de rodovias com pavimento de concreto e a criação de um novo Corredor Metropolitano para desafogar o Contorno Sul de Curitiba.

Outro destaque é o programa de concessões rodoviárias, que prevê R$ 60 bilhões em investimentos em 3.368 quilômetros de rodovias federais e estaduais. Até o momento, dois contratos já foram assinados, e mais dois lotes estão previstos para leilão até o final deste ano. Essas concessões garantirão a modernização das estradas paranaenses e a melhoria na mobilidade e no transporte de mercadorias.

O Porto de Paranaguá também teve papel crucial nesse cenário. Com sucessivos recordes de movimentação de cargas, o porto recebeu R$ 592 milhões em investimentos para a construção do novo Moegão, maior obra portuária do Brasil com recursos públicos. A iniciativa ampliará a capacidade de descarregamento de cargas ferroviárias nos navios e tornará o porto ainda mais competitivo no cenário internacional.

Além de se destacar no Brasil, o Paraná também vem ganhando visibilidade no cenário internacional. O estado foi considerado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como referência em sustentabilidade e ocupa a liderança no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Brasil. Essas conquistas demonstram que o Paraná combina desenvolvimento econômico com responsabilidade social e ambiental.

O governo do estado tem planos ambiciosos para os próximos anos, como a instalação do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu, em parceria com o Centro George Pompidou, da França, e a construção da Fábrica de Ideias, um dos maiores hubs de inovação da América Latina, em Curitiba. Além disso, as universidades estaduais paranaenses estão se preparando para instalar uma nova rede de supercomputadores, que permitirá avanços significativos em pesquisa e tecnologia.

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