Os tipos de diabetes e como eles afetam a saúde

O diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizado por níveis elevados de glicose no sangue, o diabetes pode trazer sérias complicações para a saúde quando não tratado adequadamente. Existem diferentes tipos de diabetes, cada um com suas causas, sintomas e tratamentos específicos.

O que é diabetes?

O diabetes é uma doença que ocorre quando o corpo não consegue processar adequadamente o açúcar no sangue, resultando em níveis elevados de glicose. Isso pode acontecer por causa da produção insuficiente de insulina (hormônio responsável pela regulação do açúcar) ou porque o corpo não consegue utilizar a insulina de maneira eficiente.

A insulina, produzida no pâncreas, é vital para transportar a glicose presente no sangue para dentro das células, onde é convertida em energia. Quando esse processo é interrompido, o acúmulo de glicose no sangue pode causar uma série de problemas de saúde, afetando órgãos e sistemas do corpo.

Existem três tipos principais de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. Além disso, há algumas formas menos comuns, como o diabetes monogênico e o diabetes secundário. A seguir, detalhamos cada um desses tipos.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou não produz insulina de forma alguma.

Este tipo de diabetes geralmente se manifesta na infância ou adolescência, mas também pode surgir em adultos. Pessoas com diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente para sobreviver, uma vez que seus corpos não produzem a quantidade necessária deste hormônio.

Sintomas do diabetes tipo 1:

  • Sede excessiva
  • Fome constante, mesmo após comer
  • Perda de peso inexplicável
  • Fadiga extrema
  • Visão embaçada
  • Urinação frequente

Tratamento: O tratamento para o diabetes tipo 1 envolve a administração regular de insulina, além de um monitoramento cuidadoso dos níveis de glicose no sangue. A dieta equilibrada e o exercício físico também são essenciais para o controle da doença.

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Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é o tipo mais comum de diabetes, representando cerca de 90% dos casos da doença. Ao contrário do tipo 1, neste caso, o corpo ainda pode produzir insulina, mas as células se tornam resistentes a ela, ou o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para manter os níveis de glicose adequados.

Este tipo de diabetes está fortemente ligado ao estilo de vida, sendo mais comum em adultos, especialmente aqueles com excesso de peso, sedentarismo e maus hábitos alimentares. No entanto, cada vez mais jovens também são diagnosticados com diabetes tipo 2, em função de dietas pobres e falta de atividade física.

Sintomas do diabetes tipo 2:

  • Cansaço constante
  • Fome e sede excessivas
  • Cicatrização lenta de feridas
  • Visão turva
  • Urinação frequente
  • Infecções recorrentes

Tratamento: O tratamento do diabetes tipo 2 pode variar dependendo da gravidade do caso. Em muitos casos, mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios e uma dieta balanceada, podem ser suficientes para controlar a doença. No entanto, algumas pessoas podem precisar de medicação oral ou insulina para manter os níveis de glicose no sangue sob controle.

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Diabetes gestacional

O diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e é caracterizado por altos níveis de glicose no sangue que surgem pela primeira vez durante a gestação. Isso acontece porque o corpo de algumas mulheres grávidas não consegue produzir insulina suficiente para lidar com o aumento das necessidades energéticas durante a gestação.

Embora o diabetes gestacional geralmente desapareça após o parto, ele aumenta o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 no futuro e pode causar complicações durante a gravidez e o parto, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Sintomas do diabetes gestacional:

  • Muitas vezes, não há sintomas perceptíveis
  • Sede aumentada
  • Urina em excesso
  • Fadiga

Tratamento: O controle do diabetes gestacional envolve a adoção de uma dieta saudável, exercícios físicos regulares e, em alguns casos, o uso de insulina ou medicamentos orais para manter os níveis de glicose sob controle. A realização de exames de rotina durante a gravidez é essencial para diagnosticar precocemente o diabetes gestacional.

Outros tipos de diabetes

Além dos três principais tipos de diabetes, existem formas menos comuns, como o diabetes monogênico e o diabetes secundário.

  • Diabetes monogênico: Causado por mutações genéticas raras, o diabetes monogênico geralmente se desenvolve em crianças e adolescentes. É uma forma de diabetes hereditária e pode ser controlada com medicação e, em alguns casos, com insulina.
  • Diabetes secundário: Esse tipo de diabetes ocorre como consequência de outras condições médicas, como pancreatite, síndrome de Cushing ou uso prolongado de certos medicamentos, como os corticoides.

Fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes

Vários fatores podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver diabetes, principalmente o tipo 2. Alguns desses fatores incluem:

  • Histórico familiar: Ter parentes próximos com diabetes pode aumentar significativamente o risco.
  • Sobrepeso e obesidade: O excesso de peso, especialmente a gordura abdominal, está associado à resistência à insulina.
  • Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física contribui para o aumento do peso e a diminuição da sensibilidade das células à insulina.
  • Idade: Embora o diabetes tipo 2 possa se desenvolver em qualquer idade, o risco aumenta à medida que a pessoa envelhece.
  • Pressão arterial alta e colesterol elevado: Essas condições estão frequentemente associadas ao diabetes tipo 2.
  • Gravidez: Mulheres que tiveram diabetes gestacional correm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde.

Complicações do diabetes

Quando não tratado ou mal controlado, o diabetes pode levar a várias complicações graves de saúde. Algumas das principais complicações incluem:

  • Doenças cardiovasculares: Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas, derrames e pressão alta.
  • Danos nos nervos (neuropatia): Níveis elevados de glicose podem danificar os nervos, especialmente nos pés, causando dor, dormência e problemas nos membros inferiores.
  • Doenças renais: O diabetes pode afetar os rins, levando à insuficiência renal e, em casos graves, à necessidade de diálise ou transplante renal.
  • Problemas oculares: O diabetes pode causar danos aos vasos sanguíneos dos olhos, levando à retinopatia diabética e, em casos avançados, à cegueira.
  • Cicatrização lenta de feridas: O diabetes pode dificultar a cicatrização de cortes e feridas, aumentando o risco de infecções graves.

Controle e prevenção do diabetes

Para controlar o diabetes e prevenir suas complicações, é essencial adotar uma série de hábitos saudáveis, como:

  • Alimentação balanceada: Optar por alimentos ricos em fibras, vegetais, proteínas magras e evitar alimentos com alto teor de açúcar e gordura.
  • Exercício regular: A prática de atividades físicas ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar o peso.
  • Monitoramento constante da glicose: Manter um controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue é crucial, especialmente para quem precisa tomar insulina ou outros medicamentos.
  • Cuidados médicos regulares: Consultas regulares ao médico permitem o monitoramento de possíveis complicações e ajustes no tratamento.

O diabetes é uma condição crônica que, se não for controlada adequadamente, pode levar a complicações graves. No entanto, com o diagnóstico precoce e o controle adequado, é possível viver uma vida saudável e produtiva. Compreender os diferentes tipos de diabetes e as formas de tratamento é o primeiro passo para garantir que essa condição não limite a qualidade de vida das pessoas. A prevenção, o acompanhamento médico e os hábitos saudáveis são fundamentais para o controle do diabetes em todas as suas formas.

Efeitos colaterais da perda de peso súbita, incluindo a cabeça de Ozempic

O Ozempic, medicamento da farmacêutica Novo Nordisk, é conhecido pelos seus efeitos no emagrecimento. Apesar de seu uso ser indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, o remédio é usado off label ou seja, fora das indicações da bula para a perda de peso. Isso acontece devido à semaglutida, principal componente presente no medicamentoPorém, apesar de a semaglutida ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o tratamento da obesidade, o uso do Ozempic para fins estéticos sem orientação e acompanhamento médico pode trazer riscos à saúde.

Além disso, a rápida perda de peso proporcionada pela medicação traz consequências, como a flacidez e a “cabeça de Ozempic“, termo que viralizou nas redes sociais recentemente.A “cabeça de Ozempic” faz referência a um suposto efeito colateral do uso do medicamento, como a desproporcionalidade da cabeça em relação ao resto do corpo. Ricardo Barroso, endocrinologista e diretor da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), explica que isso está associado à perda de massa muscular causada pelo rápido emagrecimento.

“Essa questão da desproporcionalidade entre rosto e corpo acontece pela perda de massa muscular, causada pelo rápido emagrecimento. Isso dá a sensação do resto do corpo estar mais magro do que a cabeça. Então, tudo tem a ver com a falta de massa muscular e de estrutura da composição corporal”, afirma o endocrinologista à.

Além disso, a rápida perda de peso também pode causar flacidez no rosto, condição apelidada de “rosto de Ozempic“.

“Isso não acontece com todas as pessoas, mas acontece, principalmente, com quem tem uma perda de peso mais acelerada. Essas pessoas não conseguem ter uma boa ingestão de proteína, o que causa a perda de massa muscular e a flacidez, porque também há a perda de colágeno“, explica Barroso.

No entanto, segundo o especialista, essa flacidez pode acontecer também em outras regiões do corpo, como abdômen, flancos (parte lateral das costas), coxas e glúteos.

“Algumas pessoas têm muita dificuldade de fazer atividade física quando estão usando o Ozempic, porque têm falta de disposição e de energia. Esse sedentarismo somado à baixa ingestão de proteínas leva a perda proporcionalmente maior de massa magra, o que leva a um aspecto maior de flacidez”, afirma Barroso.

Um estudo feito com o Ozempic publicado em 2021 mostrou que, após 68 semanas de medicação, 86,4% dos participantes perderam 5% ou mais do peso corporal. Apesar de isso estar relacionado ao emagrecimento, a perda de peso corporal também pode diminuir a massa muscular e a densidade óssea, podendo levar à sarcopenia (perda gradual de massa muscular, força e função).

Outros possíveis efeitos colaterais do uso de Ozempic
A semaglutida é um componente análogo do hormônio GLP-1 e atua diretamente na secreção de insulina pelo pâncreas, ajudando a regular o nível de glicemia. Por isso, ela é indicada para o tratamento de diabetes tipo 2.

No caso do emagrecimento, a molécula ajuda a retardar o esvaziamento gástrico, promovendo uma sensação de saciedade mais prolongada. Além disso, o análogo do GLP-1 também atua no sistema nervoso central, nas vias de regulação do apetite.

Assim como toda medicação, os remédios à base de semaglutida podem trazer efeitos colaterais e riscos à saúde, principalmente se usados indevidamente, ou seja, sem prescrição e acompanhamento médico.

Entre os efeitos colaterais possíveis do uso do Ozempic, segundo especialistas:

Náuseas;
Inapetência excessiva;
Diarreia;
Vômitos;
Mal-estar;
Dor de cabeça;
Dificuldade para se alimentar;
Desidratação (devido aos vômitos e diarreia);
Pedra na vesícula, devido à rápida perda de peso.

Posicionamento da Novo Nordisk sobre o uso off-label e efeitos adversos do Ozempic,
Novo Nordisk diz que não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off-label de seus medicamentos, ou seja, em desacordo com a bula, e tampouco a automedicação.

A empresa afirma que efeitos adversos são consequências diretas do uso do medicamento e não são necessariamente graves ou ruins. Segundo a Novo, distúrbios gastrointestinais, como a náusea, foram os efeitos adversos mais frequentes relatados, sendo a maioria de intensidade leve e não levando à interrupção do tratamento.

A companhia diz ainda que o paciente deve buscar acompanhamento médico para minimizar os efeitos colaterais. Comer porções menores, parar quando se sentir satisfeito, evitar frituras e comidas gordurosas, manter-se hidratado e evitar consumo de álcool podem minimizar essas reações, diz a empresa.

Reduza o risco de diabetes tipo 2 com este alimento do dia a dia!

Desde o café da manhã até o lanche da tarde, a manteiga de amendoim tem conquistado espaço nas mesas de muitas pessoas, não apenas pelo seu sabor irresistível, mas também por seus potenciais benefícios à saúde. Uma descoberta recente vem acrescentar ainda mais motivos para incluir esse alimento versátil em sua dieta diária: a redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2. Essa revelação não é apenas uma moda passageira, mas sim a conclusão de vários estudos ao longo dos últimos anos, trazendo esperança e novas estratégias na luta contra essa doença metabólica.

Estudos publicados no renomado Journal of the American College of Nutrition, em 2018, e no prestigiado Journal of the American Medical Association, em 2022, trouxeram à luz evidências sólidas dos benefícios da manteiga de amendoim na prevenção da diabetes tipo 2. Os resultados dessas pesquisas revelaram que consumir apenas duas colheres de sopa por dia desse alimento pode ser uma estratégia eficaz na redução do risco da doença.

O segredo reside nos componentes nutricionais da manteiga de amendoim. Rica em magnésio, essa iguaria nutricional é um mineral essencial que desempenha um papel fundamental na melhoria da sensibilidade à insulina, o hormônio responsável pela regulação dos níveis de glicose no sangue. Além disso, a manteiga de amendoim é conhecida por sua capacidade de reduzir o estresse oxidativo e a inflamação no organismo, dois fatores que desempenham um papel crucial no desenvolvimento da diabetes tipo 2.

Ao escolher sua manteiga de amendoim, é fundamental optar por marcas que não contenham adição de açúcar ou outros ingredientes prejudiciais à saúde. A moderação também é essencial – duas colheres de sopa por dia são suficientes para colher os benefícios protetores desse alimento.

A boa notícia é que incluir manteiga de amendoim na sua dieta não apenas pode ser benéfico, mas também é incrivelmente versátil e delicioso. Experimente adicioná-la em sanduíches, frutas, smoothies ou até mesmo como um lanche saudável entre as refeições. Com tantas opções de consumo, é fácil e prazeroso aproveitar os benefícios desse alimento nutritivo.

Em um mundo onde a prevenção e o tratamento de doenças crônicas estão se tornando cada vez mais importantes, descobertas como essa sobre a manteiga de amendoim oferecem uma abordagem simples e acessível para melhorar a saúde. Com base em evidências científicas sólidas, fica claro que adicionar esse alimento à sua rotina diária pode ser um passo significativo na redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2. Então, da próxima vez que você estiver procurando por um lanche nutritivo e delicioso, lembre-se do poder da manteiga de amendoim – é fácil de encontrar e pode trazer vários benefícios à sua saúde a longo prazo.

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