O 6º Festival de Fronteira Oeste de Danças Gaúchas movimentou o município de Descanso no último final de semana, com apresentações e competições que atraíram diversas pessoas da região inclusive os integrantes do Centro de Tradições Gaúchas Sinuelo da Fronteira, de Dionísio Cerqueira.
O CTG Sinuelo da Fronteira participou do VI Festival Fronteira Oeste de Danças Gaúchas, com as invernadas artísticas Mirim, Juvenil e Adulta.
Ao todo o Sinuelo da Fronteira teve participantes em 7 categorias do Festival, conquistando 1.469 pontos e foi sagrado campeão geral.
As invernadas artísticas Mirim e Juvenil foram campeãs nas Danças Tradicionais Gaúchas, além de muitos títulos em outras categorias.
Danças de salão Mirim 1º Lugar – Joaquim e Sophia; Juvenil 1º Lugar – Cristhian e Nandara; 3º Lugar – Gustavo e Luiza. Adulta 1º Lugar – Felipe Manica e Julia; 4º Lugar – Willian e Laíne.
DECLAMAÇÃO Pré-Mirim 1º Lugar – Manoel Wust. Mirim 2º Lugar – Julio Cesar Pezzatto; 3º Lugar – João Bernardo Selzler. Juvenil 1º Lugar – Ailin Monique Maier; 2º Lugar – Isadora da Rocha; 3º Lugar – Marco Antonio Pezzatto Soares. Adulta 1º Lugar – Julia Caroline de Sá; 2º Lugar – Bruno Teixeira; 3º Lugar – Felipe Manica. Veterana 1º Lugar – Josimeri Mendonca Lava.
SOLISTA VOCAL Mirim 2º Lugar – Livia Tonet Falcão. Juvenil 3º Lugar – Marina Ribeiro Dambrós. Adulta Prenda: 1º Lugar – Valéria De Castro; Peão: 1º Lugar – Luan Peretti. Veterana 2º Lugar – Falcão.
Gaita Pianada Juvenil 1º Lugar – Felype Gabriel Barbosa. O evento, que já faz parte do calendário cultural, foi realizado no CTG Candeeiro do Oeste. Desde sua criação, em 2018, o festival já passou por várias cidades da região e vem crescendo ano a ano. A última etapa do Festival Regional da Cultura Gaúcha acontecerá em São Miguel do Oeste, no final de novembro.
Foto da Invernada Artística do CTG Sinuelo da Fronteira
O 20 de Setembro não é apenas uma data marcada no calendário dos gaúchos; é um símbolo vibrante de resistência, cultura e tradição que permeia o coração e a alma do Rio Grande do Sul. O Dia da Revolução Farroupilha, também conhecido como Dia do Gaúcho, é uma oportunidade para relembrar e celebrar a mais longa revolução do Brasil, que durou de 1835 a 1845.
Mas, para além da sua importância histórica, este dia é uma expressão viva do tradicionalismo gaúcho, refletido em cada cavalgada, em cada mate compartilhado e em cada verso declamado nos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) espalhados pelo estado. Neste trabalho especial do Jornal da Fronteira, apresentamos essas história especial.
Assuntos:
A Revolução Farroupilha no Dia do Gaúcho
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi um movimento de dez anos contra o governo imperial brasileiro, motivada por questões econômicas, políticas e sociais. Os farroupilhas, liderados por figuras icônicas como Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi, buscavam maior autonomia e justiça fiscal para a província do Rio Grande do Sul. Embora tenha terminado com o tratado de paz de Ponche Verde, a revolução deixou um legado imortal de luta pela liberdade e justiça, valores que se tornaram pilares do ethos gaúcho.
Semana Farroupilha: uma celebração de identidade
A Semana Farroupilha é o ponto alto das celebrações, uma semana inteira que antecede o 20 de Setembro, durante a qual os gaúchos revivem a memória dos heróis farroupilhas através de eventos culturais, desfiles temáticos e a tradicional cavalgada de gaúchos. Essa semana é um convite aberto a todos, gaúchos ou não, para mergulhar na rica tapeçaria cultural do Rio Grande do Sul.
Cavalgadas: o eco dos antepassados
As cavalgadas são, talvez, a expressão mais autêntica do espírito farroupilha durante as festividades. Gaúchos de todas as idades, vestidos a rigor com bombachas, lenços coloridos e chapéus de aba larga, montam seus cavalos e percorrem caminhos históricos, relembrando as jornadas de seus antepassados. Essas cavalgadas não são apenas demonstrações de habilidade equestre, mas atos de preservação da memória histórica e cultural do estado.
CTGs: guardiães da cultura gaúcha
Os Centros de Tradições Gaúchas são instituições sem fins lucrativos que têm como missão cultivar, preservar e difundir a cultura gaúcha. Durante a Semana Farroupilha, os CTGs se tornam epicentros de atividades, organizando desde oficinas de dança gaúcha até concursos de declamação de poesias. São espaços de encontro onde jovens e idosos compartilham histórias, música, dança e, claro, muitas rodadas de chimarrão.
Chimarrão: mais que uma bebida, um ritual
O chimarrão, essa infusão de erva-mate servida em uma cuia com uma bomba para sorver, é mais do que uma bebida para os gaúchos; é um ritual de hospitalidade e fraternidade. O ato de preparar e compartilhar o chimarrão é um convite à conversa, à pausa e à reflexão, valores que são a essência do tradicionalismo gaúcho.
Tradicionalismo gaúcho é um modo de vida
O tradicionalismo gaúcho vai além do uso do traje típico ou da participação em eventos culturais; é um modo de vida que se manifesta no respeito pelos valores de honra, lealdade e coragem. É a transmissão de ensinamentos de geração para geração, seja através da música, da dança, da poesia ou da simples conversa ao redor do fogo de chão.
O legado do 20 de Setembro
O 20 de Setembro é uma celebração que transcende o tempo. É um dia que não apenas homenageia a bravura dos heróis farroupilhas, mas também celebra a continuidade e a vitalidade da cultura gaúcha. As cavalgadas, os CTGs, o chimarrão e o espírito de camaradagem são testemunhos vivos de um legado que continua a inspirar e a unir o povo gaúcho.
Neste dia, o Rio Grande do Sul não apenas olha para o passado com orgulho, mas também para o futuro com esperança, levando consigo os valores e as tradições que definem sua identidade única.