O governo de Santa Catarina declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), resultando em elevações significativas nas internações e superlotação em hospitais e postos de saúde. Destacando a gravidade da situação que o sistema de saúde catarinense enfrenta atualmente.
Segundo o painel do governo de Santa Catarina, até a noite de segunda-feira, 93,07% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no estado estavam ocupados. Com 1.328 leitos de UTI ativos, 1.236 estavam em uso, demonstrando a pressão extrema sobre a capacidade hospitalar do estado. A ocupação dos leitos de UTI variou por região:
- Grande Oeste (Chapecó e região): 93,18%
- Meio Oeste e Serra Catarinense (Joaçaba, Lages e região): 90,48%
- Planalto Norte e Nordeste (Joinville, Jaraguá do Sul e região): 97,18%
- Vale do Itajaí (Blumenau, Brusque e região): 95,72%
- Foz do Rio Itajaí (Itajaí, Balneário Camboriú e Litoral Norte): 100%
- Grande Florianópolis (Capital, São José, Palhoça e região): 98,19%
- Sul (Criciúma, Laguna, Tubarão e região): 77,39%
O alto índice de ocupação nos leitos de UTI, incluindo neonatal, pediátrica e adulto, além da crescente procura nos centros de atendimento de emergência, representa um “elevado risco sanitário para a população”, conforme declaração do governo estadual. A situação é agravada pela disseminação da SRAG, que tem sobrecarregado o sistema de saúde e gerado desafios significativos para o atendimento adequado aos pacientes.
Para enfrentar a crise, o decreto de emergência autoriza o governo a requisitar bens e serviços, além de leitos de entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida visa ampliar a capacidade de atendimento e garantir que todos os pacientes recebam os cuidados necessários.
- Santa Catarina é líder no país na realização de cirurgias eletivas
- Dengue: Brasil tem, em 6 meses, 6,1 milhões de casos e 4,2 mil mortes
Além disso, o decreto permite a alteração de normas vigentes, proporcionando ao governo maior flexibilidade para implementar ações que possam mitigar a situação crítica. As autoridades de saúde estão focadas em estratégias para melhorar a gestão dos recursos e otimizar o atendimento aos pacientes afetados pela SRAG.
Cada região de Santa Catarina enfrenta desafios específicos, com algumas áreas apresentando ocupações de UTI extremamente elevadas, como a Foz do Rio Itajaí, que atingiu 100% de ocupação. A Grande Florianópolis, com 98,19% de ocupação, também enfrenta uma situação alarmante. A pressão sobre os recursos hospitalares é uma preocupação constante, exigindo ações rápidas e eficazes para evitar o colapso do sistema de saúde.