FGV divulga aumento de 0,45% no IGP-10 em julho

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou uma alta de 0,45% em julho, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este resultado, anunciado em 17 de julho, ficou acima da mediana das projeções do mercado, que era de 0,38%. A variação esperada pelos analistas entrevistados situava-se entre 0,09% e 0,66%. O IGP-10 é um importante indicador econômico que reflete as variações de preços no atacado, no consumo e na construção civil.

O IGP-10 é composto por três principais indicadores: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10).

Os preços no atacado, medidos pelo IPA-10, apresentaram uma alta de 0,49% em julho, uma desaceleração em relação ao aumento de 0,88% registrado em junho. Este indicador reflete as variações nos preços dos produtos agropecuários e industriais. Em julho, os preços agropecuários subiram 0,81%, uma queda em comparação ao aumento de 1,11% em junho. Já os preços dos produtos industriais avançaram 0,37%, também desacelerando em relação à alta de 0,80% no mês anterior.

O IPC-10, que mede a variação de preços para o consumidor, registrou uma alta de 0,24% em julho, após um aumento de 0,54% em junho. Este indicador é crucial para avaliar o impacto da inflação no dia a dia dos consumidores, refletindo as variações nos preços de bens e serviços essenciais.

O INCC-10, responsável por medir os preços da construção civil, teve uma elevação de 0,54% em julho, após uma alta de 1,06% em junho. Este índice é importante para entender os custos de construção e o impacto sobre o setor imobiliário e de infraestrutura.

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No acumulado do ano, o IGP-10 registra uma alta de 1,63%. Em 12 meses, a taxa acumulada ficou positiva em 3,38%, acima da mediana das projeções de 3,32%, com intervalo esperado entre 3,03% e 3,60%. Estes números mostram uma tendência de aumento dos preços, embora a uma taxa moderada, refletindo as pressões inflacionárias que afetam a economia brasileira.

Dentro do IPA-10, os preços agropecuários e industriais apresentam comportamentos distintos, influenciados por fatores específicos de cada setor.

Os preços agropecuários subiram 0,81% no atacado em julho, uma desaceleração em relação à alta de 1,11% em junho. Esta variação reflete mudanças nas condições de oferta e demanda de produtos agrícolas, que podem ser influenciadas por fatores sazonais, climáticos e de mercado.

Os preços dos produtos industriais avançaram 0,37% no atacado em julho, também mostrando desaceleração em relação à elevação de 0,80% no mês anterior. A indústria é afetada por variáveis como custos de insumos, energia e logística, além de condições de mercado interno e externo.

O Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP) permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, dividindo os preços em bens finais, intermediários e matérias-primas brutas.

Os preços dos bens finais tiveram uma alta de 0,07% em julho, uma significativa desaceleração em comparação à elevação de 1,09% em abril. Este comportamento reflete as variações nos custos de produtos acabados, prontos para o consumo final.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,44% em julho, após uma alta de 0,77% em junho. Os bens intermediários são componentes essenciais no processo de produção de outros bens, e sua variação de preço pode indicar mudanças nos custos de produção industrial.

Os preços das matérias-primas brutas avançaram 0,96% em julho, após uma elevação de 0,80% em junho. As matérias-primas são os insumos básicos utilizados na produção de bens e serviços, e suas variações de preço podem ser influenciadas por fatores como oferta global, condições climáticas e políticas de mercado.

A alta do IGP-10 em julho, embora menor que a registrada em junho, reflete uma continuação das pressões inflacionárias na economia brasileira. A desaceleração dos preços no atacado e no consumo indica um possível arrefecimento das pressões inflacionárias, mas a alta contínua dos preços na construção civil e das matérias-primas sugere que os custos de produção e de infraestrutura ainda estão sob pressão.

Para mitigar os impactos da inflação, é essencial que as autoridades econômicas adotem medidas adequadas de política monetária e fiscal. O controle da inflação é crucial para manter a estabilidade econômica e proteger o poder de compra dos consumidores. Além disso, políticas de incentivo à produção e melhorias na logística e infraestrutura podem ajudar a reduzir os custos de produção e, consequentemente, os preços ao consumidor.

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