Casa de Apoio de São Miguel do Oeste já acolheu mais de 7 mil pessoas

A Casa de Apoio de São Miguel do Oeste, localizada nas proximidades do Hospital Regional, é mais que um simples abrigo. Ela representa uma iniciativa de solidariedade que transforma a experiência de famílias que enfrentam momentos difíceis ao terem seus entes queridos internados.

Em atividade desde 2010, a Casa de Apoio já atendeu mais de 7.000 pessoas, oferecendo um local seguro e confortável para aqueles que precisam acompanhar seus familiares em tratamento.

Ademir Dittberner, presidente da Casa de Apoio, explica que o projeto surgiu após uma família migueloestina precisar acompanhar um familiar que esteve internado em Xanxerê, e se ver sem um local onde ficar.

“Em 2010, após a mãe sofrer um AVC e ser transferida para Xanxerê, duas irmãs foram acolhidas por uma casa de apoio naquela cidade. Inspiradas pela experiência positiva, elas trouxeram a ideia para São Miguel do Oeste, onde o Hospital Regional estava prestes a ser inaugurado. A partir daí, com o apoio de lideranças comunitárias, a Casa de Apoio foi fundada e começou a operar em 2011”, explicou Ademir.

A Casa de Apoio tem capacidade para receber simultaneamente 37 pessoas, oferecendo acomodações separadas para homens e mulheres. A estrutura inclui uma cozinha equipada, lavanderia e dormitórios confortáveis.

“A casa é toda equipada; fornecemos os alimentos básicos como arroz, feijão, macarrão, e as pessoas que ficam aqui compram alguns itens complementares. Não precisa se preocupar em trazer nada de casa, além da roupa do corpo e produtos de higiene pessoal”, destaca Ademir.

A casa funciona 24 horas por dia, acolhendo qualquer pessoa que necessite de um lugar para ficar enquanto o familiar está internado no Hospital Regional. Além de ser um local de acolhimento, a Casa de Apoio também proporciona um ambiente onde os acompanhantes podem encontrar apoio emocional e compartilhar suas experiências com outros que estão passando por situações semelhantes.

A manutenção da Casa de Apoio depende de convênios e doações.

A Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC) e a Associação Comercial de São Miguel do Oeste, são os principais parceiros, contribuindo mensalmente para cobrir despesas essenciais como água, luz e alimentos. Além disso, a comunidade local e empresas contribuem com doações de alimentos, produtos de limpeza e higiene pessoal.

“A união de esforços de toda a sociedade é o que faz esse projeto seguir em frente”, afirma Ademir, ressaltando a importância das doações e do trabalho voluntário para a continuidade da Casa de Apoio.

Rose Galvão, que veio de Sapiranga, no Rio Grande do Sul, e está acompanhando sua mãe, internada no Hospital Regional de São Miguel do Oeste, descreveu a experiência na Casa de Apoio como uma verdadeira bênção.

“Estou aqui há 22 dias é só posso agradecer, a palavra é gratidão. Nos sentimos em casa. É muito confortável e tem tudo o que a gente precisa. Agradeço por não precisar pagar nada e por termos sido recebidos tão bem”, diz Rose.

Ela também destaca a organização interna da Casa, onde os próprios hóspedes se encarregam de manter o local limpo e arrumado, preparando suas refeições e cuidando do ambiente. “Aqui dentro é como uma família. Todos ajudam de alguma forma e isso faz com que a gente se sinta ainda mais acolhido”, completa Rose.

O impacto da tecnologia na infância, a visão de Bill Gates sobre o uso de celulares

Previsões do IPCA e PIB são ajustadas por incertezas econômicas

Apesar do impacto positivo que a Casa de Apoio já causou na vida de milhares de pessoas, ainda há muitos que desconhecem sua existência. Um dos objetivos de Ademir e da equipe é ampliar a divulgação, para que mais pessoas saibam que podem contar com esse apoio em momentos de necessidade.

“Quem tiver um familiar internado no Hospital Regional tem onde ficar. Estamos a apenas 400 metros do hospital, e qualquer pessoa pode procurar a recepção da emergência para ser encaminhada para cá”, reforça Ademir.

A Casa de Apoio de São Miguel do Oeste se mantém como um símbolo de solidariedade e suporte comunitário, mostrando que, em meio às dificuldades, a união e o cuidado com o próximo podem fazer toda a diferença.

Sair da versão mobile