Uma novidade saudável e sustentável chegou às mesas dos alunos das escolas da rede estadual de ensino do Paraná no primeiro semestre de 2024: arroz e feijão orgânicos. Essa iniciativa faz parte dos esforços contínuos para tornar as refeições escolares mais nutritivas e ambientalmente responsáveis. Com um consumo impressionante de 500 mil quilos de arroz e 100 mil quilos de feijão orgânicos, o programa não só promove a saúde dos estudantes, mas também apoia a agricultura familiar e a agroecologia.
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), lidera essa iniciativa, garantindo que a alimentação escolar na rede estadual seja baseada em práticas cada vez mais saudáveis. Além dos novos alimentos orgânicos, a substituição de margarina por manteiga e a oferta de barrinhas e sucos de frutas sem açúcar, adoçados com suco de maçã, são algumas das melhorias implementadas.
Das 23 mil toneladas de alimentos fornecidas aos estudantes e servidores no primeiro semestre de 2024, 5 mil toneladas foram adquiridas de pequenos agricultores do Estado. Esse investimento de R$ 37 milhões incentiva o desenvolvimento social e sustentável de mais de 20 mil famílias de produtores paranaenses. No total, foram investidos R$ 265 milhões em todos os tipos de alimentos ofertados.
A introdução de alimentos orgânicos nas escolas não apenas melhora a qualidade nutricional das refeições, mas também fortalece a economia local, apoiando os agricultores familiares e promovendo práticas agrícolas sustentáveis.
Neste semestre, foram enviadas às 2.104 escolas da rede estadual 16 diferentes tipos de carnes (bovina, suína, frango e peixe), totalizando aproximadamente 4,5 milhões de quilos. Esses alimentos estão presentes nos cardápios das escolas três dias por semana, garantindo uma dieta variada e balanceada para os alunos.
Desde 2022, os cerca de 1 milhão de alunos da rede estadual de ensino recebem três refeições por dia através do programa Mais Merenda. O programa oferece um lanche na entrada e outro na saída de cada turno, além da merenda regular nos intervalos das aulas. Isso assegura um consumo médio semanal de, no mínimo, 200 gramas de frutas por aluno, além de verduras e legumes ofertados diariamente.
Para garantir a execução eficaz do programa, são fornecidos alimentos como pães, sucos, café e achocolatados (50% cacau), além de complementos como queijos e iogurtes, com um investimento total de R$ 16 milhões.
Segundo o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, o programa de alimentação escolar do Paraná é o maior em termos de segurança alimentar, distribuindo comida saudável e adequada para quase 10% da população do Estado. “Nosso programa garante, no mínimo, 30% da necessidade nutricional dos nossos estudantes, contribuindo significativamente para a saúde e o aprendizado”, afirma Miranda.
As sugestões de cardápios são elaboradas por uma equipe de nutricionistas do Instituto Fundepar, garantindo a segurança alimentar de crianças e adolescentes da rede estadual de ensino. “A alimentação escolar servida na rede passa por um rigoroso controle de qualidade, desde a aquisição dos produtos até o preparo. Além de contribuir para a saúde, a comida de qualidade melhora as condições de aprendizado dos estudantes”, ressalta Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente do Fundepar.
Os investimentos em alimentação escolar na rede estadual são provenientes do Fundo Rotativo, do Programa para Descentralização de Recursos Financeiros (PDDE), do Mais Merenda e de convênios. Essas parcerias são fundamentais para a manutenção e expansão do programa, permitindo a inclusão de mais alimentos orgânicos e sustentáveis no cardápio escolar.
A introdução de arroz e feijão orgânicos nas refeições escolares representa um avanço significativo para a saúde dos estudantes e a sustentabilidade ambiental. Os benefícios vão além da nutrição imediata, promovendo hábitos alimentares saudáveis que podem durar toda a vida. Além disso, ao apoiar a agricultura familiar e a agroecologia, o programa contribui para um desenvolvimento rural mais justo e sustentável.