SC lança cartilha para reforçar prevenção ao câncer de mama

Durante o mês de outubro, conhecido como Outubro Rosa, o Governo de Santa Catarina intensifica as ações de conscientização sobre o câncer de mama, uma das neoplasias que mais afetam mulheres em todo o mundo. Como parte dessa campanha, foi lançada a cartilha “A Cor da Esperança é Rosa”, que tem como objetivo principal reforçar a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a informações corretas e detalhadas sobre a doença.

Em 2023, o estado registrou cerca de 2,9 mil novos casos de câncer de mama e realizou 163,3 mil mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses números mostram a importância do acesso a um sistema de saúde robusto e bem estruturado, capaz de atender a população de maneira ágil e eficiente. Além dos diagnósticos, foram realizadas 618 cirurgias relacionadas à doença, consolidando Santa Catarina como um dos estados mais bem preparados para lidar com o câncer de mama no Brasil.

A cartilha lançada pelo Governo de Santa Catarina durante o Outubro Rosa é um instrumento fundamental para disseminar informações precisas e de fácil compreensão sobre o câncer de mama. O material aborda aspectos como fatores de risco, sinais de alerta, métodos de diagnóstico e os direitos dos pacientes. Além disso, apresenta um mapa com os 19 hospitais habilitados para realizar o tratamento oncológico pelo SUS em todo o estado.

O principal objetivo da cartilha é incentivar as mulheres a realizar exames preventivos e a buscar orientação médica ao identificar qualquer sinal suspeito. A detecção precoce é um fator crucial para aumentar as chances de cura, pois possibilita a utilização de tratamentos menos invasivos e com maior eficácia. O documento também destaca a importância de um acompanhamento contínuo e a necessidade de estar atenta a mudanças no corpo.

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“A conscientização é o primeiro passo para a prevenção. Queremos que as mulheres conheçam seus direitos e saibam onde buscar atendimento adequado. Quem tem câncer, tem pressa”, enfatiza o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva.

Santa Catarina possui uma rede de saúde especializada para o tratamento de câncer, contando com 19 hospitais habilitados pelo Ministério da Saúde. Esses hospitais oferecem uma ampla gama de serviços, que vão desde consultas iniciais e exames diagnósticos, até terapias como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e cirurgias oncológicas.

A mamografia, principal exame para a detecção precoce do câncer de mama, integra as ações de Atenção Primária à Saúde, sendo realizada por prestadores de serviços dos municípios e por hospitais que possuem mamógrafos. Em 2023, o SUS realizou mais de 163 mil mamografias em Santa Catarina, o que demonstra o alcance da rede pública de saúde.

Após a realização dos exames e a confirmação do diagnóstico por meio de biópsia, o paciente é encaminhado para tratamento especializado, que é adaptado de acordo com o estágio da doença. Em 2023, foram realizadas 618 cirurgias para o tratamento do câncer de mama no estado. O tratamento cirúrgico, quando necessário, é considerado um procedimento de tempo sensível, ou seja, deve ser feito o mais rápido possível para garantir melhores resultados para o paciente.

Um dos principais desafios no tratamento do câncer é garantir que o paciente tenha acesso rápido ao diagnóstico e às intervenções necessárias. O Governo de Santa Catarina implementou uma série de ações para reduzir o tempo de espera por cirurgias oncológicas, separando esses procedimentos das cirurgias eletivas e ampliando a capacidade da rede hospitalar oncológica pelo SUS.

Essas medidas elevaram o percentual de pacientes que conseguem realizar a cirurgia em até 60 dias após o diagnóstico, de 48% em 2022 para 80% em 2024. Embora o ideal seja que todos os pacientes sejam atendidos dentro desse prazo, cerca de 10% ainda não conseguem realizar a cirurgia dentro do prazo previsto devido a fatores como imunossupressão, em decorrência de tratamentos prévios com quimioterapia ou radioterapia.

Além disso, foi criada a Política Hospitalar Catarinense, que oferece um incentivo fixo mensal aos hospitais para fortalecer a capacidade de atendimento e assegurar que os procedimentos sejam realizados de forma mais célere. A Tabela Catarinense de Procedimentos também foi atualizada para pagamento mediante produção, o que contribuiu para aumentar a agilidade no atendimento e garantir que mais pacientes tenham acesso ao tratamento necessário.

O câncer de mama é uma condição que exige uma abordagem abrangente, que vai além do tratamento médico. É essencial que os pacientes conheçam seus direitos e tenham acesso a suporte emocional e social durante o processo de tratamento. A legislação brasileira garante uma série de direitos aos pacientes oncológicos, como acesso a medicamentos gratuitos, prioridade no atendimento em instituições de saúde e isenção de impostos sobre medicamentos e alguns procedimentos.

O apoio psicológico e a presença da família são aspectos fundamentais para o sucesso do tratamento. A cartilha “A Cor da Esperança é Rosa” traz orientações sobre como lidar com o impacto emocional da doença e destaca a importância de manter uma rede de apoio durante todo o processo, desde o diagnóstico até a recuperação.

O câncer de mama é a neoplasia com maior incidência entre as mulheres no mundo e em Santa Catarina. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e permitir tratamentos menos invasivos. Por isso, o Governo de Santa Catarina tem investido em campanhas de conscientização e no fortalecimento da rede de saúde para garantir que as mulheres tenham acesso aos exames preventivos e ao tratamento necessário.

O Outubro Rosa é um momento de mobilização, mas as ações de prevenção devem continuar durante todo o ano. A cartilha lançada pelo governo é um passo importante nessa direção, promovendo o acesso a informações corretas e incentivando as mulheres a cuidarem da sua saúde.

Outubro rosa, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização mundialmente conhecida e dedicada à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. Criada na década de 1990, a iniciativa ganhou força ao unir entidades, governos e a sociedade em prol de um objetivo comum: disseminar informações sobre o câncer de mama, promover a saúde feminina e incentivar o diagnóstico precoce da doença, fatores que podem salvar milhares de vidas a cada ano.

Ao longo do mês de outubro, diversos monumentos e prédios são iluminados na cor rosa, simbolizando a adesão à campanha e a importância da conscientização. O movimento vai além de um simples lembrete visual, sendo responsável por impactar positivamente a vida de muitas mulheres, ao ressaltar a necessidade do autoexame e dos cuidados regulares com a saúde.

A origem do Outubro Rosa

O Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, quando as cidades começaram a promover ações isoladas voltadas para o combate ao câncer de mama. O marco inicial foi a primeira corrida pela cura, organizada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, em Nova York. O evento contou com a participação de diversos grupos e a distribuição de laços cor-de-rosa, símbolo que, desde então, se tornou um ícone da luta contra a doença.

No Brasil, a campanha ganhou força em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa pela primeira vez. Desde então, diversas cidades adotaram a cor como um lembrete visual, promovendo ações educativas, palestras e exames preventivos em unidades de saúde para aumentar o acesso à informação e ao tratamento precoce.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, e no Brasil não é diferente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 66 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no país anualmente, sendo a principal causa de morte por câncer entre as brasileiras.

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade. Quando o câncer de mama é identificado nas fases iniciais, as possibilidades de tratamento efetivo são maiores, e as taxas de sobrevivência superam 90%. Por isso, o Outubro Rosa desempenha um papel crucial ao conscientizar as mulheres sobre a importância de conhecerem seu corpo, praticarem o autoexame e realizarem mamografias regularmente, conforme a orientação médica.

Autoexame de mama: conheça seu corpo

Um dos principais focos do Outubro Rosa é incentivar o autoexame de mama, uma prática simples que pode ser realizada em casa e que ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo, identificando alterações suspeitas. O autoexame deve ser feito mensalmente, preferencialmente de 7 a 10 dias após o início do ciclo menstrual. Para mulheres na menopausa, é indicado escolher um dia fixo do mês para realizar o exame.

Durante o autoexame, a mulher deve procurar por nódulos, alterações na pele, mudanças no formato dos seios, secreções anormais e outros sinais. No entanto, é importante ressaltar que o autoexame não substitui a mamografia ou a consulta médica, mas atua como um complemento para detectar precocemente qualquer anormalidade.

A mamografia como principal exame de rastreamento

A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Indicado para mulheres a partir dos 40 anos ou conforme recomendação médica, o exame é capaz de detectar lesões em estágios iniciais, quando ainda não são palpáveis. O INCA recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos.

O Outubro Rosa é um momento ideal para reforçar a necessidade de realizar a mamografia regularmente, principalmente para aquelas que têm histórico familiar da doença ou que possuem outros fatores de risco, como idade avançada, obesidade, sedentarismo e uso prolongado de hormônios.

Além do diagnóstico precoce, a prevenção do câncer de mama envolve a adoção de hábitos saudáveis que podem reduzir o risco de desenvolvimento da doença. Confira algumas práticas recomendadas:

Alimentação balanceada: Manter uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e proteínas magras ajuda a fortalecer o organismo e diminuir a predisposição ao câncer.

Prática regular de atividade física: Exercícios regulares, como caminhadas, corridas, natação ou dança, contribuem para o controle do peso e a redução do risco.

Evitar consumo de álcool e cigarro: Bebidas alcoólicas e tabagismo estão associados ao aumento do risco de câncer de mama e devem ser evitados.

Amamentação: A amamentação é um fator protetor, pois reduz o risco de câncer de mama, principalmente se realizada por mais de seis meses.

Controle do peso: A obesidade, especialmente após a menopausa, é um fator de risco para o câncer de mama, e o controle do peso corporal é fundamental para a prevenção.

O diagnóstico de câncer de mama pode ser um momento desafiador e delicado para muitas mulheres. Por isso, o apoio psicológico e emocional é essencial para ajudar a enfrentar a doença e manter a qualidade de vida durante o tratamento. O Outubro Rosa também busca sensibilizar a sociedade para a importância do acolhimento e do suporte emocional às mulheres diagnosticadas, além de promover grupos de apoio e atividades voltadas para a autoestima e o bem-estar.

Familiares e amigos desempenham um papel fundamental nesse processo, oferecendo um ambiente de compreensão e afeto. Centros de apoio a pacientes com câncer e organizações como a Fundação Laço Rosa e a Rede Feminina de Combate ao Câncer realizam um trabalho indispensável nesse sentido, oferecendo serviços gratuitos e orientação às pacientes.

Ações do Outubro Rosa no Brasil

Durante o mês de outubro, diversas ações são realizadas por todo o país para marcar a campanha. Mutirões de mamografia, palestras educativas, caminhadas e eventos de arrecadação de fundos são algumas das atividades que integram o calendário. Empresas privadas e órgãos públicos também se mobilizam para disseminar informações sobre a doença e incentivar o diagnóstico precoce.

Um dos destaques da campanha no Brasil é a iluminação de monumentos em rosa, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Congresso Nacional, em Brasília. Essas ações simbólicas têm o objetivo de atrair a atenção da sociedade para a causa e reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

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