Passagem do furacão Milton deixa 10 mortos na Flórida

A passagem do furacão Milton deixou dez mortos. Tempestade ainda provocou inundações e deixou 3 milhões de imóveis sem energia

A passagem do furacão Milton, que atingiu o solo da Flórida (EUA) na noite de quarta-feira (9), deixou pelo menos dez mortos, segundo autoridades locais.

De acordo com a NBC News, a última contagem de mortes chegou a dez depois que o xerife do condado de Volusia, Michael J. Chitwood, confirmou que três pessoas morreram em sua jurisdição.

Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Houve diversos relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.

Um deles atravessou uma comunidade de aposentados em Fort Pierce, no condado de St. Lucie, na costa leste da Flórida e causou pelo menos duas das mortes registradas, de acordo com informações da polícia.

Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis estavam sem energia em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais e vire uma tormenta tropical.

Quando tocou o solo, por volta das 21h30 de quarta-feira, Milton tinha ventos de até 205 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Às 23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos estavam em 145 km/h e o furacão havia sido rebaixado para a categoria 1.

Veja a seguir o que esperar para as próximas horas:

  • À medida que o furacão avançou pela Flórida, a tempestade foi perdendo força e segue em direção ao Oceano Atlântico.
  • O olho do furacão já deixou a Flórida, mas a expectativa é que Milton permaneça na região até sexta-feira (11), pelo menos.
  • As autoridades esperam que o furacão deixe um rastro de destruição, danificando casas e derrubando árvores.
  • Rodovias da Flórida também devem ser varridas ou sofrer bloqueios.
  • O governo pediu para que os moradores não deixem os abrigos até a tempestade parar.
  • Socorristas estão posicionados para resgatar as vítimas.
  • Autoridades federais dos EUA foram enviadas para Flórida para coordenar os serviços emergenciais.
  • Analistas de mercado preveem prejuízos que podem chegar a US$ 100 bilhões.
A passagem do furacão Milton deixou dez mortos. Tempestade ainda provocou inundações e deixou 3 milhões de imóveis sem energia

Corrida pela sobrevivência

O olho do furacão atingiu a Baía de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Desde o início da semana, milhares de moradores foram retirados de áreas vulneráveis e encaminhados para abrigos.

As retiradas em massa deixaram cidades-fantasmas na Flórida e provocaram congestionamentos. A corrida para deixar a região também fez com que gasolina faltasse em postos de combustíveis.

Os moradores também passaram a estocar água e comida, deixando prateleiras de supermercados vazias. Muitos brasileiros que vivem na região relataram dificuldades para conseguir se proteger.

O presidente Joe Biden destacou o “potencial de destruição” do furacão e afirmou que equipes federais foram enviadas à Flórida para coordenar os trabalhos de emergência. Já o governador Ron DeSantis pediu para que a população buscasse abrigo imediatamente e permaneça em locais seguros.

Confira outros pontos da passagem do furacão:

  • Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.
  • Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal.
  • Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.
  • O aquecimento dos oceanos, principalmente do Oceano Atlântico Norte, e a transição para o La Niña podem estar por trás da intensidade dos fenômenos.
  • No caso de Milton, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.
  • No México, o furacão provocou estragos pequenos, sem deixar mortos ou feridos.

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Furacão Milton – Um dos mais devastadores do século se aproxima da Flórida

Milton, se intensificou para Categoria 5 considerado um dos mais devastadores, ameaça trazer destruição sem precedentes à costa oeste do estado

A Flórida, acostumada a enfrentar furacões poderosos, agora se prepara para a chegada do Furacão Milton, que pode se tornar um dos mais devastadores da história recente. Milton, que rapidamente se intensificou para uma Categoria 5, ameaça trazer destruição sem precedentes à costa oeste do estado, com ventos que já atingem impressionantes 180 mph (cerca de 290 km/h).

A previsão é que o furacão atinja a terra firme entre hoje à noite e as primeiras horas da manhã de quinta-feira, forçando milhões de residentes a evacuarem suas casas e se prepararem para o impacto.

Intensificação explosiva

O que torna o Furacão Milton tão alarmante é a sua rápida intensificação. Desde que foi classificado como uma tempestade tropical, ele rapidamente evoluiu para um furacão de categoria 5 em apenas dois dias.

Especialistas apontam que essa intensificação foi “explosiva”, uma das mais rápidas já registradas. Esse fenômeno ocorre quando um furacão passa por um aumento abrupto em sua intensidade, causado pela combinação de águas quentes e condições atmosféricas favoráveis, como foi o caso de Milton no Golfo do México.

Os ventos de Milton chegaram a impressionantes 180 mph, o que coloca o furacão na lista dos mais poderosos a atingir a região desde 1950.

A pressão central do furacão também caiu para níveis muito baixos, indicando a força devastadora com a qual ele se aproxima da Flórida. Esse tipo de pressão, abaixo de 900 mb, é característico de furacões extremamente perigosos, e os meteorologistas alertam que as consequências podem ser catastróficas.

Ameaça de destruição total

A costa oeste da Flórida, especialmente as áreas entre St. Petersburg e Tampa, está sob grande risco. Autoridades locais já declararam estado de emergência e emitiram ordens de evacuação obrigatória para diversas áreas costeiras.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que o estado já está em modo de preparação máxima, com a ativação de recursos emergenciais e a suspensão de pedágios em rotas de evacuação.

A principal preocupação das autoridades é o potencial de uma tempestade de grande magnitude, que pode causar inundações com ondas de até 15 pés (aproximadamente 4,6 metros) em áreas mais baixas.

Além do risco de inundações, as autoridades alertam para a possibilidade de destruição massiva em áreas urbanas. Espera-se que prédios, especialmente os construídos sem as normas mais recentes de resistência a furacões, sofram grandes danos, e a recuperação dessas áreas pode levar semanas ou até meses.

Um ponto particularmente delicado é a quantidade de destroços ainda presentes nas áreas afetadas pelo Furacão Helene, que passou pela mesma região apenas algumas semanas antes, deixando um rastro de destruição e, ironicamente, aumentando os riscos associados ao impacto de Milton.

Cronologia do furacão Milton

Para entender melhor a evolução e os possíveis impactos de Milton, é importante observar a cronologia de seu desenvolvimento:

  • 7 de outubro de 2024: Milton atinge a força de um furacão de Categoria 5, com ventos sustentados de 180 mph, após uma intensificação súbita no Golfo do México.
  • 8 de outubro de 2024: Ordens de evacuação começam a ser emitidas em áreas costeiras da Flórida, incluindo as cidades de Tampa e St. Petersburg.
  • 9 de outubro de 2024: O furacão Milton continua a se mover em direção à costa oeste da Flórida, com previsão de atingir a terra firme nas próximas horas. A força dos ventos permanece constante em torno de 180 mph, com a possibilidade de uma tempestade devastadora.

Preparativos e evacuações

Enquanto o Furacão Milton avança, milhões de residentes da Flórida já foram aconselhados a deixar suas casas.

As estradas que ligam as cidades costeiras ao interior do estado estão congestionadas, e os principais aeroportos, como o Aeroporto Internacional de Orlando e o Aeroporto Internacional de Tampa, já suspenderam todas as operações.

A evacuação é uma tarefa complicada, pois muitas áreas ainda estão se recuperando dos danos causados pelo Furacão Helene.

As autoridades locais têm trabalhado incansavelmente para garantir que os recursos necessários estejam disponíveis para ajudar as pessoas a evacuarem com segurança.

O governo do estado, em parceria com empresas de transporte, disponibilizou rotas de evacuação gratuitas e reforçou os estoques de combustível em áreas estratégicas para evitar uma possível crise de abastecimento.

Consequências econômicas e sociais

A chegada do Furacão Milton não só ameaça a infraestrutura física da Flórida, mas também apresenta um impacto econômico e social considerável. A região afetada é uma das mais densamente povoadas do estado, e muitos negócios já foram forçados a fechar as portas.

O turismo, uma das principais indústrias da Flórida, também sofreu um grande impacto, com milhares de voos cancelados e turistas sendo obrigados a abandonar seus planos de viagem.

Além disso, os danos materiais podem alcançar bilhões de dólares. Os seguros contra desastres naturais já estão sendo ativados em larga escala, e muitas famílias enfrentam a difícil realidade de reconstruir suas vidas após a passagem do furacão.

O impacto das mudanças climáticas

O Furacão Milton serve como mais um lembrete do impacto crescente das mudanças climáticas sobre os padrões climáticos globais.

Estudos recentes indicam que as temperaturas crescentes dos oceanos estão alimentando furacões mais fortes e de rápida intensificação, como é o caso de Milton. Esse fenômeno, conhecido como “intensificação rápida”, já foi observado em outros grandes furacões e se torna cada vez mais comum.

A ciência por trás desse fenômeno mostra que, à medida que os oceanos continuam a aquecer, a energia disponível para alimentar tempestades tropicais aumenta, tornando os furacões mais poderosos e imprevisíveis.

Especialistas climáticos têm alertado que, sem ações concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a frequência e a intensidade de furacões como Milton devem aumentar nas próximas décadas.

O que esperar nas próximas horas

À medida que o Furacão Milton se aproxima da Flórida, as autoridades continuam a monitorar sua trajetória com grande preocupação. O National Hurricane Center (NHC) emitiu avisos de tempestade e inundações catastróficas para grande parte da costa oeste da Flórida.

A expectativa é de que o furacão traga uma combinação mortal de ventos fortes, chuvas torrenciais e tempestades devastadoras.

A recuperação da região, após a passagem de Milton, será longa e difícil. As equipes de resgate e reconstrução já estão a postos, e os estados vizinhos se preparam para oferecer assistência à Flórida.

No entanto, a prioridade nas próximas horas é garantir que o maior número possível de pessoas consiga se abrigar ou evacuar as áreas de risco antes da chegada da tempestade.

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