Os 20 escritores mais lidos do mundo escreveram compulsivamente ao longo da vida

A literatura tem o poder de transcender épocas, culturas e idiomas. Os escritores mais lidos do mundo não apenas encantaram gerações de leitores, mas também dedicaram grande parte de suas vidas à arte da escrita.

Esses autores, movidos por uma compulsão quase incontrolável, produziram obras que se tornaram pilares da literatura mundial.

Vamos conhecer a vida e a obra dos 20 escritores mais lidos do mundo, destacando como sua paixão pela escrita os levou a criar algumas das obras mais influentes de todos os tempos.

1. William Shakespeare

William Shakespeare, nascido em 1564 em Stratford-upon-Avon, é amplamente considerado o maior dramaturgo da língua inglesa. Shakespeare escrevia tanto de dia quanto à noite, muitas vezes durante várias horas seguidas, especialmente quando trabalhava em suas peças.

Ele era conhecido por sua habilidade em criar textos profundos e complexos rapidamente, muitas vezes revisando suas obras incessantemente até alcançar a perfeição. Seu estilo envolvia uma mistura de poesia e prosa, que capturava a essência humana em todas as suas facetas.

Principais obras: “Hamlet”, “Romeu e Julieta”, “Macbeth”, “Othello”, “Sonhos de uma Noite de Verão”.

2. Agatha Christie

Agatha Christie, nascida em 1890 em Torquay, Inglaterra, é a autora mais publicada de todos os tempos, além de Shakespeare. Ela escreveu de forma disciplinada, dedicando várias horas todas as manhãs à escrita, muitas vezes trabalhando em múltiplos projetos ao mesmo tempo.

Christie costumava criar enredos intrincados em lugares tranquilos, como sua casa de campo, onde podia se concentrar sem interrupções. Sua habilidade em construir mistérios complexos a tornou a “Rainha do Crime”.

Principais obras: “O Assassinato no Expresso do Oriente”, “Morte no Nilo”, “E Não Sobrou Nenhum”, “O Caso dos Dez Negrinhos”, “O Misterioso Caso de Styles”.

3. J.K. Rowling

J.K. Rowling, nascida em 1965 em Yate, Inglaterra, revolucionou a literatura infantojuvenil com a série “Harry Potter”. Rowling escrevia frequentemente em cafés, utilizando o tempo livre enquanto cuidava de sua filha.

Ela dedicava várias horas por dia à escrita, muitas vezes escrevendo tarde da noite. Rowling é conhecida por sua minuciosa construção de mundo e desenvolvimento de personagens, criando um universo que cativou milhões de leitores.

Principais obras: Série “Harry Potter” (7 livros), “Morte Súbita”, série “Cormoran Strike” (sob o pseudônimo Robert Galbraith).

4. Stephen King

Stephen King, nascido em 1947 em Portland, EUA, é conhecido como o “Mestre do Terror”. King tem uma rotina de escrita rigorosa, escrevendo todos os dias, geralmente de manhã até o início da tarde, produzindo cerca de 2000 palavras por dia.

Ele é famoso por seu ritmo de produção prolífico e pela habilidade de criar histórias envolventes que exploram o medo e o sobrenatural.

Principais obras: “Carrie”, “O Iluminado”, “It: A Coisa”, “A Torre Negra” (série de 8 livros), “Misery: Louca Obsessão”.

5. Leo Tolstoy

Leo Tolstoy, nascido em 1828 em Yasnaya Polyana, Rússia, é aclamado por seus romances épicos. Tolstoy escrevia intensamente, muitas vezes durante longos períodos de isolamento em sua propriedade rural.

Ele acreditava que a escrita era uma forma de explorar e entender a condição humana, e suas obras refletem profundas questões filosóficas e sociais. Tolstoy dedicava grande parte do dia à escrita, frequentemente começando antes do amanhecer.

Principais obras: “Guerra e Paz”, “Anna Karenina”, “Ressurreição”, “A Morte de Ivan Ilitch”, “Os Cossacos”.

6. Charles Dickens

Charles Dickens, nascido em 1812 em Portsmouth, Inglaterra, escreveu 15 romances e muitas outras obras. Dickens era conhecido por seu trabalho árduo e rotina disciplinada, escrevendo durante várias horas por dia, muitas vezes à luz de velas.

Ele frequentemente escrevia enquanto caminhava pelas ruas de Londres, observando a vida e capturando a essência da sociedade vitoriana. Suas obras são conhecidas por seu retrato vívido das injustiças sociais.

Principais obras: “Oliver Twist”, “David Copperfield”, “Um Conto de Duas Cidades”, “Grandes Esperanças”, “A Christmas Carol”.

7. Jane Austen

Jane Austen, nascida em 1775 em Steventon, Inglaterra, escreveu seis romances que se tornaram clássicos. Austen escrevia diariamente, geralmente nas manhãs, em uma pequena mesa em sua casa.

Sua observação aguçada das relações humanas e da sociedade inglesa é evidente em seus textos.

Ela revisava e refinava suas obras constantemente, buscando um equilíbrio perfeito entre trama e caracterização.

Principais obras: “Orgulho e Preconceito”, “Razão e Sensibilidade”, “Emma”, “Mansfield Park”, “Persuasão”.

8. J.R.R. Tolkien

J.R.R. Tolkien, nascido em 1892 em Bloemfontein, África do Sul, é o autor de “O Senhor dos Anéis”. Tolkien escrevia metodicamente, muitas vezes durante a noite, após seus deveres acadêmicos.

Ele era conhecido por sua atenção aos detalhes e pela criação de línguas e mitologias complexas que enriqueceram seu universo literário. Sua dedicação à escrita era profunda, refletindo-se na riqueza e profundidade de suas obras.

Principais obras: “O Hobbit”, trilogia “O Senhor dos Anéis” (3 livros), “O Silmarillion”.

9. George Orwell

George Orwell, nascido Eric Arthur Blair em 1903 na Índia Britânica, é conhecido por suas críticas incisivas ao totalitarismo.

Orwell escrevia de forma disciplinada, muitas vezes durante a manhã, e revisava incessantemente seus textos.

Ele acreditava que a escrita era uma ferramenta poderosa para a verdade e a justiça, o que se reflete em suas obras. Seu estilo claro e direto conquistou leitores ao redor do mundo.

Principais obras: “1984”, “A Revolução dos Bichos”, “Na Pior em Paris e Londres”, “Dias na Birmânia”, “O Caminho para Wigan Pier”.

10. Gabriel García Márquez

Gabriel García Márquez, nascido em 1927 em Aracataca, Colômbia, é um dos maiores expoentes do realismo mágico. Márquez escrevia durante longas horas, frequentemente até a madrugada, imerso em seu mundo literário.

Ele era conhecido por sua habilidade em misturar realidade e fantasia, criando narrativas únicas e envolventes. Sua escrita era impulsionada por uma paixão intensa pela exploração das complexidades humanas.

Principais obras: “Cem Anos de Solidão”, “O Amor nos Tempos do Cólera”, “Crônica de uma Morte Anunciada”, “O Outono do Patriarca”, “Memória de Minhas Putas Tristes”.

11. Ernest Hemingway

Ernest Hemingway, nascido em 1899 em Oak Park, EUA, é conhecido por seu estilo conciso e direto. Hemingway escrevia todas as manhãs, geralmente de pé, em sua casa ou em cafés.

Ele acreditava que a escrita deveria ser intensa e econômica, refletindo a verdade da experiência humana. Suas obras são fortemente influenciadas por suas próprias aventuras e experiências de vida.

Principais obras: “O Velho e o Mar”, “Por Quem os Sinos Dobram”, “Adeus às Armas”, “O Sol Também Se Levanta”, “As Verdes Colinas da África”.

12. Fyodor Dostoevsky

Fyodor Dostoevsky, nascido em 1821 em Moscou, Rússia, é conhecido por explorar as profundezas da alma humana. Dostoevsky escrevia durante longas sessões noturnas, muitas vezes em condições financeiras precárias.

Ele acreditava que a literatura era uma forma de examinar questões morais e espirituais profundas. Suas obras abordam temas como a moralidade, a redenção e a fé, refletindo sua própria luta interior.

Principais obras: “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamazov”, “O Idiota”, “Os Demônios”, “Memórias do Subsolo”.

13. Mark Twain

Mark Twain, nascido Samuel Langhorne Clemens em 1835 em Missouri, EUA, é conhecido por seu humor e crítica social. Twain escrevia durante várias horas do dia, frequentemente em sua casa ou durante suas viagens.

Ele utilizava suas próprias experiências e observações para criar histórias vívidas e envolventes. Suas obras são retratos vívidos da vida nos Estados Unidos do século XIX.

Principais obras: “As Aventuras de Tom Sawyer”, “As Aventuras de Huckleberry Finn”, “O Príncipe e o Mendigo”, “Um Yankee na Corte do Rei Arthur”, “Vida no Mississipi”.

14. Franz Kafka

Franz Kafka, nascido em 1883 em Praga, atual República Tcheca, escreveu obras conhecidas por seu estilo surreal. Kafka escrevia à noite, após seu trabalho diário como advogado, e muitas vezes até as primeiras horas da manhã.

Ele era profundamente introspectivo e suas obras refletem um mundo de alienação e burocracia opressiva. Kafka revisava seus textos incessantemente, muitas vezes insatisfeito com o resultado, o que o levava a destruir parte de suas obras.

Principais obras: “A Metamorfose”, “O Processo”, “O Castelo”, “Carta ao Pai”, “Na Colônia Penal”.

15. Virginia Woolf

Virginia Woolf, nascida em 1882 em Londres, Inglaterra, foi uma figura central do modernismo literário. Woolf escrevia de manhã, dedicando várias horas ao fluxo de consciência, uma técnica que ajudou a popularizar.

Ela buscava capturar a complexidade da mente humana e as nuances da vida cotidiana. Woolf revisava seus textos minuciosamente, buscando uma precisão lírica em sua prosa.

Principais obras: “Mrs. Dalloway”, “Ao Farol”, “Orlando”, “As Ondas”, “Um Teto Todo Seu”.

16. James Joyce

James Joyce, nascido em 1882 em Dublin, Irlanda, é conhecido por sua experimentação linguística e estrutura narrativa complexa. Joyce escrevia durante longas sessões, muitas vezes isolando-se para se concentrar profundamente em sua obra.

Ele acreditava que a escrita era uma forma de explorar a consciência humana em suas múltiplas camadas. Joyce dedicava anos a seus textos, revisando e aperfeiçoando cada detalhe.

Principais obras: “Ulisses”, “Retrato do Artista Quando Jovem”, “Finnegans Wake”, “Dublinenses”, “Exiles”.

17. Miguel de Cervantes

Miguel de Cervantes, nascido em 1547 em Alcalá de Henares, Espanha, é frequentemente considerado o autor do primeiro romance moderno. Cervantes escrevia durante a noite, frequentemente enfrentando dificuldades financeiras e pessoais.

Ele encontrava na escrita uma forma de escapar e criticar a sociedade de sua época. Sua obra-prima, “Dom Quixote”, reflete uma mistura de comédia, tragédia e reflexão filosófica.

Principais obras: “Dom Quixote”, “Novelas Exemplares”, “Oito Comédias e Oito Entremeses”, “Os Trabalhos de Persiles e Sigismunda”, “La Galatea”.

18. Harper Lee

Harper Lee, nascida em 1926 em Monroeville, EUA, escreveu um dos romances mais influentes do século XX. Lee escrevia de manhã e à noite, muitas vezes revisando incessantemente seu trabalho.

Ela era conhecida por seu perfeccionismo e atenção aos detalhes. Sua única obra publicada em vida, “O Sol é Para Todos”, aborda questões de racismo e injustiça com profundidade e empatia.

Principais obras: “O Sol é Para Todos”, “Vá, Coloque um Vigia” (publicado postumamente).

19. Herman Melville

Herman Melville, nascido em 1819 em Nova York, EUA, é o autor de “Moby Dick“. Melville escrevia durante longas sessões, muitas vezes isolando-se para se concentrar em sua escrita.

Ele utilizava suas experiências no mar para enriquecer suas narrativas com detalhes autênticos e simbologia profunda.

Melville dedicava horas à revisão e ao aperfeiçoamento de seus textos, buscando transmitir a vastidão e a complexidade da experiência humana.

Principais obras: “Moby Dick”, “Bartleby, o Escrivão”, “Billy Budd”, “Typee”, “Omoo”.

20. Arthur Conan Doyle

Arthur Conan Doyle, nascido em 1859 em Edimburgo, Escócia, criou o icônico detetive Sherlock Holmes. Doyle escrevia de manhã, antes de atender seus pacientes como médico.

Ele dedicava várias horas ao dia à escrita, frequentemente se inspirando em suas observações e experiências profissionais. Doyle revisava meticulosamente seus textos, buscando criar mistérios envolventes e bem estruturados.

Principais obras: “Um Estudo em Vermelho”, “O Signo dos Quatro”, “O Cão dos Baskervilles”, “O Vale do Medo”, “As Aventuras de Sherlock Holmes”.

Os escritores mais lidos do mundo não apenas produziram uma vasta quantidade de obras, mas também dedicaram suas vidas à escrita com uma intensidade quase obsessiva.

Suas histórias, personagens e temas ressoam através das gerações, fazendo com que suas obras permaneçam eternamente relevantes.

A compulsão pela escrita que esses autores compartilharam é, sem dúvida, uma das razões pelas quais eles deixaram um legado literário tão duradouro.

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Os 20 escritores mais geniais de todos os tempos e suas obras magníficas

Selecionar os escritores mais geniais de todos os tempos não seria um trabalho para qualquer pessoa. Quem conheceu o crítico literário chamado Harold Bloom (1930-2019), em uma primeira impressão, o achava um gigante bonachão. Com voz chorosa suspirante, olhar sonolento e gestos lentos, não ligava a inteligência do professor Bloom, como era chamado nas universidades americanas em que lecionava, ao seu trabalho profícuo. Ele superou suas limitações e escreveu mais de 40 livros, tendo, como destaque, “Gênio”, onde relacionou os escritores mais geniais de todos os tempos.

Para muitos, Harold Blomm era um gênio, e escreveu sobre os geniais escritores e suas obras magníficas. O Cânone Ocidental, ele falou do autor que considerava o maior gênio de todos, Willian Shakespeare.

No encorpado livro Gênio, com mais de 800 páginas, Bloom relacionou os 100 escritores mais geniais de todos os tempos, bem como suas obras magníficas que os colocam nesta seleção. Entre as 100 mentes brilhantes da literatura, estão o brasileiro Machado de Assis e os autores de Portugal, Luis de Camões, Eça de Queirós e Fernando Pessoa.

Os Gênios da Literatura

O estudo dos escritores mais geniais de todos os tempos

O estudo da genialidade é uma área há muito tempo explorada com profundida nas academias e universidades, especialmente na neurociência e na sociobiologia, as quais costumam buscar justificativas para a cultura humana.

Harold Bloom criou uma classificação dos gênios com base em seus talentos, e esse estudo distribuiu os escritores mais geniais de todos os tempos de acordo com sua característica pessoal.

A revista Veja, em sua matéria publicada em 2003, apontou sobre Bloom que obras geniais surgem da luta entre um escritor e seus precursores, ou seja, elas nascem de um desejo pela originalidade, por assim dizer, mas, sobretudo, da exploração do mundo íntimo, do embate entre a mente consigo mesmo.

A divisão entre os escritores mais geniais de todos os tempos

A escolha dos melhores escritores feita por Bloom levantou hipóteses que o colocaram em dúvida, pois contém nomes incontestáveis, mas entre eles, alguns duvidosos, mas justificados pelo crítico literário, como um criador genial de livros. Com uma técnica não muito convencional, Bloom buscou, afinal, dividir os escritores em grupos com características semelhantes, tido, os escritores com maior imaginação, os mais irônicos, e assim por diante.

Nestes grupos, de forma resumida, vamos descrever os quais o crítico, indicou, nos textos a seguir.

Desbravadores

Entre os escritores desbravadores, autores de uma obra inesgotável, estão os nomes de Shakespeare, citado como o inventor do humano, em Hamlet, também Miguel de Cervantes, o primeiro romancista com Dom Quixote de la Mancha e Dante Alighieri, o poeta supremo que concebeu a Divina Comédia.

Sábios

Autores cuja criação é precursora de uma vastidão de conhecimento que se criou posteriormente. O filósofo Platão, o apóstolo São Paulo e o pai da psicanálise, Sigmund Freud, integram esse seleto grupo que buscou pela sabedoria espiritual e secular.

Irônicos

Este grupo foi divididos em dois subgrupos, os que exploram a ironia do amor e os que exploram as agonias do amor, seja terreno ou divino. No primeiro grupo, aparece o poeta John Donne e, no segundo grupo, está Hermann Melville.

Rigorosos

Dotados de um supremo rigor imaginativo, estão Emily Dickinson e T.S. Eliot, entre outros poetas americanos, além do romântico inglês, Wordsworth.

Argutos

Com uma grande agilidade mental, Bloom englobou nessa lista o filósofo Nietzche, o romancista Marcel Proust e o dramaturgo Molière.

Amantes da Beleza

Nesta seção, foram incluídos os pensadores da estética, como Walter Pater, além dos poetas franceses Arthur Rimbaud e Paul Valéry.

Incansáveis

Para este grupo, o crítico selecionou os autores que escreveram grande obras, de grande épica, como Camões e James Joyce, e aquelas que souberam agarrar-se a uma visão poética ou estilística, como willian Faulkner e Ernest Hemingway.

Fecundadores

Escritores de grande originalidade criativa fazem parte deste grupo, mestres da narrativa e figuras centrais da literatura de seus países. Nesta seleção, foram incluídos Machado de Assis, Jorge Luis Borges e Willian Blake.

Visionários

O poeta americano Walt Whitman e o português Fernando Pessoa, que de certa forma manifestam a voz de seu povo, assim como o escritor de esplendor moral, a inglesa George Eliot.

Muralistas

Os criadores de grandes comédias humanas, como francês Honoré de Balzac, o russo Fiodor Dostoieviski e o inglês, Charles Dickens.

Os 20 primeiros gênios da lista dos mais geniais

1. William Shakespeare (1564-1616)

  • Obra mais genial: Hamlet
  • Motivo: A complexa exploração da psique humana, atemporalidade dos temas e a maestria na linguagem.

2. Geoffrey Chaucer (1343-1400)

  • Obra mais genial: Os Contos de Canterbury
  • Motivo: A sátira social, a riqueza dos personagens e a inventividade poética.

3. Dante Alighieri (1265-1321)

  • Obra mais genial: A Divina Comédia
  • Motivo: A grandiosidade da visão do inferno, purgatório e paraíso, a maestria poética e a influência cultural.

4. Miguel de Cervantes (1547-1616)

  • Obra mais genial: Dom Quixote
  • Motivo: A sátira da cavalaria medieval, a complexa caracterização dos personagens e a influência universal.

5. Charles Dickens (1812-1870)

  • Obra mais genial: Grandes Esperanças
  • Motivo: A crítica social, a riqueza dos personagens e a maestria na narrativa.

6. Walt Whitman (1819-1892)

  • Obra mais genial: Folhas de Relva
  • Motivo: A celebração da natureza, a linguagem inovadora e a influência na poesia americana.

7. Stendhal (1783-1842)

  • Obra mais genial: O Vermelho e o Negro
  • Motivo: A análise psicológica do protagonista, a crítica social e a influência na literatura moderna.

8. Fiódor Dostoiévski (1828-1881)

  • Obra mais genial: Os Irmãos Karamazov
  • Motivo: A exploração da fé, do crime e da redenção, a complexidade dos personagens e a influência na literatura universal.

9. Leo Tolstói (1828-1910)

  • Obra mais genial: Guerra e Paz
  • Motivo: A grandiosidade da narrativa, a análise da guerra e da sociedade russa e a influência na literatura universal.

10. Friedrich Nietzsche (1844-1900)

  • Obra mais genial: Assim Falou Zaratustra
  • Motivo: A crítica à moral tradicional, a filosofia da vontade de poder e a influência no pensamento ocidental.

11. Sigmund Freud (1856-1939)

  • Obra mais genial: A Interpretação dos Sonhos
  • Motivo: A teoria do inconsciente, a análise dos sonhos e a influência na psicanálise.

12. Marcel Proust (1871-1927)

  • Obra mais genial: Em Busca do Tempo Perdido
  • Motivo: A exploração da memória, do tempo e da subjetividade, a riqueza da linguagem e a influência na literatura moderna.

13. James Joyce (1882-1941)

  • Obra mais genial: Ulisses
  • Motivo: A experimentação linguística, a exploração da consciência e a influência na literatura moderna.

14. Franz Kafka (1883-1924)

  • Obra mais genial: A Metamorfose
  • Motivo: A alienação, a burocracia e a angústia existencial, a linguagem simbólica e a influência na literatura moderna.

15. Virginia Woolf (1882-1941)

  • Obra mais genial: Mrs. Dalloway
  • Motivo: A experimentação narrativa, a exploração da psique feminina e a influência na literatura moderna.

16. Jorge Luis Borges (1899-1986)

  • Obra mais genial: Ficções
  • Motivo: A ficção especulativa, a metalinguagem e a influência na literatura latino-americana.

17. Samuel Beckett (1906-1989)

  • Obra mais genial: Esperando Godot
  • Motivo: O absurdo existencial, a linguagem minimalista e a influência na literatura do pós-modernismo.

18. Gabriel García Márquez (1927-2014)

  • Obra mais genial: Cem Anos de Solidão
  • Motivo: O realismo mágico, a narrativa cíclica e a influência na literatura latino-americana

19. Italo Calvino (1923-1985)

  • Obra mais genial: Se Se Uma Noite de Inverno um Viajante (trilogia)
  • Motivo: A metaficção, o jogo literário e a influência na literatura pós-moderna.

20. William Faulkner (1897-1962)

  • Obra mais genial: Absalão, Absalão!
  • Motivo: A narrativa fragmentada, a exploração do sul dos Estados Unidos e a influência na literatura modernista.

Um toque de genialidade

Eu não concordo com Bloom em grande parte desta divisão de autores. Penso que Machado de Assis não deveria estar entre os Fecundadores, mas entre os Irônicos, e esse grupo dos irônicos, em minha opinião, foi mal construído. Sem falsa modéstia, Machado de Assis está ao lado de Shakespeare ou ao menos entre os 10 primeiros escritores mais geniais de todos os tempos. Mas Bloom deu o toque de gênio ao conseguir transmitir ao leitor sua paixão pela literatura, o sentimento de que há algo maravilhoso e magnífico nas 100 obras-primas, e com isto, ele se coloca como um gênio, também.

Autor: Luiz Veroneze – MTB 9830/PR

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