Polícia Federal/Divulgação
Em um movimento encorajador para a conservação ambiental, a floresta amazônica apresentou uma significativa queda de 60% no desmatamento durante o mês de janeiro de 2024. Este dado, revelado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), destaca um período contínuo de dez meses de redução no desmatamento, sinalizando um avanço significativo na luta contra a degradação ambiental. O estudo aponta uma área desmatada de 79 quilômetros quadrados (km²), contrastando vivamente com os 198 km² registrados no mesmo período do ano anterior.
Embora os números recentes indiquem uma melhora, a quantidade de floresta perdida ainda equivale a 250 campos de futebol por dia, ultrapassando os índices de desmatamento de anos anteriores como 2016 e 2018. Essa realidade enfatiza a necessidade contínua de esforços para combater a destruição ambiental na região.
Para Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, alcançar a meta de desmatamento zero até 2030 requer uma abordagem multifacetada. Isso inclui a redução das emissões de gases de efeito estufa, o reforço das atividades de fiscalização ambiental e a criação de mais áreas protegidas. A pesquisadora destaca a importância de tais medidas para a preservação da floresta amazônica e o combate às mudanças climáticas.
O estudo do Imazon também lança luz sobre como o desmatamento se distribui entre os estados da Amazônia Legal. Roraima emergiu como o estado com o maior índice de desmatamento em janeiro, representando 40% da área total derrubada. Um regime de chuvas abaixo do normal, contrastando com os outros estados da região, criou condições mais propícias para o desmatamento.
Alarmantemente, seis das dez terras indígenas mais afetadas pelo desmatamento estão localizadas em Roraima. Além disso, o Pará e o Amazonas lideram a lista de unidades de conservação mais impactadas, com três em cada estado figurando entre as dez mais desmatadas.
A queda de 60% no desmatamento da Amazônia em janeiro de 2024 é um sinal positivo de progresso na conservação ambiental. No entanto, os dados também sublinham a urgência de intensificar os esforços para proteger este ecossistema vital. Através de uma combinação de redução de emissões, fiscalização rigorosa e criação de áreas protegidas, o Brasil pode se encaminhar para alcançar seu objetivo ambicioso de desmatamento zero até 2030. Este progresso não apenas salvaguarda a biodiversidade única da Amazônia, mas também desempenha um papel crucial na luta global contra as mudanças climáticas.