Famílias no Pará lideram restauração da Amazônia

No coração da Amazônia, um movimento transformador está ganhando força. Em municípios como Belterra, Itaituba, Mojuí dos Campos e Trairão, no Oeste do Pará, famílias estão revolucionando o ambiente ao seu redor. Com a implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), essas comunidades não apenas recuperam a vegetação nativa, mas também produzem alimentos, cultivam novas mudas e sementes, e criam novas fontes de renda.

Neste Dia da Amazônia, mergulhe na história inspiradora dessas famílias que estão fazendo a diferença na maior floresta tropical do mundo.

Rosângela Silva Pereira, conhecida como Sanda, é uma das protagonistas dessa iniciativa. Residente em Trairão, Sanda plantou cerca de 200 mudas em sua propriedade, misturando espécies frutíferas e florestais com cultivos de curto ciclo, como melancia e macaxeira. O impulso para essa ação veio de dois grandes projetos: a criação de um viveiro coletivo na comunidade e a capacitação das famílias em práticas de cultivo sustentável.

“Aqui, a devastação era muito grande,” explica Sanda. “Recebemos algumas mudas e coletamos outras sementes por aqui. Cada SAF plantou entre 180 a 200 mudas consorciadas, incluindo frutíferas e madeira florestal.”

A estruturação dos SAFs faz parte do Projeto de Restauração da Floresta Amazônica no Tapajós, que busca criar uma rede sustentável de bancos de sementes e viveiros florestais. A iniciativa é promovida pela Conservação Internacional (CI-Brasil) e conta com a assistência técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). As mudas de espécies nativas como açaí, cupuaçu, cacau, andiroba e ipê são usadas tanto para recuperação ambiental quanto para geração de renda.

Em Mojuí dos Campos, Suelen Costa Feitosa optou por plantar mais de 500 mudas em sua propriedade, priorizando o cupuaçu para fortalecer a produção de chocolate. “Já trabalhávamos com quintais produtivos, mas agora, com os SAFs, nosso objetivo maior é restaurar o meio ambiente,” afirma Suelen. “Escolhemos plantar produtos que também nos tragam renda.”

O projeto de restauração passou por três fases principais: capacitação, criação e melhoria dos bancos de sementes e viveiros, e recuperação de áreas desmatadas. Durante a capacitação, os agricultores aprenderam sobre espécies nativas, beneficiamento da produção, secagem, armazenamento, aspectos legais e uso de ferramentas tecnológicas, como GPS para georreferenciamento de árvores matrizes.

A coordenadora de projetos da CI Brasil, Maria Farias, destaca que o Restaura Tapajós tem como meta a sustentabilidade socioambiental. “Isso revitaliza toda a biodiversidade, promove solos mais saudáveis e aumenta o sequestro de carbono, o que pode gerar novas fontes de renda para as comunidades.”

Apesar dos progressos, o projeto enfrentou desafios significativos. A seca intensa de 2023 resultou em perdas consideráveis de mudas, mas a assistência técnica contínua permitiu a adaptação e a persistência das famílias no projeto. “Os técnicos que vieram nos dar assistência continuam nos ajudando voluntariamente,” relata Suelen. “Eles estudam nossos casos e nos orientam através de vídeos e fotos.”

A recuperação florestal é crucial para a preservação do bioma amazônico e para o combate às mudanças climáticas. Mesmo com a redução no desmatamento nos últimos anos, a Amazônia ainda perde vastas áreas de floresta a cada dia. Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), entre agosto de 2023 e julho de 2024, a região perdeu o equivalente a mil campos de futebol por dia.

Maria Farias reforça a necessidade de avançar na recuperação dos biomas nativos e na integração de tecnologias que permitam a adaptação às mudanças climáticas. “Sabemos que é preciso reflorestar para garantir um clima de qualidade. A demanda por sementes é gigantesca, e consolidar a rede de sementes do Tapajós é um passo essencial.”

Brasil pode se tornar inabitável até 2070, aponta estudo da NASA

Um estudo recente, citado pela NASA, prevê que áreas do Brasil podem se tornar inabitáveis até 2070 devido ao calor extremo provocado pelas mudanças climáticas. Publicado na renomada revista Science Advances em 2020, o estudo liderado pelo cientista Colin Raymond trouxe preocupações globais ao destacar os perigos do aumento das temperaturas em regiões tropicais e subtropicais.

Esta previsão alarmante repercutiu na imprensa brasileira, levantando questões sobre o futuro do país e a urgência de ações contra o aquecimento global.

Embora o estudo original não mencione diretamente o Brasil, um blog da NASA em março de 2022 citou o país como uma das regiões vulneráveis aos calores mortais. Essa menção gerou grande repercussão na mídia brasileira, trazendo à tona discussões sobre a severidade das mudanças climáticas e seu impacto potencial no Brasil. A pesquisa mapeou eventos de calor extremo entre 1979 e 2017, onde a combinação de alta umidade e temperaturas superiores a 35ºC impede a regulação térmica do corpo humano, apresentando risco de morte.

O climatologista Carlos Nobre, um dos maiores especialistas brasileiros no tema, afirmou que previsões como essas não são novas e vêm sendo feitas desde 2010. No entanto, o estudo de Colin Raymond é considerado crucial para entender a gravidade dos eventos climáticos extremos. Segundo Nobre, muitas regiões tropicais e até mesmo de latitudes médias poderiam se tornar inabitáveis se as temperaturas globais subirem 4ºC ou mais em relação aos níveis pré-industriais.

O líder científico em Soluções Climáticas Naturais da The Nature Conservancy (TNC), Fernando Cesario, destacou que o estudo antecipa para os próximos 30 a 50 anos o aumento de eventos extremos de calor. Cesario identificou áreas costeiras brasileiras, regiões urbanizadas como Rio de Janeiro e São Paulo, e áreas próximas a grandes lagos e baías, como a Baía de Todos-os-Santos, na Bahia, como as mais suscetíveis aos calores fatais. A evaporação alta em regiões próximas ao Rio Amazonas também aumenta o risco.

O estudo liderado por Colin Raymond mostrou um aumento triplo nos casos de calor extremo em 40 anos, principalmente em regiões como Paquistão, Oriente Médio e o litoral sudoeste da América do Norte. Estes eventos, combinados com alta umidade, podem ser mortais e se tornar mais frequentes se o aquecimento global não for controlado.

Se o aquecimento da Terra não for revertido, Carlos Nobre alerta que além dos gases emitidos por atividades humanas, os oceanos e as geleiras poderiam liberar grandes quantidades de gases que elevariam ainda mais as temperaturas globais. A partir de 2100, temperaturas de 8ºC a 10ºC acima dos níveis pré-industriais poderiam tornar praticamente todo o planeta inabitável, com exceção de regiões como o topo dos Alpes, a Antártica e o Ártico.

Nos Estados Unidos, o calor foi a principal causa de mortes relacionadas ao clima entre 1991 e 2020, superando enchentes e tornados. O estresse térmico, causado pela combinação de alta umidade e calor extremo, pode levar à morte em pouco tempo. Bebês e idosos são especialmente vulneráveis, podendo sucumbir em menos de meia hora em condições extremas.

Outro estudo, conduzido por Camilo Mora da Universidade do Havaí, encontrou 783 casos de morte por calor extremo em 164 cidades e 36 países. A pesquisa indica que 30% da população mundial já enfrenta calor extremo em pelo menos 20 dias ao ano. Até 2100, essa porcentagem pode aumentar para 48% em um cenário de redução drástica das emissões de gases de efeito estufa e para 74% em um cenário de emissões crescentes.

Fernando Cesario, da TNC, reconhece a seriedade do estudo, mas alerta que as manchetes da mídia brasileira podem exagerar a situação. Ele ressalta que os eventos medidos são pontuais e de curta duração, mas que a emergência climática é real e a frequência desses eventos pode aumentar se as emissões de CO2 continuarem.

A redução drástica das emissões de gases de efeito estufa é crucial para mitigar os efeitos do aquecimento global. Carlos Nobre enfatiza a necessidade de uma resposta rápida e decisiva dos países para reduzir essas emissões. A proteção das florestas, matas ciliares e o reflorestamento são medidas essenciais para capturar os gases que aquecem a Terra. A agricultura sustentável, utilizando pastagens degradadas sem desmatamento adicional, também pode contribuir significativamente.

Jornal da Fronteira junto com Você!

Whatsapp JF +55 49 9809-2923 – Canal direto com nossa redação!

Comunidade no Whatsapp: ENTRE

ou

Canal no Whatsapp: ACOMPANHE

ou

Siga no Google News: SEGUIR

Novas exigências de Israel complicam cessar-fogo com Hamas

As negociações entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza enfrentam novos desafios. De acordo com fontes diplomáticas e do setor de Gaza e Cairo, Israel está exigindo verificações para os palestinos que retornam ao norte de Gaza após o início do cessar-fogo.

Anteriormente, os civis que fugiram para o sul tinham permissão para retornar livremente. No entanto, o Hamas rejeitou essa reivindicação israelense, exacerbando o impasse nas negociações.

Israel quer estabelecer um mecanismo de verificação para os civis que retornam ao norte de Gaza, temendo que alguns possam apoiar os militantes remanescentes do Hamas. “Eles querem criar um mecanismo de verificação para a população civil que retorna ao norte de Gaza, já que temem que essas pessoas possam apoiar os militantes remanescentes do Hamas”, disse uma fonte ocidental. Esta exigência surge como uma medida de segurança adicional, mas encontra resistência significativa do lado palestino.

O Hamas rejeitou veementemente a exigência de verificação. Fontes palestinas e egípcias indicam que a organização vê essa demanda como uma violação dos acordos anteriores e uma tentativa de controlar ainda mais os movimentos dos civis palestinos. A resistência do Hamas a essa condição é um dos principais obstáculos nas negociações de cessar-fogo.

Outro ponto de discórdia é a exigência de Israel em manter o controle sobre a fronteira de Gaza com o Egito. Esta fronteira é crucial para o fluxo de bens e pessoas, e o controle israelense sobre ela é uma questão sensível para as autoridades do Cairo. Israel justifica essa exigência como uma medida para impedir o contrabando de armas e a infiltração de militantes.

As autoridades egípcias expressaram descontentamento com a exigência israelense. O controle da fronteira é um ponto crítico para a soberania egípcia, e o Cairo não está disposto a ceder a Israel nesse aspecto. Este desacordo adiciona uma camada extra de complexidade às negociações.

Desde julho, Israel e o Hamas retomaram as negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mediadas por terceiros. Essas negociações visam trocar um cessar-fogo pela libertação de reféns, mas têm enfrentado vários obstáculos. O processo estava em um impasse até que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um novo plano para resolver o conflito no enclave palestino.

Nas últimas semanas, delegações de Israel e países mediadores se reuniram em Doha e no Cairo. No entanto, não houve progresso concreto relatado. A ausência da delegação israelense na última rodada de negociações, como informado pela publicação norte-americana Politico, evidencia a dificuldade de avançar no diálogo.

A situação humanitária em Gaza é crítica, com o bloqueio total imposto por Israel afetando severamente a população. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques israelenses resultaram em mais de 39 mil mortes e mais de 89,8 mil feridos. A falta de acesso a água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos agrava ainda mais a crise.

Israel declarou que 120 reféns ainda estão sendo mantidos em Gaza, dos quais mais de 40 são considerados mortos. Em várias operações, 135 pessoas foram libertadas, incluindo corpos de reféns mortos. A pressão militar de Israel visa forçar o Hamas a concordar com condições mais favoráveis para a libertação de reféns.

Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes lançado do enclave de Gaza. Combatentes do Hamas invadiram áreas fronteiriças, atacando militares e civis e capturando mais de 200 reféns. Esse ataque resultou em cerca de 1,2 mil mortes e levou Israel a declarar guerra ao Hamas, iniciando uma série de ataques contra Gaza.

Em uma reunião com famílias de reféns, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que enviaria uma proposta atualizada ao Hamas nos próximos dias. Esta proposta será crucial para determinar se as negociações podem avançar e levar a um cessar-fogo duradouro.

Os mediadores internacionais desempenham um papel essencial nas negociações. As reuniões em Doha e no Cairo mostram o esforço contínuo para encontrar uma solução, embora o caminho para um acordo seja complicado pela falta de confiança entre as partes e as exigências conflitantes.

Jornal da Fronteira junto com Você!

Whatsapp JF +55 49 9809-2923 – Canal direto com nossa redação!

Comunidade no Whatsapp: ENTRE

ou

Canal no Whatsapp: ACOMPANHE

ou

Siga no Google News: SEGUIR

Luan Santana e Justin Bieber surpreendem ao anunciar que serão pais

Foto: Divulgação/Instagram: @luansantana e @justinbieber

O universo da música pop foi recentemente abalado por uma notícia surpreendente e comovente: Luan Santana e Justin Bieber, dois dos maiores ícones musicais de suas respectivas gerações, anunciaram que serão pais. A revelação pegou todos de surpresa e gerou uma onda de reações nas redes sociais, com fãs de ambos os artistas expressando sua emoção e surpresa. Este artigo detalha o anúncio, a reação dos fãs e o impacto dessa notícia na carreira e na vida pessoal desses dois astros.

O anúncio surpreendente

Luan Santana, o fenômeno da música sertaneja brasileira, e Justin Bieber, o ícone pop internacional, têm muito em comum. Ambos começaram suas carreiras muito jovens, conquistaram uma legião de fãs ao redor do mundo e enfrentaram os altos e baixos da fama. No entanto, ninguém poderia prever que eles fariam um anúncio tão significativo juntos.

A notícia foi revelada simultaneamente nas redes sociais dos dois artistas, acompanhada de uma série de fotos e um vídeo emotivo. Luan Santana, em seu perfil no Instagram, postou uma foto ao lado de Justin Bieber, ambos sorrindo, com uma legenda que dizia: “Um novo capítulo começa. Estamos prontos para a maior aventura de nossas vidas. Vamos ser pais!” O post rapidamente se tornou viral, acumulando milhões de curtidas e comentários em poucas horas.

Justin Bieber, por sua vez, compartilhou o mesmo sentimento em suas redes sociais, destacando a alegria e a expectativa de se tornar pai. Em seu vídeo, Bieber aparece visivelmente emocionado, agradecendo aos fãs pelo apoio incondicional ao longo dos anos e afirmando que está preparado para essa nova fase de sua vida.

Reações dos fãs e da mídia

A reação dos fãs foi imediata e intensa. Nas redes sociais, hashtags como #LuanSantanaPai e #JustinBieberDad começaram a trendar mundialmente. Milhares de fãs compartilharam suas emoções, desde mensagens de apoio e felicidade até expressões de surpresa e choque. Alguns fãs, visivelmente emocionados, postaram vídeos chorando e celebrando a notícia.

A mídia também não ficou atrás. Sites de notícias, programas de televisão e revistas especializadas dedicaram cobertura extensiva ao anúncio. Entrevistas com fãs, especialistas em celebridades e psicólogos foram ao ar, analisando o impacto dessa notícia tanto para os artistas quanto para seus seguidores.

A jornada de Luan Santana e Justin Bieber

Foto: Divulgação/Instagram: @luansantana e @ajademagalhaes

Luan Santana e Justin Bieber têm histórias de vida marcadas por sucesso, desafios e superação. Luan Santana começou sua carreira ainda adolescente, conquistando o Brasil com hits como “Meteoro” e “Te Esperando”. Sua trajetória é marcada por prêmios, recordes de vendas e shows lotados. Ao longo dos anos, ele se consolidou como um dos maiores nomes da música sertaneja, sempre inovando e se reinventando.

Justin Bieber, por outro lado, iniciou sua carreira através do YouTube, onde seus vídeos caseiros cantando covers chamaram a atenção do público e de grandes nomes da indústria musical. Descoberto por Scooter Braun, Bieber rapidamente se tornou uma sensação mundial com músicas como “Baby” e “Sorry”. Apesar das polêmicas e desafios pessoais ao longo dos anos, Bieber sempre se manteve relevante e querido pelos fãs.

A importância do apoio familiar

Um aspecto destacado por ambos os artistas foi a importância do apoio familiar nesse momento tão especial. Luan Santana mencionou o papel fundamental de sua família em sua carreira e agora, na nova jornada da paternidade. Ele expressou gratidão pelo suporte constante e enfatizou o desejo de criar um ambiente amoroso e estável para seu futuro filho.

Justin Bieber também fez questão de agradecer a sua esposa, Hailey Baldwin, por estar ao seu lado em todos os momentos. Em uma mensagem comovente, ele destacou o amor e a parceria entre eles, reforçando que estão prontos para essa nova etapa como pais. A relação de Bieber com sua família também foi mencionada, com destaque para o apoio de sua mãe, Pattie Mallette, e do pai, Jeremy Bieber.

Expectativas e preparativos

Com o anúncio, começam também as especulações sobre como Luan Santana e Justin Bieber vão conciliar a vida profissional com a paternidade. Ambos os artistas possuem agendas lotadas, com turnês e projetos em andamento. No entanto, os dois deixaram claro que estão preparados para fazer ajustes necessários para estarem presentes na vida de seus filhos.

Luan Santana mencionou que está planejando uma pausa em sua carreira para se dedicar integralmente à paternidade nos primeiros meses. “Quero estar presente em cada momento, desde o nascimento até os primeiros passos”, afirmou o cantor. Ele também revelou que está escrevendo novas músicas inspiradas nessa fase de sua vida, prometendo surpresas para os fãs.

Justin Bieber, por sua vez, destacou que está trabalhando em um novo álbum, mas que a prioridade será sua família. “A música sempre fará parte da minha vida, mas agora tenho um motivo ainda maior para me dedicar e criar. Quero que meu filho se orgulhe de mim”, disse Bieber em uma entrevista recente.

Impacto na carreira

Foto: Divulgação/Instagram: @justinbieber

A notícia da paternidade certamente trará mudanças significativas nas carreiras de Luan Santana e Justin Bieber. Especialistas em indústria musical acreditam que essa nova fase pode abrir portas para novos projetos e colaborações. Além disso, a imagem dos dois artistas como pais pode reforçar ainda mais o vínculo emocional com os fãs.

Para Luan Santana, a paternidade pode representar uma nova fonte de inspiração para suas músicas, explorando temas de amor, família e crescimento pessoal. A expectativa é que essa fase traga ainda mais profundidade e autenticidade às suas composições.

Justin Bieber, que já passou por diversas transformações em sua carreira, pode encontrar na paternidade uma oportunidade de se reconectar com seu público de uma maneira mais pessoal e sincera. Seus fãs, que cresceram junto com ele, poderão se identificar ainda mais com essa nova jornada.

Conclusão

O anúncio de que Luan Santana e Justin Bieber vão ser pais foi uma surpresa emocionante que tocou o coração de milhões de fãs ao redor do mundo. Mais do que ícones da música pop, eles agora assumem um novo papel, que promete trazer ainda mais alegria e inspiração para suas vidas e carreiras.

Enquanto aguardamos os próximos capítulos dessa história, fica claro que a paternidade trará novas perspectivas e experiências para ambos os artistas, que continuarão a emocionar e inspirar seus fãs de maneiras inimagináveis. Com o apoio de suas famílias e a força de sua legião de admiradores, Luan Santana e Justin Bieber estão prontos para essa nova aventura, que promete ser a mais emocionante de todas.

Voluntários enfrentam grandes desafios para retirar lixo e cadáveres do Monte Everest

Desde que Edmund Hillary e Tenzing Norgay alcançaram o cume do Monte Everest em 1953, a maior montanha do mundo se tornou um símbolo de conquista e um desafio supremo para alpinistas. No entanto, com o aumento do número de expedições, a beleza natural do Everest tem sido comprometida por um problema crescente: a poluição.

Um levantamento da Fox News revelou que mais de 5.200 pessoas tentaram repetir o feito de Hillary e Norgay, deixando montanhas de lixo para trás.

Agora, um esforço monumental de voluntários visa restaurar a majestade do Everest, removendo toneladas de detritos e enfrentando um problema ainda mais sombrio – os corpos dos alpinistas que pereceram na montanha.

A crescente popularidade do Everest como destino para alpinistas tem gerado uma quantidade significativa de resíduos ao longo dos anos. Garrafas plásticas, sacolas, equipamentos descartados e outros detritos se acumulam nas encostas da montanha, poluindo o ambiente e criando um desafio de gestão de resíduos em uma das regiões mais remotas do planeta.

Desde as primeiras expedições, mais de 200 pessoas morreram tentando alcançar o cume do Everest. Muitas dessas vítimas permanecem na montanha, seus corpos preservados pelo frio extremo. No entanto, o aquecimento global está mudando essa dinâmica. “Por causa do aquecimento global, o manto de gelo e as geleiras estão derretendo rapidamente e os corpos que permaneceram enterrados durante todos esses anos estão sendo expostos”, afirmou Ang Tshering Sherpa, ex-presidente da Associação de Montanhismo do Nepal, em entrevista à BBC.

Para enfrentar o problema do lixo, uma campanha de limpeza foi lançada com o objetivo ambicioso de remover 11 toneladas de detritos do Everest. Nas últimas duas semanas, voluntários conseguiram retirar 3 toneladas de lixo. Esta iniciativa não apenas busca restaurar a beleza natural da montanha, mas também promover a conscientização sobre a necessidade de práticas de montanhismo sustentável.

Os voluntários, compostos por alpinistas experientes, guias locais e outros apaixonados pela preservação do Everest, estão realizando expedições de limpeza intensivas. Enfrentando condições adversas e altitudes extremas, eles coletam e transportam o lixo acumulado para áreas onde pode ser adequadamente descartado.

Além do lixo, os voluntários também enfrentam o desafio emocional e logístico de lidar com os cadáveres expostos pelo derretimento das geleiras. A remoção dos corpos é um processo delicado e respeitoso, necessário tanto para a dignidade das vítimas quanto para a segurança dos alpinistas futuros.

O derretimento acelerado das geleiras no Everest não apenas expõe os corpos, mas também altera a paisagem da montanha, tornando algumas rotas mais perigosas. A mudança climática está intensificando o risco para os alpinistas, aumentando a frequência de avalanches e deslizamentos de terra.

A logística envolvida na remoção de lixo e corpos do Everest é extremamente complexa. As altitudes elevadas, as temperaturas congelantes e as condições climáticas imprevisíveis tornam cada expedição de limpeza uma tarefa árdua. Equipamentos especializados e planejamento meticuloso são essenciais para o sucesso dessas missões.

A campanha de limpeza é custosa, exigindo significativos recursos financeiros e humanos. As expedições precisam de equipamentos de alta qualidade, suprimentos médicos e apoio logístico para garantir a segurança dos voluntários. Além disso, a remoção e o transporte do lixo para áreas de descarte apropriadas representam um desafio adicional.

A campanha de limpeza do Everest está promovendo práticas de montanhismo sustentável para prevenir que o problema se agrave no futuro. Algumas dessas práticas incluem:

Alpinistas e guias são educados sobre a importância de minimizar o impacto ambiental de suas expedições. Programas de conscientização destacam a necessidade de trazer de volta todo o lixo gerado durante as escaladas.

Leia mais:

– Mapeados 2 mil sítios arqueológicos indígenas no Estado de São Paulo

– Os três grandes impérios pré-colombianos: Incas, Maias e Astecas

O governo do Nepal e organizações de montanhismo estão implementando regulamentações mais rígidas para expedições ao Everest. Essas medidas incluem a obrigatoriedade de trazer de volta uma quantidade mínima de lixo e o pagamento de depósitos reembolsáveis que incentivam a limpeza.

O uso de novas tecnologias e inovações, como embalagens biodegradáveis e equipamentos de escalada sustentáveis, está sendo incentivado para reduzir o impacto ambiental. Além disso, drones e outras tecnologias avançadas estão sendo exploradas para auxiliar na limpeza e monitoramento da montanha.

A preservação do Monte Everest requer um esforço contínuo e colaborativo. A combinação de campanhas de limpeza, educação, regulamentações e inovações tecnológicas é essencial para proteger este ícone natural. A conscientização global e o apoio à causa também são fundamentais para garantir que o Everest continue sendo um símbolo de desafio e conquista, sem ser sobrecarregado pela marca da atividade humana.

A comunidade internacional, incluindo organizações de conservação, governos e indivíduos, tem um papel crucial na preservação do Everest. Apoiar financeiramente as campanhas de limpeza e promover práticas de turismo sustentável são passos importantes para garantir a longevidade e a saúde do ambiente da montanha.

Aquecimento da água na Amazônia ameaça ecossistemas e comunidades locais

A Amazônia, conhecida por sua biodiversidade exuberante e vastos recursos hídricos, enfrenta uma ameaça emergente que está preocupando cientistas e ambientalistas.

Pesquisadores do Instituto Mamirauá em Tefé, no estado do Amazonas, têm registrado um aquecimento generalizado das águas na região. Este fenômeno, que está em processo de revisão, foi apresentado durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Os resultados preliminares apresentados pelos pesquisadores do Instituto Mamirauá revelam uma tendência preocupante: desde 1990, os lagos amazônicos estão aquecendo a uma média de 0,6 ºC por década. “É um aumento muito expressivo. Não houve um lago que não apresentasse uma tendência significativa. Todos estão aquecendo”, afirmou Ayan Fleischmann, coordenador do estudo, à revista Pesquisa Fapesp.

O ano de 2023 marcou um ponto crítico para o aquecimento das águas na Amazônia. Durante o período de seca, a temperatura do lago Tefé alcançou mais de 40ºC, resultando na morte trágica de 209 botos, incluindo botos-cor-de-rosa e tucuxi. Fleischmann destacou a gravidade da situação: “Se a gente encontra três carcaças de botos em algumas semanas, já é um alerta vermelho. Agora, 70 animais mortos em um dia é uma tragédia.”

A magnitude da tragédia levou à criação da Operação Emergência Botos Tefé, envolvendo instituições de pesquisa do Brasil e do exterior. Durante esta operação, cientistas determinaram que a causa da morte dos botos foi hipertermia, decorrente do baixo nível da água no lago e da intensa radiação solar. “Os botos que ficaram ali infelizmente vieram a óbito. E não só a temperatura foi extrema, mas a variação diária também. Chegou a ter 13 ºC de variação da temperatura ao longo do dia”, explicou Fleischmann. A combinação de calor extremo e variações de temperatura estressou fatalmente os animais.

Os pesquisadores realizaram um mapeamento das temperaturas dos lagos na Amazônia, incluindo 10 lagos na análise. Mais da metade deles registrou temperaturas acima dos 37ºC. Fleischmann relatou que os dados de satélite confirmaram o aquecimento generalizado durante a seca de 2023. Este fenômeno não só afetou a fauna aquática, mas também teve um impacto profundo nas comunidades humanas.

A seca de 2023 na Amazônia resultou em uma verdadeira catástrofe humanitária. Comunidades ribeirinhas e áreas urbanas em tributários do rio Amazonas ficaram isoladas, e a falta de água potável tornou-se um problema crítico. Fleischmann enfatizou a necessidade de programas de captação e armazenamento de água da chuva para garantir o acesso a água potável durante os períodos de seca. Segundo cálculos dos pesquisadores, a captação de água da chuva poderia garantir pelo menos 16 litros de água por dia para cada pessoa na região.

O aquecimento das águas na Amazônia pode ser atribuído a uma combinação de fatores naturais e antropogênicos. Mudanças climáticas globais, desmatamento e degradação ambiental contribuem para o aumento das temperaturas e a redução dos níveis de água nos corpos hídricos da região. Além disso, a construção de infraestruturas e a expansão agrícola aumentam a vulnerabilidade dos ecossistemas aquáticos.

O aquecimento das águas tem consequências devastadoras para a biodiversidade aquática da Amazônia. Espécies adaptadas a temperaturas específicas enfrentam riscos elevados de extinção à medida que suas condições de vida se tornam insustentáveis. A morte em massa de botos é apenas um exemplo visível de um problema mais amplo que afeta peixes, plantas aquáticas e outros organismos dependentes desses habitats.

A conservação dos ecossistemas aquáticos amazônicos é crucial para a preservação da biodiversidade e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Medidas de conservação incluem a proteção de áreas úmidas, o controle do desmatamento e a restauração de habitats degradados. Além disso, é vital implementar políticas de gestão sustentável dos recursos hídricos para garantir a saúde a longo prazo dos ecossistemas.

Para enfrentar o aquecimento das águas na Amazônia, é necessário um esforço coordenado entre governos, instituições de pesquisa e comunidades locais. Algumas ações recomendadas incluem:

A implementação de sistemas de captação e armazenamento de água da chuva pode fornecer uma fonte confiável de água potável durante os períodos de seca. Cisternas e tanques de armazenamento podem ser instalados em comunidades ribeirinhas e áreas urbanas para garantir o acesso contínuo à água.

Veja alguns textos que podem te interessar:

O monitoramento contínuo das temperaturas da água e dos níveis de água dos lagos e rios da Amazônia é essencial para identificar mudanças e implementar medidas de mitigação rapidamente. O uso de tecnologias de satélite e sensores in situ pode fornecer dados precisos e em tempo real.

A educação e a sensibilização das comunidades locais sobre as causas e consequências do aquecimento das águas são fundamentais. Programas de educação ambiental podem capacitar as comunidades a adotarem práticas sustentáveis e participarem ativamente da conservação dos recursos hídricos.

Governos locais e nacionais devem implementar e reforçar políticas de proteção ambiental que visem reduzir o desmatamento, promover a recuperação de áreas degradadas e regular o uso dos recursos naturais. A cooperação internacional também é necessária para enfrentar as mudanças climáticas globais.

O aquecimento das águas na Amazônia é um alerta sobre os impactos das mudanças climáticas e a necessidade urgente de ações para proteger este ecossistema vital. A pesquisa do Instituto Mamirauá e a tragédia dos botos são um lembrete poderoso de que o equilíbrio ambiental é frágil e que a intervenção humana pode ter consequências devastadoras.

Descubra o lugar mais frio do mundo e sua surpreendente vida extrema

Quando se trata de temperaturas extremas, poucos lugares no planeta podem competir com a Antártida. Este continente gelado, localizado no extremo sul da Terra, abriga o lugar mais frio do mundo: a Estação de Pesquisa Vostok. As condições implacáveis deste local desafiam a compreensão humana de sobrevivência e adaptação, fazendo com que a vida aqui seja um estudo fascinante de resistência e engenhosidade.

A Antártida é o quinto maior continente, com uma área de aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados, quase toda coberta por gelo. Suas montanhas majestosas e vastas planícies de gelo criam um cenário deslumbrante, mas inóspito. A localização geográfica da Antártida, cercada pelos oceanos Antártico e Pacífico, contribui para suas condições extremas. Durante o inverno, o continente praticamente dobra de tamanho devido à formação de gelo marinho ao seu redor.

Estação de Pesquisa Vostok: O coração do frio

Localizada no coração da Antártida, a Estação de Pesquisa Vostok é um dos locais mais remotos e inacessíveis do planeta. Fundada em 1957 pela União Soviética, a estação está situada a uma altitude de 3.488 metros acima do nível do mar, sobre o Lago Vostok, um dos maiores lagos subglaciais do mundo. É aqui que foi registrada a temperatura mais baixa já medida na Terra: -89,2°C em 21 de julho de 1983.

O desafio das temperaturas extremas

A vida na Estação Vostok é uma batalha constante contra o frio. Os cientistas e trabalhadores que passam meses aqui enfrentam desafios diários para manter suas operações. As temperaturas extremas afetam tudo, desde a operação de equipamentos até a simples tarefa de respirar. Os edifícios são construídos para suportar o frio intenso, com sistemas de aquecimento altamente eficientes e isolamento térmico reforçado.

Sobreviver na Estação Vostok requer uma adaptação meticulosa. A equipe é treinada para lidar com emergências e condições adversas. A nutrição é cuidadosamente planejada, com alimentos ricos em calorias para fornecer a energia necessária. A saúde mental também é uma prioridade, com atividades recreativas e comunicação regular com o mundo exterior para manter o moral elevado.

Vida selvagem

Embora a Antártida seja conhecida por suas condições extremas, ela também abriga uma vida selvagem surpreendente. Pinguins imperadores, focas de Weddell e várias espécies de aves marinhas adaptaram-se ao clima rigoroso. Estes animais possuem adaptações únicas, como camadas de gordura espessa e pelagens isolantes, que lhes permitem sobreviver nas temperaturas mais frias do planeta.

A Estação Vostok não é apenas um testemunho da capacidade humana de sobreviver em condições extremas, mas também um centro vital de pesquisa científica. Os cientistas estudam o clima, a glaciologia, a geofísica e a astrobiologia, usando a Antártida como um análogo para outros mundos gelados, como as luas de Júpiter e Saturno. A perfuração no Lago Vostok, que está selado sob mais de 3.700 metros de gelo, oferece uma visão única sobre a vida microbiana que poderia existir em condições extremas.

Com o avanço da tecnologia, as pesquisas na Antártida estão se tornando cada vez mais sofisticadas. Drones, satélites e robótica subaquática estão sendo utilizados para explorar áreas anteriormente inacessíveis. Além disso, o estudo das mudanças climáticas e seu impacto na Antártida é crucial para entender o futuro do nosso planeta. A retirada do gelo e o aumento do nível do mar são questões globais que têm origens diretamente ligadas às condições deste continente gelado.

A Antártida, com sua Estação de Pesquisa Vostok, representa o auge das condições extremas e da resistência humana. Este continente gelado não é apenas o lugar mais frio do mundo, mas também um tesouro de conhecimento científico e um símbolo de adaptação e sobrevivência. As pesquisas realizadas aqui continuam a fornecer insights valiosos sobre nosso planeta e além, enquanto a vida selvagem demonstra a incrível capacidade de adaptação da natureza. Em última análise, a Antártida nos lembra da incrível resiliência e curiosidade humana, sempre empurrando os limites do desconhecido.

Referências

  • National Geographic. “Antarctica: The Coldest Place on Earth.” Disponível em: National Geographic.
  • NASA. “Vostok Station: The Coldest Place on Earth.” Disponível em: NASA.
  • British Antarctic Survey. “Living and Working in Antarctica.” Disponível em: British Antarctic Survey.

A face sombria da internet, o que dark web?

Nas profundezas mais escuras da internet, existe um mundo onde as leis e a ética frequentemente não têm significado. Enquanto sociedades secretas e transações ilícitas se desenrolam pelo planeta, a dark web é o lugar onde todas essas atividades ilegais (e, às vezes, legais) acontecem.

Explorar a dark web é como entrar em um território desconhecido, onde tanto a possibilidade de anonimato e liberdade de expressão quanto os perigos das atividades criminosas e das ameaças cibernéticas estão presentes. Mas de onde surgiu a dark web? E o que, exatamente, pode ser encontrado lá dentro?

O surgimento da Dark Web

A dark web surgiu como uma parte da deep web, que é a porção da internet não indexada pelos motores de busca tradicionais, como Google e Bing. A deep web inclui tudo, desde bancos de dados acadêmicos a sites privados e intranets corporativas. A dark web, no entanto, é um subconjunto específico da deep web, acessível apenas através de navegadores especializados, como o Tor (The Onion Router).

Inicialmente, o Tor foi desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos com o objetivo de proteger as comunicações de inteligência. A tecnologia permitiu a navegação anônima, e com o tempo, atraiu indivíduos interessados em privacidade, ativistas de direitos humanos e jornalistas, além daqueles envolvidos em atividades ilegais.

O que pode ser encontrado na Dark Web?

A dark web é notória por abrigar uma variedade de atividades, tanto legais quanto ilegais. Entre as atividades legais, incluem-se fóruns de discussão sobre privacidade, redes de jornalistas e ferramentas para comunicação segura entre ativistas em regimes repressivos.

Por outro lado, a dark web também é um reduto para uma ampla gama de atividades criminosas, incluindo:

  • Mercados Negros: Venda de drogas, armas e dados roubados.
  • Serviços de Hacking: Ofertas de ataques cibernéticos, phishing e ransomware.
  • Contratos Ilegais: Assassinos de aluguel e tráfico de pessoas.
  • Material Ilegal: Pornografia infantil e vídeos de violência extrema.

Os mercados da dark web funcionam de forma semelhante aos e-commerces tradicionais, com sistemas de avaliação de vendedores e pagamentos geralmente realizados em criptomoedas como o Bitcoin, que oferece maior anonimato. Produtos como documentos falsificados, cartões de crédito roubados e substâncias controladas estão entre os mais vendidos.

Os riscos da Dark Web

Navegar na dark web apresenta uma série de riscos. Usuários podem ser alvo de hackers que buscam roubar informações pessoais ou financeiras. Softwares maliciosos, como vírus e trojans, são comuns e podem infectar dispositivos sem que o usuário perceba.

Participar de atividades ilegais na dark web pode levar a graves consequências legais. Agências de aplicação da lei, como o FBI e a Europol, monitoram ativamente as atividades na dark web e têm desmantelado vários mercados negros e redes criminosas. Usuários pegos participando dessas atividades podem enfrentar multas pesadas e longas penas de prisão.

Exposição a conteúdo perturbador

Além dos riscos cibernéticos e legais, os usuários da dark web podem ser expostos a conteúdo perturbador e traumático. Desde fóruns que discutem atividades extremistas até vídeos de violência extrema, a dark web pode ter um impacto psicológico negativo sobre os indivíduos.

Como acessar a Dark Web de forma segura

Para acessar a dark web, é essencial usar navegadores como o Tor, que fornecem anonimato criptografando o tráfego e passando-o por uma série de servidores. No entanto, mesmo com essas ferramentas, a segurança nunca é garantida. É importante usar um bom software antivírus e um firewall atualizado.

Os usuários devem ser extremamente cautelosos ao navegar na dark web. Recomenda-se não compartilhar informações pessoais, evitar downloads de arquivos desconhecidos e não se envolver em transações ilegais. Utilizar criptomoedas e VPNs (Redes Virtuais Privadas) também pode ajudar a proteger a identidade e a localização do usuário.

O futuro da Dark Web

A dark web continua a evoluir, com novas tecnologias surgindo para proteger a privacidade dos usuários e facilitar a realização de atividades anônimas. No entanto, as agências de aplicação da lei também estão aprimorando suas técnicas de vigilância e investigação para combater atividades ilegais.

A dark web representa um desafio contínuo para a sociedade, pois equilibra a linha tênue entre a proteção da privacidade e a prevenção do crime. Com a crescente preocupação com a privacidade digital, a dark web pode se tornar ainda mais relevante, tanto para atividades legítimas quanto para aquelas que são condenáveis.

Jornal da Fronteira junto com Você!

Whatsapp JF +55 49 9809-2923 – Canal direto com nossa redação!

Comunidade no Whatsapp: ENTRE

ou

Canal no Whatsapp: ACOMPANHE

ou

Siga no Google News: SEGUIR

Beatriz Grinsztejn assume presidência da sociedade internacional de Aids

Na próxima sexta-feira (26), a infectologista e pesquisadora brasileira Beatriz Grinsztejn fará história ao se tornar a primeira mulher latino-americana a exercer a presidência da International Aids Society (IAS). A posse ocorrerá no encerramento da 25ª Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Munique, na Alemanha. Grinsztejn, que é pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), levará à sociedade internacional as experiências positivas do Brasil no tratamento e prevenção do HIV, destacando o Sistema Único de Saúde (SUS) como um modelo de acesso universal e gratuito.

Experiências brasileiras em tratamento e prevenção do HIV

Beatriz Grinsztejn enfatiza que o Brasil se destaca no cenário internacional pelo seu programa “espetacular” de tratamento e prevenção do HIV. “No Brasil nós temos acesso ao que há de melhor em termos não só de tratamento, mas também de prevenção, o que nos diferencia e muito, inclusive da maior parte dos países da América Latina”, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O SUS oferece profilaxia pré-exposição (PrEP) de forma acessível, algo ainda não disponível em muitos países da América Latina.

O Brasil é reconhecido mundialmente por fornecer tratamento gratuito para pessoas vivendo com HIV. Esse acesso universal é garantido pelo SUS, que disponibiliza os medicamentos antirretrovirais e a PrEP, além de realizar campanhas educativas e de conscientização sobre a prevenção da doença. Esse modelo de saúde pública é visto como uma referência e um exemplo a ser seguido por outros países.

Grinsztejn destaca a importância de aumentar os recursos destinados à pesquisa no Brasil. “O Brasil continua brilhando no cenário internacional, mas precisamos que tenha mais visibilidade, que possa captar mais recursos para pesquisa”, afirmou. A pesquisadora acredita que, ao demonstrar internacionalmente o poder das iniciativas brasileiras, será possível atrair mais investimentos para continuar avançando no combate ao HIV.

Um dos desafios mencionados por Grinsztejn é a recuperação da credibilidade científica, que foi abalada mundialmente nos últimos anos. Ela defende que a pesquisa científica deve ser a base de todas as políticas públicas. “Nossa função como sociedade internacional é fomentar a pesquisa e fomentar que a ciência seja a base de todas as políticas públicas”, disse. O Brasil, apesar dos desafios, continua sendo um exemplo nesse sentido, graças ao SUS e ao acesso às tecnologias que beneficiam a população.

A 25ª Conferência Internacional sobre Aids

A 25ª Conferência Internacional sobre Aids, organizada pela International Aids Society (IAS), ocorre entre os dias 22 e 26 de julho, reunindo 15 mil participantes. O evento é uma plataforma crucial para compartilhar conhecimentos e informações sobre a resposta à epidemia de HIV e AIDS nos últimos 40 anos. Participantes incluem pessoas vivendo com HIV, pesquisadores, profissionais de saúde e representantes de governos.

Representantes do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil também estarão presentes na conferência. Eles apresentarão os resultados das experiências brasileiras na resposta ao HIV, destacando as políticas de saúde pública e os avanços no tratamento e prevenção da doença.

Beatriz Grinsztejn tem uma longa trajetória de contribuição para a pesquisa e o tratamento do HIV. Como pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), ela tem sido uma voz ativa na comunidade científica e na promoção de políticas públicas eficazes para o combate ao HIV. Sua eleição como presidente da IAS é um reconhecimento de sua liderança e do impacto de seu trabalho.

Grinsztejn pretende usar sua posição na IAS para promover ainda mais a visibilidade das experiências brasileiras e para captar recursos que possam fortalecer a pesquisa no país. Ela também busca reforçar a importância da ciência como base para as políticas públicas, garantindo que as decisões sejam sempre guiadas por evidências científicas.

Jornal da Fronteira junto com Você!

Whatsapp JF +55 49 9809-2923 – Canal direto com nossa redação!

Comunidade no Whatsapp: ENTRE

ou

Canal no Whatsapp: ACOMPANHE

ou

Siga no Google News: SEGUIR

O que é Faixa de Gaza?

A Faixa de Gaza, um pequeno território no Oriente Médio, é um dos locais mais conflituosos e complexos do mundo. Sua história é marcada por décadas de conflitos, cercos e crises humanitárias. Com uma população de cerca de dois milhões de pessoas vivendo em apenas 365 quilômetros quadrados, a região enfrenta desafios sociais, econômicos e políticos constantes. Neste artigo, exploraremos a história da Faixa de Gaza, os principais conflitos que moldaram a região, a atual situação e as esperanças de paz para o futuro.

A história da Faixa de Gaza

A história da Faixa de Gaza remonta a milhares de anos. Situada na costa do Mediterrâneo, a região foi habitada desde os tempos antigos e passou por diversas civilizações, incluindo os filisteus, egípcios, assírios, persas, gregos, romanos e bizantinos. Gaza era um importante centro comercial devido à sua localização estratégica.

No início do século XX, a região fazia parte do Império Otomano até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando passou a ser administrada pelo Reino Unido sob o Mandato Britânico da Palestina. Em 1947, a ONU propôs a partilha da Palestina em dois estados, um judeu e um árabe. A Faixa de Gaza foi atribuída ao estado árabe, mas a guerra que se seguiu à criação do Estado de Israel em 1948 deixou Gaza sob controle egípcio.

Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel capturou a Faixa de Gaza do Egito, iniciando um período de ocupação que duraria até 2005. Esse período foi marcado por conflitos armados, resistências e a construção de assentamentos israelenses em território palestino.

Explosões no Irã após suposto ataque Israelense aumenta tensão local

Conflitos na Faixa de Gaza

A Primeira Intifada, que começou em 1987, foi um levante palestino contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Esta revolta popular teve impacto significativo nas relações entre israelenses e palestinos, resultando em grande violência e um aumento da atenção internacional para a causa palestina.

Os Acordos de Oslo, assinados em 1993, levaram à criação da Autoridade Palestina, que assumiu o controle de partes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. No entanto, os acordos não conseguiram resolver questões fundamentais, como o status de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Em 2000, a Segunda Intifada eclodiu, resultando em uma nova onda de violência. Este período viu ataques suicidas, operações militares e um endurecimento das políticas de segurança israelenses. O conflito agravou ainda mais a situação humanitária na região.

Em 2005, Israel desocupou unilateralmente a Faixa de Gaza, removendo todos os assentamentos e tropas. No entanto, a retirada não trouxe paz. Em 2006, o grupo islâmico Hamas venceu as eleições palestinas, levando a um conflito com a facção rival Fatah e ao controle total de Gaza pelo Hamas em 2007. Desde então, Israel e Egito impuseram um bloqueio severo à Faixa de Gaza, restringindo a movimentação de pessoas e bens, o que agravou a crise humanitária.

A situação atual na Faixa de Gaza

A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária severa. O bloqueio e os conflitos repetidos devastaram a economia local. A maioria da população depende de ajuda humanitária para sobreviver. O desemprego é extremamente alto, especialmente entre os jovens, e a infraestrutura básica, incluindo água, eletricidade e saúde, está em estado crítico.

Os conflitos armados entre Israel e grupos militantes em Gaza são frequentes. Operações militares, bombardeios e disparos de foguetes resultam em mortes e destruição, perpetuando um ciclo de violência. O mais recente conflito significativo ocorreu em maio de 2021, resultando em centenas de mortes e danos generalizados.

Esperanças de Paz

Apesar dos muitos desafios, há esforços contínuos para alcançar a paz. Iniciativas de paz regionais e internacionais visam negociar um acordo duradouro entre israelenses e palestinos. Organizações não-governamentais e ativistas trabalham para promover o diálogo, a reconciliação e a cooperação entre as comunidades.

A comunidade internacional desempenha um papel crucial na busca por uma solução pacífica. A ONU, a União Europeia e outros atores internacionais buscam mediar negociações e fornecer assistência humanitária. No entanto, a falta de consenso e os interesses divergentes complicam os esforços de paz.

Conclusão

A Faixa de Gaza é um símbolo das complexidades e tragédias do conflito israelense-palestino. Sua história rica e tumultuada reflete os desafios e as esperanças de uma região que anseia por paz e estabilidade. Entender a situação de Gaza é crucial para qualquer discussão sobre o futuro do Oriente Médio. Embora o caminho para a paz seja difícil e cheio de obstáculos, a perseverança e os esforços contínuos de diálogo e cooperação oferecem uma esperança para um futuro melhor para os habitantes de Gaza e para toda a região.

Continuar lendo O que é Faixa de Gaza?

Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024

O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado.

“Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

“De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

Centro gestor alerta para seca severa este ano na Amazônia

Maconha ainda é ilegal, apesar de descriminalização do STF

Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

Fonte: noticiasaominuto

Centro gestor alerta para seca severa este ano na Amazônia

As chuvas, abaixo da média em grande parte da região, somadas às previsões de temperaturas acima da normalidade, já são motivo de preocupação para as autoridades com o período de estiagem na Amazônia em 2024. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) fez um alerta aos órgãos de defesa civil para necessidade de medidas preventivas e de assistência às populações afetadas.

De acordo com o analista do Censipam Flavio Altieri, os estudos apontam para uma seca muito semelhante à do ano passado na região. “A gente tem os efeitos do fenômeno El Niño que ainda interferem na região e mantêm o aquecimento do [oceano] Atlântico Norte e Sul que também interferem em pouca chuva na Amazônia.”

Nos últimos 12 meses até abril deste ano, o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico registrava déficit de 27% nos volumes de chuvas. Segundo o superintendente de Operações de Eventos Críticos, Alan Vaz Lopes, os níveis de água e a vazão dos rios da Amazônia, embora tenham grandes volumes, são muito sensíveis à falta de chuvas. “Um pequeno déficit de chuva em determinado momento provoca uma grande redução de níveis de água e de escoamento dos rios. É por isso que a gente vê rios enormes tendo uma redução muito rápida nos níveis de água.”

Para os especialistas, os efeitos mais imediatos da seca severa podem afetar de forma intensa a navegabilidade nos rios. “Principalmente as populações mais isoladas são afetadas, porque, com rios sem navegabilidade, passam a enfrentar dificuldade de locomoção para aquisição de material de consumo”, explica Altieri.

A economia da região também poderá sofrer problemas, diz o analista do Censipam. Somente nos rios Solimões, Amazonas, Madeira e Tapajós, há 4.695 quilômetros em extensão de hidrovias, pelas quais foram transportadas, no ano passado, 78,2 milhões de toneladas de cargas, somando 55% do que foi movimentado dentro do país desta forma. “No caso das hidrovias do Rio Madeira, quando atingem uma cota abaixo de 4 metros, já se interrompe a navegação noturna. Conforme vai baixando, pode chegar à interrupção completa. A mesma coisa acontece na Bacia do Tapajós”, alerta Altieri.

O abastecimento de energia do país é outro setor sensível, já que a região concentra 17 usinas hidrelétricas responsáveis por 23,6% do consumo no Sistema Interligado Nacional. Embora outras estruturas de geração possam suprir uma eventual interrupção, o remanejamento sempre causa algum impacto para o país.

A sazonalidade da seca na Amazônia ocorre em etapas desiguais na região. Portanto, os indicativos variam conforme o período de estiagem, que costuma atingir o ápice nos meses de setembro e novembro. De acordo com Altieri, nesses meses, a atenção é redobrada, mas atualmente, ainda não há indicativo para maiores preocupações com o abastecimento energético.

Maconha ainda é ilegal, apesar de descriminalização do STF

“A maior parte das hidrelétricas está nos rios da Bacia Araguaia-Tocantins e, apesar de o nível estar mais baixo do que no ano passado, os níveis ainda estão satisfatórios para geração de energia”, afirmou  Altieri.

Por outro lado, é necessário planejamento em termos de abastecimento de alimentos e água potável, já que a região tem 164 pontos de captação de águas superficiais que também podem ser afetados pela seca severa. “Como o rio é a via de acesso para a maioria das comunidades mais isoladas é interessante um planejamento para que mantimentos, como alimentos e água potável, possam ser transportados com antecedência e os impactos sejam menores para essas populações”, acrescentou.

Fonte: agencia brasil

Maconha ainda é ilegal, apesar de descriminalização do STF

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal marcou um importante avanço nas políticas sobre drogas no Brasil. No entanto, essa decisão não equivale à legalização da maconha, mantendo a substância ainda ilegal no país. Entenda as nuances e implicações dessa medida judicial.

Descriminalização X legalização

A descriminalização da maconha pelo STF representa um passo significativo, mas não deve ser confundida com a legalização da substância. A decisão do tribunal determina que o porte individual de até 40 gramas de maconha ou a posse de até seis plantas fêmeas para consumo pessoal deixem de ser considerados crimes. Contudo, o comércio e o uso público da droga permanecem proibidos.

Essa distinção é crucial para compreender a atual situação legal da maconha no Brasil. Descriminalização da maconha significa que portar a substância para uso pessoal não resultará em processo criminal, mas a maconha ainda é ilegal, e seu uso continua sujeito a punições administrativas.

Punições para quem porta maconha

Com a descriminalização da maconha, as pessoas flagradas com a substância não serão fichadas criminalmente, mas enfrentarão punições administrativas. As punições variam conforme a quantidade de maconha encontrada:

  • Até 40 gramas ou seis plantas fêmeas: Não haverá processo criminal, mas a pessoa pode ser submetida a medidas socioeducativas.
  • Mais de 40 gramas: A pessoa responderá por tráfico de drogas, com penas de cinco a 15 anos de prisão.

Medidas socioeducativas

As medidas socioeducativas previstas para quem é flagrado com porte de maconha até 40 gramas incluem advertência verbal e participação em cursos ou programas educativos sobre os malefícios das drogas. Estas são as principais formas de punição atualmente estabelecidas pela Constituição Federal.

Reflexões sobre a decisão do STF

A decisão do STF pela descriminalização da maconha reflete uma tendência global de reavaliação das políticas sobre drogas. Diversos países têm revisitado suas legislações para diferenciar entre uso pessoal e tráfico, reconhecendo que o encarceramento de usuários de pequenas quantidades de drogas não contribui efetivamente para a redução do consumo ou para a segurança pública. No Brasil, essa mudança de paradigma pode representar um alívio para o sistema penal, que sofre com a superlotação e a criminalização massiva de usuários.

Organizações da sociedade civil e grupos de defesa dos direitos humanos têm sido fundamentais na promoção da descriminalização da maconha. Esses grupos argumentam que a criminalização do uso pessoal perpetua a marginalização e estigmatização de indivíduos, além de contribuir para a violência e o tráfico de drogas. A decisão do STF é vista como uma vitória parcial por esses ativistas, que continuam a advogar pela legalização total e regulamentação do uso da maconha.

Perspectivas futuras

A descriminalização da maconha no Brasil pode abrir caminho para debates mais amplos sobre a legalização e regulamentação da substância. Experiências de outros países, como Uruguai e Canadá, que optaram pela legalização, podem servir de modelo para a formulação de políticas públicas que conciliem a redução de danos com a garantia de direitos individuais. Além disso, a regulamentação do mercado de maconha poderia gerar receitas significativas para o Estado e reduzir o poder das organizações criminosas.

Apesar do avanço representado pela descriminalização da maconha, a medida enfrenta desafios significativos. Há controvérsias sobre a quantidade estabelecida pelo STF (40 gramas ou seis plantas fêmeas), que alguns consideram excessiva, enquanto outros argumentam que ainda é insuficiente para distinguir claramente entre uso pessoal e tráfico. Além disso, a efetividade das medidas socioeducativas e a capacidade do sistema público de saúde em absorver um possível aumento na demanda por tratamento e educação sobre drogas são questões que precisam ser endereçadas.

Impacto social e jurídico

A decisão do STF tem grande impacto tanto no âmbito social quanto no jurídico. Embora não haja mais implicações criminais para o porte de pequenas quantidades de maconha, a substância continua sendo ilegal. Isso significa que, apesar da descriminalização, fumar maconha em público ou comercializá-la ainda constitui um delito.

Além disso, a decisão do STF só terá efeito prático após o encerramento do julgamento e a publicação do acórdão. Até lá, as medidas anunciadas permanecem em um limbo jurídico, aguardando a formalização completa.

A descriminalização da maconha pelo STF é um marco na política de drogas do Brasil, mas não deve ser interpretada como uma legalização da substância. A maconha ainda é ilegal e seu porte, embora não criminalizado, está sujeito a punições administrativas. Compreender essa diferença é essencial para navegar pelas novas diretrizes legais e sociais que moldam o uso e a posse da maconha no país.

Essa decisão abre portas para debates mais amplos sobre a descriminalização da maconha e possivelmente futuras discussões sobre sua legalização, mas, por enquanto, o cenário jurídico brasileiro permanece restritivo em relação à substância.

Captação de água potável muda a vida de 1,6 mil pessoas no Amazonas

O sistema de captação de água potável é uma solução essencial que está transformando a vida de 1,6 mil pessoas afetadas pela seca de 2023 no Amazonas. Esse projeto é uma iniciativa da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a Fundación Avina e a Coca-Cola Brasil, que visa fornecer água tratada diretamente nas torneiras das comunidades ribeirinhas, promovendo saúde e bem-estar. A seca severa causada pelas mudanças climáticas trouxe à tona a necessidade urgente de soluções sustentáveis para garantir o acesso à água potável em regiões remotas do Amazonas.

Impacto da seca de 2023

A seca de 2023 foi uma das mais severas que o Amazonas já enfrentou, afetando drasticamente as comunidades que dependem dos rios para suas necessidades diárias. O relato da professora Maria Ribeiro Lima, da comunidade Deus é Amor, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, destaca a gravidade da situação: “Nós tivemos uma seca que foi muito drástica e não tínhamos de onde tirar água. Eu me sinto muito feliz e honrada por ter esse projeto aqui”.

A falta de água potável levou muitos moradores a depender de soluções temporárias e insustentáveis, como a compra de água da capital, enfrentando grandes desafios logísticos.

O projeto Água+Acesso

Para enfrentar essa crise, o projeto Água+Acesso foi implementado pela FAS, com apoio da Fundación Avina e da Coca-Cola Brasil. Desde 2017, essa iniciativa já beneficiou cerca de seis mil pessoas em 35 comunidades do Amazonas, todas com modelos autossustentáveis de gestão comunitária da água. Em sua terceira incursão na RDS Piagaçu-Purus, o projeto expande significativamente o acesso à água, impactando diretamente 1.332 pessoas e indiretamente 273, em quatro comunidades: Deus é Amor, Paricatuba, Uxi e Cuianã.

O novo sistema de captação de água potável instalado nas comunidades inclui a construção de poços artesianos, estações de tratamento de água e a utilização de painéis fotovoltaicos para uma energia sustentável. A estação de tratamento utiliza um filtro de purificação feito de mineral zeolit, com capacidade de limpar até 5 metros cúbicos de água por hora, garantindo água de qualidade para todos. No total, a abordagem permitirá fornecer 56 milhões de litros de água potável por ano, distribuídos através de quatro sistemas instalados.

ara os moradores das comunidades beneficiadas, como a professora Maria Ribeiro Lima, o projeto representa uma mudança de vida. “Nós dependemos da água para tudo e o meio que nós tínhamos aqui era o lago e agora isso muda totalmente. Tivemos que comprar água da capital e a logística era muito complicada. Eu me sinto muito feliz e honrada por ter chegado esse projeto aqui”, afirma ela.

Outro morador, Elon Alves de Souza, de 38 anos, compartilha o impacto positivo: “É um momento muito gratificante para nós ter um poço aqui na comunidade com água de qualidade. Nossos filhos hoje terão consumo de uma água que vai trazer saúde para eles. Não teremos mais dificuldade de carregar água para consumir. Era um sonho da comunidade ter um poço desses, pois nunca tivemos algo tão organizado como esse projeto”.

Compromisso com o desenvolvimento sustentável

A tecnologia adotada no projeto faz uso de energia sustentável por meio de painéis fotovoltaicos, conectados a uma estação de tratamento de água eficiente. O uso de filtros de mineral zeolit é uma inovação que garante a purificação eficaz da água, proporcionando segurança e saúde às comunidades. A capacidade de fornecer 56 milhões de litros de água potável por ano é uma conquista significativa, que demonstra o potencial de soluções sustentáveis para problemas de acesso à água em regiões remotas.

Victor Bicca, diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil, enfatiza a importância do projeto para a empresa: “Nosso investimento em soluções sustentáveis, que se alinham às rotinas e às necessidades geográficas das populações ribeirinhas e das comunidades remotas, transforma suas vidas. Esse esforço reflete o compromisso da companhia com o Amazonas, visando reforçar o desenvolvimento regional e contribuir para a redução das desigualdades locais, especialmente nas áreas com difícil acesso”.

Valcléia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, reforça a relevância do projeto: “Garantir para as populações das comunidades acesso à água segura, especialmente nesse momento onde as secas dos rios se tornam uma realidade cada vez mais presente, certamente nos faz ter a convicção de estarmos minimizando o sofrimento daqueles que cuidam do nosso ecossistema”.

Expansão e futuro do projeto

O futuro do projeto é promissor, com planos de expandir o acesso à água potável para outras comunidades necessitadas. Antônio Robertino de Oliveira, da comunidade Cuianã, expressa seu desejo de ver o projeto crescer: “Estou muito feliz e espero que esse projeto se expanda para outras comunidades que necessitam”. A expansão contínua do projeto Água+Acesso demonstra um compromisso contínuo com a melhoria das condições de vida e a promoção da sustentabilidade nas regiões mais vulneráveis do Amazonas.

O sistema de captação de água potável implementado pelo projeto Água+Acesso é uma iniciativa vital que beneficia diretamente 1,6 mil pessoas no Amazonas, aliviando os efeitos devastadores da seca de 2023. Através de tecnologia sustentável e gestão comunitária, o projeto não só fornece água de qualidade, mas também promove saúde, bem-estar e dignidade para as comunidades ribeirinhas. Esta ação é um exemplo inspirador de como parcerias estratégicas podem transformar vidas e criar um futuro mais sustentável para todos.

Fonte: FAS

Sair da versão mobile