Exportações de ovos no Paraná atingem recorde histórico no primeiro semestre de 2024

O Paraná registrou um crescimento impressionante nas exportações de ovos e derivados no primeiro semestre de 2024, atingindo um patamar histórico nunca antes alcançado. Com um aumento de 48,2% no volume exportado em comparação ao mesmo período do ano anterior, o estado se consolida como um dos principais exportadores brasileiros desse segmento.

No primeiro semestre de 2024, o Paraná exportou 5.515 toneladas de ovos e derivados para 36 países, um salto significativo em relação às 3.721 toneladas exportadas no mesmo período de 2023. Esse aumento coloca o estado no centro das atenções, dado que até então o recorde havia sido registrado no ano anterior. O resultado extraordinário é fruto de um conjunto de fatores, incluindo a ampliação da capacidade produtiva, a abertura de novos mercados e a melhoria na qualidade dos produtos.

Além do crescimento no volume exportado, as receitas também acompanharam essa tendência positiva, registrando um aumento de 24,5%. O faturamento das exportações passou de US$ 18,7 milhões em 2023 para US$ 23,3 milhões em 2024, evidenciando não apenas o aumento da quantidade exportada, mas também a valorização dos produtos paranaenses no mercado internacional.

Os ovos e derivados paranaenses encontraram seu principal mercado no México, que se destacou como o maior importador do estado no primeiro semestre de 2024. Foram exportadas 2.302 toneladas para o país, gerando uma receita de US$ 10,1 milhões. Esse número representa uma parcela significativa do total exportado pelo Paraná e reflete a forte demanda mexicana por ovos férteis, destinados principalmente à incubação e reprodução.

Outros mercados importantes incluem países do continente africano, como Senegal e África do Sul, que juntos importaram mais de 2.000 toneladas de produtos paranaenses, com receitas superiores a US$ 9 milhões. O Paraguai e a Venezuela completam o top cinco dos maiores importadores, destacando-se como mercados estratégicos na América do Sul.

A diversificação dos mercados de destino foi um dos pilares para o sucesso das exportações de ovos do Paraná em 2024. Além dos grandes importadores, o estado também exportou para países de menor porte, como Chipre, no Oriente Médio, e Antígua e Barbuda, no Oceano Pacífico. Embora esses mercados representem volumes menores, sua inclusão na pauta exportadora demonstra a capacidade do Paraná de atender a uma ampla variedade de demandas internacionais, independentemente da escala.

Essa expansão para mercados menores também pode ser vista como uma estratégia de mitigação de riscos, garantindo que eventuais oscilações em grandes mercados não afetem de forma drástica o desempenho exportador do estado. A presença em diversos países também fortalece a posição do Paraná como um fornecedor confiável e diversificado no cenário global.

O sucesso das exportações de ovos no Paraná também está diretamente relacionado à infraestrutura logística do estado. A Alfândega de Foz do Iguaçu e o Porto de Paranaguá desempenham papéis cruciais como portas de saída para os produtos paranaenses. No primeiro semestre de 2024, a Alfândega de Foz do Iguaçu registrou a saída de 1.157 toneladas de ovos e derivados, gerando US$ 4,6 milhões em receitas. Já o Porto de Paranaguá foi responsável pela exportação de 55 toneladas, com receita de US$ 94 mil.

A infraestrutura eficiente, aliada à localização estratégica do Paraná, permite que o estado atenda com agilidade e eficiência tanto aos mercados regionais quanto aos internacionais. Isso é especialmente importante em um setor que exige rapidez na logística para garantir a frescura e a qualidade dos produtos.

No cenário nacional, o Paraná se firmou como o segundo maior exportador de ovos do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo. No primeiro semestre de 2024, São Paulo exportou 6.771 toneladas, gerando US$ 30 milhões em receita. No entanto, enquanto o Paraná registrou um crescimento de 48,2% em suas exportações, São Paulo enfrentou uma queda de 30,9% no volume exportado e de 24,6% no faturamento.

Outros estados do Sul, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina, também se destacaram no cenário nacional, embora com desempenhos variados. O Rio Grande do Sul registrou um crescimento de 35,9% em suas exportações, enquanto Santa Catarina enfrentou uma queda de 13,5%. Esses números evidenciam a competitividade e a dinâmica do mercado de ovos no Brasil, com o Paraná emergindo como um dos líderes nesse segmento.

Os itens que compõem o “complexo ovos” exportado pelo Paraná são diversos e atendem a diferentes nichos de mercado. O principal produto é o ovo fértil, destinado à incubação e produção de pintos (material genético), que representa 98% do total exportado. Além disso, o estado exporta ovos frescos com casca, ovos cozidos e secos, gemas frescas e cozidas, e ovoalbumina.

A demanda por ovos férteis é particularmente alta em mercados que estão em fase de expansão de suas cadeias produtivas avícolas, como o México e países africanos. Esses produtos são essenciais para o desenvolvimento de novas aves e, consequentemente, para a produção de carne e outros produtos derivados.

Apesar dos resultados expressivos, o setor de exportação de ovos no Paraná enfrenta desafios contínuos. A oscilação dos mercados internacionais, as barreiras comerciais e sanitárias, além da necessidade constante de inovação e melhoria na produção, são alguns dos obstáculos que precisam ser superados para manter o crescimento sustentável.

No entanto, as perspectivas para o futuro são positivas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta um crescimento na produção de ovos no Brasil, com potencial para aumentar a participação no mercado internacional. O Paraná, com sua infraestrutura robusta, capacidade produtiva e diversificação de mercados, está bem posicionado para capitalizar essas oportunidades e continuar crescendo no cenário global.

Paraná recebe R$ 3,4 bilhões em investimentos privados em 20 dias

O Estado do Paraná fecha a semana com R$ 3,4 bilhões a mais na contabilidade de investimentos privados. O resultado é fruto de anúncios feitos em um intervalo de 20 dias por quatro grandes conglomerados do Estado: os empreendimentos são as novas plantas da Ambev, Maltaria Campos Gerais e Unium, além de um investimento no setor de combustíveis da Liquipar Operações Portuárias.

“Essa proximidade com a iniciativa privada faz o Paraná crescer. Temos um ambiente que oferece segurança jurídica e tranquilidade política. Isso com certeza pesa na hora da escolha dos investidores pelo Paraná”, ressalta o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “São mais empregos, mais movimento na economia e mais qualidade de vida para os paranaenses”, complementa o governador.

O Estado cresceu cinco vezes mais que a média brasileira no primeiro trimestre de 2024, de acordo com o IBC-Br, do Banco Central.

AMBEV 

A nova fábrica de garrafas da Ambev em Carambeí recebeu a Pedra Fundamental nesta quinta-feira (13). A unidade, que já está em 80% de execução, tem investimento de R$ 870 milhões e faz parte do movimento de ampliar a oferta de cervejas premium no portfólio da empresa.

No caso da Ambev, o funcionamento da nova fábrica deve iniciar 2025 e marcará o Estado como o primeiro de todo o País com produção da empresa “do campo ao copo”, impactando toda a cadeia de produção do Estado e a economia local. A planta vai produzir garrafas a partir da reciclagem de cacos recolhidos, fruto de parcerias com empresas de logística reversa e cooperativas da região.

Serão produzidas na fábrica embalagens de diferentes formatos e cores, como long necks, 300 ml, 600 ml e 1 litro, com foco principal nos rótulos premium, como Spaten, Corona, Stella Artois e Original. A previsão é fabricar até 1,5 mil garrafas por minuto, chegando a 15 milhões por mês.

UNIUM 

No fim de maio, a Unium, que reúne as cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, anunciou que vai investir também nos Campos Gerais mais de R$ 450 milhões em uma nova fábrica de produtos lácteos em pó em Castro. A previsão é de que a unidade processe mais de 1 milhão de litros de leite para a produção de leite em pó por dia. O investimento atende ao aumento na produção dos cooperados do grupo, que cresce 10% ao ano.

Atualmente, o grupo Unium já conta com fábricas em Castro e Ponta Grossa, ambas com capacidades produtivas de cerca de 1,5 milhão de litros diários cada, além de uma unidade em Itapetininga, no interior de São Paulo, com capacidade de produção diária de 1,3 milhão de litros de leite.

MALTARIA 

Outro grande anúncio recente foi o início da operação da Maltaria Campos Gerais, localizada em Ponta Grossa, no começo de junho. A planta, fruto de um investimento de R$ 1,6 bilhão das cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola, foi inaugurada com a presença do governador Ratinho Junior e vai produzir 280 mil toneladas de malte por ano.

O empreendimento, que teve apoio do programa de incentivos Paraná Competitivo, deve gerar cerca de 130 empregos diretos e mais de 3 mil indiretos, além de ampliar a produção de cevada no Paraná, que já é o maior produtor nacional do grão. Com a inauguração da maltaria, quatro em cada dez cervejas feitas no País terão malte produzido no Paraná na sua composição.

LIQUIPAR 

Nesta semana, na terça-feira (11), a Liquipar Operações Portuárias, que arrematou no ano passado a área PAR 50 do Porto de Paranaguá, no Litoral, anunciou que vai investir R$ 572 milhões para triplicar a capacidade de escoamento de líquidos pelo terminal, especialmente de combustíveis.

O investimento é maior que o previsto inicialmente. Arrematada por R$ 1 milhão no leilão feito na Bolsa de Valores, a área deveria receber um montante mínimo de R$ 338,2 milhões em obras de ampliação da capacidade operacional. Ela tem cerca de 85 mil metros quadrados e capacidade atual de 70 mil metros cúbicos de armazenagem, devendo passar para 210 mil metros cúbicos.

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