O Sol, fonte inesgotável de energia para nosso sistema solar, tem estado particularmente agitado nos últimos dias. A atividade solar aumentou consideravelmente, com numerosas e intensas erupções solares. Especialistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) alertam que, até o fim desta semana, a Terra pode ser atingida por pequenas tempestades geomagnéticas de classe G1, que são consideradas moderadas em uma escala que vai de G1 a G5.
Essas tempestades geomagnéticas não representam uma ameaça significativa, mas são causadas pela perturbação do campo magnético da Terra devido a “chicotadas” de vento solar carregadas de plasma. Vamos explorar os detalhes desses eventos solares e seu impacto potencial.
O Ciclo Solar e as Explosões Solares
O Sol opera em um ciclo de atividade solar que dura cerca de 11 anos. Atualmente, estamos no Ciclo Solar 25, um período observado de perto pelos astrônomos. Durante o auge desses ciclos, o Sol apresenta manchas em sua superfície, que são concentrações de energia.
À medida que as linhas magnéticas do Sol se emaranham nas manchas solares, podem ocorrer explosões solares, também conhecidas como rajadas de vento. A NASA descreve essas rajadas como explosões massivas do Sol que lançam partículas carregadas de radiação em jatos de plasma, também chamados de “ejeção de massa coronal” (CME).
As explosões solares são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), com base na intensidade dos raios-X que emitem, indo de A, B, C, M a X, sendo cada nível 10 vezes mais intenso que o anterior.
Explosões Solares Consecutivas e sua Influência na Terra
Nos últimos dias, observamos erupções solares consecutivas, sendo que algumas delas atingiram a Terra nesta semana, com destaque para dois filamentos magnéticos que explodiram. Como resultado, esperam-se tempestades geomagnéticas de classe G1.
Essas tempestades podem causar oscilações leves em sistemas elétricos, impactos suaves em operações de satélites e até afetar o comportamento de animais migratórios. Além disso, há a possibilidade de ocorrência de auroras no extremo norte do globo e em áreas adjacentes.
Uma Mancha Solar Hiperativa
Uma mancha solar notável chamada AR3561 entrou em cena com grande destaque, registrando um surto de erupções entre segunda e quarta-feira. Surpreendentemente, essa mancha nem existia até domingo, mas à medida que acumula energia e explode, seu tamanho tem aumentado consideravelmente e ela se fundiu com outras manchas solares.
Agora, a AR3561 se transformou em um extenso grupo de manchas solares, abrangendo uma área de 100 mil quilômetros de largura, com mais de 20 núcleos escuros. Devido ao seu campo magnético de polaridade mista, esse grupo é propenso a erupções frequentes, o que nos mantém alertas para futuras explosões solares.
À medida que o Sol continua a mostrar uma atividade solar intensa, é importante acompanhar os desenvolvimentos e entender os potenciais impactos na Terra. As tempestades geomagnéticas de classe G1 previstas não representam uma ameaça significativa, mas demonstram a influência contínua do Sol em nosso planeta e sistemas tecnológicos. Estaremos atentos às atualizações sobre as atividades solares e seu impacto na Terra.