Onde investir R$ 1 mil: estratégias para rentabilidade e liquidez

Se você tem R$ 1 mil sobrando na sua conta e não sabe como investir, saiba que existem várias opções que podem transformar esse valor em um investimento rentável. Diversificar e escolher os ativos certos são passos importantes para maximizar seus ganhos.

Alexandre Dellamura, mestre em economia e head de conteúdo da Melver, sugere que, com R$ 1 mil, o ideal é dividir o valor para atender tanto à necessidade de liquidez quanto à busca por maior rentabilidade. Ele recomenda alocar 30% em Tesouro Selic (R$ 300) e 70% em Tesouro IPCA+2029 (R$ 700).

O Tesouro Selic é uma opção segura e com liquidez diária, o que permite acesso rápido ao dinheiro em casos de emergência. Já o Tesouro IPCA+2029 oferece uma taxa de rentabilidade atrativa, que combina a variação da inflação pelo IPCA com um percentual fixo, atualmente em 6,36% ao ano. Essa taxa elevada pode proporcionar ganhos significativos ao investidor.

Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico, sugere diferentes estratégias para investir R$ 1 mil conforme o horizonte de tempo:

  • Curto prazo (até 3 anos): CDB/Tesouro Selic, visando a formação de uma reserva de emergência.
  • Médio prazo (de 3 a 5 anos): LCI/LCA pós-fixado com vencimento em 2 anos, pagando acima de 92% do CDI, e Tesouro IPCA 2029.
  • Longo prazo (acima de 5 anos): Previdência multimercado com baixo custo ou Tesouro Renda+ com vencimento adequado à idade do investidor.

Carvalho explica que essas opções são ideais para diferentes necessidades. CDBs e Tesouro Selic são indicados para curto prazo devido à liquidez e segurança. No médio prazo, LCI e LCA oferecem boas rentabilidades sem incidência de imposto de renda para pessoas físicas, enquanto o Tesouro IPCA garante proteção contra a inflação. Para o longo prazo, a previdência multimercado e o Tesouro Renda+ são excelentes opções para planejamento de aposentadoria.

Para quem pode investir R$ 1 mil todos os meses, as possibilidades se ampliam. Dellamura sugere a construção de uma “ladder” (escada) com títulos de diferentes vencimentos, incluindo opções com pagamentos de cupom.

Confira a sugestão de alocação:

  • 20% em Tesouro Selic: Para manter uma reserva de emergência com liquidez.
  • 20% em Tesouro IPCA+ 2029: Aproveitando o prêmio mais elevado.
  • 20% em Tesouro IPCA+ 2035 com juros semestrais: Recebimento de cupom semestral.
  • 20% em Tesouro IPCA+ 2045: Aproveitando o prêmio elevado.
  • 20% em Tesouro IPCA+ 2055 com juros semestrais: Recebimento de cupom semestral.

Essa estratégia diversificada não apenas maximiza os rendimentos, mas também proporciona diferentes prazos de liquidez, adaptando-se a possíveis necessidades financeiras ao longo do tempo.

Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar e sócio-fundador da SuperRico, destaca a importância de estabelecer uma reserva de emergência antes de investir em ativos de maior risco ou longo prazo. Ele recomenda que a reserva financeira seja suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas mensais.

Para formar essa reserva, a prioridade deve ser a disponibilidade, mesmo que isso signifique sacrificar um pouco a rentabilidade. As opções recomendadas incluem CDBs de grandes bancos, CDBs que paguem 100% do CDI, Tesouro Selic e fundos de renda fixa. Esses ativos garantem que o investidor tenha acesso rápido ao dinheiro em caso de imprevistos.

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