Foto: Alisson Francisco
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com o apoio da Escola do Legislativo e demais parceiros promoveu nesta quarta-feira (3) o 2º Seminário Regional sobre Autismo na Serra Catarinense: Promovendo Inclusão e Conhecimento.
Voltado para troca de experiências, com foco na inclusão social, o evento reuniu cerca de três mil pessoas no Centro de Eventos de Lages, entre elas especialistas da área da saúde, educação e assistência social, além de autoridades interessadas em debater o tema.
O Seminário que faz parte do “Abril Azul”, mês dedicado à conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi aberto pelo deputado Lucas Neves (Podemos), proponente do evento. O parlamentar destacou que a iniciativa, busca promover o conhecimento, além de trabalhar as nuances, políticas públicas e desafios para a inclusão social do autista.
“Precisamos de conhecimento porque, por meio do conhecimento, vamos gerar compreensão e, através da compreensão, a gente promove o respeito e quando a gente respeita, a gente inclui”, avalia.
Presente no evento, a secretaria de Estado de Saúde, Carmen Zanotto destacou que a capacitação contribui pra o fortalecimento de políticas públicas com foco na inclusão das pessoas com autismo. “Estamos trabalhando a habilitação dos serviços junto às AMAS de Santa Catarina, nos mesmos moldes das Apaes. Multiplicamos o conhecimento das redes de saúde e educação”, frisou.
Para a presidente da Federação das Amas de Santa Catarina, Cátia Cristiane Purnhagen, o Seminário melhora a integração entre os profissionais que trabalham com a temática, que envolve além do bem estar do autista, a inclusão na escola e na sociedade.
“O espaço visa fomentar o diálogo entre professores, alunos e outros profissionais para aprimorar a educação e compreender melhor a realidade dos autistas. Aqui trocamos ideias e buscamos embasamento científico para os profissionais da saúde, da educação e, principalmente para os pais”.
Palestras
O neuropsicólogo, Carlo Schmidt, destacou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 70 milhões de pessoas no mundo tem TEA, sendo 2 milhões delas no Brasil. Segundo ele, o diagnóstico precoce e o tratamento são fundamentais para o desenvolvimento das crianças com autismo.
Segundo ele, uma taxa americana aponta que 1 em cada 36 crianças nascidas, tem autismo. Essas crianças vão para a escola, assim como as outras. “Dentro dessa realidade ainda encontramos muito profissionais da educação despreparados pra tratar essa realidade. Por isso, tenho investido na pesquisa para contribuir com as demandas que possam promover inclusão social aliada à qualidade de vida”.
Doutor em educação, Lucelmo Lacerda de Brito, autor de obras como “Transtorno do Espectro Autista: Uma Brevíssima Introdução” e “Crítica à Pseudociência em Educação Especial”, também reforçou a importância do diagnóstico.
“É fundamental que esse diagnóstico tenha um acompanhamento de especialista, como fonoaudiólogo, neuropsicólogo, entre outros profissionais que tenham conhecimento adequado sobre o autismo”, pontuou.
Parceiros
Realizado pelo Poder Legislativo, o evento contou com a parceria da Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac, CER II – Centro Especializado em Reabilitação, AMA Lages – Associação Amigos dos Autistas e Apae de Lages.