Foto Ilustrativa
Na sempre surpreendente jornada pela arqueologia, uma recente descoberta no leste da Alemanha veio à tona, trazendo à luz uma sepultura de 4.200 anos envolta em mistério e curiosidade.
Arqueólogos, durante escavações na região, desenterraram os restos de um homem com indícios de que ele foi enterrado com medidas preventivas, possivelmente para evitar que ele se erguesse novamente.
Esta descoberta intrigante oferece uma visão intrigante das crenças e práticas funerárias na Idade do Bronze e sugere a presença de lendas de “zumbis” muito antes do que se pensava.
A descoberta aconteceu no coração do leste da Alemanha, próximo à vila de Oppin, quando os arqueólogos desenterraram uma sepultura datada de 4.200 anos, contendo os restos mortais de um homem de meia-idade.
O que torna essa descoberta tão singular é a presença de uma laje de pedra colocada sobre as pernas do falecido. Essa laje, com cerca de um metro de comprimento, 50 centímetros de largura e 10 centímetros de espessura, levanta a possibilidade de que o indivíduo fosse considerado um risco de ressurreição, um “zumbi”, segundo interpretações modernas.
As histórias de zumbis e revenants (retornados) são mais comumente associadas à Europa medieval, mas a descoberta deste túmulo nos leva ainda mais longe, até a Idade do Bronze.
A presença de medidas preventivas como a laje de pedra sugere que essas crenças podem ter raízes muito mais profundas do que se pensava anteriormente. Na época medieval, as histórias de zumbis eram abundantes, com relatos de cadáveres ressuscitados saindo de seus túmulos para atormentar os vivos. Tanto que a literatura eternizou muitas histórias, que hoje encontramos nos livros clássicos.
A descoberta na Alemanha Oriental indica que essas crenças podem ter existido muito antes do período medieval, possivelmente remontando à pré-história.
Embora pouco se saiba sobre as crenças específicas das pessoas que viveram na Idade do Bronze, a descoberta deste túmulo sugere que lendas de zumbis e revenants eram conhecidas e temidas.
A prática de colocar uma pedra sobre o corpo do falecido pode ter sido uma tentativa de evitar que eles se levantassem novamente. Essa medida preventiva, juntamente com outras práticas funerárias, revela uma visão única das crenças sobre a vida após a morte na Europa antiga.
Os povos da cultura Bell Beaker, à qual o indivíduo enterrado no túmulo pertenceu, tinham costumes funerários distintos que refletiam sua crença na vida após a morte. Eles frequentemente enterravam seus mortos com uma variedade de bens funerários, demonstrando uma preocupação com o bem-estar dos falecidos no além.
A descoberta deste túmulo com medidas preventivas sugere que eles também estavam preocupados com a possibilidade de ressurreição dos mortos.
A descoberta da sepultura de 4.200 anos no leste da Alemanha abre uma janela para o passado distante e revela crenças e práticas funerárias antigas que ainda estão envoltas em mistério. A presença de medidas preventivas para evitar a ressurreição do morto levanta questões fascinantes sobre as crenças e temores das pessoas da Idade do Bronze.
Os arqueólogos continuam suas escavações na região, o que deve levar a novas descobertas, quem sabe até surpreendentes sobre as crenças ancestrais venham à tona.
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