Tesouro fabuloso encontrado nas profundezas de um estranho naufrágio antigo

O naufrágio de Antikythera foi descoberto em 1900 por mergulhadores gregos que se depararam com estátuas de mármore e outros artefatos impressionantes. Porém, o mais notável foi o mecanismo de Antikythera, recuperado em 1901, considerado um dos dispositivos de computação mais antigos do mundo. Esse mecanismo intrigante é uma calculadora mecânica complexa que surpreende pela sofisticação tecnológica para a época.

Na última segunda-feira, 1º de julho, a ESAG anunciou em um comunicado que arqueólogos mergulharam novamente no naufrágio de Antikythera, localizado no Mar Egeu, na costa da Grécia. A equipe, liderada pelo professor Lorenz E. Baumer, da Universidade de Genebra, encontrou cerca de 300 objetos, incluindo fragmentos de estátuas de mármore, peças do casco do navio e inúmeros cacos de cerâmica.

Além do naufrágio de Antikythera, os pesquisadores descobriram um segundo naufrágio a apenas 200 metros de distância, levando à especulação de que as duas embarcações poderiam estar viajando juntas. Este segundo naufrágio abre novas questões sobre as rotas comerciais e as cargas marítimas do século 1 a.C.

O professor Baumer, em entrevista à Fox News Digital, descreveu o Antikythera como “sem dúvida, um naufrágio único da antiguidade” e o mais rico navio comercial já descoberto no Mediterrâneo Oriental. Ele acredita que o estudo contínuo do naufrágio pode revelar muito sobre o mercado e as cargas marítimas durante o século 1 a.C. “Com as peças de madeira que encontramos, esperamos descobrir quando exatamente e talvez também onde foi construído”, disse Baumer.

A pesquisa subaquática no naufrágio de Antikythera é complexa devido à profundidade em que se encontra, entre 45 a 70 metros abaixo do nível do mar. Essa profundidade ajudou a preservar muitos dos artefatos, mas também apresenta desafios significativos para os mergulhadores e equipamentos de pesquisa. A equipe empregou mergulhadores profissionais e drones subaquáticos para explorar o local de forma mais eficaz.

Este ano, a equipe de Baumer encontrou uma parte estrutural do casco do navio, fornecendo informações cruciais sobre sua construção e estado de preservação. “Até este ano, muito pouco se sabia sobre o navio em si, principalmente a partir de algumas tábuas que o famoso pesquisador subaquático recuperou”, explicou Baumer. Esta descoberta pode oferecer novas informações sobre a posição do naufrágio no fundo do mar e suas dimensões.



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