11 objetos pessoais mais estranhos encontrados nas ruínas de Pompeia

Em 79 d.C., a erupção do Monte Vesúvio devastou a cidade romana de Pompeia, preservando-a sob uma camada espessa de cinzas e pedras. Este evento trágico, que ceifou a vida de milhares de pessoas, também congelou no tempo um retrato fascinante da vida cotidiana romana.

Nas escavações subsequentes, arqueólogos desenterraram uma variedade de objetos pessoais que oferecem um vislumbre íntimo e, às vezes, estranho, das vidas daqueles que viveram há quase dois mil anos.

Vamos conhecer alguns dos objetos pessoais mais curiosos encontrados nas ruínas de Pompeia, cada um contando uma história única e revelando detalhes surpreendentes sobre a vida na antiga cidade.

Esqueleto de um homem com um saco de moedas

Em uma das descobertas mais intrigantes, os arqueólogos encontraram o esqueleto de um homem segurando um saco de moedas de ouro e prata. Este achado sugere que, no momento da erupção, ele tentou salvar seus bens mais valiosos. As moedas indicam a importância do comércio e a riqueza pessoal que alguns habitantes de Pompeia possuíam.

Escravo com uma chave de ferro

Os restos mortais de um escravo foram encontrados com uma chave de ferro na mão, sugerindo que ele tinha responsabilidades significativas, possivelmente como guardião de uma propriedade ou de um cofre. Este objeto revela a complexa hierarquia social e os papéis específicos desempenhados pelos escravos na sociedade romana.

Braceletes de ouro

Vários braceletes de ouro foram desenterrados em Pompeia, alguns adornados com inscrições e pedras preciosas. Estes itens de luxo refletem a riqueza e o gosto sofisticado dos habitantes, bem como suas habilidades artísticas e tecnológicas avançadas na fabricação de joias.

Amuletos de proteção

Pequenos amuletos conhecidos como “bulla” foram encontrados, usados principalmente por crianças para proteção contra o mal. Estes objetos indicam as crenças supersticiosas e as práticas religiosas dos romanos, revelando a importância da espiritualidade e da proteção divina no dia a dia.

Instrumentos cirúrgicos

Um conjunto de instrumentos cirúrgicos foi descoberto, incluindo bisturis, pinças e sondas. Este achado impressionante demonstra o avanço da medicina romana e a existência de práticas cirúrgicas sofisticadas, indicando que Pompeia possuía médicos bem treinados e uma preocupação com a saúde.

Recipientes de cosméticos

Pequenos frascos e potes contendo restos de cosméticos foram encontrados, sugerindo que a aparência pessoal era de grande importância para os habitantes de Pompeia. Esses objetos oferecem insights sobre os padrões de beleza e as práticas de higiene na Roma antiga.

Jogo de dados e peças de tabuleiro

Os jogos eram uma parte importante do entretenimento romano, como evidenciado pela descoberta de dados e peças de tabuleiro. Esses itens mostram como os romanos passavam seu tempo livre e indicam um gosto compartilhado por jogos de azar e estratégia.

Máscara teatral

Uma máscara teatral foi encontrada em uma das casas de Pompeia, sugerindo que o teatro era uma forma popular de entretenimento. A presença dessa máscara destaca a rica vida cultural da cidade e o apreço pelos dramas e comédias encenados nos teatros locais.

Pão carbonizado

Um dos achados mais surpreendentes foi um pão carbonizado, ainda em sua forma original, encontrado em um forno. Este objeto fornece um vislumbre direto das práticas alimentares e da dieta dos romanos, bem como da rotina diária de uma casa pompeiana.

Lâmpadas a óleo decoradas

Lâmpadas a óleo, muitas vezes decoradas com cenas mitológicas ou figuras humanas, foram encontradas em várias casas. Estas lâmpadas não só iluminavam as noites romanas, mas também serviam como peças decorativas que refletiam o gosto estético e as crenças culturais da época.

Pedras de amolar

Pedras de amolar foram encontradas em várias residências, indicando a prática comum de manter as ferramentas e utensílios domésticos afiados. Esses objetos revelam aspectos práticos da vida cotidiana e a importância da manutenção de ferramentas para as atividades diárias.

Cada um desses objetos oferece uma janela para o passado, permitindo-nos entender melhor a vida em Pompeia antes da erupção catastrófica. A variedade e a natureza dos itens encontrados revelam a complexidade da sociedade romana, suas crenças, práticas diárias e preocupações. Os artefatos também destacam a tragédia pessoal e coletiva do evento, lembrando-nos da fragilidade da vida e do impacto duradouro de desastres naturais.

Os objetos pessoais encontrados nas ruínas de Pompeia são testemunhos tangíveis de uma civilização antiga, congelada no tempo por um desastre natural devastador. Estes achados não apenas aumentam nosso conhecimento sobre a vida romana, mas também nos conectam emocionalmente com as pessoas que viveram e pereceram naquela fatídica cidade.

Através desses objetos, podemos vislumbrar as esperanças, os medos e as aspirações dos antigos habitantes de Pompeia, lembrando-nos da natureza perene da humanidade e da contínua relevância da arqueologia em preservar e interpretar nosso passado coletivo.

Grande assentamento romano descoberto em Gebenstorf

Na pacífica paisagem suíça de Gebenstorf, no cantão de Aargau, uma descoberta arqueológica está agitando os alicerces da história. Arqueólogos recentemente desenterraram um grande assentamento romano, mergulhando profundamente nas camadas do passado para desvendar segredos enterrados há séculos. No entanto, esta emocionante descoberta é acompanhada por um desafio monumental: a necessidade de preservar este tesouro histórico antes que seja obscurecido pelo progresso moderno.

Junte-se a nós nesta jornada através das escavações em andamento, enquanto exploramos os mistérios do passado romano e os esforços para proteger sua herança para as gerações futuras.

A história por trás da descoberta desse assentamento romano remonta aos primórdios da civilização na Suíça. Conhecida como “Steinacher”, a área em Gebenstorf já era suspeita de abrigar vestígios da presença romana devido à sua proximidade com o acampamento legionário de Vindonissa. No entanto, o que os arqueólogos encontraram superou em muito as expectativas iniciais.

As escavações, que começaram no início deste mês, revelaram não apenas vestígios, mas um complexo significativo de edifícios romanos. Essas estruturas residenciais sugerem não apenas uma presença, mas uma comunidade romana estabelecida nesta região há séculos. A descoberta desencadeou uma corrida contra o tempo, já que a área está programada para uma remodelação moderna, o que significa que o relógio está correndo para preservar esse pedaço essencial da história.

O que torna essa descoberta ainda mais emocionante é o seu contexto histórico. Os registros históricos datam descobertas romanas na área até o século XVII, indicando uma presença contínua ao longo dos séculos. Além disso, escavações anteriores, realizadas entre 2017 e 2023, forneceram pistas sobre a extensão do assentamento, mas nada comparado ao que está sendo revelado agora.

Os edifícios residenciais descobertos se encaixam perfeitamente no padrão de planejamento urbano romano, conhecido como “leucam extra”, que separava as habitações civis dos acampamentos militares. Esta proximidade com o acampamento de Vindonissa sugere uma interação complexa entre os legionários romanos e a comunidade local, lançando luz sobre aspectos pouco conhecidos da vida romana na Suíça.

As escavações, planejadas em duas etapas, estão programadas para abranger um período de mais de um ano, até meados de 2025. A primeira fase, que ocorre de abril a novembro de 2024, está focada na área oeste do local. Esta fase inicial visa documentar e recuperar o máximo possível da arqueologia antes que a construção moderna comece.

No entanto, os desafios são significativos. Além da corrida contra o tempo imposta pelo desenvolvimento planejado, há a necessidade de garantir que as descobertas sejam adequadamente preservadas e documentadas. Isso envolve não apenas a recuperação de artefatos físicos, mas também o registro meticuloso de cada descoberta para futuras análises e estudos.

À medida que os arqueólogos escavam mais fundo em Gebenstorf, a magnitude da descoberta romana se torna cada vez mais evidente. O que começou como uma investigação relativamente rápida transformou-se em uma exploração em larga escala de um assentamento romano perdido no tempo. A importância histórica dessa descoberta não pode ser subestimada, e é essencial que os esforços para sua preservação sejam priorizados.

Enquanto o relógio continua a avançar, os arqueólogos enfrentam a corrida contra o tempo para documentar e proteger essa parte vital da história suíça. O assentamento romano em Gebenstorf é mais do que uma coleção de ruínas antigas; é um elo vivo com o passado, uma janela para uma era distante que moldou a paisagem cultural e arquitetônica da Suíça moderna. Com determinação e cuidado, podemos garantir que este tesouro histórico seja passado para as gerações futuras, preservando assim a rica tapeçaria da história romana na Suíça.

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