A literatura clássica é, com frequência, vista como o ápice da escrita, com obras que resistem ao teste do tempo e continuam a ser estudadas e admiradas por gerações. E são de fato, obras muito boas.
O que dizer de Dom Quixote, de Cervantes, ou Crime e Castigo, de Dostoiévski, ou Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Estas, entre dezenas de outras, são obras extraordinárias e eternas.
Entretanto, é importante a gente aqui no Jornal da Fronteira, que sempre destaca os clássicos, observar, também, os livros lançados nos últimos anos. Vamos considerar os últimos 50, 60 anos, inúmeras obras muito boas foram lançadas.
Em geral, autores dos anos 1960 em diante, ocasionalmente, nos surpreendem com diamantes da literatura.
A literatura contemporânea tem produzido uma abundância de obras que não apenas capturam o espírito do nosso tempo, mas também rivalizam em qualidade e profundidade com os clássicos.
Pensando nisto, selecionamos poucos livros da atualidade, apenas cinco, que merecem tanto reconhecimento quanto as grandes obras do passado. Vamos lá, estimados leitores.
O conto da aia
de Margaret Atwood
Lançado pela primeira vez em 1985, O conto da aia (The Handmaid’s Tale) de Margaret Atwood rapidamente se tornou um marco da literatura distópica.
A história foi ambientada em uma sociedade totalitária futurista chamada República de Gilead, e neste contexto, a autora explora temas complexos que afligem as personagens, como opressão, liberdade e resistência.
A narrativa é rica e profunda, explorando a psicologia das personagens e as dinâmicas de poder.
Margaret Atwood utiliza uma prosa precisa e poderosa, criando uma atmosfera claustrofóbica e aterrorizante que ressoa profundamente com os leitores.
A relevância do livro é evidenciada por sua adaptação bem-sucedida para a televisão, que apresentou os temas de Margaret Atwood para uma nova geração de espectadores.
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Cem anos de solidão
de Gabriel García Márquez
Um sucesso absoluto de crítica e de vendas, o monumental Cem anos de solidão paira entre os clássicos e os contemporâneos, embora tenha sido publicado em 1967.
A obra continua sendo uma essencial no cânone da literatura latino-americana, e é uma das maiores sul-americanas.
A narrativa mágica e épica do escritor colombiano Gabriel García Márquez sobre a família Buendía e a cidade fictícia de Macondo é um testemunho do realismo mágico.
A habilidade de García Márquez em mesclar o fantástico com o mundano cria uma experiência de leitura hipnotizante.
Sua escrita é lírica e envolvente, transportando os leitores para um mundo onde o impossível se torna possível.
Alguns críticos comparam Cem anos de solidão com obras épicas, como Os Miseráveis e Guerra e Paz, devido a sua ambição e escopo.
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A estrada
de Cormac McCarthy
Um livro publicado a partir dos anos 2000, que se destaca. Podemos citar A estrada (The Road), publicado em 2006.
Esta obra é um exemplo impressionante da habilidade do autor norte-americano Cormac McCarthy em criar uma narrativa poderosa e emocionalmente ressonante.
O livro segue um pai e seu filho enquanto viajam por uma América pós-apocalíptica devastada, com condições peculiares e desafiantes.
McCarthy emprega uma prosa minimalista e poética para capturar a desolação do cenário e a profundidade do vínculo entre os protagonistas.
A falta de nomes para os personagens principais enfatiza a universalidade de sua luta e a essência humana de sua jornada.
O livro A estrada ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção e foi adaptado para o cinema, destacando ainda mais seu impacto duradouro.
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As intermitências da morte
de José Saramago
José Saramago foi um dos escritores mais criativos do mundo, em termos de pensar uma história incrivelmente inusitada.
As intermitências da morte, publicada em 2005, será o clássico essencial do futuro. É uma obra fascinante do Prêmio Nobel, José Saramago.
A premissa do livro é tanto simples quanto profunda: um dia, as pessoas simplesmente param de morrer.
José Saramago explora as implicações sociais, políticas e pessoais dessa interrupção da morte com seu estilo característico de prosa densa e diálogos longos e sem pontuação tradicional.
O humor negro e a filosofia permeiam o texto, tornando-o uma leitura tanto reflexiva quanto divertida. O livro é uma meditação sobre a vida, a mortalidade e o significado da existência.
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O deus das pequenas coisas
de Arundhati Roy
O romance de estreia de Arundhati Roy, que ganhou o Booker Prize, é uma obra sem igual: O deus das pequenas coisas, publicado em 1997.
Ambientado na Índia, o livro narra a trágica história de uma família através de uma narrativa não linear.
A escrita de Roy é rica em detalhes sensoriais e profundamente lírica, capturando a beleza e a tristeza do ambiente e das vidas das personagens.
O uso de uma estrutura fragmentada permite ao leitor descobrir gradualmente as camadas da história, resultando em uma experiência de leitura envolvente e emocionalmente intensa.
O autor aborda temas de amor proibido, classes e as complexidades das relações familiares com uma sensibilidade única. Com certeza, uma obra essencial da literatura contemporânea.
Nesta lista que apresentamos, de cinco obras magníficas da literatura contemporânea, não estamos dizendo que outras são piores, nem que estes acima são melhores.
Cada leitor terá sua opinião e é bom que pense diferente, pois assim os livros lhe instigam a exercitar a arte de pensar.
A literatura contemporânea continua a produzir obras que desafiam, inspiram e emocionam os leitores, oferecendo novas perspectivas e explorando temas universais com frescor e originalidade.
Os cinco livros discutidos aqui: O conto da aia, Cem anos de solidão, A estrada, As intermitências da morte e O deus das pequenas coisas, são exemplos brilhantes de como a literatura atual pode ser tão impactante e duradoura quanto os clássicos.
Estes livros, assim como centenas de outros, lançados todos os anos, não só enriquecem o panorama literário, mas também nos lembram da contínua evolução e relevância da arte da escrita.
Seja você um amante da literatura clássica ou alguém em busca de novas leituras, essas obras contemporâneas são indispensáveis para qualquer biblioteca.
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