STF impõe medidas contra discriminação de gênero nas escolas

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que todas as escolas, tanto públicas quanto privadas, têm a obrigação de combater discriminações baseadas em gênero, identidade de gênero e orientação sexual. Este marco legal representa um avanço significativo na promoção da igualdade e na erradicação de práticas discriminatórias no ambiente escolar.

O Supremo Tribunal Federal decidiu que é dever das escolas combater qualquer forma de discriminação, incluindo bullying e discriminações machistas e homotransfóbicas. O relator do caso, ministro Edson Fachin, destacou que a erradicação de todas as formas de discriminação está entre os objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE). Ele enfatizou a necessidade de explicitamente incluir discriminações de gênero e orientação sexual nesse combate.

Obrigações das Escolas

Segundo o STF, o direito à educação deve assegurar o pluralismo de ideias e a promoção de um ambiente inclusivo. As escolas devem desenvolver projetos e ações para combater todas as formas de:

  • Negligência
  • Discriminação
  • Exploração
  • Violência
  • Crueldade
  • Opressão

Essas ações são essenciais para criar um ambiente escolar que respeite e valorize a diversidade, promovendo a inclusão de todos os estudantes, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.

O ministro Fachin ressaltou que o Estado brasileiro tem o dever constitucional de agir de forma positiva para concretizar políticas públicas que combatam discriminações. Essas políticas devem ter cunho repressivo e preventivo, além de caráter social e educativo, promovendo a igualdade de gênero e orientação sexual nas escolas.

Durante a discussão, o ministro Nunes Marques apresentou uma visão contrária, argumentando que as questões relativas à educação devem ser debatidas pelos Poderes Legislativo e Executivo. Apesar dessa posição, a decisão do STF prevaleceu, estabelecendo diretrizes claras para as escolas combaterem discriminações.

Os tribunais brasileiros entraram em recesso no dia 1º de julho, suspendendo os prazos processuais até o final do mês. Durante este período, apenas questões urgentes serão analisadas por magistrados de plantão. No STF, o plantão judicial será dividido entre o vice-presidente Edson Fachin, responsável até 16 de julho, e o presidente Luís Roberto Barroso, que assume de 17 a 31 de julho.

Apesar do recesso, alguns ministros do STF continuarão trabalhando em seus processos. Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça e Flávio Dino informaram que despacharão normalmente durante o período. Questões urgentes e pedidos de liminar nos processos sob relatoria dos demais ministros serão decididos por Fachin ou Barroso.

A decisão do STF de responsabilizar as escolas pelo combate à discriminação de gênero e orientação sexual tem implicações profundas para o sistema educacional brasileiro. A medida exige que as escolas implementem políticas e práticas inclusivas, proporcionando um ambiente seguro e respeitoso para todos os alunos. Além disso, a decisão reforça a necessidade de uma abordagem educativa que promova a igualdade e os direitos humanos.

Os educadores desempenham um papel crucial na implementação das diretrizes do STF. Eles são responsáveis por identificar e combater práticas discriminatórias, além de promover a inclusão em sala de aula. A formação contínua e o apoio institucional são essenciais para que os professores estejam preparados para enfrentar esses desafios e criar um ambiente escolar acolhedor.

Embora a decisão do STF represente um avanço significativo, sua implementação apresenta desafios. A resistência cultural e a falta de recursos em algumas escolas podem dificultar a aplicação eficaz das políticas inclusivas. No entanto, essa decisão também oferece uma oportunidade para transformar o sistema educacional, promovendo uma cultura de respeito e igualdade.

Governador anuncia pacote para educação com novas escolas, ampliações e placas solares

O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou, nesta segunda-feira (20), um pacote de investimentos de mais de R$ 228 milhões para ampliação, reforma e construção de escolas estaduais no Paraná. O objetivo das medidas é modernizar a estrutura física do ensino público do Estado, proporcionando um ensino ainda melhor e mais abrangente.

O anúncio, feito com o secretário de Educação Roni Miranda, contempla um investimento total de R$ 105 milhões em seis contratos de construção de novas escolas, outros R$ 20 milhões em obras de ampliação de oito instituições de ensino e a liberação de R$ 100 milhões pelo programa Escola Mais Bonita, que serão usados para reformas e reparos em mais de 1,2 mil colégios estaduais.

Além disso, o Governo do Estado avançou com o programa Escola Solar, que vai equipar escolas com usinas fotovoltaicas para geração de energia renovável, com investimento de R$ 3,4 milhões.

Curitiba, 20 de maio de 2024 – O governador Carlos Massa Ratinho Jr., anunciou, ao lado do secretário de Educação, Roni Miranda, novas melhorias para a educação no Paraná.

“Temos feito uma série de investimentos que foram fundamentais para colocar o Paraná no topo do ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), como a melhor educação do Brasil. Além dos cuidados na parte pedagógica, para ter um ensino de qualidade, cuidamos também da estrutura das escolas. Muitas unidades foram construídas nos anos 1960 e 1970 e precisaram de obras de modernização. Paralelamente, também identificamos a necessidade de construção de unidades para ampliar a oferta em determinadas regiões”, afirmou Ratinho Junior.

Estas medidas se somam a outras ações de qualificação na estrutura dos colégios estaduais, como a substituição das salas de aula de madeira por estruturas utilizando ecoconstrução e a instalação de 5 mil aparelhos de ar-condicionado nas escolas. “Isso se relaciona diretamente com a qualidade de ensino, com mais conforto para os estudantes, professores e funcionários, e com estruturas mais modernas, como laboratórios, cozinhas e bibliotecas para as unidades reformadas”, explicou o secretário de Educação, Roni Miranda.

OBRAS 

Entre as obras de reforma e construção de novas unidades, o pacote de investimentos abrange 14 escolas, sendo seis novos colégios e oito instituições que serão ampliadas.

Das unidades novas, três delas são escolas de ensino regular em Mandirituba, Palotina e Ponta Grossa. Outras três são colégios de ensino técnico em Colorado, Londrina e Ibiporã cujos projetos de construção estavam parados há anos e agora vão ser retomados. Ao todo, o investimento de R$ 105 milhões vai promover um aumento de 3.823 novas vagas na rede estadual. Serão construídas 72 novas salas de aula.

Outros R$ 20 milhões serão aplicados na ampliação de escolas de Curitiba, Quitandinha, Toledo e Pinhais. O investimento vai criar 18 salas de aulas e 25 outros ambientes escolares, além de permitir a ampliação de 1.152 novas vagas para estudantes.

ESCOLA MAIS BONITA 

O pacote também engloba a liberação de R$ 100 milhões feito a 1.232 colégios pelo programa Escola Mais Bonita, destinado a serviços ou reformas emergenciais das unidades, inclusive aquelas decorrentes de intempéries, adequação dos ambientes físicos e pequenos reparos e manutenção.

Os repasses foram feitos às escolas no final de abril, com cotas de variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil, dependendo do porte da instituição. Cada escola tem autonomia para usar o recurso da maneira que for mais conveniente, com as prioridades decididas pelos diretores, professores e comunidade escolar.

As intervenções incluem pinturas, reparos estruturais, melhorias nos espaços comuns, bibliotecas, laboratórios, quadras esportivas e pátios, além de serviços especializados de jardinagem e limpeza e adequações relacionadas à acessibilidade das unidades. “É um recurso que o diretor recebe lá na ponta. Ele pode usar para trocar piso, reformar um banheiro ou qualquer outra intervenção emergencial”, disse o Roni Miranda.

ESCOLA SOLAR 

Visando a autossuficiência energética e a diversificação na geração a partir de matrizes renováveis e limpas, o Governo do Estado também vem implementando o programa Escola Solar. A ação prevê a instalação de placas solares para a geração de energia em colégios estaduais. Com investimento de R$ 3,4 milhões, o Governo do Estado já concretizou a instalação de usinas fotovoltaicas em 20 instituições de ensino estaduais.

A energia gerada será suficiente para que as escolas supram suas necessidades, além de poder disponibilizar o excedente para a rede de distribuição, reduzindo as despesas das escolas em até R$ 15 mil mensais.

Fotos: Roberto Dziura Jr/AEN

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Com investimento de R$ 78 milhões, Fundepar entrega nova remessa de alimentos às escolas

O Governo do Paraná, por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), realiza nesta semana a entrega da segunda remessa da alimentação escolar de 2024. Serão distribuídos aproximadamente 4 milhões de quilos. São itens como açúcar, açúcar demerara, arroz polido, arroz parboilizado, alho em pasta, arroz orgânico, feijão carioca, feijão preto, macarrão, café, molho de tomate, biscoitos, cereal de milho, leite em pó, manteiga, composto lácteo, sal, tempero, canjiquinha, farinha de mandioca, farinha de milho, suco integral e óleo de milho.

O investimento nessa remessa é de R$ 78,3 milhões e conta com alimentos perecíveis e não-perecíveis, que serão utilizados no preparo das refeições servidas no intervalo ou almoço dentro do Mais Merenda, programa estadual instituído no segundo semestre de 2022 em toda a rede que garante três refeições por turno, acrescentando um lanche na entrada e outro na saída.

As escolas recebem cinco remessas de alimentos por ano para garantir uma alimentação saudável e de qualidade para os estudantes. Há também distribuições periódica de itens perecíveis, como carnes congeladas, pães, ovos, frutas e itens da agricultura familiar.

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Segundo Andrea Regina Burakoski da Cunha, da Coordenação de Logística e Monitoramento da Alimentação do Fundepar, os itens garantem o preparo de refeições do primeiro até o último dia de aula dos alunos. “100% das escolas estaduais são atendidas pelo programa”, afirmou.

Segundo a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona, a remessa de alimentos fornece uma alimentação equilibrada para os alunos do período regular, integral e do contraturno. “O Mais Merenda é um programa de destaque nacional, não só no Brasil, mas também em outros países. Isso porque contamos com três refeições por turno para os alunos. Na entrada, intervalo e saída”, comentou a diretora-presidente do Fundepar.

Os gêneros alimentícios não perecíveis – a chamada merenda seca – são entregues pelos fornecedores na unidade armazenadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os produtos são separados, pesados e acondicionados de acordo com o padrão de armazenagem e identificados por escolas, seguindo as guias de remessa emitidas pelo Fundepar, para então serem distribuídos. O controle de qualidade também tem a participação do Tecpar.

Professores participam de formação em educação étnica racial

A formação dos professores na Rede Municipal de Ensino de Dionísio Cerqueira é um processo contínuo e abrangente, fundamental para preparar os educadores a enfrentarem os desafios do ensino e promoverem uma educação de qualidade para os alunos.

Dentro desse contexto, uma das formações docentes oferecidas foi referente à Educação Étnica Racial: Teorias e Práticas para ser Racialmente e Culturalmente Alfabetizado, ministrada pelo professor Alain Baderha Kalema.

O principal objetivo dessa formação foi abordar questões relacionadas à diversidade étnico-racial e cultural, visando promover a igualdade, o respeito e a valorização da diversidade no ambiente escolar.

Durante o curso, os professores tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre as teorias e práticas relacionadas à educação étnico-racial, compreendendo a importância do desenvolvimento de uma consciência crítica em relação às questões raciais e culturais.

Além de explorar conceitos teóricos, a formação ofereceu estratégias e recursos pedagógicos que podem ser utilizados para promover a alfabetização racial e cultural dos alunos. Isso inclui atividades práticas e discussões em grupo, que visam preparar os educadores para lidar de forma adequada com a diversidade presente nas salas de aula, promovendo um ambiente inclusivo e respeitoso.

Através dessa formação os professores adquiriram conhecimentos para poder oferecer uma educação mais relevante e significativa para os estudantes.

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