Os enigmas de um monumento milenar inexplicados

Stonehenge, um dos monumentos mais emblemáticos da história, continua a intrigar cientistas e visitantes até os dias de hoje. Datado do período Neolítico, entre 3100 a.C. e 2075 a.C., esse círculo de pedras localizado em Amesbury, Inglaterra, guarda segredos que desafiam a compreensão humana. Embora muitos estudos e pesquisas tenham sido realizados, inúmeros mistérios permanecem sem explicação definitiva. Neste artigo, mergulharemos nas profundezas dos enigmas de Stonehenge, explorando suas origens, finalidades e curiosidades, em uma tentativa de desvendar os segredos que resistiram ao teste do tempo.

Stonehenge é considerado o maior e mais bem preservado vestígio do Neolítico, e sua construção levou cerca de dois mil anos. As grandes pedras foram trazidas de Marlborough Downs, a 32 quilômetros de distância, enquanto as menores podem ter vindo das Montanhas Preseli, em Gales, a aproximadamente 250 quilômetros de distância. No entanto, a maneira exata como essas enormes pedras foram transportadas continua sendo um mistério fascinante. Teriam os construtores aproveitado o deslizamento no inverno ou utilizado animais e homens para puxar as pedras? Essas questões permanecem em aberto e desafiam os arqueólogos a desvendarem os métodos empregados pelos antigos construtores.

Embora haja evidências de que Stonehenge era parte de um complexo maior de estruturas que foram gradualmente desaparecendo, a utilidade precisa desse monumento icônico ainda é incerta. Alguns pesquisadores especulam que Stonehenge foi originalmente concebido como um calendário solar, enquanto outros argumentam que seu propósito principal era servir como um cemitério cerimonial. Estudos arqueológicos recentes revelaram a presença de 56 covas contendo os corpos cremados de pelo menos 64 indivíduos do período Neolítico, sugerindo uma função funerária. Além disso, durante o solstício de verão, em 21 de junho, o sol nasce exatamente alinhado com a pedra principal de Stonehenge, o que indica uma possível associação com eventos astronômicos e a marcante compreensão que os antigos construtores possuíam da passagem do tempo.

Ao longo dos séculos, Stonehenge se tornou envolto em mitos e especulações. Embora seja frequentemente atribuída aos celtas ou ao lendário Mago Merlim, essas teorias não possuem base arqueológica sólida, pois os celtas só chegaram às ilhas britânicas no século V. O mesmo ocorre com a crença de que os druidas realizavam cultos no local, para a qual não há evidências concretas. Porém, no movimento neo-pagão contemporâneo, cerimônias são realizadas nas pedras como forma de conexão espiritual. Além disso, a ideia de que Stonehenge poderia ter servido como um campo de pouso para naves alienígenas e extraterrestres carece de qualquer comprovação científica.

Por fim, a magnitude de Stonehenge e sua importância histórica e cultural foram reconhecidas pela UNESCO, que concedeu o título de Patrimônio Mundial em 1986, juntamente com a região de Avebury e outras localidades vizinhas.

Embora muitos estudos tenham sido realizados ao longo dos anos, os mistérios de Stonehenge permanecem fascinantes e complexos. Essa maravilha da arqueologia continua a desafiar a compreensão humana, deixando-nos com perguntas sem resposta. Ao explorar as origens, finalidades e curiosidades desse monumento milenar, podemos apreciar a incrível engenhosidade dos povos do Neolítico e aprofundar nossa compreensão sobre os mistérios que Stonehenge guarda até hoje.

Arqueólogos tem primeiro contato com cidade submersa no mar da Alemanha

Conhecida como a “Atlântida do Mar do Norte,” a cidade de Rungholt, localizada na Alemanha, é uma das lendas mais fascinantes e enigmáticas do passado. Acredita-se que tenha desaparecido nas profundezas do mar após uma violenta tempestade em 1362. As histórias e mitos que cercam a cidade perdida tornam-na um enigma a ser desvendado pela arqueologia moderna. Recentemente, arqueólogos iniciaram a primeira exploração oficial de Rungholt, revelando detalhes incríveis sobre essa civilização submersa.

A Lenda de Rungholt

A história de Rungholt é repleta de lendas e mitos que a envolvem. Segundo uma das lendas mais conhecidas, a cidade afundou como punição pelo mau comportamento de seus habitantes. Os moradores teriam cometido atos pecaminosos, incluindo a embriaguez de um porco e a forçada administração dos últimos sacramentos a um padre. A lenda também sugere que, antes do Dia do Julgamento, a cidade submersa ressurgirá das profundezas, com a torre da igreja tocando novamente os sinos.

A Redescoberta de Rungholt

O desaparecimento de Rungholt não apenas alimentou histórias fantásticas, mas também deslocou a cidade aproximadamente 24 km a leste de sua localização original. Agora, a cidade submersa repousa a 16 km da costa alemã, em uma área constantemente inundada por lamaçais. O processo de localização e exploração da cidade perdida envolveu métodos de alta tecnologia, como indução eletromagnética e sísmica, conduzidos por pesquisadores da Universidade de Kiel, na Alemanha.

As Descobertas Surpreendentes

À medida que os arqueólogos começaram a explorar Rungholt, revelações surpreendentes surgiram. Entre as descobertas notáveis, destaca-se uma grande igreja, canais de drenagem e um porto com sofisticados aparatos para a época. A cidade possuía um sistema de portas de madeira impressionante, projetado para conter a maré. Rungholt, nesse aspecto, se destaca como o maior exemplar desse tipo encontrado na Europa da época.

A Vida em Rungholt

A vida em Rungholt parece ter sido marcada pelo luxo e prosperidade. Descobertas arqueológicas incluem cerâmica, joias de metal e armas originárias da Espanha e Flandres, indicando que a cidade mantinha relações comerciais bem-sucedidas. A dieta dos moradores era variada, incluindo frutos do mar, como camarões e ostras, aves aquáticas, ovos, ovelhas, gado e cereais.

Os habitantes de Rungholt construíram montes onde ergueram suas casas, uma estratégia para se protegerem das marés e das inundações. Essas estruturas demonstram a engenhosidade e a adaptabilidade dessa civilização em uma região tão desafiadora.

A redescoberta de Rungholt é um marco na arqueologia, revelando os segredos de uma cidade que há muito tempo estava escondida nas profundezas do Mar do Norte. As lendas que cercam Rungholt dão lugar a uma história real de uma civilização próspera, que deixou para trás evidências de sua riqueza, tecnologia e cultura. O ressurgimento de Rungholt das profundezas do mar nos lembra que a história da humanidade está repleta de surpresas e que ainda há muito a ser descoberto sob as águas misteriosas do nosso planeta. A cidade submersa de Rungholt permanecerá como um tesouro arqueológico e uma janela fascinante para o passado.

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