Objeto com tecnologia avançada feito há 2 mil anos deixa cientistas perplexos

O mundo da arqueologia é fantástico, especialmente quando se descobre relíquias da antiguidade que parecem ter sido trazidas de outro mundo ou feitas por uma civilização avançada.

Frequentemente nos deparamos com perguntas do tipo: como fizeram isto naquele tempo? E perguntas assim não parece ter uma resposta segura, mas suposições. No antigo Egito, por exemplo, existiam portas com dobradiças de pedra, que até hoje não se sabe com quais tipos de ferramentas foram feitas.

Mas de tudo isso, um objeto chama mais a atenção. Em uma reviravolta surpreendente para o mundo da arqueologia, essa descoberta revela um objeto que desafia a compreensão da tecnologia antiga.

Trata-se do Mecanismo de Anticítera, uma invenção de mais de 2.000 anos que continua a surpreender os especialistas com sua complexidade e sofisticação.

Os detalhes técnicos deste artefato enigmático são surpreendentes, causando debates acadêmicos e científicos. Seria este o primeiro computador do mundo?

O Mecanismo de Anticítera foi descoberto em 1901 nas profundezas do mar Egeu, perto da ilha grega de Anticítera. Inicialmente, causou uma certa dúvida se seria algo antigo. Na época, nem mesmo os aparatos tecnológicos vigentes podiam definir exatamente o que seria. O mecanismo foi estudado em 1902, apurando-se que era feito de várias rodas denteadas de diferentes tamanhos com dentes triangulares cortados de forma precisa. O artefato parecia um relógio, mas isto não seria possível, pois o relógio só havia sido inventado muito mais tarde. Depois de alguns anos, passou a ser descrito como o primeiro computador analógico do mundo.

Sua data apurada é de aproximadamente 100 a.C., ou seja, teria mais de 2 mil anos. O dispositivo chama a atenção por conter uma série de engrenagens de bronze intrincadamente entrelaçadas, que estariam supostamente alojadas em uma caixa de madeira.

De acordo com os estudiosos, o mecanismo era usado para prever posições astronômicas e eclipses para fins astrológicos. Ele também pode ter sido utilizado para rastrear os ciclos dos Jogos Olímpicos Antigos. Seu funcionamento baseia-se em uma complexa série de engrenagens, onde cada uma representa movimentos celestes, como os da lua e do sol.

Os pesquisadores acreditam que os usuários podiam girar uma manivela e observar a movimentação dos corpos celestes representados nas engrenagens.

O que mais impressiona no Mecanismo de Anticítera é sua sofisticação técnica. As engrenagens, com dentes finamente cortados e interligados, demonstram um nível de precisão que se acreditava não ser impossível para a época.

Estudos recentes revelaram que ele possui pelo menos 30 engrenagens, algumas com uma complexidade comparável à dos relógios mecânicos do século 18.

Recentemente, arqueólogos desenterraram um novo artefato nas proximidades do local original do Mecanismo de Anticítera. Este item, ainda sob estudo, parece ser uma parte complementar do mecanismo ou, possivelmente, um dispositivo similar. Embora os detalhes sejam escassos, a expectativa é que essa descoberta possa lançar luz sobre outras funcionalidades do Mecanismo ou sobre a tecnologia utilizada em sua construção.

A descoberta e o estudo contínuo do Mecanismo de Anticítera têm implicações significativas para a compreensão da história e da tecnologia antigas. Ele desafia a noção tradicional do desenvolvimento tecnológico, sugerindo que as civilizações antigas possuíam capacidades muito mais avançadas do que se pensava anteriormente. Além disso, levanta questões sobre a transmissão do conhecimento técnico na antiguidade e sobre as possíveis aplicações práticas dessa tecnologia em outros contextos.

O Mecanismo de Anticítera permanece como um testemunho impressionante da engenhosidade humana e um lembrete de que a história da tecnologia está repleta de mistérios.

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