Novo complexo rodoviário no litoral do Paraná promete melhorar acesso e logística na região

O litoral do Paraná, uma das regiões mais belas e economicamente importantes do estado, se prepara para receber um grande projeto de infraestrutura rodoviária. A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná (SEIL) publicou recentemente o edital do Estudo de Viabilidade Técnica, Socioeconômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) para o Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná, um empreendimento ambicioso que promete revolucionar o tráfego e a logística da região.

Com 151 quilômetros de novas rodovias planejadas, o projeto visa facilitar o acesso aos portos, melhorar a mobilidade urbana e fortalecer a integração com as rodovias de Santa Catarina e São Paulo.

Um EVTEA-J é um estudo abrangente que analisa múltiplos aspectos antes da execução de um grande projeto de infraestrutura. Ele avalia a viabilidade de um empreendimento não apenas sob a ótica técnica, mas também considerando impactos socioeconômicos, ambientais e jurídicos.

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No caso do Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná, o estudo abrangerá três trechos distintos e tem como objetivo principal criar novas alternativas para o tráfego de veículos, aliviar o congestionamento nas estradas atuais e impulsionar a economia local.

O investimento estimado para a realização do EVTEA-J é de R$ 4.162.625,03, e o prazo para a execução do estudo, após a assinatura do contrato, é de 15 meses. As propostas para a realização do estudo serão recebidas no portal de compras do governo federal, Compras.gov, com a abertura das propostas prevista para o dia 9 de dezembro. Este é o primeiro passo de um projeto que promete trazer benefícios duradouros para a região.

O Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná foi planejado para atender a três segmentos principais, visando melhorar o acesso às principais rodovias e portos da região:

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  1. Trecho 1: Segmento Norte
    Este trecho conecta a BR-277 (Marta) à BR-116 (Alpino) e terá 55 quilômetros de extensão. Além disso, está prevista a construção de um novo acesso ao Porto de Antonina, com 10 quilômetros adicionais. Esta parte do projeto é crucial para melhorar a logística portuária, reduzindo o tempo de deslocamento e facilitando o escoamento de produtos.
  2. Trecho 2: Segmento Sul
    O segmento sul conectará a BR-277 (Marta) à BR-376, na divisa com o estado de Santa Catarina, com 62 quilômetros de extensão. Essa nova rota facilitará o tráfego entre os dois estados, beneficiando especialmente o setor turístico e industrial, que depende de boas condições viárias para o transporte de mercadorias e turistas.
  3. Trecho 3: Conexão com a PR-508
    Este último trecho conectará o segmento 2 à PR-508, contornando a parte norte da Baía de Guaratuba. Serão 24 quilômetros de novas vias, que ajudarão a desafogar o tráfego nas rodovias litorâneas, especialmente em períodos de alta temporada.

Impactos e benefícios do complexo rodoviário

A construção do Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná trará uma série de benefícios significativos para a região, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Entre os principais impactos positivos do projeto, destacam-se:

  • Melhoria do acesso aos portos
    Os portos de Antonina e Paranaguá são fundamentais para a economia do Paraná, sendo responsáveis por grande parte do escoamento de produtos agrícolas e industriais. Com a nova estrutura rodoviária, o acesso a esses portos será otimizado, reduzindo os custos logísticos e agilizando o transporte de mercadorias.
  • Desafogamento do tráfego rodoviário
    Durante a alta temporada, as rodovias do litoral paranaense ficam sobrecarregadas, o que gera longos congestionamentos. O novo complexo rodoviário proporcionará alternativas para o deslocamento, aliviando o tráfego nas vias atuais e garantindo mais fluidez para os motoristas.
  • Desenvolvimento sustentável
    O projeto será guiado pelo princípio do desenvolvimento sustentável, levando em consideração os impactos ambientais e a opinião da população local. De acordo com o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o estudo irá ouvir diferentes setores da sociedade, como ambientalistas, produtores rurais e usuários das rodovias, para garantir que as melhores alternativas sejam escolhidas, sempre com foco na sustentabilidade.

A SEIL será responsável por fiscalizar todos os trabalhos relacionados ao estudo e à execução do contrato. O acompanhamento de perto garantirá que todas as etapas do EVTEA-J sejam conduzidas de acordo com os critérios estabelecidos em edital, respeitando os prazos e assegurando que o projeto avance de maneira eficiente.

Sandro Alex, secretário de Infraestrutura e Logística, destacou que o novo complexo rodoviário terá um papel fundamental no desenvolvimento da região. Segundo ele, “o EVTEA-J do Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná será a base para melhorar a infraestrutura viária da região, proporcionando mais segurança e eficiência para o transporte de cargas e passageiros, além de promover o desenvolvimento econômico de forma sustentável.”

A malha rodoviária do litoral do Paraná é composta por várias rodovias estaduais e federais, como a BR-277, BR-376 e PR-508. Nos últimos anos, essas vias enfrentaram grandes desafios, principalmente durante o período de chuvas, quando bloqueios nas estradas praticamente isolaram o litoral do restante do estado. Com o Complexo Rodoviário, essas situações serão evitadas, já que o projeto criará novas rotas e melhorará a integração entre as rodovias existentes.

Além disso, a nova infraestrutura viária permitirá uma melhor interligação entre os municípios do litoral, facilitando o acesso dos moradores e turistas, especialmente em cidades que dependem do turismo como principal fonte de renda. Com mais alternativas de deslocamento, será possível atender a demanda crescente por melhorias no trânsito e no transporte de cargas.

O estudo de viabilidade do Complexo Rodoviário será dividido em duas fases: a preliminar e a executiva. Na fase preliminar, serão realizados estudos ambientais, de tráfego, geológicos, socioeconômicos e de traçado, que servirão como base para as decisões posteriores. Já na fase executiva, serão realizadas análises mais detalhadas, como o cálculo dos custos e benefícios do projeto, a comparação entre esses fatores e a análise de sensibilidade e custo-benefício.

Essas etapas garantirão que o projeto seja executado de forma eficiente, minimizando os impactos ambientais e maximizando os benefícios socioeconômicos para a região.