Nasa revela mapa detalhado de dióxido de carbono na atmosfera terrestre

No dia 23 de julho, a Nasa divulgou imagens impressionantes que mostram uma densa nuvem de dióxido de carbono (CO2) se movendo pela atmosfera da Terra. Estas imagens, produzidas pelo Scientific Visualization Studio da Nasa, utilizam um modelo meteorológico de alta resolução baseado em dados coletados entre janeiro e março de 2020. As principais fontes de CO2 identificadas incluem usinas elétricas, incêndios e grandes aglomerados urbanos.

O mapa dinâmico criado pela Nasa oferece uma visualização detalhada de como o dióxido de carbono se dispersa pela atmosfera terrestre. Este modelo meteorológico de alta resolução combina dados de satélites para proporcionar uma visão abrangente das emissões globais de CO2. Segundo Lesley Ott, cientista climática no Goddard Space Flight Center da Nasa, “como formuladores de políticas públicas e cientistas, estamos tentando contabilizar de onde vem o carbono e como isso impacta o planeta”.

A visualização destaca a interconexão dos padrões climáticos e como diferentes regiões contribuem para a poluição atmosférica.

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Imagem mapa dinâmico da Nasa 

As imagens revelam que as principais fontes de emissões de CO2 variam significativamente entre diferentes regiões do mundo. Na China, Estados Unidos e Sul da Ásia, as principais fontes são usinas de energia, indústria e veículos (carros e caminhões). Essas regiões são densamente povoadas e altamente industrializadas, contribuindo significativamente para as emissões globais de carbono.

Em contrapartida, na África e na América do Sul, as emissões de CO2 são predominantemente resultantes de incêndios relacionados ao manejo do solo, queimadas controladas na agricultura, desmatamento e queima de petróleo e carvão. Esses incêndios são frequentemente utilizados como práticas agrícolas tradicionais, mas têm um impacto significativo na quantidade de CO2 liberada na atmosfera.

AJ Christensen, designer de visualização de dados senior no Goddard Space Flight Center, destacou a importância de uma visualização clara e precisa dos dados de emissões. “Não queríamos que as pessoas tivessem a impressão de que não havia dióxido de carbono nas regiões mais esparsas,” explicou Christensen.

“Mas também queríamos realmente destacar as regiões densas, porque essa é a característica interessante dos dados. Estávamos tentando mostrar que há muita densidade sobre Nova York e Pequim”. Esta abordagem ajuda a transmitir a gravidade das emissões em áreas urbanas densamente povoadas.

O dióxido de carbono é um gás presente naturalmente na atmosfera terrestre, mas suas concentrações aumentam significativamente devido à queima de combustíveis fósseis e biomassa. O CO2 é a principal causa do aumento das temperaturas globais, contribuindo para o efeito estufa e as mudanças climáticas. Quando acumulado em grandes quantidades, o dióxido de carbono retém o calor na atmosfera, resultando em elevações de temperatura e impactos climáticos adversos.

As mudanças climáticas resultantes do aumento das concentrações de CO2 na atmosfera têm efeitos profundos em todo o planeta. Segundo pesquisadores do Goddard Institute for Space Studies (GISS) da Nasa, 2023 foi o ano mais quente já registrado. O aumento das temperaturas globais está associado a uma série de fenômenos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, secas, tempestades intensas e aumento do nível do mar.

Esses impactos são amplamente sentidos em várias partes do mundo, afetando ecossistemas, biodiversidade, segurança alimentar e comunidades humanas. O aumento das temperaturas pode levar a uma maior frequência e intensidade de desastres naturais, colocando em risco a vida e o sustento de milhões de pessoas.

Diante dos desafios apresentados pelas mudanças climáticas, é crucial implementar medidas eficazes para reduzir as emissões de dióxido de carbono. Isso inclui a transição para fontes de energia renovável, como solar e eólica, a promoção de práticas agrícolas sustentáveis e a implementação de políticas de conservação florestal.

Além disso, iniciativas de reflorestamento e restauração de ecossistemas podem ajudar a sequestrar carbono da atmosfera, mitigando os efeitos das emissões de CO2. A adoção de tecnologias de captura e armazenamento de carbono também é uma abordagem promissora para reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera.

A formulação de políticas públicas baseadas em evidências científicas é essencial para enfrentar a crise climática. As imagens e dados fornecidos pela Nasa desempenham um papel crucial na conscientização sobre as fontes de emissões de CO2 e seus impactos. Cientistas, formuladores de políticas e a sociedade civil devem colaborar para desenvolver e implementar estratégias eficazes de mitigação e adaptação.

Investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas, além de promover a educação ambiental, são passos importantes para construir um futuro mais sustentável. A cooperação internacional também é fundamental, pois as mudanças climáticas são um desafio global que requer soluções colaborativas.

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