Os livros são uma fonte inesgotável de conhecimento e sabedoria, transmitindo ideias e informações através do tempo e do espaço. A história dos Livros Sibilinos, segundo a lenda, é um exemplo disso.
Em tempos antigos, uma mulher ofereceu aos moradores de uma cidade 12 livros contendo todo o conhecimento e sabedoria do mundo. No entanto, os moradores recusaram a oferta, achando o preço demasiado alto. A mulher queimou metade dos livros e ofereceu os restantes pelo dobro do preço, mas novamente foi recusada. Ela continuou queimando livros e aumentando o preço até que restasse apenas um livro, que os moradores finalmente compraram. Essa história mostra o valor dos livros como fonte de conhecimento e sabedoria.
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Liberdade da leitura
A liberdade de ler é um direito fundamental que muitas vezes é ameaçado por governos e líderes autonomeados que desejam controlar o conhecimento e limitar o pensamento dos cidadãos. A proibição de livros é uma prática que remonta a séculos atrás, mas que ainda persiste em nossa sociedade atual.
A Semana dos Livros Proibidos, um evento anual que celebra a liberdade da leitura, foi lançada nos Estados Unidos em 1982 em resposta ao aumento dos questionamentos sobre determinados livros nas escolas, bibliotecas e livrarias. Este evento é uma oportunidade para lembrar a importância da liberdade de expressão e do acesso à informação.
A proibição de livros é uma prática que costumava ser muito mais simples no passado, quando a maioria da população não sabia ler e os livros não eram facilmente disponíveis. A Igreja Católica, por exemplo, por muito tempo dissuadiu as pessoas de terem suas próprias cópias da Bíblia, aprovando apenas uma tradução em latim que poucas pessoas comuns conseguiam ler.
Mesmo quando as taxas de alfabetização aumentaram, os livros continuaram sendo caros, especialmente as obras literárias de ponta, cujas palavras e ideias eram mais duradouras e potencialmente mais poderosas. Somente nos anos 1930, com as editoras Albatross Books e Penguin Books, é que o novo público que ansiava por livros acessíveis de qualidade teve seu apetite satisfeito.
A proibição de livros passou a assumir nova forma, com os censores tentando acompanhar desesperadamente a proliferação de novos títulos que abriam os leitores para novas e perturbadoras ideias. É importante lembrar que a proibição de livros limita a liberdade de expressão e impede o acesso à informação, o que pode ter consequências negativas para a sociedade como um todo.
A liberdade de ler é fundamental para a democracia e para a formação de cidadãos críticos e informados. É preciso continuar lutando pela liberdade da leitura e pelo acesso à informação, para garantir que todos tenham a oportunidade de expandir seus horizontes e aprender sobre o mundo que os rodeia.
A “corrupção das mentes”
A proibição de livros é uma prática que não se limita a países com governos autoritários. Embora a justificativa seja sempre a proteção do cidadão comum, muitas vezes é uma tentativa de impedir mudanças sociais e controlar a forma como as pessoas pensam.
Na China, por exemplo, livros que não estejam alinhados com os valores centrais socialistas do país são proibidos nas escolas. Essa é uma justificativa flexível que pode ser aplicada a qualquer livro que as autoridades desaprovem, mesmo que os alunos não estejam interessados neles.
Na Rússia, a proibição de livros sempre foi uma atividade notadamente pública, considerando a quantidade de grandes escritores que o país exportou para o restante do mundo. Durante a era soviética, o governo tentou exercer o máximo de controle possível sobre os hábitos de leitura dos seus cidadãos.
O escritor russo Boris Pasternak, por exemplo, foi obrigado a recusar o Prêmio Nobel de Literatura pelo seu romance “Doutor Jivago”, que havia sido publicado na Itália. O governo repudiava o livro não só pelo que ele deixou de incluir, mas também pelo que havia nele: enfoques religiosos e celebração do valor do indivíduo.
A proibição de livros na URSS levou ao desenvolvimento da literatura samizdat (autopublicada), pela qual a obra do poeta russo Osip Mandelstam foi preservada. O escritor dissidente Vladimir Bukovsky resumiu a samizdat como “Eu mesmo escrevo, edito, censuro, publico, distribuo e cumpro a pena de prisão”.
No Reino Unido, a proibição de livros muitas vezes tem sido uma ferramenta contra a percepção de obscenidade sexual, uma tentativa de usar a força bruta da lei para impedir mudanças sociais. Muitos escritores viram sua reputação melhorar graças às leis britânicas sobre a obscenidade.
James Joyce teve essa percepção ao afirmar, enquanto escrevia seu livro Ulysses, que “apesar da polícia, gostaria de incluir tudo no meu romance”. Ulysses foi proibido no Reino Unido entre 1922 e 1936, embora o censor responsável pela proibição tivesse lido apenas 42 das 732 páginas da obra.
O poeta e romancista D. H. Lawrence foi um caso especial. Suas obras, que frequentemente continham atos sexuais que Lawrence observava com reverência espiritual, foram o alvo de uma campanha da procuradoria pública britânica por anos. Seu romance “O Arco-Íris” foi queimado, sua correspondência foi interceptada para apreender sua coletânea de poemas “Amores-perfeitos”, e houve uma batida policial em uma exposição da sua arte.
No entanto, a proibição de livros nunca é eficaz em longo prazo, pois é uma tentativa de controlar a forma como as pessoas pensam e impedir mudanças sociais. Mesmo que os governos tentem exercer o máximo de controle possível sobre os hábitos de leitura de seus cidadãos, sempre haverá pessoas que desafiam essas restrições e lutam para preservar a liberdade de expressão.
Manter as ideias vivas
A censura literária é um fenômeno que ocorre em todo o mundo, mas nos Estados Unidos ela é particularmente comum. Livros são proibidos em escolas e bibliotecas por uma variedade de razões, desde conteúdo sexual até linguagem obscena e ideias políticas controversas.
Embora a censura literária seja uma ameaça constante, muitos defensores da liberdade de expressão argumentam que é importante manter as ideias vivas. Isso significa que é fundamental lutar contra a censura e garantir que os livros possam ser lidos e discutidos livremente.
Nos Estados Unidos, a censura literária é particularmente comum em escolas, onde as diretorias muitas vezes têm influência sobre o que é permitido ou não nas bibliotecas. Em muitos casos, os livros são proibidos por causa de seu conteúdo sexual, com muitos livros LGBTQIA+ sendo particularmente visados.
No entanto, a censura literária não se limita a livros com conteúdo sexual. Muitos livros são proibidos por causa de suas ideias políticas ou religiosas, com livros antiamericanos, anticristãos e antissemíticos sendo particularmente visados.
Embora a censura literária seja uma ameaça constante, muitos defensores da liberdade de expressão argumentam que é importante manter as ideias vivas. Isso significa que é fundamental lutar contra a censura e garantir que os livros possam ser lidos e discutidos livremente.
Uma das maneiras pelas quais os defensores da liberdade de expressão lutam contra a censura é através da Semana dos Livros Proibidos. Esta semana é uma oportunidade para destacar os livros que foram proibidos e discutir a importância da liberdade de expressão.
Além disso, muitas livrarias nos Estados Unidos mantêm mesas de livros proibidos e têm categorias separadas para eles em seus websites. Isso ajuda a garantir que os livros proibidos possam ser encontrados e lidos por aqueles que desejam fazê-lo.
Embora a censura literária seja uma ameaça constante, é importante lembrar que a luta contra ela é vital para manter as ideias vivas. Através da Semana dos Livros Proibidos e outras iniciativas, é possível garantir que os livros possam ser lidos e discutidos livremente, ajudando a promover a liberdade de expressão e a diversidade de ideias.
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