O governo federal está considerando a realização de uma segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido popularmente como “Enem dos Concursos”, para o ano de 2025. A primeira edição deste novo modelo de seleção pública ocorrerá neste domingo, 17 de agosto de 2024, e já mobilizou mais de dois milhões de candidatos em todo o país.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, declarou na última quinta-feira, 15 de agosto, que o sucesso desta primeira edição poderá determinar a continuidade do projeto nos próximos anos.
Durante uma entrevista ao programa “Bom dia, Ministra”, Esther Dweck revelou que o governo está analisando a possibilidade de uma nova edição do CPNU já para 2025. Segundo a ministra, a decisão final ainda não foi tomada, mas a intenção é clara. “A gente tem muita vontade de realizar um novo Enem dos Concursos. A nossa ideia seria no ano que vem, mas a gente ainda não tem essa decisão. Vamos fazer o balanço e, no segundo semestre, tomar essa decisão para até o início do ano que vem”, explicou Dweck.
Caso o governo decida por realizar a nova edição, o edital deverá ser publicado até março de 2025, com as provas ocorrendo em agosto do mesmo ano. A escolha de agosto para as provas se baseia em estudos que indicam ser este o mês com condições climáticas mais favoráveis em todo o território nacional. “Descobrimos que agosto, para o Brasil inteiro, é o melhor mês em questão hidrológica [de chuvas]. Então, para ser realizado em agosto, o edital precisa ser publicado até março de 2025”, pontuou a ministra.
Se confirmada a nova edição do CPNU, a previsão é de que sejam ofertadas cerca de 7 mil vagas, seja para preenchimento direto ou para a formação de cadastro de reserva. Este número inclui tanto vagas do próprio Concurso Público Nacional Unificado quanto de outros concursos realizados por diferentes órgãos do governo. “Se tudo for confirmado como a gente imagina, a gente tem mais uma expectativa de 7 mil vagas, que podem ser tanto para chamar justamente o cadastro de reserva do Concurso Nacional Unificado ou outros canais de reserva de concursos que estão sendo realizados”, detalhou Dweck.
O CPNU representa uma mudança significativa no modelo de seleção para cargos públicos, centralizando e unificando o processo seletivo para diversas áreas do governo federal. A primeira edição, que será realizada neste domingo, servirá como um importante teste para o formato, permitindo ao governo avaliar a viabilidade de continuar com o projeto em 2025 e nos anos seguintes.
Enquanto a possibilidade de uma nova edição do CPNU é analisada, os preparativos para as provas deste ano já estão a todo vapor. Mais de duas milhões de pessoas devem prestar o exame neste domingo, 17 de agosto, em diversos locais espalhados pelo Brasil. Entretanto, a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul provocou a desistência de mais de 30 mil candidatos, que não se sentiram em condições de participar do certame devido às dificuldades impostas pelo desastre natural.
O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) reforçou a importância de os candidatos estarem atentos às regras para o dia da prova. Todos os participantes devem levar o documento de identidade original com foto, já que cópias, mesmo autenticadas, não serão aceitas. Embora o cartão de confirmação não seja obrigatório, ele é recomendado para facilitar a localização da sala, mas não pode ser usado para anotações ou ficar sobre a mesa durante a prova.
Outro ponto importante é a obrigatoriedade de levar caneta preta de material transparente. Não será permitido pedir canetas emprestadas durante a prova, por isso, recomenda-se que os candidatos levem canetas reservas. Itens como relógios, óculos escuros, chapéus e aparelhos eletrônicos, incluindo celulares, devem ser guardados em envelopes porta-objetos fornecidos pela organização, que deverão ser lacrados e mantidos sob a cadeira.
Alimentos e água são permitidos, desde que estejam em embalagens lacradas e garrafas transparentes. É importante destacar que os candidatos não poderão levar o caderno de provas para casa. No entanto, aqueles que permanecerem na sala até os últimos 30 minutos de cada turno receberão uma folha para anotar suas respostas. A permanência mínima na sala de prova é de duas horas; sair antes desse tempo resultará na eliminação do concurso.
O Concurso Público Nacional Unificado representa uma inovação no sistema de concursos públicos no Brasil. Inspirado no modelo do Enem, que unifica o processo seletivo para diversas universidades públicas, o CPNU visa centralizar as seleções para cargos públicos em diferentes áreas e órgãos do governo federal. A proposta busca tornar o processo mais eficiente, reduzindo custos e burocracia tanto para o governo quanto para os candidatos.
Além disso, a realização do CPNU pode contribuir para a democratização do acesso aos cargos públicos, oferecendo mais transparência e equidade no processo seletivo. Com um único exame, os candidatos têm a oportunidade de concorrer a várias vagas, otimizando seus esforços e aumentando suas chances de sucesso.
A possibilidade de uma nova edição do CPNU em 2025 já desperta grande interesse entre os concurseiros e especialistas na área. Caso o governo decida pela continuidade do projeto, o CPNU poderá se consolidar como uma ferramenta essencial para o recrutamento de novos servidores públicos, especialmente em um momento em que o Brasil busca fortalecer e modernizar a máquina pública.
Além das expectativas em torno das vagas e do formato do concurso, há também uma curiosidade sobre como o governo pretende aprimorar o CPNU com base nos resultados e feedbacks da primeira edição. A implementação de melhorias e ajustes será crucial para garantir que o concurso atenda às necessidades do país e ofereça uma seleção justa e eficiente.