Exame confirmou que a criança de apenas 1 ano e dois meses morreu vítima do metapneumovírus.
O Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) confirmou por meio de exame laboratorial a detecção de metapneumovírus humano (HMPV), em uma menina de 1 ano e 2 meses, moradora de Renascença, que faleceu em 13 de dezembro do ano passado, após ter sido internada no Hospital Regional do Sudoeste Dr. Walter Alberto Pecóits, em Francisco Beltrão (PR).
A confirmação da detecção de metapneumovírus humano na paciente Nataly Vitória Pereira Geremia, foi informada por meio de nota da Secretaria de Estado de Saúde do PR, na última sexta-feira (10).
“Uma menina de apenas 1 ano e 2 meses, residente em Renascença, município da área de abrangência da 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão, apresentou resultado detectável para metapneumovírus humano (HMPV) em exame realizado por laboratório particular.
A paciente foi diagnosticada com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no início de dezembro e recebeu atendimento no Hospital Regional do Sudoeste Dr. Walter Alberto Pecóits.
Apesar dos esforços médicos, evoluiu a óbito em 13 de dezembro de 2024. A confirmação laboratorial foi realizada pelo Laboratório Central do Estado (LACEN-PR).
O metapneumovírus humano é um vírus respiratório comum, que pode causar infecções das vias respiratórias superiores e inferiores. Embora frequentemente associado a quadros leves semelhantes aos da gripe, em alguns casos pode evoluir para formas graves, como SRAG. Identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, o HMPV registrou mais de oitocentos casos no Paraná no ano passado.
A vacinação é a principal estratégia para prevenir complicações relacionadas a vírus respiratórios. As vacinas contra a Covid-19 e Influenza, disponíveis gratuitamente no SUS, são eficazes na proteção contra formas graves de doenças respiratórias, contribuindo para a redução de hospitalizações e óbitos.
O metapneumovírus humano tem se tornado um foco de atenção nas últimas semanas, com o aumento de infecções respiratórias no norte da China, especialmente entre crianças. Embora o número de casos na região seja alto, os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) chinês indicam que a gravidade das infecções é menor em comparação ao ano passado.
O vírus não é novo, e existem variações que também afetam animais. Ele foi identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, e sua presença recorrente, especialmente no inverno, tem causado preocupação.
Mortalidade e evolução do HMPV
De acordo com o infectologista Renato Kfouri, especialista que tem se pronunciado sobre o assunto, as mortes por metapneumovírus são comuns em períodos sazonais e não devem ser motivo para pânico, já que não houve um aumento expressivo de casos no Brasil.
Ele enfatiza que, embora os casos graves, como o registrado no Paraná, chamem atenção, a morte por HMPV é um fenômeno esperado a cada temporada.
Sintomas e prevenção
O metapneumovírus é um vírus respiratório comum, pertencente à mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR). Embora muitas infecções sejam leves, com sintomas semelhantes aos da gripe, o HMPV pode levar a complicações graves como bronquite e pneumonia, principalmente em crianças e pessoas com sistema imunológico comprometido. Os principais sintomas incluem:
- Tosse
- Febre
- Congestão nasal
- Falta de ar
A prevenção do HMPV passa por práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar o contato com pessoas gripadas. Embora ainda não haja vacina específica contra o HMPV, a vacinação contra a covid-19 e a influenza pode ajudar a prevenir complicações respiratórias graves, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
No Brasil, as autoridades sanitárias continuam monitorando os casos de HMPV e outras infecções respiratórias, destacando que a vacinação e cuidados com a higiene são essenciais para evitar complicações e garantir a proteção de grupos de risco, como crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas.
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