Um achado arqueológico extraordinário trouxe à tona um tesouro escondido por mais de mil anos. Um estudante universitário na Dinamarca, armado com um detector de metais, fez uma descoberta que não apenas lança luz sobre a história viking, mas também sugere uma intrincada rede de conexões entre a Escandinávia e as regiões da Rússia e Ucrânia. A descoberta ocorreu em uma fazenda local, onde joias de prata da Era Viking foram desenterradas, datando de aproximadamente 800 d.C. Essas relíquias são mais do que simples adornos; elas são evidências tangíveis de uma rede comercial que se estendia do Atlântico Norte até a Ásia.
Guia de assuntos
A descoberta do tesouro viking
Gustav Bruunsgaard, estudante de arqueologia da Universidade de Aarhus, nunca imaginou que uma exploração casual em uma fazenda local resultaria em um dos achados arqueológicos mais significativos da história recente. Munido de um detector de metais, Bruunsgaard inicialmente encontrou uma pulseira de prata. Impulsionado pela descoberta, ele retornou ao local alguns dias depois e localizou mais seis pulseiras, todas datadas de 800 d.C.
Este antigo assentamento da Era Viking, agora identificado como um ponto estratégico nas rotas comerciais da época, forneceu aos especialistas novas informações sobre as conexões entre a Escandinávia e outras regiões da Europa e da Ásia. As autoridades locais foram rapidamente informadas e especialistas em arqueologia conduziram uma análise detalhada das joias, concluindo que elas confirmam uma ligação entre a Dinamarca, a Rússia e a Ucrânia, além de conexões com as Ilhas Britânicas no oeste.
LEIA MAIS: 10 lugares mais proibidos do mundo e seus mistérios
A importância das joias viking
As joias descobertas, compostas por pulseiras de prata, não eram apenas acessórios decorativos. De acordo com pesquisadores do Museu Moesgaard, elas funcionavam como uma forma de moeda, conhecida como hacksilver, amplamente utilizada durante a Era Viking. Essas joias, que pesam cerca de meio quilo, foram cuidadosamente ajustadas a um sistema de peso comum, permitindo que fossem usadas em transações e pagamentos, refletindo a capacidade financeira e o alcance comercial dos vikings.
Entre os itens encontrados, uma pulseira com um “anel enrolado” chamou a atenção dos especialistas por sua semelhança com estilos de joias encontrados na Rússia e na Ucrânia, sugerindo que os nórdicos podem ter imitado esses designs. Além disso, três “anéis estampados em forma de banda” são similares a joias encontradas na Irlanda, onde se tornaram bastante comuns, evidenciando a influência viking em diversas regiões.
Conexões comerciais viking
A descoberta em Aarhus não apenas revela aspectos da vida cotidiana dos vikings, mas também reforça a ideia de que a cidade era um importante centro comercial durante o período. O Museu Moesgaard declarou que esta descoberta confirma a posição estratégica de Aarhus no mundo viking, sendo um elo de ligação que conectava o Atlântico Norte à Ásia, passando pelas terras do leste europeu.
Os vikings eram conhecidos por suas habilidades em navegação e comércio, estabelecendo rotas que cobriam vastas distâncias e conectavam diferentes culturas. As joias de prata encontradas na Dinamarca são uma prova concreta dessas conexões, demonstrando que as redes comerciais viking eram mais amplas e complexas do que se imaginava anteriormente.
Conclusão
A descoberta do tesouro viking na Dinamarca por um estudante universitário não só enriquece nosso entendimento sobre a história dos vikings, mas também abre novas perspectivas sobre as relações comerciais da época. As joias de prata, agora expostas no Museu Moesgaard, são testemunhos silenciosos de uma era em que a Dinamarca estava no centro de um mundo interconectado. Essas relíquias nos lembram do alcance e da sofisticação das redes comerciais viking, que ligavam a Escandinávia ao leste europeu e além. Em suma, este achado arqueológico não é apenas uma janela para o passado, mas também uma peça fundamental para entender a complexidade das interações culturais e econômicas na Era Viking.
LEIA MAIS: