Nos últimos anos, um fenômeno curioso tem acontecido: a geração Z, que nasceu entre 1997 e 2012, ou seja, já na era da internet, é a que mais tem se afastado dos ambientes online. O motivo? Preocupações com a segurança digital.
De acordo com uma plataforma de atendimento virtual do WhatsApp, mais de 80% dos indivíduos entre 13 e 30 anos pararam de usar determinados aplicativos por questões preocupação com a privacidade.
Essa estatística é surpreendente, mas compreensível tendo em vista os últimos episódios de violação de dados e os cada vez mais frequentes incidentes cibernéticos que assolam as plataformas digitais. Continue lendo e entenda por que a geração Z está cada vez mais desconectada.
O fantasma de vazamentos e incidentes passados
A principal motivação que leva a geração Z a renunciar a recursos online é o histórico de incidentes que minaram a confiança em certos serviços virtuais. Um exemplo emblemático é o escândalo Facebook-Cambridge Analytica de 2018, que revelou o uso indevido e em grande escala de informações pessoais de usuários.
Da mesma forma, o vazamento de dados ocorrido na Capital One em 2019, que afetou mais de 100 milhões de clientes, destacou que até mesmo os sistemas considerados mais seguros podem sofrer ataques bem-sucedidos, expondo dados confidenciais dos usuários.
Além disso, a facilidade com que contas em redes sociais podem ser hackeadas também causa desconforto na geração Z. O Instagram, por exemplo, enfrentou vários incidentes de cibersegurança recentemente, nos quais contas de influenciadores e usuários comuns foram comprometidas. Um caso notável envolveu a influenciadora Priscila Kapelly, que teve seu Instagram hackeado e usado por cibercriminosos para solicitar dinheiro aos seus seguidores.
Como se proteger – sem abandonar a internet
Desconectar-se da internet por completo certamente resolveria a maior parte desses problemas. Mas não é preciso ser tão radical para se proteger dessas ameaças. Soluções mais moderadas incluem:
- Usar senhas fortes e exclusivas: ao criar senhas complexas e únicas para cada aplicativo e conta virtual, o usuário pode prevenir ataques hackers e aumentar a segurança de seus perfis online. Também é recomendado alterar os códigos regularmente para evitar que eles sejam comprometidos com eventuais vazamentos. Usar um bom gerenciador de senhas pode ajudar nesse processo.
- Empregar autenticação multifatorial: a autenticação multifatorial exige dos usuários mais de uma etapa no login das suas contas, o que adiciona uma camada extra de segurança e é capaz de impedir o acesso não autorizado, mesmo em um cenário em que as senhas sejam comprometidas.
- Ter cuidado com as permissões: é recomendável que os usuários concedam apenas as permissões necessárias aos aplicativos. Apps que solicitam acesso a dados ou funcionalidades não relacionadas à sua finalidade principal devem ser tratados com ceticismo.
- Atualizar aplicativos regularmente: manter os sistemas e aplicativos atualizados é de extrema importância. Isso porque as versões mais recentes geralmente incluem patches de segurança importantes que resolvem vulnerabilidades descobertas recentemente e e que poderão ser usadas por criminosos para aplicar golpes.
- Monitorar a atividade das contas: ficar de olho nas atividades recentes das contas também é essencial. Só assim é possível descobrir rapidamente se há comportamentos suspeitos ou incomuns em seu perfil e tomar as medidas cabíveis.
- Informar-se: a conscientização é fundamental contra ameaças cibernéticas. Por isso, é essencial manter-se atualizado sobre as mais recentes ameaças à cibersegurança e também às práticas necessárias para a proteção dos usuários na rede.
Em resumo: ao adotar uma postura consciente e proativa, os usuários podem continuar a desfrutar do melhor que a internet fornece sem correr tantos riscos. Coloque essas dicas em práticas e aumente a sua proteção.