Canos de 150.000 anos intriga cientistas na China

O termo “Oopart” (artefato fora do lugar) é aplicado a objetos pré-históricos encontrados em locais inusitados ao redor do mundo que demonstram um nível de avanço tecnológico inconsistente com os tempos em que foram feitos.

Esses artefatos desafiam a compreensão convencional da história e fascinam tanto cientistas quanto entusiastas de teorias alternativas. Uma dessas descobertas intrigantes surgiu em 1998, envolvendo uma misteriosa pirâmide e canos de ferro na província de Qinghai, na China.

Em 1998, relatos emergiram sobre uma pirâmide misteriosa perto do Monte Baigong, na província de Qinghai, China. O que intrigou os pesquisadores foram três cavernas cheias de canos de ferro que pareciam levar a um lago de água salgada nas proximidades. Esses canos, alguns menores que um palito de dente, também foram encontrados sob o leito do lago e na costa. A datação inicial realizada pelo Instituto de Geologia de Pequim sugeriu que esses canos poderiam ter até 150.000 anos, desafiando a compreensão da história humana na região.

A datação dos canos de Baigong foi feita usando termoluminescência, uma técnica que determina há quanto tempo um mineral cristalino foi exposto à luz solar ou aquecido. Segundo essa análise, os canos foram formados há cerca de 150.000 anos, muito antes da presença humana na região, que se acredita ter sido habitada apenas nos últimos 30.000 anos. Isso levantou questões sobre se os canos foram realmente feitos por humanos ou por algum fenômeno natural desconhecido.

A descoberta dos canos de Baigong gerou várias teorias. Alguns pesquisadores, como Yang Ji da Academia Chinesa de Ciências Sociais, sugeriram que a pirâmide e os canos poderiam ter sido construídos por seres inteligentes, possivelmente extraterrestres. Outros especulam que humanos pré-históricos poderiam ter desenvolvido técnicas avançadas que foram posteriormente perdidas.

Entretanto, em um relatório de 2003, a análise dos canos revelou que eles eram compostos de uma cimentação de carbono e pirita, e não eram artificiais. Essa descoberta adicionou uma camada de mistério, pois a natureza exata desses canos ainda não é totalmente compreendida.

Os relatórios iniciais destacaram várias características intrigantes dos canos de Baigong. Eles levam a um lago salgado, enquanto um lago gêmeo próximo contém água doce. A paisagem ao redor é pontuada por pedras de formato estranho, que se projetam do chão como pilares quebrados. Além disso, análises realizadas em uma fundição local revelaram que 8% do material dos canos não pôde ser identificado, aumentando ainda mais o mistério.

Alguns cientistas sugerem que os canos podem ser um fenômeno natural. Zheng Jiandong, pesquisador de geologia da Administração de Terremotos da China, propôs que o magma rico em ferro pode ter subido das profundezas da Terra, solidificando-se em tubos nas fissuras. Outra teoria é que os canos são raízes fossilizadas de árvores, que sob certas condições químicas e de temperatura, podem ter se transformado em formações de ferro.

A descoberta dos canos de Baigong desafia a compreensão convencional da tecnologia antiga. Se os canos fossem realmente feitos por humanos, isso indicaria um nível de avanço tecnológico muito anterior ao que se acredita ter existido. Por outro lado, se os canos são um fenômeno natural, isso revela processos geológicos complexos que ainda não são totalmente compreendidos.

A descoberta também destaca a necessidade de considerar cuidadosamente o contexto arqueológico ao interpretar artefatos antigos. A possibilidade de que esses canos sejam ooparts — artefatos fora do lugar — levanta questões sobre a precisão da cronologia histórica e a capacidade das civilizações antigas de desenvolver tecnologias avançadas.

Os canos de Baigong permanecem um enigma fascinante no campo da arqueologia. Seja como artefatos criados por uma civilização antiga desconhecida, evidências de intervenção extraterrestre ou fenômenos naturais complexos, eles continuam a intrigar pesquisadores e entusiastas.

Veja alguns textos que podem te interessar:

Sair da versão mobile