As evidências surpreendentes de civilizações antigas nas selvas brasileiras

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Civilizações antigas na Amazônia

A Amazônia, longe de ser uma terra inabitada antes dos europeus, mostra sinais de ocupação humana que datam de 10.000 anos atrás.

Ferramentas de pedra, sítios arqueológicos e vestígios de ocupação humana dispersos pela região indicam uma adaptação e um manejo sofisticado do ambiente, refutando a ideia de uma Amazônia virgem e intocada.

Em 2022, equipe de pesquisa escaneou o solo com uma radar a laser conhecido como LiDAR (Light Detection and Ranging), e detectou uma grande quantidade de assentamentos antigos em meio à floresta de savana de Llanos de Mojos, na Bolívia, na Amazônia, no lado brasileiro, com sistemas de canalização de água e estruturas de pedra.

No início deste ano de 2024, arqueólogos descobriram diversos assentamentos pré-hispânicos com estruturas impressionantes, ruas largas, estradas longas e retas, praças e aglomerados, distribuídos ao longo do Vale Upano, no Equador Amazônico.

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Mato Grosso

No coração da floresta sul-amazônica, no estado do Mato Grosso, arqueólogos desenterraram evidências fascinantes de antigas aldeias circulares no Alto do Rio Xingu. Essas aldeias, datadas do período pré-hispânico, apresentam semelhanças notáveis com as aldeias modernas da região, como Kuikuro, onde grandes malocas coletivas são organizadas em um padrão circular.

O estudo documentou que essas aldeias possuíam uma enorme praça central circular, em torno da qual se dispunham as malocas. Os maiores sítios arqueológicos chegam a ocupar até 50 hectares, delimitados por valas periféricas que variam de 500 a mais de 2.000 metros de comprimento. Essas valas eram reforçadas por uma elevação interior, onde originalmente havia uma cerca de madeira, indicando um sistema defensivo complexo.

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As praças antigas mediam entre 120 e 150 metros de diâmetro, e as estradas que partiam do centro chegavam a ter até 40 metros de largura. Essas vias irradiavam em várias direções, conectando os assentamentos a outros locais importantes para o sustento dos habitantes, como recursos naturais e áreas de cultivo. Os principais centros rituais e políticos, bem como aldeias de médio e pequeno porte, foram documentados, revelando uma rede de assentamentos interligados.

Acre

No estado do Acre, mais de 450 geoglifos foram descobertos, datando de 2.000 a 10.000 anos. Estas figuras geométricas, animais e formas zoomorfas, esculpidas no solo, são uma prova da habilidade e do conhecimento astronômico dessas antigas populações.

Esses geoglifos, visíveis apenas do alto, sugerem uma complexidade social e um entendimento do ambiente que desafiam as percepções tradicionais sobre as sociedades pré-colombianas na Amazônia.

Pará

Na Serra do Cachimbo, no Pará, o sítio de Monte Castelo revela restos de aldeias fortificadas com muros de pedra e valas defensivas, datando entre 5.000 e 2.000 anos atrás. Estas estruturas são testemunhos de sociedades organizadas, capazes de construir defesas complexas, talvez em resposta a conflitos ou para proteção contra predadores.

Em São Félix do Xingu, também no Pará, pesquisadores encontraram cerâmica elaborada, terra preta de índio (indicativa de práticas agrícolas avançadas) e vestígios de grandes assentamentos que datam de 2.000 a 1.000 anos atrás. Essas descobertas apontam para uma densidade populacional e uma organização social mais complexas do que se presumia anteriormente.

Rio Grande do Norte

As cavernas do Rio Grande do Norte guardam pinturas rupestres, artefatos líticos e restos de animais que datam de 10.000 a 4.000 anos atrás.

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Estas pinturas fornecem insights valiosos sobre a vida, as crenças e as práticas artísticas dessas antigas populações.

Paraná

Localizado no Paraná, o Sítio Arqueológico de Sete Quedas apresenta vestígios de caçadores-coletores, com ferramentas de pedra e ossos de animais que remontam a 10.000 a 8.000 anos atrás.

Estes achados sublinham a diversidade de modos de vida das populações pré-históricas no Brasil.

Litoral brasileiro

Os sambaquis, encontrados ao longo do litoral brasileiro e datando de 8.000 a 2.000 anos atrás, consistem em montes de conchas e outros materiais. Eles indicam a presença de populações litorâneas que se sustentavam da pesca e coleta, deixando atrás de si monumentos de seu modo de vida.


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