Segundo anúncio, nova mobilização militar da Venezuela em região caribenha busca combater tráfico de drogas
A Venezuela anunciou que reforçará a presença militar em cinco estados do norte do país para melhorar a segurança e combater o narcotráfico, anunciou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, no domingo (07).
Padrino afirmou que, sob orientação do presidente Nicolás Maduro, “meios e forças” serão mobilizados para fortalecer a presença nos estados de Zulia e Falcón, que, segundo ele, constituem “uma rota de narcotráfico”.
Além disso, a presença militar será redobrada na região insular de Nueva Esparta, bem como em Sucre e Delta Amacuro, segundo vídeo publicado nas redes sociais.
“Ninguém virá fazer o nosso trabalho por nós. Ninguém pisará nesta terra para fazer o que devemos fazer”, acrescentou o ministro da Defesa, que não forneceu detalhes sobre o contingente na mensagem.
Por sua vez, Maduro afirmou que ordenou o envio para “reforçar” as operações “na Zona de Paz Binacional com a Colômbia e a costa caribenha”, em mensagem publicada no Telegram. “Esta mobilização tem como objetivo principal a defesa da soberania nacional, a segurança do país e a luta pela paz”, acrescentou.
O anúncio ocorre em meio a tensões com os Estados Unidos, que recentemente enviaram navios de guerra ao Caribe para combater o narcotráfico na região, segundo o governo do presidente Donald Trump.
Padrino e Maduro não mencionaram especificamente o “ataque letal” que as forças americanas disseram ter lançado na última terça-feira (2) contra uma embarcação que supostamente transportava drogas em águas internacionais no Caribe, deixando 11 mortos.
Washington vinculou a embarcação à quadrilha criminosa Tren de Aragua, enquanto nos últimos dias autoridades chavistas chamaram a operação de “fabricação”.
O presidente Trump está considerando opções para realizar ataques militares contra cartéis de drogas que operam na Venezuela, incluindo a possibilidade de atacar alvos dentro do país sul-americano, conforme diversas fontes informadas sobre os planos do governo.
Questionado por um repórter na Casa Branca se consideraria ordenar ataques contra cartéis dentro da Venezuela, Trump respondeu no domingo: “Vocês vão descobrir”.
Em sua mensagem nas redes sociais, o ministro Padrino falou sobre os movimentos militares: “A Marinha Bolivariana continua seu destacamento em áreas marítimas, ao longo da costa caribenha e da costa atlântica, um destacamento eficaz, e nossa aviação militar bolivariana está defendendo nosso espaço aéreo venezuelano e também o patrulhando.”
Em agosto, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, relatou o destacamento de 15 mil soldados em Zulia e Táchira, ambas na fronteira com a Colômbia.
Padrino declarou no domingo (7) que essas regiões agora contam com um total de 25 mil soldados destacados “com recursos navais e fluviais” e drones.

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Fonte CNN