Uma nova variante da Covid-19, identificada como NB.1.8.1 e apelidada popularmente de “Nimbus”, tem chamado atenção nas últimas semanas.
No início de junho, ela já correspondia a aproximadamente um terço dos casos registrados nos Estados Unidos, conforme dados da CNN. Em maio, esse percentual era de apenas 5%, o que evidencia um avanço significativo em pouco tempo.
O SARS-CoV-2 continua a sofrer mutações, o que é esperado em sua trajetória como vírus respiratório de alta circulação. De acordo com a médica Leana Wen, quanto mais o vírus se espalha, maiores são as chances de surgirem novas variantes. A NB.1.8.1 se insere nesse contexto de evolução contínua.
Até o momento, não há indícios de que a variante Nimbus seja mais grave do que outras já conhecidas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados de vigilância não apontam aumento na severidade dos casos.
No entanto, especialistas reconhecem que ela pode apresentar uma taxa de transmissão ligeiramente maior, embora sem um padrão de propagação distinto.
A eficácia das vacinas ainda está sendo observada com cautela. No entanto, a nova variante é geneticamente próxima de outras contra as quais os imunizantes disponíveis já demonstraram resposta satisfatória. Isso sugere que as vacinas atuais podem continuar a oferecer proteção importante.
Sobre os sintomas, os relatos mais comuns incluem febre, fadiga, dor de garganta, dor de cabeça, congestão nasal e tosse — um quadro semelhante ao de gripes ou alergias. Alguns pacientes também relatam dores musculares, dificuldade para respirar, vômitos e diarreia.
Um detalhe que chamou a atenção foi a descrição de dor de garganta intensa, comparada por alguns pacientes à sensação de cortes, mas os especialistas alertam que esse tipo de relato não representa novidade no padrão sintomático da doença.
De acordo com o médico William Schaffner, as manifestações clínicas observadas com a Nimbus já foram registradas anteriormente em outras fases da pandemia. A intensidade dos sintomas também permanece dentro do esperado, sem alterações relevantes em sua apresentação.
As orientações de prevenção seguem as mesmas desde os primeiros anos da pandemia. O uso de máscaras em locais fechados, especialmente para pessoas com problemas de saúde, continua recomendado. Além disso, evitar aglomerações e manter a ventilação dos ambientes são medidas eficazes para reduzir o risco de contágio por Covid-19 e outras infecções respiratórias.
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