Cidadãos e empresas brasileiras ainda têm um total de R$ 10,15 bilhões disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR), segundo dados atualizados do Banco Central em 8 de julho.
Desse montante, R$ 7,6 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 2,6 bilhões a pessoas jurídicas. Ao todo, cerca de 43,9 milhões de pessoas e 4,2 milhões de empresas ainda não solicitaram a devolução desses valores.
Desde que o SVR foi criado, já foram devolvidos R$ 10,7 bilhões. O sistema foi desenvolvido pelo Banco Central para reunir valores esquecidos em instituições financeiras, como contas encerradas com saldo, tarifas cobradas indevidamente, entre outros.
Para verificar se há algum valor disponível, é necessário acessar o site oficial do Banco Central, preencher os dados pessoais e seguir as instruções de consulta. Se houver saldo, é possível solicitar o resgate por meio de uma conta Gov.br com nível prata ou ouro.
Uma das novidades implementadas recentemente é a possibilidade de resgate automático para pessoas físicas que tenham CPF como chave Pix. Para isso, é necessário ativar a funcionalidade com a conta Gov.br adequada e a verificação em duas etapas.
Na primeira semana de funcionamento da nova função, 169 mil pessoas já ativaram o recurso. Essa opção não está disponível para chaves Pix do tipo CNPJ.
O valor é creditado diretamente na conta do titular junto à instituição onde o dinheiro está disponível. O Banco Central não envia aviso sobre a devolução, portanto é importante acompanhar pelo portal oficial.
Algumas instituições financeiras ainda não aderiram ao processo automático via Pix. Nestes casos, é necessário solicitar manualmente a devolução. Isso também se aplica a contas conjuntas e às consultas feitas por empresas, que devem ser realizadas via CNPJ.
No ano de 2024, o SVR recebeu 73 milhões de consultas, das quais 25 milhões identificaram valores disponíveis. Ao todo, foram feitas 4,1 milhões de solicitações de resgate.
Grande parte dos valores a receber é pequena. Segundo o Banco Central, 62,84% dos beneficiários têm até R$ 10; 25,06% têm entre R$ 10,01 e R$ 100; 10,21% possuem entre R$ 100,01 e R$ 1.000; e apenas 1,89% têm valores superiores a R$ 1.000,01. Essa distribuição tem gerado comentários e brincadeiras nas redes sociais, já que muitos encontram apenas centavos a receber.
Como ativar o resgate automático:
- Acesse: https://www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber
- Clique em “Fazer login”
- Informe seu CPF e a senha da conta Gov.br com nível prata ou ouro (com verificação em duas etapas ativada)
- Ative a opção “Receber valores automaticamente”
Como fazer a consulta de valores disponíveis:
- Acesse: https://www.bcb.gov.br/meubc/valores-a-receber
- Clique em “Consulte valores a receber”
- Insira seu CPF ou CNPJ, data de nascimento (ou abertura da empresa), complete o captcha e clique em “Consultar”
- Se houver valores, acesse o sistema com a conta Gov.br prata ou ouro
- Leia e aceite os termos de responsabilidade
- Siga as orientações exibidas para solicitar a transferência
Quem pode ter valores esquecidos?
Pessoas físicas e jurídicas que tenham tido vínculo com bancos ou instituições financeiras podem ter valores disponíveis, que podem ter origem em:
- Contas correntes ou poupanças encerradas com saldo
- Tarifas ou parcelas cobradas indevidamente
- Saldos de contas de pagamento pré ou pós-paga
- Recursos de consórcios encerrados não resgatados
- Cotas de capital e rateios de cooperativas de crédito
- Contas mantidas por corretoras ou distribuidoras encerradas
- Outros valores retidos por instituições financeiras
Consulta de valores de pessoas falecidas:
Para consultar valores em nome de pessoa falecida, um herdeiro, inventariante ou representante legal deve acessar o sistema com sua própria conta Gov.br, preencher os dados do falecido (CPF e data de nascimento) e aceitar o termo de responsabilidade.
Em seguida, é necessário entrar em contato diretamente com a instituição que detém os valores para dar andamento à solicitação.
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Estudante da área de saúde, Crysne Caroline Bresolin Basquera é especialista em produção de conteúdo local e regional, saúde, redes sociais e governos.