Loja da Apple (foto: Laurenz Heymann/Unsplash)
Um usuário da Apple residente no Rio de Janeiro obteve uma vitória significativa na justiça, garantindo-lhe uma compensação de R$ 3 mil por danos morais devido à falta de um carregador em seu iPhone. A decisão, unânime na 18ª Câmara de Direito Privado do município, estabelece um precedente importante em relação às práticas comerciais da gigante tecnológica.
O episódio teve início quando o usuário adquiriu um iPhone e percebeu que o dispositivo não incluía o carregador necessário para seu funcionamento. Diante dessa lacuna, ele se viu obrigado a desembolsar mais R$ 219 para adquirir o acessório separadamente. A Justiça considerou essa prática como uma forma de venda casada, conduta vedada pela legislação consumerista.
O desembargador Claudio de Mello Tavares, responsável pela decisão, fundamentou: “Já que o acessório afigura-se essencial ao uso do bem principal, acarretando ofensa patrimonial e desvio produtivo passíveis de indenização.” Além da compensação de R$ 3 mil por danos morais, o cliente terá o valor pago pelo carregador corrigido pela inflação.
A Apple também foi condenada a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, demonstrando as consequências financeiras de suas práticas comerciais questionáveis.
Em meio a essa controvérsia, a Apple divulgou informações promissoras sobre a linha iPhone 15, especificamente relacionadas à vida útil da bateria. Segundo a empresa, os dispositivos mais recentes agora podem manter até 80% da capacidade original de carga após mil ciclos de recarga completa.
Anteriormente, os dados de suporte da Apple indicavam que os iPhones mantinham 80% da carga máxima nos primeiros 500 ciclos. No entanto, a empresa realizou novos testes de integridade da bateria no último ano e constatou que os novos modelos continuam mantendo uma performance robusta mesmo após mil ciclos.
Os documentos de suporte da Apple foram atualizados recentemente para refletir essa nova estimativa, fornecendo aos usuários uma expectativa mais clara sobre a durabilidade da bateria de seus dispositivos. Essa mudança é especialmente relevante em um momento em que a sustentabilidade e a longevidade dos produtos tecnológicos estão cada vez mais em foco.
O caso do usuário do Rio de Janeiro que garantiu uma indenização da Apple por falta de carregador destaca a importância da proteção dos direitos dos consumidores e da responsabilidade das empresas em relação às práticas comerciais. Ao mesmo tempo, os avanços na tecnologia de bateria, como os apresentados pela Apple em sua linha iPhone 15, prometem melhorias significativas na experiência do usuário e na sustentabilidade dos dispositivos móveis.