Túmulo megalítico de 5.000 anos revela segredos na Espanha

Túmulo megalítico de 5.000 anos revela segredos na Espanha

Sob o solo árido da Andaluzia, a ciência acaba de abrir uma nova janela para o passado. Um túmulo monumental, erguido há cerca de 5.000 anos, foi revelado na região de Málaga, Espanha, trazendo à tona segredos de uma comunidade pré-histórica que deixou suas marcas de forma impressionante. A descoberta, feita pela equipe da Universidade de Cádiz (UCA), não apenas impressiona pelo tamanho e pela preservação, mas também pelo acervo de objetos raros encontrados no interior da estrutura.
Medindo mais de 12 metros de extensão, o dólmen se destaca entre as maiores e mais bem preservadas construções funerárias megalíticas da Andaluzia. Seus blocos de pedra, dispostos verticalmente, compõem uma câmara que resistiu ao tempo e agora oferece pistas valiosas sobre as práticas funerárias, as crenças e até mesmo as redes de comércio estabelecidas por aquelas comunidades milenares.

No interior do sepulcro, ossários com restos humanos dividem espaço com artefatos preciosos, que vão de lâminas de sílex a materiais exóticos como marfim, âmbar e conchas — evidências claras de trocas culturais e de contatos com regiões distantes. Essa mistura de elementos locais e importados reforça a complexidade social de um povo que, há milhares de anos, já dominava técnicas, saberes e relações de prestígio.

A grandiosidade da descoberta está, portanto, não apenas na monumentalidade da construção, mas no que ela conta: uma narrativa de poder, símbolos e relações que cruzavam mares e terras em um tempo em que o mundo parecia muito maior do que hoje.

O túmulo monumental e sua preservação

A necrópole de La Lentejuela, próxima a Teba, foi o cenário dessa descoberta notável. O dólmen, construído com grandes pedras verticais cuidadosamente alinhadas, demonstra a capacidade de engenharia dos povos pré-históricos da região. Poucos exemplares chegaram tão íntegros até os dias atuais, o que faz desta estrutura um verdadeiro tesouro arqueológico.
O estado de conservação permite não apenas observar a arquitetura, mas também estudar detalhes do ritual de sepultamento, incluindo a disposição das ossadas e os objetos cuidadosamente depositados junto aos mortos. Essa combinação sugere práticas complexas, nas quais a morte era tratada com respeito e simbolismo.

Túmulo megalítico de 5.000 anos revela segredos na Espanha
Foto: Universidade de Cádiz

Objetos exóticos e redes de troca antigas

Entre os achados mais fascinantes estão itens que não pertencem ao ambiente natural da Andaluzia. Fragmentos de marfim, âmbar e conchas marinhas foram encontrados lado a lado com ferramentas de pedra produzidas localmente. Esse contraste revela que, já naquela época, existiam rotas de comércio ou de contato que conectavam populações distantes.
Para o arqueólogo Juan Jesús Cantillo, da UCA, o simples fato de conchas aparecerem em uma região interiorana já indica a importância simbólica do mar como fonte de prestígio. Esses objetos não eram apenas adereços, mas marcadores de status social e de poder dentro da comunidade.

Sílex, lâminas e armas simbólicas

Além dos itens de luxo, o túmulo guardava um conjunto de artefatos em sílex, como grandes lâminas, pontas de flechas e até mesmo uma alabarda. Essa arma, uma espécie de machado com ponta projetada para ser fixada a uma haste, representa não apenas uma ferramenta de combate, mas também um objeto ritualístico ligado ao poder e à liderança.
Esses achados revelam que os sepultamentos não se limitavam a guardar corpos, mas também transmitiam mensagens de hierarquia e de identidade cultural, projetando valores de geração em geração.

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A importância da descoberta

O dólmen recém-identificado em Málaga amplia o entendimento sobre as comunidades que habitaram a Península Ibérica no período pré-histórico. Ele mostra que, há milênios, já existiam sociedades complexas, com organização social, simbolismo religioso e trocas comerciais sofisticadas.
Ao mesmo tempo, reforça o papel da arqueologia como ponte para compreender o presente à luz do passado. Cada bloco de pedra, cada lâmina de sílex e cada concha encontrada em meio ao túmulo serve como elo em uma cadeia que nos conecta àqueles que, mesmo sem saber, moldaram o mundo em que vivemos hoje.

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