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O Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional (IAU) anunciou oficialmente a descoberta de três novas luas no Sistema Solar. Uma dessas luas foi observada pela primeira vez em 2002, porém, permaneceu ‘desaparecida’ até 2021. Essas novas adições elevaram o número total de satélites naturais no Sistema Solar para 293. O órgão da IAU, responsável por designar nomes a objetos cósmicos, como planetas, cometas, asteroides e luas, divulgou que duas dessas luas foram localizadas nas proximidades de Netuno, enquanto a terceira orbita ao redor de Urano.
Os cientistas responsáveis pela descoberta afirmam que essas novas luas são as mais fracas já detectadas em torno desses dois planetas gigantes. Devido à sua natureza tênue, foi necessário utilizar um processamento especial de imagens para sua identificação. A equipe de pesquisa empregou dados de observatórios localizados no Havaí e no Chile para realizar essa importante descoberta.
A lua recentemente encontrada em Urano, temporariamente nomeada como S/2023 U1, possui cerca de 8 quilômetros de diâmetro e completa sua órbita ao redor do planeta em aproximadamente 680 dias. Esta lua tornou-se a 28ª oficialmente reconhecida em Urano desde sua descoberta em 4 de novembro de 2023.
Fonte: Scott Sheppard / A imagem apresenta a nova lua de Urano, S/2023 U1.
Em relação a Netuno, foram identificados os satélites naturais S/2002 N5 e S/2021 N1. O primeiro tem um diâmetro de cerca de 23 quilômetros e orbita Netuno a cada nove anos, enquanto o segundo possui aproximadamente 14 quilômetros de diâmetro e completa sua órbita ao redor do planeta a cada 27 anos. Com essas adições, o número total de luas reconhecidas oficialmente em torno de Netuno chega a 16.
O renomado astrônomo do Carnegie Institution for Science nos Estados Unidos, Scott Sheppard, comentou sobre a descoberta, enfatizando a complexidade e a importância do processamento de imagem especial necessário para revelar esses objetos celestes tão sutis.
Os nomes atribuídos às novas luas ainda são provisórios. A lua de Urano receberá um nome inspirado em um personagem da obra de William Shakespeare, enquanto as luas de Netuno serão nomeadas com base na mitologia grega. Devido ao tamanho reduzido e à grande distância da Terra, a detecção desses corpos celestes utilizando telescópios terrestres é uma tarefa desafiadora. Os cientistas recorreram a uma técnica de empilhamento de imagens para destacá-los e identificá-los.
As características das três novas luas sugerem uma forma ovalada e uma inclinação em relação aos planetas que orbitam, indicando que não se formaram próximas a eles, mas foram capturadas posteriormente pela força gravitacional. Essa descoberta contribui para uma compreensão mais profunda da dinâmica e da evolução dos sistemas planetários.