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Três ciclones extratropicais devem mudar o clima no Brasil em novembro: frio, ventos e temporais à vista

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O mês de novembro chega com um alerta importante dos meteorologistas: três ciclones extratropicais devem se formar no Atlântico Sul e influenciar o clima de boa parte do Brasil nas próximas semanas. Esses sistemas atmosféricos podem provocar queda acentuada de temperatura, rajadas de vento e chuva intensa, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.

Embora os ciclones extratropicais sejam comuns nesta época do ano, o número previsto é maior do que o habitual, o que aumenta a probabilidade de eventos severos, como vendavais e alagamentos localizados. Segundo especialistas, a configuração atmosférica atual é resultado da combinação de massas de ar frio vindas da Argentina com o calor acumulado no continente, criando um cenário de forte instabilidade.

O que são ciclones extratropicais

Os ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão que se formam fora da região tropical, geralmente em latitudes médias. Eles se diferenciam dos furacões por não terem o mesmo tipo de rotação nem a intensidade destrutiva desses fenômenos tropicais. No entanto, podem gerar ventos superiores a 90 km/h, chuvas volumosas e ressacas no litoral.

No Brasil, esse tipo de sistema se forma principalmente entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas seus efeitos podem se estender até o Paraná, São Paulo e parte de Minas Gerais. Além do frio repentino, eles costumam provocar agitação marítima e riscos de deslizamentos em áreas de encosta.

Quando e onde os ciclones devem atuar

A previsão indica que o primeiro ciclone pode se formar em meados de novembro, entre os dias 16 e 17, enquanto o segundo deve ocorrer por volta do dia 20. O terceiro sistema tende a aparecer no fim do mês, podendo coincidir com o avanço de uma frente fria mais forte.
Esses fenômenos devem afetar especialmente o litoral do Sul e do Sudeste, com reflexos em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As rajadas de vento poderão atingir entre 70 e 100 km/h em pontos isolados, e o mar deve ficar agitado, exigindo atenção redobrada de pescadores e embarcações menores.

Mudanças no clima e no cotidiano

Os efeitos dos ciclones não se limitam às tempestades. Eles também devem provocar uma queda significativa nas temperaturas em áreas do Sul e do Sudeste, quebrando a sequência de dias quentes que marcaram o início do mês.
Enquanto isso, o Centro-Oeste e o Nordeste continuam sob influência do calor e da umidade, com pancadas de chuva típicas da primavera. Essa mistura de massas de ar opostas explica a sensação de “clima maluco” — ora abafado, ora frio — que muitos brasileiros sentirão nas próximas semanas.

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Orientações da Defesa Civil

As autoridades reforçam a importância de acompanhar os boletins meteorológicos oficiais e os alertas da Defesa Civil. Em caso de ventos intensos, recomenda-se evitar ficar embaixo de árvores, placas metálicas ou estruturas instáveis. Nas regiões litorâneas, o ideal é não permanecer em áreas de risco durante ressacas.
Moradores de regiões sujeitas a enchentes devem observar o nível dos rios e córregos e ter rotas de fuga definidas. Em dias de chuva forte, o melhor é evitar deslocamentos longos e redobrar a atenção no trânsito.

Por que este novembro é diferente

Meteorologistas afirmam que a frequência maior de ciclones neste mês está relacionada ao aquecimento anômalo das águas do Atlântico Sul e à persistência de frentes frias que não têm conseguido avançar para o Norte. Esse bloqueio atmosférico faz com que as instabilidades se concentrem mais na faixa Sul do país.
Outro ponto é que o pico da primavera é um período naturalmente instável, em que massas de ar quente e frio se chocam com mais força, potencializando a formação de tempestades severas, granizo e ventos em linha reta.

E depois da passagem dos ciclones?

Os meteorologistas preveem que, após a influência desses três sistemas, o calor volte gradualmente em boa parte do país, especialmente a partir do final de novembro. No entanto, é provável que o mês de dezembro comece com temperaturas abaixo da média no Sul e Sudeste, resultado do resfriamento temporário das massas de ar.

Mesmo sem a força destrutiva dos furacões, os ciclones extratropicais têm mostrado cada vez mais impacto no clima brasileiro — um reflexo das mudanças globais nos padrões atmosféricos e do aumento das temperaturas oceânicas.

Conclusão

Novembro será um mês de contrastes no clima brasileiro. Os três ciclones extratropicais previstos devem trazer chuva, ventania e frio fora de época, interrompendo o calor típico da primavera. O fenômeno, embora comum, merece atenção redobrada por parte da população, sobretudo nas áreas costeiras e serranas.
A recomendação dos especialistas é clara: acompanhar os alertas, proteger-se do vento e planejar o dia a dia com base nas previsões oficiais. Assim, é possível reduzir riscos e atravessar o mês com segurança, mesmo diante das reviravoltas do tempo.

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