No altiplano peruano, às margens do lago Umayo, uma série de enigmáticas construções circulares ergue-se em meio à paisagem desértica e silenciosa. São as famosas Torres de Sillustani, estruturas cilíndricas de pedra, que, à primeira vista, parecem simples monumentos funerários. Mas, como tudo na arqueologia andina, o mistério vai muito além da aparência. Afinal, seriam essas torres apenas tumbas da civilização Colla ou vestígios de um conhecimento tecnológico que ainda hoje nos escapa?
O debate não é recente, e ele vem ganhando força à medida que pesquisadores, engenheiros e até teóricos de civilizações avançadas começam a questionar certos aspectos construtivos que parecem, no mínimo, desafiadores para o período em que foram erguidas — estima-se entre os séculos XIII e XV, antes mesmo da expansão incaica.
As chamadas “chullpas”, como são conhecidas localmente, eram, de acordo com a arqueologia tradicional, tumbas construídas para abrigar as múmias de membros da elite Colla, um povo pré-inca que dominava a região. As múmias eram colocadas em posição fetal, juntamente com objetos cerimoniais, alimentos, utensílios e até animais, simbolizando a continuidade da vida após a morte. Até aí, tudo parece fazer sentido dentro da lógica das culturas andinas.
Mas o que não faz tanto sentido — e aqui começa o nó do mistério — é a precisão arquitetônica dessas torres. Elas foram construídas com pedras perfeitamente polidas, encaixadas milimetricamente, sem o uso de argamassa. Alguns blocos possuem ângulos curvos que, mesmo para os padrões da engenharia moderna, seriam desafiadores de esculpir e encaixar. Além disso, muitas dessas pedras apresentam encaixes tipo “puzzle”, como se fossem peças de um gigantesco quebra-cabeça tridimensional.
Outro ponto curioso é que algumas torres parecem ter sido expostas a uma fonte intensa de calor. Há blocos de pedra que mostram sinais de vitrificação, uma alteração que normalmente só ocorre quando a rocha é submetida a temperaturas elevadíssimas — algo que não faria sentido no contexto de simples tumbas ancestrais. Seriam vestígios de algum tipo de tecnologia desconhecida? Algum processo de construção que hoje sequer compreendemos?
O próprio posicionamento das torres levanta hipóteses intrigantes. Elas estão alinhadas com eventos astronômicos específicos, como os solstícios e equinócios, o que sugere não apenas um profundo conhecimento do céu, mas também uma possível função além da funerária.

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Há quem defenda que as torres de Sillustani teriam servido como pontos de energia, ressonadores magnéticos ou até mesmo dispositivos relacionados à manipulação do campo eletromagnético terrestre. Claro, essas são teorias que beiram o especulativo e que não encontram respaldo na arqueologia acadêmica, mas que, inegavelmente, povoam o imaginário de quem visita o local.
Por outro lado, os arqueólogos mais conservadores explicam que as técnicas de construção dos Colla e posteriormente dos Incas eram fruto de um refinamento secular da engenharia em pedra, combinando conhecimento empírico, trabalho coletivo e ferramentas de cobre, pedra e madeira. Ainda assim, muitos visitantes ficam desconcertados com o que veem, especialmente quando comparado aos métodos tradicionais conhecidos até hoje.
Uma das torres mais famosas, a Chullpa de Lagarto, impressiona por sua altura e pela perfeição dos encaixes. Mesmo após séculos de abalos sísmicos, variações de temperatura extremas e a ação do tempo, ela permanece em pé, sólida e elegante, como um desafio silencioso às certezas da ciência moderna.
O debate sobre Sillustani permanece aberto. Enquanto a arqueologia segue buscando respostas dentro dos parâmetros científicos, a imaginação humana não se limita. As torres seriam meras tumbas elaboradas, símbolos de prestígio e espiritualidade dos povos andinos? Ou seriam o eco de um saber perdido, uma tecnologia ancestral que desafia nossa compreensão sobre as civilizações do passado?

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Seja qual for a resposta, uma coisa é certa: visitar as torres de Sillustani é uma experiência que transcende o tempo. É caminhar entre pedras que guardam não só restos mortais, mas também perguntas que, talvez, nunca sejam completamente respondidas.
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