Poucos alimentos geram tanta polêmica quanto o tomate. Presente em saladas, molhos, pizzas e até sucos, ele é um dos ingredientes mais versáteis da culinária mundial. No entanto, quando a conversa gira em torno da sua classificação, surge a dúvida que divide opiniões: afinal, o tomate é fruta ou legume? A resposta parece simples, mas envolve botânica, cultura e até decisões jurídicas que marcaram a história.
No senso comum, a maioria das pessoas associa o tomate aos legumes, já que ele costuma aparecer em pratos salgados e raramente é consumido como sobremesa. Entretanto, sob o olhar científico da botânica, a história é diferente: o tomate é, sim, uma fruta, pois nasce a partir da flor do tomateiro e contém sementes em seu interior. Mas essa não é a única resposta possível.
Ao longo dos séculos, a forma como classificamos o tomate mudou de acordo com interesses culturais, econômicos e gastronômicos. Em alguns momentos, foi considerado legume para fins de impostos e comércio; em outros, foi exaltado como fruta exótica vinda das Américas. Essa confusão é um dos motivos que tornaram o tomate não apenas um alimento, mas também um objeto de curiosidade mundial.
Neste artigo, vamos explorar a fundo essa discussão. Você vai descobrir por que o tomate é cientificamente uma fruta, por que culturalmente é visto como legume, e como essa polêmica chegou até os tribunais nos Estados Unidos no século XIX. Prepare-se para mergulhar em uma narrativa que mistura ciência, história e curiosidades culinárias, mostrando que, às vezes, a verdade depende do ponto de vista.
O olhar da botânica: o tomate é fruta
Na ciência, especialmente na botânica, frutas são definidas como estruturas desenvolvidas a partir do ovário de uma flor e que contêm sementes. É exatamente o caso do tomate: ele nasce da flor do tomateiro e guarda em seu interior sementes que podem dar origem a novas plantas. Portanto, pela lógica científica, o tomate é inquestionavelmente uma fruta.
Além disso, o tomate se encaixa na categoria das chamadas “frutas carnosas”, como o pimentão, a berinjela e o pepino — todos também comumente confundidos como legumes. A classificação botânica, portanto, não se baseia no sabor doce ou salgado, mas na estrutura reprodutiva da planta.

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O ponto de vista culinário: o tomate é legume
Na gastronomia, entretanto, a classificação segue outro critério: o uso culinário. Como o tomate é utilizado principalmente em preparações salgadas — molhos, sopas, guisados e saladas —, acabou sendo culturalmente classificado como legume. Essa visão prática prevalece nas cozinhas do mundo todo, o que explica por que tanta gente ainda se refere a ele dessa forma.
Assim, podemos dizer que o tomate é um exemplo clássico de como ciência e cultura podem divergir em suas definições. Para o botânico, é fruta; para o cozinheiro, é legume.
A polêmica jurídica nos Estados Unidos
A discussão ganhou destaque mundial em 1893, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos precisou decidir oficialmente se o tomate era fruta ou legume. A questão envolvia tarifas de importação: frutas eram isentas de impostos, enquanto legumes eram taxados. Importadores argumentavam que o tomate era fruta e, portanto, não deveria ser tributado.
No entanto, a corte decidiu que, para fins comerciais, o tomate deveria ser considerado legume, baseando-se em seu uso culinário. Essa decisão não mudou sua classificação botânica, mas consolidou a ideia de que, juridicamente, o tomate poderia ser tratado como legume. Esse episódio histórico ficou conhecido como o caso Nix v. Hedden e permanece como um marco curioso na história da alimentação.

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A origem do tomate e sua jornada pelo mundo
Nativo da América do Sul, mais precisamente da região dos Andes, o tomate era consumido por povos indígenas muito antes da chegada dos europeus. Com a colonização, foi levado para a Europa, onde inicialmente causou desconfiança e até medo. Durante séculos, foi considerado venenoso por ser da mesma família das solanáceas, que inclui plantas tóxicas como a beladona.
Somente no século XVIII, o tomate começou a ser incorporado à culinária europeia, principalmente na Itália, onde se tornou ingrediente fundamental de pratos icônicos como o molho de tomate e a pizza napolitana. Daí em diante, conquistou o mundo e se transformou em um dos alimentos mais cultivados e consumidos globalmente.
Benefícios do tomate para a saúde
Além da discussão sobre sua classificação, o tomate também se destaca pelos benefícios nutricionais. Rico em licopeno, um poderoso antioxidante, ajuda a combater radicais livres e prevenir doenças cardiovasculares. É fonte de vitaminas A, C e K, além de minerais como potássio e magnésio.
Seu consumo regular está associado à melhora da saúde da pele, fortalecimento do sistema imunológico e redução de riscos de alguns tipos de câncer. Não à toa, o tomate é considerado um alimento essencial em dietas equilibradas.

Curiosidades sobre o tomate
- O tomate já foi chamado de “maçã do amor” e “maçã dourada” na Europa.
- Existem mais de 10 mil variedades de tomates catalogadas, que variam em tamanho, cor e sabor.
- O maior produtor mundial de tomate é a China, seguida pela Índia e pelos Estados Unidos.
- O tomate só se popularizou no Brasil no século XIX, trazido por imigrantes europeus.
Conclusão
A polêmica em torno do tomate mostra como a forma de classificar os alimentos vai além da ciência. Sob a perspectiva botânica, o tomate é fruta, já que nasce da flor e contém sementes. No entanto, sob o ponto de vista culinário e cultural, ele é considerado legume, pois seu uso está associado a pratos salgados. Até mesmo a Justiça precisou se pronunciar sobre o assunto, reforçando que, dependendo do contexto, a definição pode mudar.
Mais do que resolver a dúvida, a história do tomate nos ensina a olhar os alimentos com um olhar mais amplo, que une ciência, cultura, economia e história. Seja chamado de fruta ou de legume, o fato é que o tomate conquistou um lugar insubstituível na culinária mundial e no coração de quem aprecia sua versatilidade.
Na próxima vez que saborear uma pizza, um molho caseiro ou uma salada fresca, lembre-se: o tomate carrega consigo séculos de polêmica, curiosidades e transformações. E talvez seja justamente essa mistura de definições que o torna ainda mais fascinante.
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